O jornal Maria da Fonte deseja-lhe...


EDITORIAL


Armindo Veloso
 
Mesmo ao lado

“As coisas melhores e mais importantes da nossa vida não custam dinheiro”.
Esta frase foi-me dita por uma senhora da minha família que desempenha um lugar de destaque social e institucionalmente. Trata-se de uma pessoa que diz, e pratica, que não se deixou abraçar pelo ter mas sim pelo ser.
Sei que é muito fácil falar quando se tem o mínimo indispensável para se viver com toda a dignidade. É o caso. Não se pode comparar essas pessoas com quem vive um dia atrás do outro no fio da navalha financeiro.
No entanto, para o que interessa neste texto, a frase ficou-me. De facto, se pensarmos bem e nos abrirmos – é necessário estarmos permeáveis, como essa senhora está, para nos realizarmos com coisas simples e pequenas – a maioria das coisas importantes não custam, ou quase não custam, dinheiro.
Vivemos num mundo onde se paga, e bem, num ginásio para andar ou correr num tapete e se pega no carro para nos deslocarmos os oitocentos me-tros que distam da nossa casa a imensos sítios onde temos de ir regularmente.
Vivemos num mundo onde é raro quem saiba o que é ver e cheirar uma alvorada no campo.
Vivemos num mundo onde é raro quem sinta, cheire e saboreie, sim saboreie, uma maresia no inverno, de preferência com os pés na água.
Vivemos num mundo onde é fácil dar um raspanete a alguém mas é difícil ter palavras meigas.
Vivemos num mundo onde se chora, ou não se dá, uma moeda a um pobre mesmo que seja dissimulado e se gasta dinheiro todos os dias nas coisas mais inúteis.
Vivemos num mundo onde choramos os eurozitos que pagamos num excelente hospital onde fomos tratados como príncipes e não nos lembramos que cerca de oitenta por cento da população mundial nem sequer tem acesso à medicação mais primária.
Não sou nada a favor da máxima “pobrete mas alegrete” que tanto jeito dá a regimes totalitários como foi o nosso caso no passado, mas entendo cada vez mais as gargalhadas genuínas de pessoas simples que vivem com pouco, em contraponto às que passam a vida nas cadeiras dos psicanalistas a contarem as mágoas do dia-a-dia com uma conta choruda no banco.
 

Bom Natal para todos
Até um dia destes. 
CASTELO

Natal


Este ano, à ‘Aldeia dos Presépios’, em Garfe, junta-se a ‘Aldeia Natal’, do Diverlanhoso, na freguesia de Oliveira. Duas propostas diferentes que prometem cativar muitos visitantes ao concelho.  Ao invés de uma, são agora duas as razões para uma visita às Terras da Maria da Fonte neste Natal.
CASTELO DE AREIA
Desperdício
Por ano, vão para o lixo um milhão de toneladas de alimentos. Cerca de 17% dos  alimentos vão para o lixo. Os maiores desperdícios ocorrem nas famílias e na fase de produção. Quanto ao pão, cerca de 1/3 do pão comprado vai para o lixo. Anualmente, cada português desperdiça 98 quilos de comida. Nos tempos em que vivemos, estes números merecem uma reflexão.

Na Póvoa de Lanhoso

NATAL MAIS BRILHANTE

O concelho da Póvoa de Lanhoso assume-se como a estrela deste Natal. À “Aldeia dos Presépios”, em Garfe, junta-se, este ano, a “Aldeia Natal”, no Diverlanhoso, na freguesia de Oliveira. Este ano, o concelho da Póvoa de Lanhoso conta com duas propostas para a época natalícia, numa verdadeira aliança entre o religioso e o profano. Duas iniciativas que se complementam e colocam o concelho povoense como um ponto de visita obrigatório na época de Natal.
A partir desta sexta-feira, dia 14 de Dezembro, o concelho da Póvoa de Lanhoso veste-se a preceito para acolher os milhares de visitantes que aqui se deslocam para apreciar as várias proposta para este Natal. Garfe e Oliveira ganham um novo colorido nesta época festiva.
Na conferência de imprensa de apresentação das duas iniciativas, realizada na manhã de terça-feira, dia 4 de Dezembro, na Casa da Botica, Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, vincou que esta é uma forma de promover o concelho e o comércio local. Dando os parabéns pelo empenho, ao longo destes anos, do padre Luís Peixoto Fernandes, da Junta de Freguesia e das gentes de Garfe, às quais se junta o apoio da autarquia povoense, Manuel Baptista frisou que os presépios de Garfe assumem-se como um produto de referência do concelho.
“Espero que estas iniciativas corram de melhor forma e que o S. Pedro nos ajude”, pediu Manuel Baptista que se mostrou disponível, dentro das possibilidades, para apoiar ambos os projectos.
“Além dos Presépios, em Garfe, vamos ter a Aldeia de Natal e eu espero que seja um sucesso e é uma forma de atrair o turismo de fora do concelho. Garfe já tem uma história e a Aldeia de Natal é o primeiro ano e espero que seja um sucesso e dure muitos anos. O parque Diverlanhoso tem todas as condições para fazer um bom trabalho e acredito no projecto, que tem pernas para andar”, referiu ainda Manuel Baptista, à margem da conferência de imprensa.

Quinze construções dão corpo à “Aldeia dos Presépios”
À Fábrica da Igreja de Garfe, à Junta de Freguesia de Garfe e à Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso junta-se a população para dar corpo a mais uma edição da “Aldeia dos Presépios”, cuja abertura oficial ocorre neste domingo, dia 16 de Dezembro, pelas 14h30.
Até ao dia 6 de Janeiro, a freguesia de Garfe transforma-se num presépio gigantesco. Do maior ao mais pequeno, do mais elaborado ao mais simples, os presépios de Garfe são fruto do empenho e da criatividade das suas gentes.
Tal como no ano passado, quinze presépios encontram-se espalhados pelos vários lugares de freguesia. De ano para ano, os moradores procuram incutir novidades nas várias construções, que na colocação de novos adereços e imagens, que na remodelação do espaço.
Tal como em anos anteriores, a “Feira de Natal” leva junto dos visitantes os produtos da terra e o artesanato do concelho.
“Os presépios já são uma referência”, revelou o padre Luís Fernandes, dando conta de que a iniciativa tem dado a conhecer as capacidades das pessoas da freguesia e que o seu início ocorreu em 2002, num ano triste para aquela freguesia, uma vez que tinham falecido várias pessoas. “Não havia cheiro a Natal”, referiu o sacerdote, destacando que a iniciativa de se fazer algo para alegar a quadra natalícia partiu de um grupo de jovens da freguesia.

Sentido do Natal
A iniciativa é, segundo o sacerdote, como uma forma de lutarem contra o sentido mais comercial do Natal.
“Aqui há uns anos, o Natal passava-se na igreja, à volta da igreja. Havia uma novena com muita gente. Preparavam o Natal com nove dias de pregações. Actualmente, o Natal é preparado nas grandes superfícies, nos grandes centros comerciais. O presépio continua a ser a maior e a melhor revelação do Natal”, destacou o padre Luís Peixoto Fernandes, revelando que as visitas têm aumentado de ano para ano. A abertura oficial dos Presépios ocorre neste domingo, dia 16, pelas 14h30, junto à nova rotunda de homenagem a La Fare Les Oliviers, em França, seguindo-se a visita à “Feira de Natal” e aos vários presentes.
Uma das novidades deste ano prende-se com a animação nas noites de sábado (dia 22 e 29 de Dezembro e dia 5 de Janeiro), com um concerto musical da Orquestra da Escola de Música da Banda Musical de Calvos (dia 22), noite de fado (dia 29) e encontro musical “Aldeia dos Presépios (dia 5 de Janeiro). Os espectáculos decorrem na Igreja Paroquial, pelas 21 horas.
Além das novidades, mantém-se a tradição da celebração da missa nos presépios.

Oliveira

“Aldeia Natal” da Diverlanhoso

De 14 a 26 de Dezembro, o Diverlanhoso, na freguesia de Oliveira, transforma-se na “Aldeia Natal”, num verdadeiro mundo encantado que promete fazer as delícias de pequenos e graúdos. Ao longo do parque, os visitantes podem encontrar vários espaços temáticos alusivos ao Natal: a Casa do Pai Natal, a Casa do Chocolate, a Casa do Brinquedo e a Casa da Criatividade. A Hora do Conto, o teatro, os fantoches, as pinturas faciais, o cinema, a mina encantada, o slide e os insufláveis são algumas das propostas para os mais pequenos. Com uma entrada de 6 euros para adultos e 5,50 euros para as crianças, e preços especiais para grupos, a “Aldeia Natal “ conta já com reservas para 3 mil visitantes. A Feira de Artesanato, com a parceria da Associação de Turismo da Póvoa de Lanhoso, é outra das atracções que os visitantes podem encontrar na “Aldeia Natal”.
“Este é o primeiro ano, o primeiro de muitos. A aceitação tem sido muito boa e neste momento temos à volta de 3 mil pessoas confirmadas e isto só em termos de instituições", referiu Paulo Barbosa, director geral do Parque Diverlanhoso.
“Com vários ateliers disponíveis que farão as delícias de miúdos e graúdos onde a descoberta será uma constante. Para assinalar o arranque, está prevista uma chegada do Pai Natal, que acontecerá com pompa e circunstância”, referem os responsáveis do Diverlanhoso. Quanto ao horário, as visitas, de segunda a sexta, decorrem das 10h30 às 17 horas e aos fins-de-se-mana, das 10h30 às 18 horas, com excepção do dia 24 de Dezembro (só até às 14 horas) e do dia 25 de Dezembro (a partir das 14h).

Assembleia Municipal

Câmara Municipal viu Plano
e Orçamento aprovados


A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso viu aprovada na Assembleia Municipal a sua proposta de Plano de Actividades e Orçamento para 2013, documentos em que é evidente a aposta na área social, para apoiar as famílias povoenses, e na redução da dívida de curto prazo, através do pagamento a fornecedores”, destaca a autarquia em nota de imprensa, revelando que “de acordo com o preâmbulo, o Plano de Actividades e Orçamento para 2013 fica condicionado pela adesão da autarquia ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL) na sequência da entrada em vigor da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso e pelo agravamento das dificuldades sociais das famílias, condições que obrigaram a uma redefinição das prioridades”.
“A autarquia, assumindo as suas competências mais directas e essenciais, tem agora o desafio de fazer cumprir as metas definidas no PAEL e concretizar um plano de actividades à imagem das limitações de um programa de ajustamento financeiro e estrutural, sem comprometer a função de proximidade determinante que cabe à autarquia”, pode ler-se no referido documento
Os quatro objectivos a atingir no ano 2013 são: o primeiro, prende-se com o reajustamento financeiro e estrutural dos serviços municipais de forma a garantir o cumprimento do plano financeiro assumido no PAEL, com o objectivo principal de libertar fundos disponíveis o mais rapidamente possível, cumprindo a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso; o segundo, prende-se com o reforço das medidas sociais de apoio às famílias com um aumento significativo da dotação financeira de algumas das respostas sociais, nomeadamente do subsídio de apoio à renda, das bolsas de estudo, da loja social e do programa Viver + bem como com a criação de uma nova resposta de incentivo à natalidade; o terceiro, prende-se com a conclusão de projectos e obras de relevante interesse, como o pavilhão gimnodesportivo de Monsul, num investimento superior a 800 mil euros, e a prioridade, ao nível das freguesias, à conclusão de projectos sobre os quais a autarquia assumiu responsabilidades na sua comparticipação bem como será inscrita uma verba de 250 mil euros para a realização de obras de indiscutível interesse e prioridade, mantendo-se a intenção de iniciar a requalificação dos centros cívicos e de alargar a rede de água e saneamento, aspectos previstos no Plano Plurianual de Investimentos caso sejam abertas medidas de comparticipação a 85% de fundos comunitários; o quarto, prende-se com garantir o funcionamento digno dos serviços municipais, apesar do reajustamento a efectuar na estrutura orgânica dos serviços bem como a redução dos seus custos de funcionamento.

Calvos

Magusto Solidário

Dando continuidade à campanha de angariação de fundos, o Centro Social e Paroquial de São Gens de Calvos organizou, no passado dia 18 de Novembro, um magusto solidário cujas receitas obtidas revertem a favor da construção do novo edifício do Centro Social, que já se encontra em fase adiantada de construção. A tarde de sol que se fez sentir foi propícia para a realização desta actividade, que ficou marcada pela presença numerosa dos habitantes da freguesia, mas também de freguesias e concelhos vizinhos, atraídos pelo leilão das madeiras, uma novidade no programa deste ano. As lenhas, oferecidas generosamente pelos paroquianos, foram depois leiloadas em público, assim como o leilão de uma grande quantidade de produtos regionais.
Seguiu-se o sorteio das rifas vendidas durante o mês de Novembro, sendo os prémios um leitão, um cabrito e um galo. No final da tarde, os presentes reuniram-se num alegre lanche-convívio onde não faltaram as castanhas assadas e o vinho novo. A festa prolongou-se pela noite dentro ao som de concertinas.
Este evento superou as expectativas da direção do Centro Social uma vez que contou com largas dezenas de pessoas que contribuíram de forma maravilhosa para o sucesso da iniciativa, oferecendo ou comprando produtos, mas também com donativos individuais. De facto, a comunidade tem sabido corresponder aos apelos do Centro, facto este que orgulha, e muito, a direcção do mesmo. Para Dezembro está já agendada uma ceia de Natal solidária, aberta a toda a comunidade e cujas receitas também revertem a favor da nova obra.

‘Naturalanhoso’ é o nome da medida de apoio

Câmara quer que famílias
tenham filhos em 2013


A Câmara Municipal vai implementar uma medida social de apoio à natalidade. Chama-se “NaturaLanhoso” e visa apoiar não só as famílias que decidam ter filhos em 2013 como também o comércio local do concelho.
“Esta é uma medida inovadora, que pretende ser um incentivo ao aumento da natalidade. Estamos a finalizar o seu regulamento e esta medida vai permitir a atribuição de um apoio financeiro a ser descontado no comércio local com produtos para os recém-nascidos”, esclarece o presidente da Autarquia, Manuel Baptista. 
No quadro do reforço das medidas sociais espelhado no Plano de Actividades e Orçamento para 2013, a Câmara vai implementar esta resposta durante o primeiro trimestre do próximo ano, que visa incentivar a natalidade, através da atribuição de apoio financeiro para as crianças da Póvoa de Lanhoso nascidas em 2013. As famílias irão dispor de um apoio até 1000 euros para a aquisição no comércio local de produtos para o recém-nascido. Esta medida também procura apoiar os estabelecimentos instalados no concelho.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a Póvoa de Lanhoso registou em 2010 uma taxa de natalidade bruta de 8,2, ou seja, nasceram oito crianças por cada mil habitantes. Com esta medida, a Autarquia procura contribuir para aumentar o número de povoenses assim como para fomentar uma sólida tendência de crescimento da natalidade.
Preocupada com o agravamento das dificuldades das famílias em 2013, a Câmara Municipal já anunciou que vai reforçar as principais medidas de apoio social, aumentando a dotação financeira de algumas. “Decidimos que esta seria a principal área de intervenção a reforçar, dotando as principais respostas de um aumento financeiro entre os 20 e os 60 por cento. As respostas sociais que proporcionamos procuram adequar-se à realidade e às necessidades das famílias e acredito que têm mesmo um impacto directo na vida e na organização do quotidiano dos povoenses, que precisam destes apoios, e no nosso concelho” considerou o Presidente da Câmara, Manuel Baptista. O reforço de medidas sociais (como as Bolsas de Estudo, os apoios à Renda de Casa, o Viver +, por exemplo) e a criação de uma medida de incentivo à natalidade vão marcar a governação autárquica em 2013.

Exposição de trabalhos

Dia Mundial para a Eliminação
da Violência contra as Mulheres


Demonstrar aos povoenses que os funcionários da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e as suas famílias não estão alheados da realidade, mas sim solidários com quem sofre os flagelos da violência doméstica e de género é um dos objectivos da exposição que está patente nos Paços do Concelho e que pretende marcar a passagem do Dia Mundial para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado a 25 de Novembro.
Lembrar as atrocidades que diariamente são exercidas sobre as mulheres em todo o mundo foi outro dos objectivos da exposição, organizada pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, através do SIGO/LocalDiguais, em parceria com o Gabinete de Comunicação e a Associação de Funcionários.
No dia 25 de Novembro, data em que se assinalou o Dia Mundial para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, assim como os vereadores Gabriela Fonseca e Armando Fernandes, os funcionários da autarquia e seus familiares marcaram presença na abertura da exposição constituída exclusivamente por trabalhos apresentados pelos recursos humanos da autarquia.
A exposição assinala também o encerramento da II Semana da Igualdade, cujo início ocorreu a 19 de Novembro. “É uma iniciativa dirigida para os colaboradores da autarquia. Procurou-se envolver na reflexão sobre o tema os colaboradores da autarquia. Contamos com uma boa adesão e na exposição estão presentes cerca de 30 trabalhos”, destacou Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“A autarquia está sensível a esta problemática e, neste momento, estamos a elaborar o Plano Municipal para a Igualdade no âmbito do LocalDiguais”, referiu Manuel Baptista, relembrando que “esta é uma temática à qual a Câmara Municipal está atenta e procurar sensibilizar para estas questões relacionadas com a violência contra as mulheres”.
“Em 2010, criamos o SIGO – Serviço para a Promoção da Igualdade do Género e através deste serviço, em conjunto com outros parceiros, procuramos dar resposta às vítimas de violência”, destacou ainda Manuel Baptista.

Conferência de imprensa - Câmara Municipal

PS traçou balanço da actividade

Em conferência de imprensa, realizada no 4 dia de Dezembro, o Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso traçou um balanço da actividade desenvolvida pela Câmara Municipal nos últimos anos e avaliou a proposta de orçamento para 2013 apresentada pela Câmara Municipal.
Analisando o “projecto de oito anos do PSD”, Lídia Vale, Lídia Vale, presidente da Comissão Política do PS, referiu que, exceptuando os Centros Educativos, “muito pouco foi feito, é insignificante, é ínfimo aquilo que foi realizado”. “Estes últimos oito anos foram de absoluto marasmo”, acusou Lídia Vale.
“Onde se gastou o resto do dinheiro, o que foi feito?”, questionou ainda a presidente da Comissão Política do PS.
“Durante estes oito anos não há nenhuma marca identitária, em termos de projecto desta Câmara Municipal”, referiu Frederico Castro, coordenador concelhio do PS, revelando que o orçamento para 2013 é uma “nulidade absoluta”. “Os povoenses têm todas as razões para estar indignados com esta Câmara Municipal porque esta quebrou todas as expectativas”, apontou Frederico Castro.
Revelando que a Câmara Municipal investiu ao longo dos anos mais de 700 mil euros no Centro de Criatividade, Frederico Castro revelou que “a Câmara Municipal que é madrinha do projecto, desiste do projecto e descarta o projecto com uma facilidade assustadora”.

Taíde — Deficiência Visual

EB 2,3 acolheu sensibilização

No passado dia 3 de Dezembro, o Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, mais concretamente, a Biblioteca Escolar da Escola Básica 2º e 3º Ciclo de Taíde e a Professora de Ensino Especial, em parceria com a Associação de Invisuais do Distrito de Braga, comemoraram o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A Acção de Sensibilização sobre a Deficiência Visual, coordenada pela Dra. Sandra Vieira, Técnica Superior de Animação Sócio Cultural da Instituição, teve como principais objectivos sensibilizar a comunidade escolar para a sua participação na superação da discriminação de que são alvo as pessoas com deficiência visual, favorecendo através da arte de representar a desmistificação de estereótipos relativamente à cegueira junto das pessoas, promovendo deste modo a inserção social e cultural, na luta por novas prestativas e possibilidades, ajudando desta forma a vencer obstáculos e derrubar preconceitos existentes.
A actividade contou com a apresentação de uma peça de teatro, denominada “A Semente da Verdade”, peça representada por um grupo de invisuais, utentes da Associação de Invisuais do Distrito de Braga, seguida de uma palestra alusiva à concepção de Deficiência Visual, o Défice Visual e o Desenvolvimento Psicológico e relatos de Histórias de Vida, Testemunhos Reais.
A Professora Bibliotecária, Anabela Osório, considerou esta actividade de enorme importância uma vez que abordou temas como a descriminação social e os Direitos Humanos, numa perspectiva de igualdade de oportunidades, numa sociedade para todos. Numa semana em que a Biblioteca promove o projecto “A Biblioteca Quebra o Silêncio”, uma iniciativa  inspirada num projecto internacional da UNESCO intitulado Breaking the Silence, e abraçada por várias Bibliotecas Escolares do País, numa tentativa de sensibilizar os alunos para a temática da defesa dos Direitos do Homem, abordando as questões do trabalho infantil, Tráfico de Seres Humanos, Prostituição, a Guerra, a liberdade, etc.
A Biblioteca Escolar quis assinalar este encontro com a oferta de um quadro, da autoria da professora Rosalina China, membro da Equipa Educativa da Biblioteca Escolar de Taíde, como forma de agradecimento.
A Equipa da Biblioteca Escolar agradece a presença de todos os elementos que acompanharam este encontro, Domingos Silva, Presidente da Associação de Invisuais do Distrito de Braga, Dra. Tânia Almeida, psicóloga da Associação, Dr. João Costa, Técnico de Motricidade e Reabilitação, utentes da Instituição e os vários colaboradores que possibilitaram o sucesso desta actividade.

“Conta-me o que se Conta”

Voluntariado artístico em análise

Assinalando o Dia Internacional do Voluntariado (5 de Dezembro), a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, através do Banco de Voluntariado, promoveu, no Theatro Club, a apresentação à comunidade dos resultados do projecto de voluntariado e educação artística “Conta-me o que se Conta”. Na mesma oportunidade, foi inaugurada a exposição de fotografia que retrata aquela experiência, que decorreu no verão passado em Cabo Verde.
Presentes estiveram a vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, o director do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, José Ramos, a coordenadora do projecto, Ana Caridade, o coordenador do Banco de Voluntariado, Frederico Amaro, e voluntários e voluntárias que participaram naquela acção, que envolveu no terreno sete jovens e três tutores e que contou com diferentes parcerias logísticas da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso e do Instituto de Camões (Polo de Mindelo – Cabo Verde).“Quero felicitar os autores deste projecto, que fizeram em regime de voluntariado, e aos que muito trabalharam para angariar fundos para que o mesmo se tornasse realidade”, referiu, de entre breves considerações Gabriela Fonseca.
Após a abertura da exposição, que retratam alguns dos principais momentos vividos em Cabo Verde, foram apresentados os resultados da intervenção realizada, cabendo a Ana Caridade e a Frederico Amaro fazer o devido enquadramento do projecto e do seu desenvolvimento até ao período de intervenção no terreno (de 25 de Agosto a 9 de Setembro de 2012). Após uma formação inicial como contadoras de histórias, as pessoas voluntárias desenvolveram um trabalho com comunidades locais nas ilhas de São Vicente e Santo Antão em Cabo Verde.
O desafio foi a partilha de contos com origem em estórias daquele país previamente recolhidos e estruturados. O público-alvo privilegiado foram as crianças provenientes da periferia da cidade de Mindelo. Paralelamente, foi desenvolvida no Instituto Camões uma formação dirigida a potenciais contadores de histórias, pessoas maioritariamente ligadas à educação, à área  social e às artes.
Após estas informações iniciais, para uma plateia composta essencialmente por estudantes, cinco jovens voluntários e voluntárias (José Eduardo, Margarida, Cláudia, Maria João e Maria Luís)       apresentaram um pequeno filme de sua autoria com base em filmagens realizadas com as comunidades abrangidas pelo projecto em Cabo Verde. Posteriormente, partilharam de forma individual a sua experiência e o que sentiram com esta oportunidade de voluntariado, a qual contribuiu para a sua formação pessoal e como voluntários.
Proporcionou-lhes ainda a oportunidade de interagir com realidades distintas, importantes para o seu crescimento e desenvolvimento. No final houve uma troca de ideias com as pessoas na plateia.

Em Janeiro na Misericórdia

Formação em Saúde e Socorrismo

O Centro de Formação da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso promove, em Janeiro de 2013, uma formação em “Saúde e Socorrismo”, um curso de nível 3 que tem como destinatários adultos com idade igual ou superior a 18 anos e com habilitações escolar igual ou superior ao 3.º ciclo do ensino básico.
Identificar os estados da saúde humana e os factores condicionantes; compreender os mecanismos de transmissão de doenças; compreender o conceito de sobrevivência; compreender o sistema integrado de emergência médica; e identificar a sequência de procedimentos que permitem o Suporte Básico de Vida são os objectivos da formação.
Com uma carga horária de 25 horas, a formação decorre das 19 às 22h30 e os formandos recebem subsídio de alimentação.
Conceitos de saúde; comportamentos humanos; factores condicionantes da saúde; saúde e homeostasia; estados de saúde humana; serviços de saúde e cuidados de saúde; cadeia de sobrevivência; sistema integrado de emergência médica; suporte básico de vida e posição lateral de segurança são alguns dos conteúdos programáticos.

Vilela e Rendufinho

Colisão provocou cinco feridos

A colisão de duas viaturas, no dia 30 de Novembro, na estrada entre a vila da Póvoa de Lanhoso e Garfe provocou cinco feridos ligeiros, entre alunos da Escola Profissional do Alto Ave e funcionários da câmara municipal local.
O acidente ocorreu, pelas 8h37, na Estrada Municipal que liga a P. Lanhoso a Garfe, na freguesia de Vilela, e envolveu um Peugeot 106 e uma carrinha Mitsubishi de caixa aberta.
Do aparatoso acidente resultaram cinco feridos e elevados danos materiais em ambas as viaturas. Ao que tudo indica, o Peugeot, que seguia em direcção à P. Lanhoso, terá entrado em despiste e embatido na carrinha de caixa aberta, propriedade da Câmara Municipal.
Do embate resultaram ferimentos em dois adultos (de 50 e 38 anos) funcionários da câmara municipal, e em três jovens (de 18, 17 e 15 anos), alunos da Escola Profissional do Alto Ave, da P. Lanhoso.
Os feridos foram socorridos no local pelos Bombeiros Voluntários da P. Lanhoso, que acorreram ao sinistro com 15 elementos, apoiados por 4 ambulâncias e uma viatura de desencarceramento, e pela equipa médica da VMER de Braga. Os feridos foram transportados ao Hospital de Braga. A GNR tomou conta da ocorrência. Durante as operações, a via esteve encerrada ao trânsito. Nas últimas 24 horas de anteontem registaram-se 16 acidentes de viação no distrito de Braga.

Acidente mata motociclista

O choque entre um automóvel e um motociclo, na noite de 28 de Novembro, em Rendufinho, provocou a morte de um motociclista de 50 anos. O homem seguia numa motorizada quando foi colhido por um automóvel. As circunstâncias do acidente estão a ser apuradas pelo Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR.  O acidente, que ocorreu pelas 20h57, na EN 103, em Rendufinho, envolveu um auto-móvel da marca Rover, conduzido por um jovem de Vieira do Minho, e um motociclo conduzido por Carlos Manuel Faria, de 50 anos, residente em Rendufinho.
Ao local acorreram os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, com sete homens apoiados por duas ambulâncias e uma viatura de apoio e a VMER de Braga. O ferido acabou por falecer no local, apesar de todos os esforços dos bombeiros e equipa mé-dica da VMER.
A viatura ligeira foi rebocada para o Destacamento da GNR da Póvoa de Lanhoso, onde permanece até ao momento.
A tragédia tem atingido a família de Carlos Manuel Faria. Há seis meses atrás, completados a 30 de Novembro, um filho de Carlos Manuel Faria faleceu vítima de um acidente de viação. O jovem, de 23 anos, deslocava-se de motoquatro a uma farmácia quando se despistou e caiu a um ribeiro.
Há cerca de cinco anos, um outro filho de Carlos Manuel Faria faleceu vítima de acidente de viação, tendo ficado debaixo de um tractor.

Centro Comunitário do Vale do Cávado

Idosos recordam o Natal...

Não havia o que comer mas havia alegria”, referiu Laura Ramalho ao “Maria da Fonte”, recordando o Natal na sua infância. Com 79 anos, e residente em Monsul, é uma das utentes seniores do Centro Comunitário do Vale do Cávado, em Monsul. “Antigamente, eram umas batatas com bacalhau e não levava ovos. Não havia nada para lhe deitar. Era no tempo de Salazar, fominha de rato. Fazíamos um bocadinho de mexidos e de aletria”, explica Laura Ramalho. “Depois, juntávamo-nos em casa, a cantar e estávamos ali quase toda a noite. Era muita alegria e era mais bonito. Prendas não havia para ninguém”, recorda aquela utente que não deixou de falar de sua mãe que criou quatro filhos sozinha pois o eu pai esteve no Brasil durante 13 anos. “O que ela passou. Dava-nos um bocadinho de bacalhau do fraco, se tivesse dinheiro para comprar”, explica. “O povo da beira juntava-se todo lá em casa, a cantar e a dançar e assim se passava o Natal. Havia mais convivência. As pessoas davam mais valor às coisas e conviviam mais”, lembra Laura Ramalho.
“Vivíamos mal. Nós andávamos a servir e chegávamos a casa no dia de Natal com o bacalhau que o patrão nos dava. Às vezes, a minha mãe ainda estava à espera do bacalhau que nós trazíamos para comermos no dia de Natal. Quando os filhos chegavam é que fazia a ceia de Natal”, explica Alexandrina Machado Azevedo.
“Juntávamo-nos e jogávamos ao pinhão. Não havia luz. A iluminação era a petróleo ou então a candeia com azeite”, relembra João Baptista Mendes, residente em S. João de Rei.
O jogo do pinhão era um dos entretimentos da noite de Ceia, como recordam os utentes do Centro Comunitário. A “roupa velha” era o manjar do almoço do dia 25 de Dezembro. Em algumas casas, o arroz de frango era outra das iguarias presentes. “A minha mãe só fazia os mexidos à noite num panelão grande de barro. Jogávamos aos pinhões e só depois  é que comíamos os mexidos. Antigamente, os mexidos e a aletria tinham que durar até ao Ano Novo”, destaca Teresa Gonçalves, residente em Monsul.
Laura Ramos, de Covelas, lembra que o seu pai comprava meio quilo de polvo para fazer um arroz no dia 25, para o casal e os seus cinco filhos.

Apelo lançado pelo CAPA

Voluntários, nós precisamos de ti

O CAPA – Clube de Adopção e Protecção de Animais, que gere o canil municipal, apela à colaboração de todos os povoenses. A ajuda pode ser dada de diferentes formas: como voluntários, ajudando nas tarefas diárias no canil, alimentando os animais e limpando o espaço ou ajudando nas obras de beneficiação, ou através de donativos, em numerário ou em géneros. As necessidades são de vária ordem, conforme explica Sandrina Pinheiro, do CAPA.  
Portas para as boxes, rede de vedação, tijolos, tijoleira para as paredes e tijoleira antiderrapante para o pavimento interior, material de limpeza, ração, mantas, uma máquina de lavar roupa e um esquentador são algumas das necessidades apontadas por Sandrina Pinheiro. O apelo tem sido lançado através das redes sociais. Um grupo de povoenses, sensibilizado com o apelo lançado pelo CAPA, deitou mãos à obra na angariação de donativos e na realização de algumas obras. A estes, juntou-se também o pai de uma das voluntárias que pavimentou uma parte do exterior do canil.
As Guias de Fontarcada procederam, também, há algum tempos atrás, à angariação de donativos, ração e mantas. Toda a ajuda é bem-vinda, destaca Sandrina Pinheiro.
“Qualquer pessoa que tenha disponibilidade e goste de animais pode ajudar”, explica a responsável do CAPA, deixando o contacto a todos os interessados: 910 552 251. “Ajude-nos a ajudar”, apelam os amigos dos animais.
“Precisamos de uma máquina de lavar roupa para lavar as mantas dos animais. Pode ser usada, o que interesse é que funcione. Deram-nos duas banheiras e vamos adaptar para dar banho aos vários cães. Mas, para isso, precisamos de um esquentador, que pode ser usado”, refere Sandrina Pinheiro, apelando aos povoenses para que se tornem sócios do CAPA.
Os agradecimentos do CAPA estendem-se a todos quantos têm colaborado, não esquecendo o comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso e a Jolemos que vai colaborar com material para as paredes e para o pavimento.

DESPORTO

M.ª da Fonte com novos reforços
O médio Pedro Pinto, ex-Arões, é a mais recente contratação do Maria da Fonte. O contributo do atleta ficou assegurado nesta semana, tendo integrado os treinos do plantel marifontista. Na semana passada a direcção assegurou a contratação de cinco novos reforços. Neste domingo, apresentou cinco caras novas: João Miguel (avançado, ex-Fafe), Huguinho (avançado, ex-Águias da Graça), Lameirão (médio, ex-Travassós), Élvio (médio, ex-Vasco da Gama de Medelo) e Raul, que na época passada representou o clube marifontista. A estes, junta-se agora Pedro Pinto.
SIGO – Serviço para a promoção 
da Igualdade de Género
Vítimas de violência doméstica recebem apoio

Manuel José Baptista presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso
Prioridade para ajuda às famílias povoenses

Armindo Veloso
 
Reforma administrativa

Quando se iniciou o processo da reforma administrativa, processo esse que embora tenha a sua parte mais visível após a assinatura do memorando com a troika e consequentes desenvolvimentos por parte deste governo, já tinha começado com estudos no governo chefiado pelo eng. José Sócrates, foi-me um assunto grato.
Não tendo em conta a parte financeira, nesse campo a poupança é ridícula, parece-me interessante que, principalmente nas zonas urbanas, haja agregação de freguesias.
Passei a minha adolescência e juventude paredes meias com três freguesias do centro histórico em Braga: Cividade, Sé e S. João do Souto, que todas juntas não ultrapassam os seis mil habitantes. Para centro de uma cidade grande é pouquíssimo. Então porque não existir só uma? Como este caso há muitos mais e não vejo nenhum inconveniente em juntá-las ainda por cima nas cidades o poder das juntas de freguesia é abafado pelo das câmaras.
Em relação às zonas rurais as coisas fiam mais fino. Os bairrismos e os isolamentos de algumas freguesias levam-me a amolecer no meu pragmatismo.
Quando o executivo da Póvoa de Lanhoso apresentou a sua proposta de agregação, entretanto chumbada, fiquei triste. Por motivos que parecem razoáveis à primeira vista essa proposta juntava Verim, Ajude e Friande, ou seja, freguesias que andam entre o pobre e o paupérrimo. Não concordo. Se há a necessidade, e bem, de as freguesias serem contíguas, também deverá ser tido em conta a riqueza delas em termos sociais e de centralidade aumentando, se necessário, o número de freguesias a agregar. Estou a defender a minha dama? Estou. Com os meus argumentos e sem bairrismos de qualquer espécie.
Esperava que a ‘régua e o esquadro’ que vinha lá de baixo, da comissão criada para o efeito, tivesse em conta a lógica geográfica nas agregações mas não se esquecesse da equidade entre freguesias mais desenvolvidas e aquelas que estão “atrás do sol posto”.
Não foi assim. Agora aguentemos!
Não emendamos: o país só faz reformas se mandado pelos senhores estrangeiros e os concelhos só as fazem se o poder central, mandado por aqueles, as impuser.
Somos assim, o que lhe havemos de fazer.

Até um dia destes.
CASTELO

SIGO


Este é um dos exemplos de como o trabalho em rede e as parceiras funcionam. Colocado no terreno em Junho de 2011, pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, o SIGO – o Serviço para a Promoção da Igualdade de Género engloba um conjunto de parceiros como o Ministério Público, a GNR, a CPCJ, Bombeiros e instituições concelhias. Todos juntos e cada um com a sua função, dão uma resposta pronta e eficaz às vítimas de violência doméstica na Póvoa de Lanhoso.
CASTELO DE AREIA
Violência Doméstica
Os números merecem uma reflexão. De Junho de 2011 a 7 de Novembro de 2012, o SIGO acompanhou 88 vítimas de violência doméstica (72 mulheres e 16 homens). Quanto a este ano, os números situam-se nos 55 casos de violência doméstica. No caso da violência entre o casal, em todos os casos os menores assistem aos actos de violência, quer ela seja física ou psicológica. No dia 25, assinalou-se o Dia Mundial para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Manuel José Baptista, presidente da autarquia

“Os eixos que apoiavam as obras
das Câmaras foram alterados”


O Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, explicou ao nosso jornal as principais linhas orientadores do Plano e Orçamento para 2013, ficando claro que a principal aposta será o reforço das principais medidas de apoio social, para ajudar as famílias povoenses.  O pagamento da dívida a fornecedores será outra das prioridades. 

A autarquia prepara-se para levar a discussão e votação, em sede de Assembleia Municipal, o Plano e Orçamento para 2013. Quais as apostas para o próximo ano?
Manuel Baptista
– O ano de 2013 é um ano muito especial, pois corresponde a um período em que as famílias terão muitas dificuldades. Por esse motivo, decidimos reforçar as principais medidas de apoio social. Sempre tivemos a preocupação de estar próximo das pessoas e dos seus problemas e, por isso, esta aposta na intervenção social é uma continuidade desse trabalho. Não posso deixar de destacar o reforço em 20 por cento do valor das bolsas de estudo, o aumento em mais de 50 por cento na verba para a loja social, o reforço de 20 mil euros, que corresponde a um aumento de 25 por cento, no subsídio de apoio à renda e o aumento de 60 por cento no programa Viver +, que ajuda os Povoenses a terem uma ocupação remunerada numa fase em que não tenham trabalho e outros apoios sociais. Esta é a grande aposta, pois sabemos que é muito importante para os Povoenses. Dou-lhe um outro exemplo de um projecto, que será um importante contributo para o baixo concelho. O pavilhão gimnodesportivo de Monsul, com um investimento de cerca de 800 mil euros, será sem dúvida uma mais-valia para apoiar as actividades desportivas e culturais destas freguesias. Uma outra nota sobre as freguesias. Apesar de reduzirmos o nosso orçamento global em mais de 25 por cento, não vamos diminuir às transferências mensais que fazemos para as Juntas de Freguesia. Todos sabemos que esta é uma fase muito difícil que o país atravessa e que os recursos são menos e, por isso, temos de definir bem as prioridades. Este orçamento dá um sinal claro, apoiar as famílias em dificuldade é a nossa prioridade.

Em que medida a Lei dos Compromissos e a obrigatoriedade de redução de dívida condicionam as apostas do município?
MB
– Esse é o principal problema da autarquia. Apesar de a dívida que hoje temos ser praticamente a que recebemos em 2005, as regras impostas recentemente e na sequência da entrada da Troika vieram alterar completamente a autonomia dos municípios. A Lei dos Compromissos, que está a ser implementada a meio do mandato, obriga a Câmara a mudar radicalmente o seu plano de actividades. Esta lei não permite à autarquia, como era até aqui, gerir a sua dívida em função dos limites legais. Esta lei obriga a autarquia a liquidar toda a dívida a fornecedores e só depois liberta meios para podermos fazer novos investimentos. Ora esta mudança de regras a meio do jogo não dá margem para quase nada. Lamentamos, pois queríamos concluir muitos dos projectos que definimos no plano de actividades, mas lei é lei e temos de a cumprir.

Há projectos que viram a sua concretização adiada?
MB
– Sem dúvida. Estas novas regras obrigam-nos a adiar alguns dos projectos. Repare é que não foi apenas esta lei que referiu. Mesmo ao nível dos apoios comunitários, os eixos que apoiavam obras das Câmaras Municipais foram alterados. Mesmo assim, estamos a fazer um esforço junto da CCDR–N a ver se conseguimos incluir alguns dos projectos de requalificação dos centros cívicos de algumas freguesias.

O Município da Póvoa de Lanhoso foi um dos que aderiu ao PAEL, o Programa de Apoio à Economia Local. Onde será aplicada a referida verba, na ordem dos 2,5 milhões de euros?
MB
– As regras são muito claras. Como o Governo criou a Lei dos Compromissos que asfixia as autarquias, a forma de podemos cumprir a lei é fazermos um empréstimo que permita pagar grande parte da dívida a fornecedores. É isso que faremos com a verba do PAEL. Nós e mais 120 municípios do país que concorreram a este plano.
Ao aderirmos a este PAEL, mostra-mos que não estamos apenas preocupados em equilibrar a dívida de curto-prazo, pois este programa permite apoiar a economia local, que vive com dificuldades, sendo uma espécie de lufada de ar fresco. O problema é que, ao termos de aderir ao PAEL, somos obrigados a cumprir um conjunto de imposições ao nível da redução da despesa, que não ajuda à conclusão de projectos que gostávamos de fazer. Recordo que a dívida que temos hoje não é maior do que a que recebemos do Partido Socialista, apesar do muito investimento que fizemos.

A redução da estrutura orgânica das autarquias é uma das obrigatoriedades. A autarquia já avançou com a decisão de extinguir o Centro de Criatividade. Como tem sido acatada pela população essa medida?
MB
– Repare, nós não podemos ser irresponsáveis. Se há novas regras que nos obrigam a reduzir custos, se a receita que crescia agora diminui, se temos um problema grave de insegurança financeira nas famílias, não resta alternativa do que reduzir no que for possível. Se quiser, gerir a Câmara é um pouco como a nossa casa. Quando o ordenado diminui, temos de cortar onde é possível. A Câmara está a fazer isso mesmo. Custou-nos muito, mas tivemos de não renovar alguns contratos. Custou-nos imenso, mas tivemos de adiar algumas obras nas freguesias, que tinha o compromisso de as realizar. Perante isto, a opção de extinguir o Centro de Criatividade é mais que natural. É bom que fique claro que a decisão de reduzir os custos com este projecto tinha sido já tomada há mais de um ano e, por isso, tentámos que o projecto encontrasse novos parceiros financiadores. Isso não foi possível, a decisão que agora tomamos é normal numa estratégia global de emagrecimento da autarquia. Os Povoenses não iam compreender que não fizéssemos obras, que adiássemos outros projectos importantes e que mantivéssemos uma estrutura que custa muito dinheiro aos cofres da autarquia. Era mais fácil para mim deixar tudo como está e agradar a todos, mas quem tem de decidir tem de escolher prioridades. Mas é importante não esquecer que o trabalho cultural promovido pela autarquia não se resume ao Centro de Criatividade e, por isso, continuaremos com um trabalho sério de afirmação e valorização cultural.

Foi uma decisão difícil?
MB
– Como disse na questão anterior, é mais fácil e menos impopular agradar a todos. Foi sem dúvida uma decisão difícil, porque foi um projecto que eu acarinhei, mas sem ovos não se fazem omeletas.

Já é público o abandono do executivo por Fátima Moreira. O que levou a esta decisão?
MB –
Foi uma decisão pessoal da Dra. Fátima Moreira motivada pela extinção do Centro de Criatividade, fruto da necessidade da autarquia de reduzir os seus custos. Reconheço o seu trabalho enquanto Vereadora, lamento não poder contar com ela,  era um recurso válido e dinâmico deste executivo. Felizmente, temos soluções no executivo para garantir a continuidade do trabalho desenvolvido.

Que outras medidas serão levadas a cabo pelo executivo para alcançar a obrigatoriedade da redução da estrutura orgânica?
MB
Desafiámos as chefias a criarem o seu plano de contenção em cada serviço. Estamos a reavaliar todos os projectos e apenas vamos executar aqueles que se enquadrem nas prioridades que definimos.

Posso concluir que este foi o orçamento que mais lhe custou elaborar?
MB
Sem dúvida. As novas regras e a redução das receitas não permitem executar as obras e os projectos que gostaria. Em três anos o país deu uma volta completa e a situação é muito difícil. As autarquias infelizmente não serão excepção neste esforço de contenção para superar esta crise tremenda. Temos todos de fazer um esforço de compreensão na esperança de que teremos um futuro melhor.

Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

Humberto Carneiro eleito

Foram eleitos, a 10 de Novembro, os novos Corpos Gerentes da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso para o triénio 2013/2015. A equipa liderada por Humberto Carneiro foi reeleita para um novo mandato.
As eleições decorreram no Salão Nobre do Lar de S. José tendo para o efeito 249 Irmãos da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso exercido seu direito de voto, resultando em 249 votos válidos.
Em Assembleia Geral, que decorreu no mesmo local durante a tarde, foram apreciados e votados o Orçamento Suplementar para 2012 e o Plano de Actividades e Orçamento para 2013, aprovados por unanimidade.
O apoio alimentar, o apoio à saúde e a consolidação da instituição são os pilares do exercício de 2013. No campo alimentar, destaca-se a cantina social, iniciada em Junho de 2012. Devido à elevada procura, o protocolo será elevado, passando das 65 para as 80 refeições diárias. Nesta área, a Misericórdia, no âmbito do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados, iniciou a primeira distribuição em Agosto e a segunda em Novembro. Mais de 500 pessoas no concelho já receberam apoio alimentar.
A remodelação do Hospital, com a construção de um novo bloco operatório, com duas salas cirúrgicas e de esterilização integrada e quartos particulares para Internamento em Cirurgia e Medicina, com capacidade para 21 camas é a grande obra a realizar no campo da saúde.
De acordo com os responsáveis da instituição, esta obra irá proporcionar novas especialidades de Consulta Externa e melhorar todo o funcionamento e conforto daquela unidade de saúde. O Banco de Medicamentos é outra das respostas na área da saúde.
“Com um quadro de pessoal próximo dos 200 funcionários, a Santa Casa é um dos maiores empregadores do concelho. Assim, a aposta em recursos humanos qualificados e na formação interna, tem de continuar a ser um caminho a trilhar. Outra medida é a de manter o plano de poupança e rentabilização de recursos internos, objetivando uma gestão eficiente e eficaz, primando sempre pela qualidade dos serviços prestados”, referem os responsáveis da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso.

Jornadas de Cultura Local abordaram

Influência brasileira no concelho

A Influência Brasileira no concelho da Póvoa de Lanhoso” foi o tema das Jornadas de Cultura Local, realizadas, no dia 24 de Novembro, na Casa da Botica. Isabel Alves, do Museu das Migrações de Fafe, e José Abílio Coelho, doutorando, investigador do CITCEM/UM e bolseiro da FCT, foram os intervenientes, que trouxeram à plateia aspectos como “A emigração para o Brasil – O caso de Fafe” e “A Póvoa de Lanhoso e os ‘brasileiros’ de torna viagem: os homens e mulheres que trouxeram a modernidade”. As Jornadas de Cultura local tiveram o seu início em Outubro de 2006, com o objectivo de divulgar, sensibilizar, interpretar e impulsionar o património cultural da P. Lanhoso.
“Promovidas pelo Pelouro da cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, contando com a colaboração de personalidades versadas nas temáticas apresentadas, a realização de mais uma edição das Jornadas de Cultura Local apresenta-se como a materialização desse objectivo”, refere a Câmara Municipal. 
O Ano de Portugal no Brasil - Brasil em Portugal é uma iniciativa conjunta dos dois países, que decorre entre os dias 7 de Setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013.  Para o Brasil, nos séculos XIX e XX, dirigiram-se sucessivas levas dos nossos antepassados e o seu regresso marcou profusamente o progresso e o crescimento do concelho da Póvoa de Lanhoso, ainda hoje bem patente no nosso quotidiano.

EPAVE acolheu sensibilização

Malefícios do tabaco

Numa acção promovida pelo Espaço Jovem, as comemorações do Dia Mundial do Não Fumador ficaram marcadas pela realização, no dia 19, de uma acção de sensibilização na Escola Profissional do Alto Ave (EPAVE).
O momento contou com a colaboração do Centro de Saúde da Póvoa de Lanhoso, com a enfermeira Fátima Lopes a dar a conhecer aos alunos daquele estabelecimento de ensino aspectos como os efeitos a curto e a longo prazo do consumo do tabaco e os efeitos na relação com os outros.
“Uma pessoa que não fuma tem mais qualidade de vida”, destacou a profissional de saúde.
Irritação dos olhos, tremor das mãos, tosse, aumento do ritmo cardíaco, diminuição da sensibilidade quanto ao gosto e ao cheiro, enrugamento prematuro da pele e aumento do risco de impotência são alguns dos efeitos a curto prazo associados ao consumo de tabaco.
A longo prazo, e segundo aquela profissional, o tabaco causa dependência e diminuição da esperança de vida.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 4,98 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido ao consumo de tabaco. Há estudos que confirmam a associação entre o tabagismo e as doenças cardiovasculares, cancro e doenças respiratórias.
Fátima Lopes explicou que o fumo do tabaco contém mais de 4 mil compostos, sendo que mais de 40 desses compostos são cancerígenos. Alertando os mais jovens, aconselhando-os a deixar de fumo ou a não iniciar o consumo de tabaco, aquela profissional referiu que o consumo de tabaco rapidamente se torna numa dependência física e psíquica.
“O consumo de tabaco é o primeiro passo para o consumo de outras drogas”, re-feriu a enfermeira Fátima Lopes, do Centro de Saúde da Póvoa de Lanhoso.

Dia da Floresta Autóctone

Três dezenas árvores plantadas

Com forma de assinalar a passagem do Dia da Floresta Autóctone, celebrado a 23 de Novembro, os alunos dos Clubes de Floresta “Pinheiro Vivo”, da Escola EB 2,3 de Taíde, e do “Milhafrões”, da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, plantaram três dezenas de árvores autóctones e semearam milhares de bolotas de carvalho. O local escolhido foram as encostas do monte do “baldio” de Oliveira que, há meses atrás, foi devastado pelas chamas.
A actividade contou com a colaboração da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, que assegurou o transporte dos alunos, e do Gabinete Técnico Florestal da autarquia que colaborou na iniciativa e forneceu as árvores autóctones e as bolotas.
Durante a iniciativa, e de acordo com Jorge Lage, coordenador distrital de Braga dos Clubes da Floresta, os alunos foram sensibilizados para esta actividade florestal, medindo espaços de plantação, abrindo covas e plantando e estacando as pequenas árvores mais esguias.
Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, marcou presença na iniciativa, estabelecendo diálogo com os alunos para que chegasse a mensagem de um município mais verde às famílias e também arregaçou as mangas, aliando as palavras ao acto. Estas actividades integram ainda a adesão ao Movimento Plantar Portugal, no âmbito da Semana da Reflorestação Nacional. “Os alunos regressaram às escolas mais enriquecidos interiormente e mais felizes. Aliás, o carinho e o cuidado com que pegavam nas árvores demonstram a qualidade de ensino para a cidadania, ambiente e floresta que recebem neste projecto. Um dos objectivos dos Clubes da Floresta é integrar alunos mais problemáticos e desmotivados com a escola e os estudos, melhorando os resultados escolares e o comportamento responsável”, destaca Jorge Lage.

Magustos…

Tradição manteve-se no concelho

Um pouco por todo o concelho, a tradição manteve-se e as festividades em honra de S. Martinho, a 11 de Novembro, ficaram marcadas pelos tradicionais magustos. De Covelas, passando por Sobradelo da Goma, Calvos, Verim e Fontarcada, em vários locais e instituições as castanhas assadas marcaram no S. Martinho.
Em Verim, no Centro Social e Teresiano, os mais novos aliaram-se aos mais velhos nas comemorações do S. Martinho. A intergeracionalidade marca presença noutras iniciativas, como a desfolhada e a celebração do Hallowen, com a decoração de abóboras pelos mais pequenos. Nas actividades realizadas, algumas delas relacionadas com o mundo rural e as tradições da região, os responsáveis procuram unir as gerações. A alegria da pequena enche de contentamento os corações dos mais velhos.
Em Fontarcada, na Casa de Trabalho, as comemorações do S. Martinho realizaram-se no dia 16 de Novembro. A festa teve o seu início pelas 18 horas, com os utentes da instituição a proporcionarem um espectáculo onde não faltou o fado e o folclore. “A Tasquinha do Fado” abriu a noite de festa, com os “meninos e meninas” da Casa de Trabalho a prestarem tributo à saudosa Amália Rodrigues. Tal como em anos anteriores, o Mido e Amigos marcou presença, animando a Festa de S. Martinho da Casa de Trabalho. No final das actuações, o padre Magalhães dos Santos agradeceu a presença de todos e apelou à ajuda dos benfeitores e amigos da instituição.
No dia 12, a Santa Casa da Misericórdia acolheu as comemorações do S. Martinho promovidas pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e dirigidas aos utentes das IPSS’s e Centros de Convívio. Cerca de 250 pessoas marcaram presença nas comemorações do dia de S. Martinho. A tarde foi animada e de grande alegria, onde não faltou a música, os bailaricos e a castanha assada.
Para além dos cinco Centros de Convívio (Esperança, Vilela, Friande, São João de Rei e Fontarcada), as comemorações do S. Martinho contaram com a presença dos utentes do Centro Social Teresiano de Verim, do Centro Social e Paroquial de Monsul, do Centro Social e Paroquial de Taíde, da Comissão de Melhoramentos de Santo Emilião, da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, da Assis, da Casa de Trabalho de Fontarcada e do Centro Social e Paroquial de Sobradelo da Goma.

Serviço para a promoção da Igualdade de Género

Vítimas de Violência Doméstica mais apoiadas

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso tem em funcionamento um serviço tido como pioneiro no país. O SIGO – Serviço para a promoção da Igualdade de Género é considerado como um exemplo a seguir e está a ser replicado no país e no estrangeiro, nomeadamente em Espanha. Dar uma resposta mais eficaz às vítimas de violência doméstica e de género é um dos objectivos do SIGO, uma resposta criada pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
O SIGO reúne à sua volta um conjunto diversificado de parceiros, com intervenção e responsabilidades sociais e o trabalho em rede marca o modo de actuação deste serviço. À Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso junta-se o Ministério Público da Comarca da Pó-voa de Lanhoso, Guarda Nacional Republicana da Póvoa de Lanhoso, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), Centro Distrital de Segurança Social de Braga, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES – Gerês / Cabreira), Associação para o Desenvolvimento Social da Póvoa de Lanhoso – “Em Diálogo”, Casa de Trabalho de Fontarcada, Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso e várias IPSS’s do concelho.
O SIGO encontra-se em funcionamento na Avenida 25 de Abril, junto ao Banco do Voluntariado. O atendimento é permanente e sigiloso, sendo dado acompanhamento e informação às vítimas de violência doméstica. A denúncia ou o pedido de ajuda pode ser feito através do número 961 586 244 ou sigo@mun-planhoso.pt
“Conseguimos reunir sinergias e sem muitos custos conseguimos rentabilizar os recursos que já existiam. Daí a importância de todos os parceiros”, esclarece Carla melo, técnica afecta ao SIGO e que faz o acompanhamento às vítimas de violência doméstica.
Depois dos inquéritos realizados em 2010, com entrevistas às vítimas de violência doméstica, verificou-se a necessidade da criação do serviço.
O acompanhamento às vítimas é dado durante todo o processo por Carla Melo, do SIGO. Para o sucesso desta resposta contribui o empenho e a colaboração das entidades parceiras,  existindo locais sigilosos para albergar as vítimas de violência.
“Por norma não podemos dizer que uma vítima é apenas vítima de uma só tipo de violência. Eu costumo dizer, mas essa é a minha opinião pessoal, que quando há agressão física a violência verbal e psicológica já existe”, esclarece Carla Melo.
“É importante desmistificar. Muitas das vítimas não se identificam como vítimas de violência psicológica. Só quando lhes batem é que percebem que são vítimas de violência doméstica porque é violência física. Uma vítima não é só vítima quando lhe batem”, elucida Carla Melo, alertando ainda para os casos de violência sexual.
“Temos muitos casos nos quais a vítima está desempregada mas temos casos em que a vítima é profissionalmente activa e autónoma. Faz-nos contrariar algo que é dito, que as mulheres aguentam porque estão economicamente dependentes do marido. Temos um número de vítimas que estão desempregadas e ainda assim denunciaram”, esclarece.
Ao longo destes meses, mulheres e filhos pernoitaram 70 noites em instituições do concelho e foram servidas mais de 200 refeições.

Maria da Fonte venceu e sobiu ao 4.º lugar

Ramos entra a ganhar

Depois de um início de semana atribulado na Póvoa de Lanhoso, marcado pela saída do treinador Alberto Fernandes e quatro jogadores devido aos cortes orçamentais, o Maria da Fonte deu domingo uma boa resposta, em Merelim, e venceu o Merelinense, por 2-1, na 9.ª jornada do campeonato. Guilherme Ramos teve, assim, a estreia desejada à frente dos marifontistas, que com esta vitória subiu ao quarto lugar da série A da III Divisão.
O jogo não primou muito pela qualidade - o péssimo estado do relvado do campo João Soares Vieira também não ajudou ao espectáculo - mas sobrou em raça e atitude dos jogadores, tanta que aos 63 minutos aqueceu mais do que devia, com toda a gente das duas equipas a embrulhar-se depois de uma entrada mais ríspida. Deste lance, Diogo, avançado do Maria, e Afonso, capitão do Merelinense, acabarem expulsos do jogo, com vermelho directo. Quanto ao jogo, a equipa bracarense até foi quem começou melhor, mas depois o Maria tomou conta da partida, e foi sempre a equipa mais perigosa, indo para o intervalo a vencer, com justiça, fruto de um momento de inspiração de Nuno Mendes, que abriu o marcador, aos 15 minutos, com uma ‘bomba’ de livre que só parou na ‘gaveta’ da baliza do Merelinense.
Na segunda parte, o Merelinense voltou a entrar mais forte, e aos 53 minutos, teve nos pés de Abiodun o empate, mas o avançado dos locais falhou praticamente de baliza aberta. Quem não  falhou dois minutos depois, foi o marifontista Tiago Silva que surgiu isolado na cara de China e ‘matou’ o jogo.
A partir daqui, começou um festival de grandes defesas do guarda-redes do Merelinense. China evitou mesmo pesadelos maiores para os bracarenses, com intervenções de luxo, primeiro a travar os’ tiros’ de fora da área de Carlos Veiga, depois as recargas de Costa, que chegava sempre primeiro que os defesas da equipa da casa.
De resto, para além de muita luta, o melhor que o Merelinense conseguiu fazer foi reduzir o marcador por Canetas, aos 85 minutos, após cruzamento de Peixoto, mas a vitória do Maria da Fonte não sofre contestação, pois foi quem criou mais e as melhores oportunidades de golo.

Maria da Fonte

Guilherme Ramos é o novo treinado
O Maria da Fonte tem novo treinador. Depois da rescisão de Alberto Fernandes, no dia 19 de Novembro, a direcção escolheu Guilherme Ramos para assumir a lide- rança da equipa técnica. A escolha recaiu num homem da terra. A residir na freguesia de Taíde, o novo técnico já assumiu, em épocas anteriores, o comando de equipas como o Porto d'Ave, Terras de Bouro, Rossas, Cabeceirense e o Travassós. Para além da saída do treinador Alberto Fernandes, o Maria da Fonte ficou, na noite de 19 de Novembro, sem quatro atletas, que seguiram as pisadas do técnico. O diferendo quanto aos cortes nas verbas auferidas pelos atletas poderá estar na base da saída. Hugo Soares, Pinto, Pedrinho e João Peixoto colocaram um ponto final no vínculo ao Maria. A estes quatro, junta-se agora o avançado Diogo que deu a conhecer, esta semana, a sua saída.

Cortes levam à saída de jogadores
O corte nas verbas dos atletas tem causado divergências. De acordo com Alberto Fernandes, a direcção marifontista propôs realizar um corte nas remunerações dos atletas, tendo os mesmos concordado com os cortes mas apenas em 50% desse valor. “Os jogadores não ficaram imunes à situação e aceita-ram o corte mas queriam um corte de 50% e não o corte que a direcção queria”, justifica Alberto Fernandes.
“A equipa continuou a jogar e a lutar. Seis jogos consecutivos sem perder e demos sempre boas respostas em campo”, referiu. “Tivemos várias reuniões com o presidente e fiz-lhe sentir que até ao dia 15 de Novembro os problemas tinham que ficar resolvidos. Fui várias vezes alertando para resolverem os problemas porque os jogadores continuavam a trabalhar de uma forma séria e responsável”, referiu ainda Alberto Fernandes, na hora da saída. Para além do treinador, abandonaram o clube os restantes elementos da equipa técnica: Meia- -Noite, treinador-adjunto, e Miguel, preparador físico.

“Cortes são imprescindíveis”
A direcção do Maria da Fonte propôs, no passado mês de Outubro, a redução das remunerações do plantel sénior em 30%. De acordo com José Luís Machado, presidente do clube, tal medida deve-se às dificuldades financeiras que o país atravessa e às quais o concelho, as empresas povoenses e o clube não são alheios. O presidente confirma a existência de uma contra-proposta apresentada pelos atletas, a qual não foi aceite pela direcção, pelo facto da mesma não ser viável. “Os cortes nas remunerações são imprescindíveis para a viabilidade do clube. Não nos podemos esquecer que os gastos não se limitam à equipa sénior. Temos vários compromissos relacionados com dívidas herdadas de anteriores direcções, que estão a ser pagas por esta direcção. O principal objectivo desta direcção é diminuir o passivo do clube e, se possível, pagar todas as dívidas”, afirmou o presidente da direcção marifontista.