Está entre as melhores da zona Norte
Verim tem a única
praia fluvial do concelho


Direcção Regional de Educação do Norte
Menos escolas a funcionar
no próximo ano lectivo


Belarmino Dias
“O trabalho deste executivo
tem de ser avaliado a partir
daquilo que foi prometido”

EDITORIAL

Armindo Veloso



Monstro invisível

Num julgamento, o juiz perguntava ao réu se tinha alguma coisa a dizer em sua defesa. Ao obter uma resposta negativa o juiz advertiu o acusado para a possibilidade de este ir para a cadeia. - É para lá que eu quero ir! Disse o arguido perante o espanto do julgador.
Foi mais ou menos assim que os factos se passaram e o importante é exacto.
Há dias, um americano assaltou um banco mas disse que só queria um euro. Quando foi interrogado declarou que o assalto se devia a questões de saúde. Diagnosticaram-lhe um cancro, mas como não tinha dinheiro para se tratar – na América é possível... - provocou uma situação que o levasse para a cadeia. Aí tratá-lo-iam!
Num mundo louco que vivemos e com tendência a piorar – perdoem-me os leitores por ser ave de mau agoiro mas tenho de dizer o que penso – vamos ter mais casos destes.
As prisões em Portugal, a maior parte delas, ainda têm uma lotação que sendo grande está longe da de outros países, não me consta que ultrapassem o essencial da dignidade e dos direitos humanos. Então, não demorará muito a que pessoas, com a vida num frangalho, optem por serem privadas da liberdade mas terem um tecto, cama, comida e assistência médica quanto baste, do que andarem sem eira nem beira a catar caixotes do lixo.
Uma sociedade que permite que os seus concidadãos em desespero de causa prefiram ir para a cadeia a suportar as agruras do dia-a-dia ou o façam para terem direitos que não têm cá fora é uma sociedade à beira do colapso.
A forma como nos têm governado nas últimas décadas pode vir a desaguar num choque civilizacional de efeitos imprevisíveis.
O “Mercado”, esse monstro sem rosto, provocou o pior que se pode provocar a uma sociedade: deu-lhe droga, leia-se hábitos de consumo, para a tornar dependente deles.
Será o tema para a próxima crónica.

Até um dia destes.
CASTELO

Praia Fluvial de Verim
A Praia Fluvial de Verim foi considerada como uma “Praia Acessível – Praia para Todos”. Junta de Freguesia de Verim e Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso uniram-se para proporcionar as devidas condições para que aquele espaço fluvial ficasse acessível a todos. As pessoas com deficiência motora ou dificuldade de locomoção têm, a partir de agora, todas as condições para usufruírem daquele espaço de lazer. Acesso pedonal fácil, estacionamento com lugares reservados, acesso à zona de banhos de nível, sanitários acessíveis, posto de socorros e bares e/ou restaurantes oram algumas das condições criadas que permitiram a obtenção da Bandeira de “Praia Acessível”.
CASTELO DE AREIA
Castelo de Areia

Com a falta de trabalho em algumas áreas, são muitos os jovens das nossas freguesias que passam as “fronteiras” do nosso país à procura de uma oportunidade no mundo do trabalho. A saída dos povoenses para o estrangeiro à procura de uma vida melhor não é de hoje e são muitos os que permanecem além-fronteiras, apenas regressando nas férias para rever familiares e amigos. A diferença está que, passamos de famílias com muitos filhos (quatro ou mais) para famílias com um ou dois filhos e até, em alguns casos, sem filhos. As freguesias do concelho ficam com menos jovens e, um dia destes, arriscamo-nos a ser como essas freguesias do interior profundo do nosso país, onde só os mais velhos permanecem.

No próximo ano lectivo

Menos escolas a funcionar

Paralelamente à Escola EB1 de Calvos, o concelho da Póvoa de Lanhoso fica, no próximo ano lectivo, sem a EB 1 de Esperança e o JI de Frades.
Gabriela Fonseca, vereadora da Educação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso assegura, ainda, que a Escola EB1 de Vilela não está em perigo de encerrar e que a notícia vinda público recentemente é uma “notícia muito antiga”.
A proposta enviada pela DREN (Direcção Regional de Educação do Norte) contempla, e segundo a vereadora Gabriela Fonseca, o encerramento das seguintes escolas:
- EB1 de Calvos, com 18 alunos (três alunos do 1º ano, seis alunos do 2º ano, quatro alunos do 3º ano e cinco alunos do 4º ano - divididos por duas turmas). Com a saída de cinco alunos do quarto ano para o segundo ciclo, a escola ficaria com 13 alunos.
“O número de crianças a entrar, para o primeiro ano, julgo que será inferior ao mero de alunos que saem (4º ano) o que implica que Calvos, que já tinha alunos de Frades, fique com menos de 18 alunos”, explica a vereadora da Educação.
- JI de Frades, frequentado por onze crianças (algumas vindas de Rendufinho devido à sobrelotação deste JI).
Quanto ao transporte, os alunos de Calvos e Frades serão transportados pelo Centro Social de Calvos e irão frequentar a EB1/JI da Póvoa de Lanhoso.
- EB1 de Esperança, que embora já contenham os alunos de Brunhais, fica com menos de 21 alunos e não recebe qualquer aluno para o 1.º ano. A escola de acolhimento será a de Sobradelo da Goma. Os alunos de Brunhais e da Esperança serão transportados pela Juntas de Freguesia de Travassos e Esperança.
Ainda segundo a vereadora Gabriela Fonseca, esteve em risco a EB1 de Louredo, mas foi possível mantê-la em funcionamento porque o Centro Educativo para onde transitarão estas crianças (CE D. Elvira Câmara Lopes, em Campo) está em fase de adjudicação e com abertura prevista para o ano lectivo seguinte, isto é, Setembro de 2012.
A vereadora da Educação faz questão de afirmar que, em todos estes casos, foram realizadas reuniões com os Agrupamentos, os pais, as Juntas de Freguesia e as instituições envolvidas (IPSS).
“Está praticamente tudo de-finido. Por questões logísticas, nomeadamente o transporte, os alunos de Brunhais poderão frequentar a EB1/JI de Travassos e não a de Sobradelo da Goma, resultante de uma articulação da Autarquia com o Agrupamento, as Juntas de freguesia que transportam os alunos e os respectivos pais”, esclarece ainda Gabriela Fonseca.
“Outra escola que recebeu da DREN «ordem» de encerramento é a EB1/JI de Arosa, que já inclui alunos de Castelões, que, embora pertença ao concelho de Guimarães, pedagogicamente pertencem ao Agrupamento do Ave que é supra municipal. Estes alunos frequentarão a Escola de Taíde. O transporte será assegurado pelo município de Guimarães”, revela ainda a vereadora da Educação.
“Relativamente ao encerramento é um processo que decorre desde 2005, em alguns casos inevitável mas, que arrasta consigo mais despesas para a autarquia, nomeadamente com os transportes, e aforro para o Ministério da Educação, que não se compromete em assumir o custo dos mesmos e há, naturalmente, diminuição do mero de turmas, ou seja, de professores”, esclarece Gabriela Fonseca.

EPAVE encerra divulgação

Oferta formativa

A EPAVE – Escola Profissional do Alto Ave encerra, no dia 29 de Julho, pelas 21h30, a divulgação da oferta formativa para o ano lectivo 2011/2012. A Praça Engenheiro Armando Rodrigues, no centro da vila, mantém-se como o local privilegiado para a iniciativa. No decurso da sessão de encerramento, os responsáveis da EPAVE promovem a divulgação do Curso Oficial de Cabeleireiro, que decorrerá naquele estabelecimento de ensino, em horário pós-laboral. No decurso da iniciativa, e segundo a EPAVE, será promovido um show de Cabeleireiro com os modelos a serem penteados pelos formandos dos cursos de cabeleireiro em regime pós-laboral e também pelos formandos do CEF Cabeleireiro de Senhora.
“No próximo ano lectivo, constam dos novos cursos da EPAVE o CEF Cabeleireiro de Senhora, que concede equivalência ao 9.º ano, e também o Curso Oficial de Cabeleireiro, que confere a atribuição da carteira profissional de cabeleireiro. Foi recentemente criado na EPAVE um novo Salão de Cabeleireiro, com cerca de 100m2, estando o espaço agora preparado e equipado com os materiais necessários para uma formação de qualidade, rigor e exigência”, anuncia a EPAVE, em nota de imprensa.
Além deste espectáculo, os formandos dos cursos Técnico de Electrónica, automação e comando e Técnico de Manutenção Industrial promovem uma apresentação prática dos projectos que desenvolvem em contexto de aula, nomeadamente o projecto de construção de um veículo movido a energia solar, com a presença do Clube de Robótica e do EcoClube de Mecânica. Os formandos do Curso Técnico de Secretariado e CEF Empregado de Mesa marcarão presença, com a realização de várias tarefas enquadradas no perfil profissional do curso.

Centro Social e Paroquial de Verim


Almoço festivo juntou utentes

O Centro Social e Paroquial de Verim organizou, na manhã de segunda-feira, dia 4 de Julho, uma cerimónia de encerramento das actividades com os utentes que frequentam as actividades dirigidas à idade sénior. Dezenas de utentes, de algumas das freguesias do baixo concelho, marcaram presença na cerimónia, que contou com a realização de uma missa, celebrada pelo padre Elias Amaral, assim como de um almoço-convívio, onde a música marcou presença. Responsáveis, funcionários e utentes uniram-se num momento de alegre convívio. Os mais velhos não deixaram o crédito por mãos alheias e, de vozes afinadas, recordaram algumas das músicas que marcaram os seus tempos de juventude. Os sorrisos nos lábios eram o sinal evidente do contentamento que pairava no coração dos mais velhos.
Antes do almoço, teve lugar a eucaristia, com os mais novos a dar o seu contributo nas leituras. Depois do devido ensaio, os utentes seniores do Centro Teresiano abrilhantaram a cerimónia religiosa com os vários cânticos. No decurso da Eucaristia, o Padre Elias Amaral deixou o pedido para que estendamos as mãos quando alguém precisa de nós. “É bom sentirmo-nos em união, em família e sabermos que não estamos sós”, disse o Padre Elias Amaral. Finda a Eucaristia, seguiu-se o almoço, brindado com cânticos, num momento de grande alegria e confraternização.

Belarmino Marques Dias


“O trabalho deste executivo tem de ser avaliado a partir daquilo que foi prometido”

Belarmino Marques Dias, quadro superior dos CTT, é, desde Abril de 2010, o presidente da concelhia do Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso. Mestre em Psicologia do Desporto e Exercício Físico pela Universidade do Minho, exerce a sua actividade nos CTT há mais de 30 anos. Paralelamente à sua actividade profissional, a sua vida sempre se pautou por uma intervenção cívica muito marcada. Foi membro da Assembleia Municipal e Vereador. Nos últimos dez anos colaborou de forma intensa e activa com a imprensa local assinando uma crónica quinzenal. A sua intervenção estendeu-se, entre outras, à Associação Cultural da Juventude Povoense (ACJP) e ao Sport Clube Maria da Fonte, como atleta e treinador das camadas jovens.

Maria da Fonte - Quando iniciou a sua intervenção política no concelho?
Belarmino Dias - Embora já tivesse uma actividade de intervenção, com textos publicados no jornal “Maria da Fonte”, formalmente, eu, o Lúcio Pinto e o António Lourenço ingressamos no PS, por via da Juventude Socialista, em 1987, numa lógica de intervenção política local. Nunca nos moveu outra coisa que não fosse fazer intervenção ao nível da Póvoa de Lanhoso. Nessa ocasião, o PS era oposição e penso que conseguimos introduzir algum dinamismo, melhoramos as nossas listas nas freguesias e em 89 ficamos a 108 votos de ganhar a Câmara, a qual conseguimos em 93. É claro que, isto não aconteceu só pela nossa parte pois o partido já vinha num crescendo e já havia um descontentamento do outro lado. Creio que demos um contributo interessante. Desde aí, mantive-me sempre ligado às questões da Póvoa.

MF - Desde quando desempenha o cargo de presidente da Comissão Política do Partido Socialista?
BD - Sou presidente da Comissão Política do Partido Socialista desde o início de Abril de 2010. Como o mandato é de dois anos, o mesmo estende-se até Abril de 2012.

MF - Que balanço faz deste período como presidente da Comissão Política?
BD - Faço um balanço positivo, apesar das dificuldades. Em 2009, quando não ganhamos as eleições, inicia-se um ciclo complicado para o Partido Socialista na Póvoa de Lanhoso. Um ciclo complicado porque o PS perde duas figuras de referência na Assembleia Municipal: o Dr. João Tinoco de Faria e o Prof. Luís Noronha e, cumulativamente, deixa de ter a maioria naquele órgão. Um contexto duplamente difícil. Paralelamente, perde-mos algumas freguesias, passamos de 23 para 15 e dessas 15, temos várias cujos presidentes, nos termos da lei, não podem ser candidatos em 2013. O contexto é extremamente difícil e agravado por alguns factores de menor motivação, como é fácil de perceber. Aquilo que nós temos feito, desde o início, é tentar fazer com que as pessoas não percam a motivação. Temos ido às freguesias e temos feito um esforço muito grande nesse sentido. Não é só pelo partido mas é, sobretudo, pelo concelho, porque a Póvoa de Lanhoso precisa de um PS determinado e de uma alternativa forte. Aquilo que nós temos, hoje em dia, em termos de poder é mau demais. Para além disso, fazemos a oposição na Assembleia Municipal, que é um espaço em que o debate fica lá fora, em que o presidente não responde a questões nenhumas; nas reuniões de Câmara, onde acontecem algumas situações caricatas e pela comunicação social através dos meios disponíveis: conferências de imprensa, notas de imprensa ou comunicados. Aqui recordo que estamos a falar de uma imprensa local que sai de 15 em 15 dias.

MF - Que comentário lhe merece o trabalho da equipa liderada por Manuel Baptista?
BD - O trabalho deste executivo tem de ser avaliado a partir daquilo que foi prometido. É necessário, por isso, recuperar as promessas do “mais trabalho”, “mais transparência”, “mais rigor” e “mais vida na Póvoa”
Comecemos pelo rigor e pela transparência. Onde é que estão? É transparente um presidente que não responde às questões que lhe são colo- cadas? Que, por exemplo, não explica aos povoenses porque razão não convidou empresas da Póvoa de Lanhoso para a construção do Centro Educativo de Campo? Que promove ajustes directos para cabimentar obras já realizadas? Que assina contratos de adjudicação para obras depois das mesmas terem sido executadas e inau guradas? O espaço deste jornal arriscava-se a não chegar se colocássemos aqui todas as situações onde o rigor e a transparência ficaram à porta. Desde as contratações de pessoal, escandalosas, até ao incumprimento no pagamento a fornecedores.

MF - Faz uma avaliação negativa?
BD - É óbvio. A pergunta que deve ser feita é muito simples: está a Póvoa de Lanhoso hoje, passados seis anos de gestão deste executivo, melhor? Onde estão as obras estruturantes, importantes para o desenvolvimento da P. Lanhoso, que enchiam a boca do PSD? Retirando os Centros Educativos, que por sinal são consequência da política educativa do poder central, o que é que se conhece? Onde estão: o Parque Empresarial Integrado? Os espaços desportivos? A circular urbana? O PDM? E algumas delas foram apresentadas com pompa e circunstância antes das eleições de 2009. Por exemplo do Fórum Municipal ainda existe, quase tapado pela vegetação, um enorme cartaz a anunciar a obra ali ao pé do Pavilhão 25 de Abril. E todos os anos esta Câmara Municipal apresentou orçamentos mais elevados. Quando o PS era poder, as promessas, com maior ou menor dificuldade, eram para cumprir. Agora só valem até à contagem dos votos.
MF - Mas os povoenses, a avaliar pelos resultados de 2009, parecem não pensar assim...
BD - E isso muda alguma coisa do que atrás foi dito? Podia responder-lhe a esta “provocação” de muitas formas, com exemplos muito pouco abonatórios acerca de pessoas que ganharam eleições por larga margem. A história está repleta de casos desses. E isso não tornou essas pessoas melhores. Todos nós sabemos os efeitos do populismo fácil e demagógico. Deixe-me dizer-lhe uma coisa. Esta câmara e este executivo também fazem coisas bem feitas, designadamente na área da cultura e da acção social. O que é normal. Mas, mesmo aí, fazem-nas sem rumo nem objectivos. Ninguém os conhece. E isso é o pior que esta Câmara tem. A falta de rumo. É que ninguém sabe para onde quer ir e onde quer chegar. E quem não sabe para onde vai...

MF - Alguns presidentes de Junta queixam-se da falta de obras. Partilham da mesma opinião?
BD - A nossa posição é de absoluta solidariedade para com os presidentes das Juntas de Freguesia. Respondo com outra pergunta. Alguém consegue ver obras nas freguesias? Onde estão? E a descentralização e autonomia financeira, prometidas por esta Câmara, o que é feito delas? Há freguesias que não vêem um cêntimo de investimento há alguns anos. Connosco, isto nunca acontecia.

MF - Falam da falta de rigor e transparência. Qual a razão?
BD - São várias. Mas podemos começar pela questão do Centro Educativo de Campo. A pergunta é simples e o presidente da Câmara deveria responder de forma simples e objectiva mas não responde, nada diz. Porque não explica aos povoenses a razão pela qual não convidou empresas da Pó-voa para apresentar propostas para a construção do Centro Educativo de Campo? Não respondendo, dá-nos direito a pensar o que entendermos. Depois, há outras questões pelo meio, como já foi demonstrado com os trabalhos a mais no Centro Educativo António Lopes, a questão dos ajustes directos. Isto é surrealista. Então fazem-se ajustes directos para pagar algo que já foi feito? É isto que esta Câmara faz, tem feito, e tem-no assumido. Aliás, já no mandato anterior, esta Câmara inaugurou uma obra, e está noticiado no vosso jornal, cujo contrato de adjudicação foi assinado dias depois da inauguração. Estas trapalhadas são praticadas pelos paladinos do rigor e da transparência. A nós, compete-nos participar e denunciar estes casos às entidades competentes. É o que temos feito. Quanto às perguntas sem resposta, sem as deixarmos cair, podem ser um bom desafio para o jornal Maria da Fonte. Pode ser que ele responda ao “Maria da Fonte” se lhe colocarem as questões de forma objectiva.

Póvoa de Lanhoso

Apenas uma praia fluvial

Apenas um local cumpre os requisitos para ser classificado como praia fluvial: Verim. Além de Praia Fluvial assume, este ano, a designação de Praia Acessível para Todos. Segundo a vereadora do Turismo, Fátima Moreira, esta praia possui nadadores salvadores durante a época balnear e tem um histórico de qualidade que faz dela uma das melhores praias fluviais do Norte, sendo de qualidade excelente. Quanto à praia de Oliveira, a mesma apenas se pode designar como “Zona de Lazer”. “Devido à grande afluência de público, a Câmara Municipal decidiu colocar nadadores salvadores, embora não sendo uma exigência. Dado que esta praia tem apresentado resultados de qualidade da água, oportunamente candidataremos este espaço a «Praia fluvial designada»”, esclarece a vereadora Fátima Moreira.
Em Taíde, a situação mantém-se como em Oliveira e a Praia da Rola está classificada como “Zona de Lazer”. “Não tem condições de segurança nem de qualidade da água para se propor a praia fluvial designada. É uma zona sujeita a descargas por parte da central da EDP e, por tal motivo, não reúne condições para a prática de banhos. Assim sendo, foi colocada sinalização e informação dando conta deste perigo, num processo articulado entre as Juntas de Freguesia de Taíde e de Arosa, ARH, EDP e Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso”, revela a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
A par da Piscina Municipal descoberta, estes são três dos locais no concelho muito procurados na época de Verão, sobretudo quando o calor aperta e obriga a um banho refrescante.

Padre Domingos Gonçalves

Bodas de Prata Sacerdotais

O Mosteiro de S. Bento, em Santo Emilião, recebeu as cerimónias comemorativas das Bodas de Prata Sacerdotais do padre Domingos Ribeiro Gonçalves, pároco de Sto. Emilião, Campo e Louredo. As três paróquias uniram-se e organizaram, no dia 9 de Julho, as cerimónias comemorativas de Bodas de Prata.
Um tapete, ornado com flores, deu as boas-vindas ao cortejo, com os elementos a dirigirem-se para o Mosteiro de S. Bento, onde aí se celebrou a Eucaristia de Acção de Graças.
“Esta eucaristia é, essencialmente, de acção de graças. Dar graças a Deus pelo dom da vida, pelos pais e irmãos, pelos colegas e amigos do sacerdócio, por todos vós que Deus colocou no meu caminho e pelo dom sacerdócio”, disse o Padre Domingos Gonçalves, no início da eucaristia. Aos festejos juntou-se, no final da Eucaristia, o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga. “A minha presença é para dar graças a Deus pela vida sacerdotal do padre Domingos. A minha atitude é de acção de graças por tudo aquilo que o padre Domingos tem realizado na sua vida sacerdotal ao longo destes 25 anos. Se é para agradecer a Deus, naturalmente é para agradecer-lhe a ele”, referiu D. Jorge Ortiga, que ofereceu, em nome da Arquidiocese de Braga, uma lembrança ao padre.
“Esta celebração das Bodas de Prata é como um apelo às comunidades, para que ofereçam mais sacerdotes à Igreja. Hoje, mais do que nunca, é importante e é imperioso que os pais não tenham medo de convidar os seus próprios filhos e de propor e que as paróquias dêem também todas as condições para que as vocações aconteçam”, disse, revelando que este ano contará com duas ordenações sacerdotais, cinco comemorações de Bodas de Prata Sacerdotais e 18 comemorações de Bodas de Ouro. Nas suas palavras, o responsável da Arquidiocese deixou o desafio para que sejamos “comunidades mais unidas e mais responsáveis, mais unidas aos sacerdotes e leigos mais conscientes e mais responsáveis”.
A par da placa comemorativa entregue pelo Arcebispo, o Padre Domingos Ribeiro Gonçalves recebeu lembranças da Câmara Municipal da P. Lanhoso; da Junta de Freguesia de Santo Emilião e Louredo; das paróquias de Santo Emilião, S. Martinho do Campo e Louredo que ofereceram uma prenda conjunta; das crianças da catequese e das formandas do curso “Acre-ditar”, da Arquidiocese de Braga. Fátima Castro, de Santo Emilião, que integra a equipa de Catequese do Arciprestado da Póvoa de Lanhoso, deixou uma mensagem muito sentida, em nome de todos, ao Padre Domingos. Natural de Santo Emilião, o padre Avelino Castro deixou uma mensa-gem e uma oração ao Padre, e amigo. Depois da eucaristia, seguiu-se um lanche-convívio.

Protocolo celebrado entre a Câmara e seis IPSS'S


Hortas Sociais
estendem-se às
IPSS'S


As Hortas Sociais, presentes no Centro Ambiental de Calvos, estendem-se, a partir de agora, a seis instituições particulares de solidariedade social do concelho da Póvoa de Lanhoso, fruto do protocolo de alargamento celebrado entre a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e seis IPSS'S do concelho. Os centros sociais de Calvos, Serzedelo, Taíde, Sobradelo da Goma, Garfe e a ASSIS – Associação de Solidariedade Social Integração Norte, de Lanhoso, foram as entidades com as quais a autarquia celebrou o protocolo de criação das hortas sociais.
“Há pouco mais de um ano, em Maio do ano passado, apresentamos aqui uma série de medidas, no âmbito do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social, sendo, de facto, este, o das Hortas Sociais, um dos projectos que era alinhavado nessa estratégia. As Hortas Sociais, aqui em Calvos, foram e são uma referência num trabalho que perspectiva três objectivos principais: a inclusão social, e esse é um dos objectivos mais importantes; a questão das responsabilização social; e as práticas agrícolas amigas do ambiente, no sentido de obtermos produtos agrícolas de alta qualidade. Estas, são hortas que são feitas em modo de produção biológica”, explicou a vereadora da Acção Social, Fátima Moreira.
Deste modo, a autarquia descentraliza o projecto das Hortas Sociais e leva-o até aos beneficiários e utentes, que já estão identificados, que já fizeram o protocolo de serviço comunitário e que estão dispostos a avançar nas hortas sociais, conforme explicou a vereadora.
Actualmente, as hortas sociais, localizadas no Centro Ambiental de Calvos, recebem o trabalho voluntário de 19 beneficiários de apoios sociais, os quais foram encaminhados para o Programa de Serviço Comunitário.
As seis IPSS's disponibilizam algum terreno para aí ser construída a Horta Social, num trabalho articulado com a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Os produtos produzidos na horta são para consumo da instituição e o excedente será encaminhado para a Loja Social.
Batata, tomate, feijão verde, alho francês, couve, abóbora, pimento, cebola e alface são alguns dos produtos cultivados, em modo biológico, na Horta Social de Calvos. Depois de colhidos, são encaminhados para a Loja Social que, posteriormente, os fazem chegar às famílias carenciadas do concelho da Póvoa de Lanhoso.
Cumprindo todas as regras da agricultura biológica, a Horta Social de Calvos ocupa uma área de cerca de 5 mil metros quadrados, no Centro Ambiental da Carvalha de Calvos. Aqui, cultivam-se produtos frescos, e de qualidade acrescida, que permitem diversificar a ajuda alimentar às famílias carenciadas, conforme explicou a técnica Natália Costa, responsável pela Horta Social.
“Aqui na Póvoa de Lanhoso, temos tido o privilégio de, com poucos recursos e com poucos investimentos, fazer projectos com esta característica inovadora, diferenciadora e que marcam o nosso território pela diferença. Este projecto, apesar de um curto espaço de existência, já foi aqui visitado por muitos concelhos do país, que vieram aqui recolher esta ideia, perceber o projecto e aplicar nos seus territórios”, explicou Fátima Moreira.
“Isto só nos deve orgulhar e estamos completamente disponíveis para partilharmos estas ideias e estas boas práticas. Seria muito redutor se, com um projecto destas, o resumíssemos só a Calvos e aos beneficiários que podem estar aqui em Calvos. Hoje é um dia importante para este para este projecto. Vai-se alargar a uma série de freguesias do concelho. Trata-se de um objectivo que já estava delineado no nosso plano de acção social para o ano 2011”, frisou Fátima Moreira.
Destacando que a assinatura do protocolo constitui um primeiro passo, revelou que o objectivo passa por alargar e replicar a ideia a outras freguesias e outros territórios porque “há gente que recebe os apoios sociais porque precisa mas que está disponível para trabalhar”.
Actualmente, são 45 os beneficiários de apoio social que integram o Programa de Serviço Comunitário.
Para além da Horta Social, o trabalho voluntário estende-se à Lavandaria Social, limpeza, figurinos, vigilância e serviços administrativos.
No final de 2010, o Programa de Serviço Comunitário contava com 29 inscritos. Actualmente, são 45 os beneficiários que dão um pouco do seu tempo em prol dos outros.

Com muita animação...


Festa de S. Pedro no Horto

A Capela do Horto acolheu, nos dias 29 de Junho e 1, 2 e 3 de Julho, as festividades em honra de S. Pedro, numa organização da Comissão de Festas da Confraria do Pilar. A missa e sermão em honra de S. Pedro, na manhã de domingo, dia 3 de Julho, foi um dos momentos altos dos festejos.
O espaço envolvente à Capela do Horto recebeu as tasquinhas regionais, nas quais marcaram presença a Catequese, o Clube de caçadores, o Rancho Folclórico da Póvoa de Lanhoso, a Fabriqueira, os Escuteiros, a ACJP e a Associação “Em diálogo”. Durante os dias de festa, foram muitos os que por ali passaram para apreciar as várias iguarias.
Depois da procissão e da missa solene e sermão em honra de S. Pedro, a tarde de domingo foi preenchida pelo festival de folclore que atraiu centenas de pessoas àquele recinto.
Responsável pela Pastoral Universitária da Arquidiocese de Braga, o Padre Eduardo Duque foi o sacerdote responsável pelo sermão em honra de S. Pedro. No decurso da celebração eucarística, o Padre Eduardo Duque destacou o papel de S. Pedro e apontou que este, juntamente com S. Paulo, como duas colunas muito fortes da Igreja. “Temos que ter uma palavra, uma face e uma honra. Estamos no tempo em que é preciso voltar a esta honra, a esta seriedade e a uma face. Deus vê não a aparência mas o nosso interior”, disse o Padre Eduardo Duque.
A celebração da Eucaristia foi precedida pela procissão em honra de S. Pedro, durante a qual os fiéis conduziram o andor deste santo ao longo do espaço das festas.

Armas preparadas para novo assalto...


Porto d’Ave apresentou-se

Está definido o plantel do Grupo Desportivo de Porto d’Ave para a época 2011/2012. Sem tempo a perder, afinam-se as armas para competir na Divisão de Honra da Associação de Futebol de Braga. Mas os trabalhos a sério só arrancam a 16 de Agosto.
Armando Silva, privilegiou os atletas que serviram o clube na época passada, assegurando a continuidade de 15 elementos. O lote de reforços resume-se a seis jogadores que foram recrutados a outros clubes, mais a promoção de três juniores, ao abrigo de uma filosofia cimentada pelo próprio treinador que passa por rentabilizar o trabalho desenvolvido na formação. Os atletas já marcaram presença no clube, num primeiro sinal de ligação ao Porto d’Ave. “Esperamos que as pessoas levam o clube para casa para sentirem e assim podem planear as férias com as famílias”, justificou Armando Silva.
A planificação do plantel foi elaborada atempadamente, “o campeonato ainda não tinha acabado e já 90% do plantel estava formado. Garantimos todas as renovações que queríamos nessa altura”, informou o treina-dor. Este grupo oferece garantias, mas não está fechado à chegada de um ou outro reforço. “O plantel nunca está fechado”, disse o técnico.
“Neste momento está composto e é com estes jogadores que espero trabalhar até ao final da época, caso não aconteça algo de imprevisto”, acautelou Armando Silva. Depois do sétimo lugar alcançado na temporada transacta, o objectivo passa por repetir a proeza. “Este plantel foi construído para ter a garantia de fazer um campeonato tranquilo. Renovamos com os jogadores que queríamos renovar. Apenas não conseguimos o Fábio Pimenta e fomos buscar mais-valias para fazer melhor”, apontou. O sétimo lugar na Divisão de Honra da A. F. Braga soube a pouco ao treinador, até porque admite “alguma descompressão”. Caso contrário assume que o clube podia estar no topo. “Perdemos pontos nas últimas jornadas que não devíamos perder. Depois de ter conseguido a manutenção houve alguma descompressão, com os jogadores a pensarem na viagem ao Algarve”, contou. Esta foi uma iniciativa dos próprios atletas que programaram uma viagem ao sul do país, através de um sorteio, e acabou por ter consequências nos últimos desafios da prova.
Padre Jaime em grande entrevista
“O que me falta? Ir para o céu”

Nuno Albuquerque
Administrador judicial garante que
ISAVE não tem medo do futuro


José Gaspar
“Sempre tive o bichinho
da bicicleta”

Editorial

Armindo Veloso



Ideias e Execuções

O Jorge é um alentejano profundo com cinquenta e tal anos. Nasceu e mora em Ferreira do Alentejo e vive um dia de cada vez entre os seus cães, os seus borregos e a sua caça.
Entre torresmos, migas e açorda alentejana, regadas com vinho da terra, conta coisas que para um minhoto nascido e criado entre uma e outra leira, uma e outra casa ora amarela ora roxa, são sempre a estrear.
No baixo Alentejo, interior, as pessoas e o seu modo de vida são completamente diferentes dos nossos. Aqui sim, o termo mouro é apropriado. Aquelas gentes estão em sintonia perfeita com as suas aldeias e vilas mouriscas.
Numa conversa entre torresmos e um copo dizia-me o Jorge, que é comunista desiludido: - fomos nós, comunistas, que demos cabo da reforma agrária. A reforma agrária começou como uma libertação de quem trabalhava de sol a sol para o agrário, ausente, normalmente em Lisboa, vir cá buscar os proveitos do seu latifúndio. Só que, continuava o Jorge, nós, quando se formaram as cooperativas tão necessárias, achámos que todos tinham de trabalhar de forma igual e foi aí que nasceram os problemas. Quando se impunha que constituíssemos equipas coesas com missões diferentes a tanger para o mesmo fim, não o fizemos. Em vez disso, julgávamos que todos tinham que trabalhar nas mesmas tarefas de campo e que todos tinham de definir estratégias e gerir. Dessa forma a anarquia instalou-se e deitou por terra a reforma que os alentejanos mais ambicionavam.
O resultado foi este, insistia o Jorge, nós não fomos capazes e os agrários abandonaram na primeira fase as suas herdades e, na segunda, a que vivemos, venderam as terras aos espanhóis para coutos de caça ou para olival.
Agora digo eu, foi assim que morreu o celeiro do Alentejo.
Como nós somos! Com o sentimento de inveja à flor da pele, deitamos por terra excelentes ideias.

Até um dia destes.
CASTELO

Profissionalismo
Tem apenas 18 anos, integra a equipa de ciclismo do Maria da Fonte, e encara o desporto como um verdadeiro profissional. José Miguel Gaspar venceu, há dias, a Taça de Portugal de Cross Country, na classe Júnior, e é o campeão nacional em título. Jovem na idade mas maduro nos pensamentos, José Miguel é um bom exemplo a seguir pelos nossos jovens.
CASTELO DE AREIA
Atletas, precisam-se

O treinador da equipa de ciclismo do Maria da Fonte vê-se a braços com a falta de atletas do concelho, uma vez que os mais jovens optam pelo desporto-rei, o futebol. Neste momento, apenas consegue acompanhar, a par e passo, um atleta, José Miguel Gaspar, residente no concelho. Talvez esteja na hora de alguns jovens do concelho enveredarem por outras modalidade que não o futebol e trocarem a bola pelo bicicleta.

Póvoa de Lanhoso

ISAVE sem medo do futuro

Traz um amigo é o mote da campanha do ISAVE que se traduz num desconto de dez por cento na propina do aluno que traga outro para o Instituto Superior de Saúde do Alto Ave – revelou Nuno Albuquerque numa reunião com alunos e professores desta escola que “tem todas as condições para funcionar”.
“Não tenham receio do futuro” – garantiu o administra-dor judicial ao apontar esta medida, quatro meses após o início de funções, como uma forma de reforçar o potencial desta escola que “entrou no trilho da tranquilidade”, após o sobressalto vivido em Janeiro deste ano, com a declaração de insolvência.
Com o desconto de dez por cento na propina, o ISAVE quer “retribuir o empenho que cada um dos actuais 800 alunos possa ter na angariação de cada aluno inscrito”.
No caso de ser finalista, o prémio é a isenção no diploma final.
Nuno Albuquerque falava após a apresentação de um balanço da sua actividade, desde que foi nomeado para gerir o ISAVE, em Fevereiro deste ano, e manifestou-se convicto na auto-sustentabilidade desta escola.
Tudo começou a 14 de Janeiro quando a ENSINAVE – instituidora do ISAVE - foi declarada insolvente, arrastando para a insegurança os alunos da Escola. A administração da massa insolvente começou por manter os órgãos académicos do ISAVE e apresentou em 15 de Março um plano de recuperação da Ensinave que foi votado em 13 de Junho e mereceu o apoio dos credores, trabalha-dores docentes e não docentes. Este plano garante a continuidade do ISAVE e aguar- da agora a homologação da juíza a quem o processo foi entregue. As percentagens – mais de 70 % dos credores – permitem a aprovação, embora Nuno Albuquerque te-nha dado conta de uma reclamação entregue na passada semana, sobre questões “formais”. A previsão de Nuno Albuquerque para a homologação do plano de recuperação da Ensinave aponta para Julho, se não forem interpostos recursos para a Relação de Guimarães.
No entanto, Albuquerque não se inibiu em garantir aos alunos que “o ISAVE não fecha. Não estou preocupado porque o plano é a melhor opção para os credores. Eu posso manter o ISAVE desde que tenha condições para pagar as despesas de funcionamento”.
Mais, “não é por causa do plano – ou a sua não homologação – que o ISAVE pode sofrer alguma instabilidade. Desde que haja condições estaremos aqui”.
Esclarecendo alguns boatos que circulam na comunidade, Nuno Albuquerque foi claro quando afirmou que “o dinheiro das propinas fica cá dentro, aqui, para cumprir as obrigações de quem aqui trabalha.
O ISAVE é perfeitamente auto-sustentável, desde que mantenhamos o número de alunos. Não tenham receio do futuro”.
Princípios norteadores

Depois de tentar sossegar os alunos e professores, Nuno Albuquerque resumiu alguns dos princípios que nortearam a sua acção, desde Fevereiro até agora, a começar por manter “informados todos os elementos da comunidade educativa”. Passados estes quatro meses, garantiu, “não tenho preocupações financeiras” e sublinhou o “respeito pela autonomia académica, pedagógica e científica da escola”. Afirmou-se um gestor judicial “com sorte pelos recursos humanos que encontramos aqui e o seu comportamento foi exemplar”, a começar pelo primeiro desafio: “a acreditação e avaliação dos cursos junto da A3ES”, conseguida no espaço de duas semanas.

Como foi possível?
Agora, estão criadas as condições para “reforçar algumas carências lectivas para o próximo ano” enquanto de-corre ainda a auditoria contabilística que o levou a interrogar-se: como é que “uma escola com 800 alunos e um superavit (saldo positivo entre receitas e despesas) chegou a este ponto?”
Hoje, garantiu Nuno Albuquerque, “não há fornecedor que tenha uma factura em atraso” mas a “primeira decisão que tive de tomar foi a de comprar papel higiénico, o que demonstra a quão frágil esta estrutura foi conduzida”.
Outra das tarefas foi o fecho das contas de 2009 e pagamento de dívidas fiscais e à Segurança social enquanto os salários passaram a ser pagos no último dia de cada mês e “não a dez ou 15 dias domes seguinte”. Foi paga também a acreditação dos cursos junto da A3ES que valida os diplomas e foram contratados cinco novos docentes exigidos pela mesma agência de acreditação e avaliação das licenciaturas. A indigitação do Provedor do estudante e do Conselho da Qualidade (ambos em falta) foram outras realizações do último quadrimestre, bem como a reorganização dos estágios e o apoio à Associação de Estudantes para a realização da Queima das Fitas.
Albuquerque agradeceu ao corpo académico e científico “a coragem para relançar pós-graduações” e àqueles que “têm desenvolvido um esforço homérico para a promoção do ISAVE, através de rastreios gratuitos e palestras, vídeo promocional, ciclo de conferências e o programa de Verão para trazer alunos das escolas secundárias.

Assembleia Municipal

Centro Educativo do Cávado:
valores não coincidem


A proposta da Câmara Municipal para a subscrição do aumento de capital social da empresa Águas do Noroeste e para aprovação da consolidação das contas da EPAVE – Escola Profissional do Alto Ave foram dois dos assuntos debatidos na última Assembleia Municipal, realizada no dia 20 de Junho, no Theatro Club. Ambos os assuntos foram aprovados, sendo que o primeiro, a subscrição de capital da Águas do Noroeste, foi aprovado por unanimidade e o segundo, a consolidação das contas da EPAVE, foi por maioria, com uma abstenção com declaração de voto. Por discutir ficou a proposta da Câmara Municipal para a celebração de uma parceria entre o Estado e as Autarquias do Noroeste para a gestão da rede de água e saneamento, uma vez que aquele ponto foi retirado pela Câmara Municipal da ordem de trabalhos. A par destes assuntos, os deputados ficaram ainda inteirados da actividade da Câmara desde a última Assembleia Municipal, assim como da situação financeira do município.
E se o consenso marcou os pontos da ordem de trabalhos, tal situação não se verificou no período antes da ordem do dia, com a bancada socialista e o deputado do CDS/PP a colocarem a o executivo municipal “debaixo de fogo”. O regimento da Assembleia Municipal, os trabalhos suplementares no Centro Educativo António Lopes, o aterro sanitário, os valores pagos com as obras do Centro Educativo do Cávado, o Serviço de Atendimento Permanente e o concurso para admissão de pessoal, as obras na Rua 25 de Novembro, a nova rotunda nos Moinhos Novos e o prazo médio de pagamento a fornecedores foram algumas dos assuntos trazidos a debate.
Um ajuste directo relativo a trabalhos complementares no Centro Educativo António Lopes, na ordem dos 130 mil euros, foi um dos assuntos abordados por António Carvalho, líder da bancada do Partido Socialista. Na sua intervenção, António Carvalho frisou que “a única firma convidada foi a Costeira S. A.”. Aquele elemento do PS lembrou que “para apresentar propostas para o Centro Educativo de Campo não foram ouvidas firmas do nosso concelho”. “Embora o código dos contratos públicos, no seu artigo 112.º, permita a consulta a uma única firma, portanto não há infracção da legislação, será sempre bom, por razões de boa gestão e transparência consultar mais que uma, sob pena de se ficar a pensar que houve favorecimento”, referiu .
Na sua intervenção o líder da bancada do PS alertou para o facto do valor das facturas pagas relativas ao Centro Educativo do Cávado, em Monsul, não coincidir com os valores que constam da adjudicação. De acordo com aquele elemento do PS, da análise da documentação verifica-se que há uma diferença de 450 mil euros entre o valor da adjudicação e o valor das facturas pagas. Atendendo a isso, António Carvalho questionou o executivo sobre o facto de ter sido paga uma verba superior ao que estava adjudicado. A par disso, questionou ainda o executivo quanto ao facto das duas primeiras facturas passadas ao Centro Educativo de Monsul estarem datadas de 31 de Julho de 2007, numa ocasião em que ainda decorria o concurso público, o qual só finalizou em 10 de Agosto de 2009.
Depois de uma reflexão sobre os resultados eleitorais das últimas eleições legislativas, a nível nacional e concelhia, António Costa, do CDS/PP, em substituição de José Eduardo Vieira, questionou a Câmara sobre a situação do aterro sanitário. Segundo aquele elemento do CDS/PP, “continuam a haver cheiros pestilentos na zona a na Serra do Carvalho, já passaram todos os prazos legais para o fecho do aterro”.
A par destas questões, o deputado do CDS/PP salientou para a necessidade de se colocarem parquímetros nas zonas comerciais. A Avenida dos Bombeiros Voluntários foi um dos exemplos apresentados.
A par do deputado do CDS/PP, também Nuno Aguilar, líder da bancada do PSD, e Gilberto Anjos, presidente da Junta de Freguesia de Moure e coordenador da Juventude Socialista, debruçaram-se sobre os resultados das últimas eleições legislativas, que deram a vitória a Pedro Passos Coelho, do PSD.
Considerando o novo governo como um governo jovem, que não está preso ao passado e de mudança, Nuno Aguilar salientou que os próximos anos serão anos difíceis mas de esperança. O líder da bancada do PSD considerou que “Portugal já viveu anos difíceis e conseguiu dar a volta por cima”.
Felicitando os vencedores, Gilberto Anjos considerou que o resultado do PS no nosso concelho foi um resultado honroso, bem acima da média eleitoral e da média de concelhos similares ao da Póvoa de Lanhoso.

Esperança

Ponte Mem Gutierres foi limpa

A Ponte Mem Gutierres, em Esperança, apresenta-se, por estes dias, de “cara lavada”, depois de realizados os trabalhos de limpeza, numa acção que envolveu a Câmara e a Junta de freguesia de Esperança e que obrigou ao corte da circulação automóvel naquela via durante três dias. “O cartão de visitas da freguesia de Esperança está de novo “de cara lavada”.
A Ponte Românica Mem Gutierres recebeu uma intervenção de limpeza. Foi, assim, retirada a vegetação que tapava por completo a estrutura, ocultando a beleza deste Monumento Nacional”, destaca a Câmara Municipal, em nota de imprensa.
“Esta intervenção respondeu a um desejo antigo dos responsáveis da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Esperança e a um anseio legítimo das populações locais. Aliás, durante a realização dos trabalhos, foram inúmeras as pessoas que acompanharam bem de perto, com entusiasmo e satisfação, a evolução de todo o processo”, explica a autarquia.
Segundo a Câmara Municipal, a vegetação cobria por completo a estrutura e a sua remoção decorreu de 14 a 16 de Junho, tendo sido realizada por três técnicos especializados, que acederam à Ponte através de cordas, com supervisão do Gabinete de Património da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“Por informações recolhidas no local, esta Ponte não era limpa há mais de 30 anos, já que a data conhecida da última intervenção (tendente à conservação e consolidação do arco) é de 1977. É agora pretensão da Autarquia e da Junta proceder a melhorias na envolvente deste Monumento Nacional, para melhor fruição, por parte do visitante, deste Monumento histórico-cultural”, dá conta a autarquia.

Padre Jaime de Jesus Castro Andrade

“O arcebispo disse-me para eu ir
para Brunhais porque havia
estrada até à Igreja”


Com 75 anos de idade, o Padre Jaime de Jesus Castro Andrade completa, no próximo dia 9 de Julho, as Bodas de Ouro Sacerdotais. Nascido em Jesufrei, no concelho de Vila Nova de Famalicão, o padre Jaime Andrade foi ordenado a 9 de Julho de 1961. Actualmente, é pároco de Travassos e Brunhais e administrador paroquial de Sobradelo da Goma. O “Maria da Fonte” foi ao encontro do Padre Jaime Andrade e, na Obra do Amor Divino, em Travassos, conversou com o sacerdote e ficou a conhecer um pouco destes 50 anos dedicados à Igreja.

Maria da Fonte - Como foi o seu percurso até aos dias de hoje?
Padre Jaime - Nasci em Jesufrei, no concelho de Vila Nova de Famalicão, em Dezembro, pelo Natal. Nasci no dia 24, à noite, mas civilmente está o dia 27. Naquele tempo, era difícil fazer os registos e o meu teve que ser feito em Nine. Naturalmente, para não não pagar multa, registaram-me como se tivesse nascido no dia 27 de Dezembro. Aqui, os paroquianos celebram o meu aniversário no dia 25, que é feriado e dia de Natal.
Fui para o Seminário em Outubro de 1949, salvo erro no dia 7 de Outubro e ordenei-me em 9 de Julho de 1961.
Fui nomeado pároco de Esperança e Brunhais, um ano mais tarde, porque queriam que eu residisse em Brunhais. O arcebispo de então, António Bento Martins Júnior, disse-me para eu ir para Brunhais porque havia estrada até à Igreja e em Esperança não havia, a estrada ficava praticamente cá em baixo, nas Lourosas. Deixei a Esperança e o senhor padre Aberto Gomes disse-me que iria pedir para que eu ficasse com Travassos. Mais tarde, assim foi. Naquela ocasião, o padre Alberto veio falar comigo e pediu para eu ser o sucessor dele. Pediu-me, com as lágrimas nos olhos e a pingar nas minhas mãos, e eu não tive coragem de dizer que não.

MF - Como estava a freguesia de Travassos quando aqui chegou?
PJ - A freguesia de Travassos, como paróquia, estava bastante desorganizada. O padre Alberto era, sem dúvida, um padre santo e sábio mas nunca saiu daqui, nunca saiu da casa dele, de junto da mãe. De maneira que, quem o mantinha era a família. Havia um ou outro paroquiano que lhe dava alguma coisas mas a maior parte dos paroquianos não dava nada pois diziam que era a família que o mantinha. Era difícil ser pároco em Travassos. Era preciso reorganizar economicamente a paróquia. De maneira que ninguém queria fazer esse trabalho. O padre Alberto disse-me para vir mas que os paroquianos era com ele pois não queria mexer na parte económica.
Por volta de 1970, o senhor arcebispo pediu-me para tomar conta da paróquia e, com toda a diplomacia, assim o fiz. O padre Alberto quando me via ficava muitíssimo contente. Tive que reorganizar, com muita diplomacia e jeito, a parte económica da paróquia e, ao mesmo tempo, conhecer melhor a paróquia e os paroquianos.

MF - Como eram estas freguesias quando aqui chegou?
PJ - Eram freguesias rurais e com falta de vias de comunicação. Aqui, em Travassos, só havia uma estrada que chegava a Brunhais, em terra batida, e esta daqui chegava a Leiradela. Penso que foram construídas, também, por influência do senhor padre Alberto. Para Vieira, ainda me lembro de ser feita a estrada desde Leiradela a Vieira. Já foi no meu tempo e era também em terra batida.

MF - Como se deslocava de uma paróquia para a outra?
PJ - Quando aqui cheguei ia a pé. Só tirei a carta de condução em 1966. Quando fui para Esperança não havia estrada, não havia ligação de Travassos a Brunhais e não havia ligação de Leiradela para Esperança.
Portanto, tinha que ir a pé. Para baixo ia bem mas, na volta, quando vinha para cima demorava bem uns 45 minutos. Aqui, em Travassos, apesar de muitos trabalharem no ouro, a maior parte dos operários era muito pobre. Havia uma meia dúzia que vivia bem mas os outros eram empregados. A maioria da freguesia era rural.

EPAVE cria Clube

Robótica e EcoClube de Mecânica

A EPAVE – Escola Profissional do Alto Ave, na Póvoa de Lanhoso criou, recentemente, o Clube de Robótica e o EcoClube de Mecânica. O Clube de Robótica desenvolve a sua actividade à volta da electrónica e da programação. Recorde-se que a robótica vem assumindo um papel cada vez mais importante no nosso quotidiano e o Clube de Robótica permite aos seus membros uma visão de futuro completamente diferente: aprendem a programar e têm uma noção do que é uma máquina programada. Em Abril passado, quatro formandos da EPAVE participaram no campeonato nacional de robótica, na categoria Busca e Salvamento nior, com um robot totalmente montado por eles.
Por sua vez, o EcoClube de Mecânica tem como objectivo a sensibilização de toda a comunidade escolar para a importância da preservação do ambiente, da necessidade de redução das emissões de gases nocivos para a atmosfera e da urgente utilização das energias renováveis. O EcoClube de Mecânica é um projecto desenvolvido em conjuntos pelos formandos e formadores dos cursos Técnico de Manutenção Industrial – Vertente Electromecânica, Técnico de Manutenção Industrial – Vertente Mecatrónica, Técnico de Electrónica, Automação e Comando e Técnico de Electrotecnia. A primeira iniciativa deste clube consiste na construção de um veículo movido a energia solar, projecto que vai ser desenvolvido em várias fases, estando prevista a sua conclusão para o próximo ano lectivo.

Produtos agrícolas na escola


Taíde: Feirinha de Primavera

Couves e alfaces, ovos caseiros e limões, mas também flores, pombos, gatos e outros animais de estimação, doces e café servido à chávena escoaram rapidamente com a visita de centenas de pessoas à Feirinha de Primavera na EB 2,3 de Taíde, no dia 18 de Junho. A meio da manhã, ruas envolventes congestonadas, difícil encontrar onde estacionar. No perímetro do estabelecimnto de ensino só se podia circular entre apertões. Uma das tendas já havia facturado mais de 100 euros.
Vendia-se todo o tipo de produtos hortícolas, ervas aromáticas, pão milho, e azeitonas, mas também artesanato e doces caseiros, confeccionados por famílias que nao têm hortas em casa, explicou-nos o professor do 1.º ciclo António Sá.
Noutra tenda ao lado, havia quem vendesse chapéus de palha, mas também havia livros infantis, histórias da Anita e outros com ensinamentos sobre higiene e saúde. Também havia café a 40 céntimos a chávena e feijoada anunciada para o fim da manhã. Havia tendas onde o doce se fazia na hora, crepes confecccionados à vista do comprador.
Pais compravam, professores agradeciam, forasteiros que passavam de fim-de-semana aproveitavam a ocasião.
Cecília Marques, educadora de infância do Jardim de Infância de Taíde conta-nos que o que mais vendeu foram pintos, periquitos e ovos caseiros. A manhã ia a meio e a caixa desta tenda já tinha mais de 100 euros. “São produtos caseiros e em conta, vendemos os ovos a um euro a dúzia”, explica.
Ao lado, em outra tenda, uma mãe de Fontarcada, Céu Fraga, vende doces, chamados ‘capachos’ a 2,5 euros a dúzia.