EDITORIAL

Armindo Veloso




Absurdos e Bom Natal


Um cidadão britânico foi condenado a prisão perpétua por terem sido provados em julgamento os crimes de homicídio e violação. Já detido numa prisão para homens, naturalmente, alegou ser transsexual – constou-se depois que tinha mudado de sexo já depois de ter cometido os crimes. Estrategicamente?... — e que pretendia ser transferido para a prisão das mulheres. O ministro da Justiça britânica não atendeu o pedido. Num posterior recurso para o tribunal, um juiz de uma instância superior deu-lhe razão e decretou que o prisioneiro fosse transferido para a prisão de mulheres alegando que era por uma questão de direitos humanos. Ah, no decorrer da argumentação destaca-se também a referência ao facto de o prisioneiro já ter os seios em desenvolvimento e que já tinha retirado os pêlos próprios de um ser humano masculino.
Mas, que raio de mundo este!?
Não me interessa aqui desenvolver mais este tema na sua parte indescritivelmente ridícula. Quero, isso sim, destacar o quão contraditório é o ser humano.
Onde estão os direitos humanos para as milhares de crianças, e não só, que morrem de fome todos os dias por esse mundo fora perante a impavidez e a serenidade de outros que chafurdam na abundância chocante? Onde estão os direitos humanos para os milhares de meninas que são assassinadas à nascença na China e na Índia e para inocentes escravizados com trabalho infantil?
Onde estão os direitos humanos para os massacrados em tantos países deste mundo com as Nações Unidas a assobiar para o lado?
Onde estão os direitos humanos para os milhões de refugiados? – perguntem ao Eng. António Guterres. Onde estão os direitos humanos para os espezinhados pelo liberalismo selvagem de uns e pelo comunismo, que ainda existe, de outros? E vem este juiz alegar com os direitos humanos para um pária que mudou de sexo quem sabe para não lhe acontecer o que acontece muitas das vezes aos violadores uma vez detidos. São estas contradições absurdas que me levam a não acreditar num futuro risonho para o mundo que pretendemos moderno. Será que merecemos ser chamados de racionais? Desculpem, caros leitores, a dureza desta crónica numa época natalícia. Há que abanar as consciências quando elas estão mais permeáveis. Tenham todos um bom Natal e um 2010 cheio do que quiserem são os votos dos que trabalham no Maria da Fonte.
Até um dia destes.

Bom Natal
Um Natal que se aproxima, mais um ano que está prestes a terminar. A reboque de mais esta quadra ímpar de festa podemos escrever mil e uma cartas ao Menino Jesus e pedir o que mais falta nos faz. Mercê de um 2009 difícil para milhares de portugueses, talvez o bacalhau seja este ano mais fino, que os doces sejam menos fartos.
Os tempos obrigam as gentes a apertarem a 'goela' com as promessas de fartosos presentes.
Na Póvoa de Lanhoso, concelho tradicionalmente católico, as famílias vão-se reunir à volta da mesa. Talvez algumas ainda façam a sua oração e deixem, no final da Ceia, os restos para que as almas venham cear com elas.
O Natal é assim. A alegria do encontro, do nascimento, da 'missa do galo' ou do forte abraço que damos ao outro que já não vemos há um ano.
O 'Maria da Fonte', nos seus quase 124 anos de história, já viveu muitos dias 25 de Dezembro. A tradição ainda é o que era mesmo que alguns costumes tenham sido alterados fruto da materialização dos presentes, do Pai Natal ou da simples ida ao circo com bilhete oferecido por uma qualquer superfície comercial.
Normalmente, este mesmo espaço é preenchido com o 'mais' e o 'menos' do concelho na última quinzena. Tal como no ano passado, resolvemos deixar, neste último número do 'MF' antes do Natal, uma mensagem de agradecimento aos nossos estimados leitores.
O ano que está prestes a terminar foi difícil, não porque as notícias e boas-novas do concelho assim o exigissem. O problema foram os intervenientes de circunstância. Estiveram mais 'impertigaitados' que nunca. As eleições envolveram o concelho num manto de luta como nunca antes tinha acontecido. Alguns políticos, que têm alguma dificuldade em assumir as suas fraquezas, culpam os jornais pelo seu fracasso. O 'MF', neste último ano, viu-se enxovalhado na praça pública por desconhecidos, numa espécie de discursos encomendados pelos cabeças-de- -cartaz. O desrespeito pela história deste jornal foi mais que evidente. E isso nunca iremos admitir ou vergar os nossos valores às vontades de homens que mais parecem crianças mimadas a escreverem cartas utópicas ao Pai Natal.
Os vencedores nunca concluem que o 'MF' os ajudou. Mas os perdedores acham sempre que foi o 'MF' que os censurou, que lhes cortou o pio ou que ocultou este ou aquele assunto em prol do outro. Vivem atormentados por uma perseguição imaginária, só existente na mente deles próprios ou no seio dos seus partidos ou grupos do trabalho.
Natal não é tempo de lavar roupa suja. Mas é uma excelente quadra para todos fazermos um exame de consciência e vermos como tratamos o outro, o seu trabalho, o seu ganha pão. Sim. O seu único sustento. É que no mundo do jornalismo não há benesses do Estado ou empresa pública para nos mandarem para casa aos 50 anos e passarmos o dia a acusar o outro de nos estar a fazer mal.
No que a nós diz respeito, pedimos desculpa aos nossos leitores por não termos conseguido dar-lhes as melhores notícias ou reportagens. Aos políticos, do mais simples ao mais vaidoso, só 'lamentamos' o facto de termos conseguido ser justos, isentos e, acima de tudo, preservar um dos valores mais belos deste centenário jornal: todos têm voz, independentemente do seu estatuto.
Ricardo Miguel Vasconcelos e Lurdes Marques
Garfe transformou-se
na Aldeia dos Presépios













Até ao dia 6 de Janeiro, a freguesia de Garfe está transformada na “Aldeia dos Presépios”, fruto das 15 construções realizadas pela população da freguesia. Com mais dois presépios que o ano transacto (curso de Geriatria e EB 1 e JI), a freguesia de Garfe vestiu-se a rigor para acolher os milhares de pessoas que ali se deslocam para apreciar os presépios construídos nos vários lugares da freguesia. A “Loja dos Presépios”, criada este ano, assume-se como um importante ponto de divulgação dos presépios, assim como dos produtos turísticos do concelho. Aquando da inauguração, no dia 8 de Dezembro, Fátima Moreira, vereadora da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, considerou que “os presépios de Garfe assumem-se, actualmente, como um produto turístico de excelência para o concelho”. O número de presépios construídos e a qualidade que impera nos mesmo fazem com que a freguesia de Garfe se assuma como um dos pontos de passagem obrigatória na época natalícia. A edição deste ano, a oitava, conta com 15 presépios, mais dois que a edição transacta, e o máximo possível, segundo o padre Luís Fernandes, um dos impulsionadores da iniciativa. “O envolvimento e o entusiasmo da população de Garfe é total. O empenho da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal é cada vez maior. É por isso que contámos com milhares e milhares de pessoas, desde hoje até ao dia 6 de Janeiro”, disse o padre Luís Fernandes, que apresentou os parabéns à população de Garfe, pela elaboração das 15 “obras de arte”. “Hoje os presépios de Garfe são uma referência no concelho”, destacou Manuel José Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Depois da abertura oficial seguiu-se uma visita aos quinze presépios que culminou com a celebração da Eucaristia junto ao presépio do Curso de Geriatria, na Avenida Padre Manuel Cunha. Dada a grande divulgação do evento, a população de Garfe não deixou o crédito por mãos alheias e proporciona aos visitantes quinze belos presépios, cada um deles com a sua particularidade e onde foram empregues vários meses de trabalho, quer na construção de imagens, quer na preparação do espaço que acolhe o presépio. Com imagens estáticas ou movimentadas, com imagens grandes ou pequenas, nos presépios de Garfe predomina o mundo rural, com a recriação das várias tarefas agrícolas. A pastorícia, os trabalhos no campo, e os vários ofícios têm lugar cativo nos presépios de Garfe, aos quais se juntam os Reis Magos e o nascimento de Jesus...

Juventude Socialista da Póvoa de Lanhoso

Gilberto Anjos
é o novo coordenador

A Juventude Socialista da Póvoa de Lanhoso elegeu, no passado dia 28 de Novembro, entre as 15 e as 19 horas, os novos membros da Comissão Política Concelhia para o biénio 2009-2011. O coordenador concelhio cessante, Pedro Silva, não se recandidatou, uma vez que atingiu o limite máximo de idade, pelo que o seu lugar será ocupado por Gilberto Anjos, nos próximos dois anos. Sendo assim, Gilberto Anjos, o primeiro nome da lista da Comissão Política Concelhia, foi eleito coordenador da JS Póvoa de Lanhoso com 78 votos, registando-se apenas um voto em branco. Marta Oliveira, o segundo elemento da mesma lista, mantém-se na presidência da Comissão Política Concelhia. Gilberto Anjos, de 28 anos, natural da freguesia de Moure, foi eleito Presidente de Junta, nas últimas eleições autárquicas. É licenciado em Administração Pública pela Universidade do Minho e integrou o anterior Secretariado Concelhio da JS, liderado por Pedro Silva. Como estratégia de acção, o novo coordenador pretende, assim, dar seguimento ao trabalho desenvolvido pelo secretariado cessante, destacando a importância da proximidade às freguesias e a necessidade de envolver os jovens na luta pelo futuro do concelho e de cultivar o seu activismo...

Especial Natal

Por ocasião da feira semanal, o ‘Maria da Fonte’ foi ao encontro de alguns povoenses, a fim de ficar a conhecer os seus hábitos relacionados com as compras de Natal. Conversamos com seis povoenses e aqui deixamos as suas respostas às perguntas realizadas pelo “Maria da Fonte”.


1 Já comprou as prendas de Natal?
2 Opta pelo comércio tradicional ou prefere as grandes superfícies?
3 Quanto gasta em prendas?
4 O valor gasto em prendas tem vindo a diminuir ou mantém-se igual?
5 Como está o poder de compra dos portugueses, em particular dos povoenses?
6 Como vai passar o Natal?


Maria de Fátima Vieira de Matos Rodrigues, residente em Brunhais
1 - Ainda não comprei as prendas de Natal. Costumo comprar as prendas antecipadamente. Vou comprando as prendas pois não gosto de deixar tudo para os últimos dias.
2 - Compro todas as prendas nas lojas de comércio tradicional da vila da Póvoa de Lanhoso.
3 - Para toda a família gasto cerca de 200 euros.
4 - O valor gasto em prendas mantém-se quase sempre o mesmo.
5 - Este ano está uma crise muito grande e as pessoas gastam menos dinheiro em prendas.
6 - Vou passar o Natal na minha casa, em Brunhais, com os meus filhos e o meu marido, que está emigrado mas vem passar a quadra natalícia cá. Mantenho os pratos tradicionais de Natal e a doçaria também.

Marta Machado, residente em Travassos
1 - Ainda não comprei as prendas de Natal pois costumo fazê-lo uma semana antes do Natal.
2 – Costumo ir ao centro comercial. Tem mais oferta e encontramos praticamente tudo o que procuramos.
3 – Não tenho ideia quanto ao valor gasto, mas compro cerca de dez prendas.
4 – Penso que mantenho o valor gasto ao longo destes anos.
5 – Acho que a crise leva a que muitas pessoas gastem cada vez menos em prendas de Natal e penso que são muitas as pessoas que o fazem.
6 – Será passado em casa da minha mãe, com toda a família. Mantemos, também, as tradições da quadra natalícia.

Helena Gonçalves, residente em Travassos
1 – Ainda não comprei as prendas de Natal. Não costumo deixar para os últimos dias mas este ano atrasei-me.
2 – Costumo ir às grandes superfícies pois a oferta é maior. Tanto no comércio tradicional como nas grandes superfícies há produtos que estão caros, apesar de se falar em crise.
3 – Gasto, normalmente, entre 100 e 200 euros.
4 – Tem sido igual o valor gasto ao longo dos anos.
5 – O poder de compra é menor, cada vez as pessoas têm menos dinheiro para gastar em compras e procuram o mais barato.
6 – O Natal será passado em família, mantendo-se a tradição.

Maria da Conceição Gonçalves, residente em Brunhais
1 – Já comprei todas as prendas e comprei muitas pois tenho muitos filhos e muitos netos. Comprei cerca de 30 prendas
2 – Comprei em vários locais da vila. Não vou aos centros comerciais. Faço sempre as compras nas lojas da vila e na feira.
3 – Já gastei bastante di-nheiro mas não sei precisar quanto.
4 – Não tenho diminuído às prendas e gasto quase sempre o mesmo valor todos os anos.
5 – Há menos poder de compra. Como sou reformada, o valor que recebo no final do mês está garantido mas há quem tenha cada vez menos dinheiro para gastar em compras.
6 – Vou passar em Brunhais juntamente com dois filhos que vivem cá pois os que estão no estrangeiro não vêm passar cá o Natal. A tradição mantém--se na minha casa.

Laura Rodrigues, residente em Lanhoso
1 – Ainda não comprei as prendas de Natal e deixo sempre para os últimos dias.
2 – Compro sempre nas lojas de cá. Como não tenho carro compro sempre pela vila.
3 – Quando vou a França aos meus familiares tenho sempre muitas prendas para comprar mas este ano vou passar cá o Natal e poucas prendas vou comprar.
4 – O número de prendas depende se vou ou não a França passar o Natal com os meus filhos.
5 – Há menos dinheiro e quando isso acontece as pessoas em vez de comprarem prendas mais caras optam por ir ao barato.
6 – Vou passar cá e claro que seria um Natal mais alegre se fosse a França passar a quadra natalícia com os meus filhos.

Armanda da Silva Lopes, residente na Póvoa de Lanhoso
1 – Já comprei algumas das prendas. Gosto de ir comprando e não deixo para os últimos dias.
2 – Compro em vários locais, tanto no comércio tradicional como nos centros comerciais.
3 – Não tenho ideia do va-lor gasto mas compro entre 12 e 15 prendas.
4 – Tenho vindo a gastar menos dinheiro com as prendas de Natal.
5 – As pessoas têm menos dinheiro para gastar. A crise faz com que se gaste menos dinheiro em prendas.
6 – Ainda não sei. Trabalho no lar e não sei se vou trabalhar nessa noite. Mantenho a comida tradicional desta época.
Câmara Municipal
homenageou voluntários
Na passagem do Dia Internacional do Voluntariado, a 5 de Dezembro, Fátima Moreira, vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, lançou o desafio às IPSS’s e outros parceiros da rede social para que “abram as suas portas e simplifiquem os seus métodos internos no sentido de receberem voluntários nas suas instituições”. Naquele dia, numa cerimónia realizada no Theatro Club, a autarquia povoense homenageou cerca de ses-senta povoenses que integram o Banco do Voluntariado da Póvoa de Lanhoso, criado há 3 anos. A cerimónia contou, para além da homenagem, com a abertura de uma exposição de fotografia alusiva às várias actividades desenvolvidas pelos voluntários, e com um brilhante concerto pela Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso. “Pretendemos registar que há gente que não é indiferente. Gente que sai da zona da comunidade e estende a mão em sinal de ajuda e solidariedade. Homens e mulheres que nos seu ideais de vida não procuram, nem agradecimentos, nem tão pouco reconhecimento público. Atendem, apenas, ao seu sentido de responsabilidade social e ao seu anseio de exercer cidadania e para isso disponibilizam o seu tempo e a sua dedicação de forma altruísta, contribuindo para a construção de uma sociedade mais digna para todos”, disse Fátima Moreira, Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, no início da cerimónia. Num gesto simples, o presidente da Câmara Municipal entregou aos voluntários presentes uma rosa e um diploma, como forma de reconhecer o tempo dedicado por estes povoenses à causa do voluntariado...

Entrevista a José Manuel Silva, Presidente da Junta de Freguesia de Ajude

“Esta é a terra que eu sinto
como minha”

Depois de ter concorrido em 2005, José Manuel Silva, de 32 anos, apostou, este ano, na recandidatura à Assembleia de Freguesia de Ajude. Depois do empate no primeiro acto eleitoral, a repetição da votação deu a vitória, por 10 votos, à lista do PSD, encabeçada por José Manuel Silva.

Maria da Fonte - Depois de 2005, em Outubro de 2009 assumiu-se novamente como candidato à Junta de Freguesia de Ajude. O que o levou a avançar com a candidatura?
José Manuel - Porque sou Ajudense, estava preparado, e sentia-me também responsável por aquilo que pudessem ser os destinos da minha Freguesia. Portanto, antes de mais, pelo sentido de responsabilidade pela comunidade. Por outro lado, fui sendo sensibilizado para esse efeito. Durante os últimos quatro anos, enquanto líder da oposição na Assembleia de Freguesia, eu tinha vindo, por diversas vezes, a confrontar a antiga Junta com aquilo que era a minha frontal discordância com a gestão da freguesia. Tinha vindo a dizer que eu, nas circunstâncias de gestão, não o faria assim. Ou seja, confrontado com a minha coresponsabilidade pelos destinos desta comunidade e, por outro lado, sensível aos apelos que me eram feitos e também confrontado com a minha coerência e honestidade intelectual, que continuam a ser valores fundamentais para mim, resolvi candidatar-me e isto só foi possível porque esta é a terra que eu sinto verdadeiramente como minha. Noutra circunstância, seria absolutamente impensável.
MF - Depois da repetição do acto eleitoral, como descreve esse período?
JM - Foi um período de grande participação e cumplicidade de um grupo extraordinário que tive a honra de liderar. Não defino esse período como “luta” complicada, mas sim como uma maratona eleitoral. Foi um período bonito de participação, iniciativa e respeito por todos. Do outro lado, havia um ambiente ferrenho socialista, que fazia o seu trabalho de campanha, com elevação e respeito.
MF - Neste ano, começa-se a escrever uma nova página na história da freguesia. O actual executivo é composto por jovens. Esse facto funcionou como um entrave ou um aspecto positivo na campanha eleitoral?
JM - Preocupei-me, com grande sentido de responsabilidade, quer para a Junta como Assembleia, em ter elementos de reconhecida competência e qualidade e isso, em qualquer circunstância, é um aspecto positivo. Juntos fizemos a diferença.
A participação desta equipa muito jovem na campanha potenciou ainda o desenvolvimento de qualidades como compromisso, envolvimento, responsabilidade, solidariedade, consciência democrática, motivação, participação, iniciativa, respeito pelos outros, tolerância e auto-estima. São competências e qualidades transferíveis para outras esferas nomeadamente profissionais. Foi um espaço de aprendizagem e responsabilidades comuns, onde os jovens iniciaram par-te importante da identidade do seu ser político.
MF - A atribuição de bolsas de estudo a jovens universitários foi também anunciada. Já iniciaram essa atribuição. O valor é uniforme ou tem em conta os rendimentos do agregado familiar?
JM - Já elaboramos o regulamento de atribuição de bolsa de estudo, que foi aprovado pela Junta e será levado, a discussão e votação, à próxima reunião de Assembleia de Freguesia, que se realizará antes do final do ano. Após aprovação, iremos iniciar de imediato essa atribuição. Pretende, a Junta de Freguesia de Ajude, com a atribuição desta bolsa, minorar as dificuldades económicas sentidas pelos agregados familiares da freguesia, as quais representam sérios obstáculos ao prosseguimento dos estudos por parte dos seus descendentes. Ao proporcionar este incentivo aos estudantes, a Junta de Freguesia, além de reduzir as desigualdades sociais, possibilita-lhes uma vida profissional mais promissora, contribuindo, igualmente, para o desenvolvimento educacional, para a elevação cultural da freguesia e democratização do ensino. É imbuída deste espírito que a Junta de Freguesia concretiza, através de regulamento, a concessão de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior Público.
As Bolsas de estudo são ajustadas, de acordo com o valor atribuído anualmente, na medida do necessário, no plano de orçamento da Junta de Freguesia, de uma forma uniforme, por todos os candidatos, quando se verifique mais de dois. Em situação de dois ou um candidato, a Junta poderá pagar, até ao limite máximo, o valor da propina.
MF - No vosso manifesto eleitoral comprometeram-se, a pagar 50%, na requisição do contador de água para ligação à rede pública, já iniciaram esse apoio?
JM - Pretende, a Junta, enquanto órgão, sensibilizada para a necessidade de diminuir as dificuldades económicas sentidas pelas famílias, realizar, através de regulamento, o apoio na requisição de contador para ligação à rede pública. Elaboramos e aprovamos o regulamento, que será também apresentado à votação na próxima reunião de Assembleia. Após aprovação, conforme vaticinamos, estaremos em condições de iniciar esse apoio.
MF - Outra das medidas anunciadas foi o apoio ao cuidador. Como vai ser dado esse apoio?
JM - Apesar de não haver uma meta para este programa, a criação e aprovação deste regulamento, referente a um Banco de Apoio ao Cuidador, será aprovado no próximo ano. O Apoio ao Cuidador será uma medida de apoio a quem tem a seu cargo, crianças, idosos ou pessoas com algum tipo de limitação física ou psíquica. Essas ajudas poderão passar por bens alimentares, roupas, electrodomésticos, jogos didácticos para crianças, bengalas, entre outros.
MF - Que obras pretendem concretizar?
Apresentamos, em campanha eleitoral, um programa para cumprir. As obras, no mesmo apresentado, são as que iremos realizar neste mandato. Das obras a realizar destaco: Requalificação do Cemitério; requalificação do Largo do Padre Américo; requalificação da acessibilidade para a Piconha; requalificação da acessibilidade da Avenida da Boavista; requalificação do Largo junto à casa do Sr. Antero; requalificação da estrada municipal nº 595; melhoramentos no Lugar do Bairro; e parque de merendas junto ao rio.

DESPORTO

Maria da Fonte derrotou Morais
e mantém liderança

A vitória por 3-1, sobre a formação do Morais, permitiu ao Maria da Fon-te continuar na liderança da série A, com mais um ponto que o seu mais directo adversário, a formação do Montalegre. Frente a frente estiveram duas formações com posições antagónicas na tabela classificativa: de um lado, o Maria da Fonte, 1.º classificado, e, do outro lado, o Morais, último classificado e lanterna vermelha desta série A. Aos 26 minutos, a formação do Morais inaugurou o marcador, com Edivaldo a colocar a formação visitante na frente do marcador. Num lance pelo lado direito do ataque do Morais, Edivaldo remata com a bola a embater num atleta do Maria da Fonte e a trair Miguel. A resposta do Maria da Fonte chegou aos 32 minutos, num golo de Nuno Mendes, que na marcação de um livre, do meio da rua, deixou tudo em aberto. A passagem do Maria da Fonte para a frente do marcador ocorreu aos 75 minutos, com Pedrinho a colocar a formação da casa a vencer por 2-1. O terceiro golo do Maria da Fonte surgiu por Rui Abreu, que estabeleceu o resultado final em 3-1. No próximo domingo, dia 20, a formação do Maria da Fonte desloca-se ao terreno do Bragança, o quinto classificado da série A.
Entrevista a Gilberto Anjos, presidente da junta de Moure

“Os jovens não se revêem na
política e nos políticos de hoje”


Assembleia Municipal aprovou
aumento das taxas do IMI


‘Oportunidades’ organiza jornadas
sociais supra-concelhiaseducação


Educação
Alice Vieira visitou

Escola EB 2,3 de Taíde

EDITORIAL

Armindo Veloso




Marketing


No mundo actual, o marketing está presente em tudo.
Estavam longe de pensar os criadores desta ciência capaz de nos persuadir, que o marketing político atingiria os níveis de complexidade que vieram a atingir.
Não direi, como um dia disse Emídio Rangel, então director geral da SIC, quando afirmou que a televisão era capaz de eleger um Presidente da República como vende um sabonete. A prática tem mostrado que não se chegará tão longe. No entanto, os últimos tempos têm sido pródigos em autênticos malabarismos políticos estudados pelos marketeer's de serviço.
Quando se diz, por exemplo, que a economia está a decrescer 3% num determinado trimestre e no trimestre seguinte ela só decresceu 2,7%, será mais honesto dizer que a economia cresceu 0,3%, como dizem os tais, ou que a economia decresceu menos 0,3%?
Há sempre quem diga que é para animar a malta. Será? E se for, não seria melhor explicar cabalmente às pessoas quando as coisas estão más, menos más, ou boas? Se se disfarça com formas dúbias de entreter os números, que argumentos há para não aumentar os salários, por exemplo? Com a inflação negativa? Quem sabe o que isso é?
Mais: o que dizer, por exemplo, de assuntos polémicos serem atirados para cima dos media quando convém? Garantiram-me, pessoas ligadas a estes grandes meandros do marketing político, que o partido socialista só aceitou falar intensamente, com a ajuda da RTP e da Fátima Campos Ferreira..., nos casamentos entre homossexuais antes do natal – não havia pior época para se falar deste assunto... — porque o caso “Face oculta” tinha que ser diluído o possível com outros assuntos. Quanto seria bom vivermos num mundo com menos artimanhas.
Os políticos fazem-me lembrar os vendedores de time-sharing. Dizem ao cliente que lhe estão a vender um apartamento quando, na realidade, apenas lhe vendem o direito a usá-lo uma semana por ano.
E o povo lá vai umas vezes cantando e rindo e outras gemendo e chorando.
Até quando?...
Até um dia destes.
CASTELO

Garfe
Dentro de poucos dias, a freguesia de Garfe transforma-se na ‘Aldeia dos Presépios’. Iniciada há oito anos, a iniciativa tem ganho relevo de ano para ano, e é já um ponto de passagem obrigatória na época natalícia. O trabalho e o carinho empregue pelos vários moradores na cons trução dos belos presépios merece aqui ser realçado. A tudo isto, junta-se também a dedicação do pároco da freguesia, padre Luís Fernandes, o grande impulsionador desta iniciativa. A todos quantos trabalham na construção das ‘quinze maravilhas’ que este ano estão em exposição, deixamos aqui uma palavra de apreço e incentivo, para que, de ano para ano, seja cada vez melhor.
CASTELO DE AREIA
IMI

Na última Assembleia Municipal, realizada segunda-feira, foram aprovadas as taxas de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) do ano 2009. Para os prédios avaliados à luz do novo digo do Imposto sobre Imóveis a taxa aplicada será de 0.30%, sendo de 0.65% para os restantes imóveis. Nada de anormal se tais taxas agora aprovadas não representassem um acréscimo de 62,5% e 50%, respectivamente. Cada uma das partes (executivo, bancada PSD e PS e representante do PP) apresentou as suas propostas e as suas razões. Não vou aqui apontar quem está certo ou quem está errado. O que não nos podemos esquecer é que estes aumentos vão pesar na carteira dos povoenses.

Assembleia Municipal aprovou...

Aumento das taxas do IMI

Em sede de Assembleia Municipal, foi aprovada, na passada segunda-feira, a proposta da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso que visa fixar as taxas de IMI relativas a 2009 em 0.65 e 0.3 para os prédios avaliados antes e depois da entrada do CIMI (Código do Imposto Municipal sobre Imóveis), respectivamente.
A proposta apresentada pelo executivo de Manuel Baptista foi aprovada, com 30 votos a favor, 27 contra e 1 abstenção.
Recorde-se que, no ano transacto, as taxas foram fixadas e 0.4 e 0.2, consoante se tratassem de prédios avaliados antes ou após a entrada do novo código. Com estas alterações, regista-se uma subida de 62.5 e 50% nas referidas taxas.
Na apresentação da proposta, Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal, considerou que se trata de uma proposta “efectivamente razoável”.
“Para fazermos política social não podemos abdicar desta receita”, defendeu o presidente da Câmara Municipal.
Dando conta de que a maioria dos concelhos não abdica das suas taxas, Manuel Baptista salientou ainda que “dos 14 concelhos do distrito, nove têm as suas taxas no máximo e apenas um dos restantes cinco têm taxas próximas das da Póvoa de Lanhoso”.
“Até 2005 o anterior executivo sempre fixou as taxas no máximo”, acusou Manuel Baptista.
“Um aumento de 50 e 62,5% das taxas do IMIalertou o PS, uma vez que os prédio avaliados ao abrigo do novo código passam de uma taxa de 0.2 para 0.3 e os restantes de uma taxa de 0.4 para 0.65. “Uma proposta absurda, contraditória, incoerente e absolutamente injusta”, considerou António Ramalho, da bancada socialista.
“Isto vai pesar seguramente muito para algumas famílias. É um aumento brutal, não uma ligeira subida”, disse António Ramalho.
No decurso dos trabalhos, Sérgio Soares foi eleito representante dos presidentes de junta do concelho, tendo ainda sido aprovada, com 30 votos a favor e 28 abstenções, a constituição de cinco comissões permanentes (responsabilidade social; urbanização e planeamento; ambiente; juventude, educação e desporto; e trânsito e toponímia), compostas por cinco deputados (3 do PSD e 2 do PS), uma vez que o representante do CDS/PP prescindiu da sua presença numa das comissões.
A par destes assuntos, foram ainda eleitos os cinco representantes da Assembleia Municipal que vão integrar a Assembleia Intermunicipal da CIM do AVE e os quatro elementos que irão integrar a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.

Cultura

P. Lanhoso e Montalegre unidos

Teve lugar, no dia 18 de Novembro, no auditório da Casa da Botica, a apresentação da parceria entre as câmaras da Póvoa de Lanhoso e Montalegre, que envolve o Centro de Criatividade e o Centro de Estudos do Barroso – Teatro e Tradições.
“A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e a Câmara Municipal de Montalegre, assumem, assim, a implementação de uma estratégia conjunta de formação cultural das suas populações, consubstanciada, na sensibilização para a arte e para a cultura e na formação de novos públicos”, disse Fátima Moreira, Vereadora da Cultura e presidente da nova cooperativa do Centro de Criatividade.
“Temos consciência que este é o caminho certo. Os concelhos de pequenas dimensões que têm pouca disponibilidade financeira para grandes apostas ao nível cultural, devem assumir esta estratégia de parceria efectiva com entusiasmos e convicção”, revelou ainda Fátima Moreira. “O Cálice da Alegria”, apresentado em Montalegre, a 13 de Novembro, foi a primeira produção conjunta que contou com elementos, entre técnicos e actores, dos dois municípios.
“Esta parceria permitirá, também, a rentabilização de recursos humanos qualificados assim como, a rentabilização do potencial artístico disponibilizados pelas diferentes residências artísticas que se têm revelado grupos de grande valor e qualidade artística”, assume Fátima Moreira que revelou ainda que “o sucesso alcançado com a primeira produção conjunta, “O cálice da Alegria”, realizado em Montalegre, é o primeiro resultado de um trabalho de parceria efectiva que nos faz acreditar que estão criada as condições para conseguirmos implementar as dinâmicas a que nos propomos”. De acordo com informações prestadas por Moncho Rodriguez, cerca de 300 estão já inscritas nas oficinas.
Dando conta da importância da preservação dos valores culturais, Fernando Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, deu conta dos vários temas (cegadas, crenças, sextas- -feiras 13 e contrabando) onde os responsáveis podem procurar inspiração para a criação de novas produções. “Queremos ser uma terra de produtos regionais, de turismo e de cultura”, disse o presidente da Câmara Municipal de Montalegre.
“Cada vez me orgulho mais da aposta do executivo no Centro de Criatividade”, disse Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“Hoje a cultura não pode ter cor política. Há sim, trabalho e seriedade”, destacou Manuel Baptista, que considera esta iniciativa como uma “parceria saudável”, uma vez que junta o que de melhor as pessoas sabem fazer.
Descentralizar é, pois, a palavra de ordem, com a freguesia de Taíde a acolher uma oficina de dança, levando, dessa forma, as ofertas do Centro de Criatividade às freguesias do concelho da Póvoa de Lanhoso.

Espaço Jovem

Dominó e Monopoly dinamizados

Dando seguimento ao ensino de jogos educativos e que obriguem a um raciocínio lógico, o Espaço Jovem, no Parque do Pontido, vai ensinar as regras do jogo do dominó aos mais jovens. A iniciativa tem lugar no dia 17 de Dezembro, quinta-feira, e o Espaço Jovem desafia os mais novos a aprender a jogar dominó.
No dia 22 de Dezembro, terça- -feira, as atenções estarão volta-das para um Torneio de Monopoly. O torneio decorrerá por eliminatórias até se chegar à final, com a presença de seis jogadores, da qual sairá o vencedor. O Monopoly, conforme re-vela o Espaço Jovem, é um dos jogos de sociedade mais popular do mundo, com pequenos e crescidos a divertirem-se com este jogo, cuja lógica reside na compra e venda de propriedade, empresas, casas, hotéis, entre outros, através da qual uns jogadores ficam “ricos” e outros vão à “falência”. Inscreve-te e participa, incentiva o Espaço Jovem.

Entrevista a Gilberto Anjos


Moure: das mais belas freguesias
- diz o Presidente da Junta de Freguesia de Moure

Depois do abandono da vida política de Agostinho do Rosário, que durante mais de trinta anos presidiu à Junta de Freguesia de Moure, Gilberto Anjos encabeçou a candidatura do PS àquela Assembleia de Freguesia, tendo vencido a disputa eleitoral no dia
11 de Outubro.
Com 27 anos, Gilberto Anjos é o mais jovem Presidente de Junta do concelho.

Maria da Fonte - Como surgiu a candidatura à Junta de Freguesia de Moure?
Gilberto Anjos - A candidatura à Junta de Freguesia de Moure surgiu após o convite e desafio que me foi lançado pelo anterior Presidente de Junta, Agostinho do Rosário, em conjunto com o Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso. Este convite surgiu num momento em que estava a preparar algumas propostas para entregar ao Presidente da Junta de Freguesia da minha terra, pensando eu que este seria novamente candidato. A partir do momento em que aceitei o convite essas mesmas propostas passaram a constar do meu manifesto eleitoral. Aceitei esse desafio porque acreditava que tinha condições para reunir uma equipa representativa de todos os lugares, pessoas de diferentes idades e de diferentes vivências a volta do melhor projecto para Moure.

MF - As eleições para a Assembleia de Freguesia de Moure foram disputadas por dois jovens. Este é um dos bons exemplos da participação política dos mais novos. Que comentário lhe merece?
GA - O facto da disputa da Assembleia de Freguesia ter sido disputada por dois candidatos jovens mostra que existe jovens sensíveis e predispostos a participar na vida política e preocupados com os problemas e necessidades que os rodeiam. É um bom sinal, mas não deixa de ser infelizmente um caso raro. A meu ver os jovens não se revêem na política e nos políticos de hoje, muito por causa dos excessivos maus exemplos que existem a todos os níveis. È preciso devolver credibilidade à politica e mostrar a todas as pessoas, mas principalmente aos jovens, que é possível estar na vida política de uma forma positiva, que é possível servir as pessoas através da política em vez de se servir da política para outros fins, que não o interesse colectivo. Essa é uma causa que me diz particular respeito, quero e farei tudo para ser exemplar nas funções para as quais fui eleito.

MF - É fácil substituir um homem como Agostinho do Rosário, que durante mais de trinta anos ocupou a presidência da Junta de Freguesia?
GA - É fácil e difícil ao mesmo tempo. Por um lado, é fácil uma vez que o trabalho que foi desenvolvido pelo Sr. Agostinho e as pessoas que o acompanharam ao longo dos sucessivos mandatos, fez com que existissem bases só-lidas para esta nova equipa poder iniciar o seu trabalho. Por outro lado, a fasquia é elevada! Esse mesmo trabalho realizado habituou os Mourenses a verem a nossa terra crescer e desenvolver-se a um ritmo constante, o que foi muito bom. Queremos, como é evidente, fazer ainda mais e melhor, e sei que ele também quer continuar a ver a nossa terra a crescer. Teremos as nossas dificuldades, mas estou certo que as iremos ultrapassar com a ajuda de todos.

MF - Como vê o desenvolvimento da freguesia nos últimos anos?
GA - Como já mencionei na pergunta anterior, vi Moure a ter um bom desenvolvimento dentro daquilo que são as possibilidades da nossa freguesia. Quem não se lembra de como era a área envolvente à Igreja ou, por exemplo, dos antigos acessos aos lugares de Rabuíde e do Monte, e, mais recentemente, das melhorias efectuadas no caminho entre a Calçada e a Costa, na Rua das Ferinhas e na Rua das Cruzes. Toda a freguesia está coberta pela rede de água pública e temos dois lugares cobertos por rede de saneamento. Moure é hoje considerada uma das mais belas freguesias do nosso concelho, e isso tem muito a ver com o trabalho desenvolvido nos últimos anos.
(...)

Organização da “Oportunidades”

Jornadas sociais supra-concelhias

Tem lugar no dia 9 de Dezembro, no Auditório da Casa da Botica, na Póvoa de Lanhoso, as I Jornadas Sociais Supra-Concelhias, numa organização da “Oportunidades” – Associação Portuguesa de Prevenção e Apoio à Saúde Mental, com sede no Largo António Lopes, n.º 322, desta vila.
Com o objectivo de promover um espaço alargado de reflexão sobre a temática das qualificações das Organizações Sociais Sem Fins Lucrativos, em termos da qualidade das respostas, estas jornadas visam, ainda, sensibilizar e informar as organizações sociais sobre as necessidades, exigências e oportunidades da qualificação do sector social, assim como a promoção da troca de experiências, boas práticas e formas de intervenção entre técnicos e dirigentes das Instituições Particulares de Solidariedade Social.
“A Qualificação das Organizações Sociais – no caminho da excelência” é o tema desta primeira edição das jornadas sociais tem como destina-ários os parceiros das redes sociais, representantes e técnicos das Organizações Sociais Sem Fins Lucrativos e a população em geral.

Desafio que passa pela promoção da qualidade e da qualificação dos técnicos
Segundo Carla Soares, directora da OPORTUNIDADES, estarão presentes nesta iniciativa todas as redes sociais do distrito.
“As organizações sociais, como qualquer entidade, não fogem a um novo desafio que passa pela promoção da qualidade e da qualificação dos seus técnicos, no sentido de haver sustentabilidade dos seus projectos. A qualificação é hoje uma exigência das tutelas, quer do Ministério da Saúde, quer da Segurança Social”, refere Carla Soares.
“Não é possível oferecer respostas sociais adequa- das se não houver um equipamento social adequado”, adianta Carla Soares.

Diálogo entre redes sociais é objectivo das jornadas
Promover o diálogo com outras redes sociais, no sentido de saber a forma como estão a trabalhar, as pistas que podem oferecer e como avançar para melhorar a qualidade, são objectivos da iniciativa, segunda a directora da associação, que adianta ainda que “o objectivo destas jornadas, para além de promover a reflexão, é promover uma cultura de qualidade”.
“Hoje em dia, temos que entender que a competição é muito, mesmo ao nível das IPSS’s. Mesmo não tendo fins lucrativos, somos obrigados a competir com outros, mesmo de fora do concelho e para competir é preciso ter “armas” iguais”, salienta Carla Soares, onde o trabalho em rede e a troca de experiências é fundamental. “Para haver sustentabilidade e crescimento é preciso ter qualidade”, vinca a directora da OPORTUNIDADES.
A Qualificação do Sector Social – Caminhos, desafios e Oportunidades; Mesa 2: Qualidade das Respostas e Equipamentos Sociais; e Mesa 3: Organizações sociais: novos desafios, novas exigências serão os temas abordados nas primeiras jornadas sociais supra-concelhias.

EB 2,3 de Taíde

Alice Vieira visitou escola


A Escola EB 2,3 de Taíde contou, no dia 18 de Novembro, com a presença da escritora Alice Vieira, uma das mais importantes autoras portuguesas de literatura infanto-juvenil. Aquando da sua presença naquele estabelecimento de ensino, Alice Vieira participou em três sessões destinadas aos alunos do 2.º ciclo, conhecedores das obras da autora, no âmbito do Plano Nacional de Leitura. “Acabei por descobrir a paixão pela escrita. Todos nós nascemos com um dom. Temos é que o descobrir e depois trabalhar esse dom”, disse Alice Vieira aos alunos presentes.
Questionada pelos alunos, a autora revelou que começou a escrever para crianças com 10 e 11 anos e que os seus primeiros livros foram acompanhando o crescimento dos seus filhos.
Revelando que os seus gostos recaem na criação de romances para jovens e adultos, Alice Vieira deu a conhecer que as suas obras são inspiradas na realidade. “Escrevo sobre tudo aquilo que a realidade me dá, que depois é trabalhado. Parto sempre da realidade e das minhas memórias de infância”, disse a autora. “Os olhos de Ana Marta” e “Rosa, Minha Irmã Rosa” foram as obras que mais despertaram os alunos e sobre as quais foram pedidos mais esclarecimentos à autora. “Das obras publicadas, qual a que mais aprecia?”, “Quanto tempo demora a escrever um livro?”, “O que sentiu quando recebeu o pré-mio de literatura infantil em 1983?”, “Edita muitas obras no estrangeiro?” e “Gosta mais de ser jornalista ou escritora?”, foram algumas das questões colocadas pelos alunos. Como forma de homenagear a escritora, a Escola EB 2,3 de Taíde possui uma sala com o nome “Alice Vieira”.

EB 2,3 de Taíde

Comemora S. Martinho

O Clube da Floresta Pinheiro Vivo proporcionou momentos de convívio na E.B.2,3 de Taíde. Um grupo de Alunos do Clube da Floresta esperava os colegas à saída das aulas e entregava os cartuchos das castanhas e uma receita que referia: ”Pelo S. Martinho come-se doce de abóbora com queijinho!”. Afinal a tradição já não é o que era mas, este ano, há 15 dias, um grupo do Pinheiro Vivo lembrou-se de confeccionar doce de abóbora e de castanha para adoçar o início das actividades do Clube.
Isto resultou porque estavam inscritos cerca de 80 alunos e agora já ultrapassam os 100… Afinal há muitos gulosos!!!
Enquanto saboreavam as castanhas, puderam visitar a “Feirinha da castanha e dos doces…”, no Polivalente da Escola, onde se pesavam castanhas e se provavam os doces de abóbora e de castanha. O espaço envolvente estava recheado de provérbios, quadras e adivinhas sobre a Lenda de S. Martinho e do Concurso de Quadras de S. Martinho, promovido pelo Clube da Floresta.
No final, todos regressaram às aulas e os mais resistentes deram uma preciosa ajuda na limpeza do espaço onde se realizou a actividade.

Campanha de Troca
de Lâmpadas pelo Clube Pinheiro Vivo

Com a intenção de melhorar o Mundo, o Clube Pinheiro Vivo da E.B.2,3 de Taíde aderiu à Campanha de Troca de Lâmpadas. No dia 4 de Novembro 2009, após a apresentação dos membros do Clube da Floresta «Pinheiro Vivo», da E.B.2,3 de Taíde, foi lançada a pergunta “Queres Ajudar a Mudar o Mundo?!”
O tempo foi passando e, no dia 12 de Novembro, um grupo do Clube da Floresta, sempre sob a orientação dos Professores da Equipa do referido Clube, desvendaram a pergunta e deram a conhecer a Campanha da Troca das Lâmpadas promovida pelos Ministérios da Educação e da Economia e da Inovação, pelo Fundo de Apoio à Inovação e EDP.
No dia 17 de Novembro, outro grupo do Clube da Floresta - Pinheiro Vivo foi responsável por distribuir os panfletos e os autocolantes pelas saquinhas da Campanha de Troca de Lâmpadas.
No dia 19, pelas 9 horas, mais um grupo do Clube da Floresta colocou as quatro lâmpadas nos saquinhos que já estavam prontos para as receber… Era, então, altura de rechear os “Pontos de Troca de Lâmpadas”, distribuídos pelo Átrio e pelo Polivalente da Escola E.B.2,3 de Taíde.
Cerca das 10 horas, iniciou--se a troca de lâmpadas com os primeiros “amigos do Mundo”, graças ao empenho dos diferentes grupos de alunos do Clube da Floresta – Pinheiro Vivo, escalonados para o efeito, e à colaboração de alguns professores e funcionários que se associaram a esta bela Equipa! Foram muitos os alunos, professores, funcionários e alguns Encarregados de Educação que trocaram uma lâmpada incandescente por quatro economizadoras. Mais tarde, pelas 10h45m, os amiguinhos do Clube da Floresta “Floresta da Pequenada” da Escola E.B.1 de Porto D`Ave e alguns dos seus colegas deslocaram-se até à Escola EB 2,3 para participarem nesta iniciativa; desde os mais pequenos aos mais velhos incluindo as respectivas pro- fessoras deixaram as lâmpadas responsáveis pelo gasto exagerado de energia e levaram aquelas que vão ajudar a poupar!
Para os alunos, professores e funcionários mais esquecidos foram realizadas algumas reservas para o dia seguinte. Afinal vale a pena dar uma outra oportunidade aos que querem ajudar a mudar...

Centro de Interpretação de Calvos


Agricultura Biológica em destaque

Visitas ao Centro de Interpretação de Calvos, com prova de infusões e compotas biológicas; sementeiras de favas e ervilhas; acções de sensibilização; e visitas às quintas de produção em modo biológico, foram algumas das actividades desenvolvidas no âmbito da Semana Bio, realizada de 23 a 28 de Novembro, cujo encerramento ficou marcado, no dia 28, com um jantar biológico, realizado no Restaurante “O Vítor”, em S. João de Rei. Composto de produtos biológicos, o jantar, depois das entradas (azeitonas, salpicão e pão e azeite) teve como prato principal a costeleta de Vitela (barrosã) biológica grelhada com batata a murro e salada; queijo com compota e leite-creme, como sobre-mesa. Este foi o primeiro de três jantares que a Câmara Municipal pretende realizar nos próximos meses. No meses de Janeiro e Março, o pica no chão e o porco bísaro serão os produtos biológicos em destaque.
As acções de sensibilização, realizadas durante a Semana Bio, integraram, também, a elaboração de compotas com ingredientes unicamente biológicos. Em Vilela, na cozinha da escola, Catarina e Sónia Martins deram a conhecer as compotas “Raiz de Ouro” aos alunos que integraram as acções de sensibilização, realizadas na tarde de quinta-feira, dia 26 de Novembro. Maçã, figo, abóbora-côco, abóbora-ananás, pêra, tomate, abóbora com noz e framboesa foram algumas das compotas já confeccionadas por estas irmãs.
Depois de assistirem à confecção da compota de framboesa, os alunos finalistas do JI de Vilela, assim como os alunos do 1.º ciclo daquele estabelecimento de ensino e um grupo de alunos da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso provaram as iguarias produzidas por Catarina e Sónia, que além da carreira de docentes, abraçam a confecção de compotas biológicas.
Na Póvoa de Lanhoso, são mais de uma dezena os produtores biológicos ligados à produção vegetal ou animal. A estes juntam-se três unidades de turismo rural que também já aderiram ao conceito de Bioturismo, adoptando práticas de AB aliadas ao turismo.

Esperança

Prioridade à acção social

Promover o convívio e proporcionar um conjunto de serviços, nomeadamente rastreios médicos, à população mais idosa é um dos objectivos da Junta de Freguesia de Esperança, cuja presidência é agora ocupada por José Alberto Pereira. Segundo os elementos da Junta de Freguesia, o objectivo é trazer, duas vezes por semana, os mais velhos ao edifício da Junta de freguesia, onde aí poderão passar o seu tempo livre, conviver e desfrutar de várias actividades. Com uma população constituída por uma percentagem bastante significativa de idosos, e onde a emigração está bem patente, a Junta de Freguesia pretende, deste modo, e em colaboração com a Câmara Municipal e outras entidades do concelho, proporcionar momentos de animação e alegria, onde a dança e a música marcarão também presença, no sentido de que a população “mais crescida” recorde os seus tempos de juventude.
Para facilitar o acesso dos mais idosos, e das pessoas com deficiência motora, à sede de Junta, vai ser construída uma rampa junto à porta de entrada, em substituição das escadas existentes.
O projecto, apresentado pela Junta de Freguesia de Esperança à Câmara Municipal, teve uma excelente aceitação, e o mesmo deverá ser seguido pelas freguesias de Friande, S. João de Rei e Vilela.
Para além desta iniciativa de cariz social, a Junta de freguesia encontra-se, neste momento, a realizar algumas intervenções na rede viária da freguesia. Exemplos disso são a pavimentação, em calçada à fiada, da berma da estrada, desde o edifício da sede de junta até à Capela de Santo António e a pavimentação do caminho da Ceboleirinha, em calçada à fiada, numa obra que se inicia dentro de pouco tempo. Nestas duas intervenções, a Junta de freguesia conta com o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
Junto ao Largo da Igreja, cuja intervenção no local foi realizada pelo anterior executivo, está a proceder-se ao alargamento de uma curva, com a canalização das águas pluviais e a diminuição da inclinação da via, numa obra suportada pela autarquia povoense.