EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Fasquias

Já aqui recordei há anos uma frase de uma pessoa de família que do alto dos seus oitenta anos, de muitas experiências vividas, me dizia que devemos olhar para cima para termos ambição quanto baste para “subirmos na vida” mas também deveremos olhar para baixo para sermos razoáveis, solidários e realistas.
Um clube de futebol, por exemplo o Futebol Clube do Porto, quando anda há anos e anos a bater-se nas melhores provas e ou as ganha ou fica em lugares honrosos e lá vem um ano que as coisas lhe correm mal, o que é perfeitamente normal – de outra forma as competições deixariam de ter interesse –, cai o carmo e a trindade e os sócios e adeptos quase comem vivos os que então endeu-savam; quando um atleta bate todos os recordes e ganha nuns Jogos Olímpicos sete medalhas de ouro e nas seguintes “só” ganha três passa a ser considerado uma decepção e os media desancam-lhe a imagem; quando uma empresa tem resultados positivos meia dúzia de anos seguidos e em um tem resultados negativos, depois de ganhos acumulados é perfeitamente normal isso acontecer, os accionistas ou os gerentes ligam as sirenes e os então competentes passam a ser olhados de soslaio, no mínimo; quando as condições de vida de um povo melhoram durante anos ou décadas a fio e de repente esse nível tem de baixar ficando mesmo assim muito acima do que era há vinte anos atrás passamos a ser miseráveis e arregaçamos as calças nas autoestradas. A natureza humana é mesmo assim. O que mais me irrita no meio disto tudo é que os que mais barulho fazem não são os milhões que têm pequenas reformas ou salários baixos ou médios. São, isso sim, os milhares de reformados representados por damas de lantejoulas ao pescoço - nos últimos tempos foram retiradas, grande conselho... - ou trabalhadores com sindicatos poderosíssimos que estão muito longe de serem os mais penalizados nas crises.
E os media andam em volta desses, a árvore, e esquecem-se dos outros, a floresta.  
 

Até um dia destes.

Póvoa de Lanhoso

Comemorações dos 500 anos 
dos Forais Novos 
marcadas por Congresso

História e Futuro do Município e Municipalismo Português é o tema do congresso que se realiza, na Póvoa de Lanhoso, de 15 a 17 de Maio, no âmbito do programa comemorativo dos 500 anos dos Forais Novos. Ao Congresso, cujo Comissão Científica é presidida pelo Prof. Doutor José Viriato Capela, do Departamento de História da Universidade do Minho, junta-se uma feira quinhentista e uma encenação teatral. A apresentação das iniciativas para o mês de Maio decorreu, na manhã de ontem, no Theatro Club. Felicitando a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso pelo “congresso de si
“O tempo de D. Manuel – os Forais”, “Dos Municípios Manuelinos às Reformas de Mouzinho da Silveira”, “Os Municípios do Liberalismo à República”, “Os Municípios no Ordenamento Jurídico Português”, “Os Municípios e a Administração Pública”, “Os Municípios no contexto da reforma administrativa” e “Município Português – que futuro” são as sessões plenárias que integram o congresso que contará, de entre reputados especialistas, com a presença do Secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, e de representantes dos grupos parlamentares da Assembleia da República. “Pelas pessoas que serão envolvidas, pelos domínios científicos que serão chamados à reflexão, penso que estamos em condições de levar a cabo uma iniciativa que terá impacto a nível nacional”, disse ainda o Prof. Doutor José Viriato Capela. “Que os povoenses se sintam orgulhosos de todo este trabalho que temos feito”, revelou Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, salientando o esforço e o trabalho de um conjunto de pessoas.
gnificativa envergadura”, o Prof. Doutor José Viriato Capela relembrou a comemoração, neste ano, dos 40 anos do 25 de Abril, assim como a importância da reflexão política, histórica e cultural sobre o que foi o município, o que está a ser e o que pode ser no futuro. ‘História e Municipalismo’ e ‘Municípios e Poder Autárquico’ são os grandes temas deste congresso. Ao longo dos trabalhos, será abordada a perspectiva das ciências, das ciências políticas, do direito, da administração e da política pelo que passarão, pela Póvoa de Lanhoso, figuras de referência nestes domínios.

Póvoa de Lanhoso

Rastreios para comemorar
Dia Mundial da Saúde
As comemorações do Dia Mundial da Saúde, a 10 de Abril, ficaram marcadas, na Póvoa de Lanhoso, pela realização de rastreios e de ac
Sensibilizar e alertar a população para a importância da prevenção no que respeita à saúde foi um dos objectivos da iniciativa que reuniu à sua volta elementos da Unidade de Cuidados à Comunidade Coração do Minho do Centro de Saúde da Póvoa de Lanhoso, da Unidade Móvel de Saúde, da Essilor, do ISAVE, da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso e da Farmácia da Misericórdia, da EPAVE, da Liga Portuguesa Contra o Cancro e da Farmácia de S. José. A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso associou-se às comemorações. No total, foram realizados 548 rastreios.

Povoenses aderiram em grande número

José Alves, residente em Fontarcada, foi um dos povoenses que participou nos rastreios. Avaliou a tensão arterial e a glicemia. “De vez em quando costumo participar nos rastreios. É importante existir momentos como este. É muito bom para sabermos como está a nossa saúde. Faço análises todos os anos e isto é uma maravilha para a comunidade”, revelou José Alves.
A enfermeira Rosa Maria, da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, foi um das participantes na iniciativa e destacou a grande afluência de povoenses.
O momento foi de avaliação dos vários níveis mas também de transmissão de conselhos e alertas pois, como a própria referiu, algumas pessoas ainda não estão muito elucidadas dos perigos, nomeadamente da tensão alta.
“Quando há rastreios, aproveito para participar”, revelou Elvira Pereira, de Galegos, adiantando ainda que tem cuidado com a saúde e que costuma realizar periodicamente exames. “É muito importante cuidarmos da nossa saúde”, disse.
ções de sensibilização e divulgação na área da saúde. Reunidos vários intervenientes, foram colocados à disposição dos povoenses um conjunto de rastreios, nomea-damente a medição da tensão arterial, diabetes, colesterol e visual. As iniciativas decorreram na Praça Engenheiro Armando Rodrigues, no centro da vila, entre as 10 e as 13 horas.

Águas Santas

Escola Primária ‘virou’
dos livros para a cerveja
Outrora, pelas suas cadeiras e bancos passaram as crianças da freguesia. Foram-se as crianças e os livros aquando da abertura do Centro Educativo do Cávado, em 2012. O edifício fechado, e já algo degradado, ganhou nova vida e utilidade. A ideia partiu de um jovem bracarense, João Palmeira, cujos pais residem em Águas Santas. O repto lançado pelo empreendedor foi aceite pela autarquia, que cedeu o edifício para acolher a fábrica de cerveja artesanal. Uma situação de desemprego transformou o hobbie de João Palmeira
“Quando o João se dirigiu à Câmara a pedir para ceder as instalações, foi logo aceite. Demos o apoio. Não fizemos mais do que a nossa obrigação”, referiu Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal, no momento dos discursos. O pedido do autarca ao jovem empreendedor, para que não esquecesse a heroína Maria da Fonte, não foi esquecido e a heroína da Póvoa de Lanhoso dá nome da uma das variedades da cerveja Amphora. “Aquilo que nós fizemos, faremos a qualquer povoense ou a qualquer investidor ou empreendedor”, referiu o autarca.
Agradecendo à família e a todos quantos o têm acompanhado nesta caminhada, João Palmeira não esqueceu o apoio da autarquia.
“Para além de facultarem as instalações, o edifício em si, são irrepreensíveis nos aspe-ctos burocráticos, naquilo que foi necessário para ocorrer as obras no edifício, também eles estão de parabéns, pois apoiam quem quer construir algo, quem quer empreender e ter uma vida dife-rente, disse o criador da Cerveja Amphora.
“A fábrica de cerveja artesanal Amphora é uma mais-valia para a nossa freguesia e para o nosso concelho. Além de ser um exemplo de empreendedorismo jovem, a cerveja Amphora levará consigo o bom nome de Águas Santas e Moure e da Póvoa de Lanhoso. A implantação deste tipo de projecto na nossa freguesia irá, mesmo que numa escala de pequena dimensão, ajudar a combater o desemprego no nosso concelho”, considerou o executivo da união das freguesias de Águas Santas e Moure.
em ocupação. Com o apoio de sócios criou a empresa ‘Cerveja com História’. O néctar, a cerveja artesanal Amphora, viu reconhecida a sua qualidade internacionalmente, pelo site da especialidade ratebeer. No sábado, dia 12 de Abril, teve lugar a cerimónia de inauguração. Depois do descerrar da placa, seguiu-se a visita às instalações, com João Palmeira a explicar todos os passos do processo de fabricação.

Em Diálogo - Associação para o Desenvolvimento Social da Póvoa de Lanhoso

Um grande contributo
no desenvolvimento do concelho

A Em Diálogo – Associação para o Desenvolvimento Social da Póvoa de Lanhoso foi constituída a 27 de Outubro de 1998, por um conjunto de pessoas ligadas à área social e com uma forte experiência de trabalho no terreno. É uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos. Desde sempre que se assumiu como a única associação de desenvolvimento local, afigurando-se como um recurso para o estabelecimento de sinergias entre as várias instituições sociais, alargando os seus objectivos e ganhando dimensão concelhia.
Trabalhar com pessoas é uma máxima da Em Diálogo e uma garantia de mudanças efectivas sustentáveis e sustentadas.
A Missão da Em Diálogo tem vindo a materializar-se nas várias actividades, projectos, serviços e equipamentos sociais criados no sentido de acolherem todos os povoenses e, em particular aqueles que se encontram em situações de maior vulnerabilidade, em função das suas necessidades mais específicas.
Levar a cabo este grande desafio implica uma intervenção coerente e integrada, ao nível do território concelhio, com uma ampla participação dos diferentes actores sociais, afirmando plenamente a prioridade ao apoio às pessoas e famílias mais carenciadas e, particularmente expostas a fenóme-nos de pobreza e exclusão social.
“No nosso dia-a-dia, trabalhamos em prol da criação de novos recursos e serviços, ao dispor de todos, tendo sempre presente o nosso foco de intervenção: a melhoria efectiva da qualidade de vida das pessoas residentes no concelho da Póvoa de Lanhoso, com vista à consagração do conceito de cidadania social, que postula o direito ao trabalho, a um rendimento mínimo, ao exercício dos direitos e deveres cívicos, à cultura, à participação na vida social e cultural, em suma a uma plena inserção na vida em sociedade”, explica Clarisse Matos Sá,  presidente da Em Diálogo.
“Esta Associação tem como objectivo promover a integração económica e social de indivíduos e/ou grupos sociais mais desfavorecidos ou mais vulneráveis da população do Conce
lho da Póvoa de Lanhoso, através da mobilização e gestão de meios que permitam alterar as condições e os modos de vida dos referidos grupos, bem como a criação de novos recursos, a rentabilização das estruturas locais existentes, a articulação dos vários organismos e instituições locais e a mobilização da população no seu próprio processo de mudança”, explica a responsável.

Junta de Freguesia de Taíde

Sérgio Soares há oito anos à frente da maior freguesia do concelho
“Saneamento e parque infantil 
entre as grandes prioridades”
Na freguesia de Taíde, a rede viária continua a ser uma preocupação para Sérgio Soares, presidente da Junta de Freguesia. Além destes melhoramentos, o edil espera ver a rede de água e de saneamento chegar a todos os moradores. De entre as intervenções a realizar, o autarca não esquece os mais novos, para quem quer construir um parque infantil.

Iniciou, há cerca de seis meses, o terceiro mandato como presidente da Junta de Freguesia de Taíde. Como está a decorrer?
Está a correr dentro da normalidade. Nós, Presidentes de Junta, queremos sempre mais para as nossas freguesias mas também sabemos e compreendemos as dificuldades da Câmara Municipal, de quem muito dependemos e, normalmente, no ano seguinte ao de eleições autárquicas sabemos que as coisas se tornam ainda mais difíceis mas, mesmo assim, temos que ser persistentes e fazer o nosso trabalho sempre de forma séria e com o devido respeito por tudo e todos, pois só assim as coisas podem correr bem e dentro da normalidade.
Estamos a continuar com o trabalho que já vinha a ser desenvolvido anteriormente e, sendo assim, nada disto é novidade para nós executivo da Junta de Freguesia, executivo este que não sofreu qualquer alteração desde a apresentação em 2005. Por isso, posso dizer que está a correr bem, mas querendo sempre mais e melhor para a nossa freguesia.

É fácil ser presidente de Junta?
Este é o meu terceiro mandato. Como tal, e daí, a experiência de oito anos à frente da maior freguesia do nosso concelho em termos populacionais, dá-me alguma prática sobre tudo o que envolve a freguesia de Taíde. É de muita responsabilidade este cargo mas também gosto de desafios. Tudo o que faço na vida assumo-o sempre com a mesma atitude, onde coloco todo o meu empenho, dedicação e respeito. Não é fácil por vezes porque, infelizmente, ainda há algumas pessoas que não percebem ou não querem perceber que existem leis, e ainda bem que existem, às quais todos nós temos e devemos respeitar e daí surgem, por vezes, alguns momentos em que nos entristecemos um pouco mais, mas ponho sempre os desígnios da minha freguesia e das suas gentes em primeiro lugar. Daí que, as coisas menos boas não me abalam nem fazem com que ponha em causa o meu trabalho nem a responsabilidade que assumi ao aceitar este cargo pela terceira vez consecutiva. Também, em termos familiares e profissionais por vezes saímos a perder, pois uma freguesia como Taíde requer muito do seu presidente e de todo o executivo da junta. Confesso que não é fácil ser Presidente de Junta mas as coisas menos fáceis são aquelas que nos dão mais força e fazem com que o sucesso de tudo aquilo que projetamos seja alcançado.

Quais as principais necessidades de Taíde?
Taíde ainda tem muitas necessidades em termos de pavimentações. Falo da Rua Visconde de Taíde e Rua da Poça de Ralde. São duas ruas muito extensas mas gostava de as ver pavimentadas. Depois, temos outra necessidade que, para mim, é prioritária, que é a concretização da rede de saneamento e temos locais em que é extremamente necessário, pois esta é uma causa de saúde pública. Temos a Rua do Crasto, Rua do Santinho e Rua do Entroncamento em que o piso está ainda em calçada à portuguesa mas com muitas irregularidades. Por vezes, torna-se perigosa esta via e não tendo ainda rede de saneamento acho que é uma necessidade e urgente a colocação desta rede e a pavimentação das mesmas. A Rua de Gerzat também necessita de intervenção urgente pois a colocação da rede saneamento, gás natural e fibra óptica deixou o piso muito danificado e sendo esta uma das vias mais movimentadas carece de intervenção urgente. Outra das necessidades que considero urgente é, sem dúvida, um parque infantil com as devidas condições para que as pessoas possam levar os filhos a brincar. Esta é também uma das necessidades principais para Taíde que espero concretizar.

Para estes quatro anos, que obras a Junta de Freguesia gostaria de concretizar?
Sabendo de todas as dificuldades que o país atravessa e daí os municípios e as freguesias, tenho em conta que não podemos nem devemos fazer obras de fachada nem pedir muito mas gostaria, e espero ver concretizadas, as obras que referi nas principais necessidades, assim como a segunda fase da sede de Junta e um arranjo no Largo do Bobeiro para um Parque de Lazer e, claro, um Parque Infantil com as devidas condições.

Qual a mais prioritária?
Todas elas são importantes e prioritárias mas sinto muito a falta do Parque Infantil, pois gostaria de ver as crianças de Taíde a terem um local digno para brincarem e desfrutarem de tudo aquilo que merecem.

Depois de muitos anos de ‘casa às costas’, Taíde já dispõe de uma sede de Junta. Esta foi a primeira fase de uma obra mais abrangente. O que pretendem ainda fazer?
Taíde tem agora uma sede de junta onde podemos trabalhar de uma forma mais organizada e merecida. Foram sete anos de casa às costas, como diz, mas foi assim que quisemos pois tinha prometido que estaria sempre próximo da população e, daí, o atendimento era feito em três locais da freguesia. Agora, não faz sentido pois a sede de junta foi construída no centro da freguesia, geograficamente, e assim todos têm acesso e a uma distância idêntica para cada canto da freguesia. Relativamente à sede de junta, falta ainda construir uma segunda fase que é um espaço polivalente para eventos e apoio às instituições da freguesia, que espero ainda vê-la concretizada.

Que obras destaca desde que assumiu a presidência da Junta?
Todas as obras realizadas têm a sua importância pois nunca quis, nem quero, fazer obras só para dar nas vistas. Mas, de todas elas posso destacar a rotunda dos Romeiros e a Rua Dr. Francisco Vieira e Brito, rede de saneamento e água potável, Largo Nossa Senhora da Graça, em Quintela, e destaco particularmente a Sede de Junta e o Adro da Igreja Paroquial assim como o sintético no campo de jogos.

Simulacro

Exercício envolveu 
Bombeiros da Póvoa de Lanhoso 
e Vieira do Minho
O cenário foi devidamente preparado e o local estrategicamente escolhido para testar os meios de socorro. Um camião, que transportava troncos de madeira, ao passar numa ponte, que liga as freguesias de Oliveira e Serzedelo, perde parte da carga que atinge duas viaturas. Quatro pessoas ficam encarceradas. Foi este o cenário encontrado pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, num exercício conjunto, realizado na tarde de sábado, dia 12 de Abril. Os toques de sirene despertaram a curiosidade de vários moradores que, desconhecendo a realização do exercício, se assustaram com o cenário encontrado. Tudo não passou de ficção mas uma situação destas pode muito bem passar da ficção para a realidade.
O simulacro realizado, promovido pela 2.ª secção do Corpo de Bombeiros da Póvoa de Lanhoso, contou com um grau de dificuldade muito elevado. Para além da remoção da carga caída sobre a viatura, foi necessário proceder ao desencarceramento das quatro “vítimas”. No “socorro”, estiveram envolvidos 17 elementos dos soldados da paz povoenses, apoiados por cinco viaturas, e 11 elementos do corpo de bombeiros de Vieira do Minho, apoiados por três viaturas. No local, foi visível o bom relacionamento entre os elementos das duas corporações, num bom trabalho em equipa que permitiu terminar o simulacro com um balanço positivo. Este exercício insere-se na formação contínua dos Bom Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
beiros
PJ investiga alegados
abusos a uma criança
Uma criança, de 10 anos, residente no concelho da Póvoa de Lanhoso, foi retirada do seio familiar por suspeita de abusos sexuais.
O ‘Maria da Fonte’ confirmou que a Polícia Judiciária já está no terreno a investigar o caso. Fonte oficial do Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ confirmou ontem que está em curso uma investigação sobre alegados abusos sexuais. Contactada também a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Póvoa de Lanhoso, um dos responsáveis recusou pronunciar-se sobre o caso.
Pelo que apuramos, foi submetida a exames periciais para confirmar o alegado abuso sexual.
Despoletada a denúncia, e enquanto decorrem as diligências da Polícia Judiciária, a criança foi encaminhada para uma instituição de acolhimento.
A mãe vive, há cerca de seis anos, com um novo companheiro, numa das freguesias do concelho da Póvoa de Lanhoso, e a criança é fruto de um anterior relacionamento.

Garfe

Eleições intercalares a 25 de Maio
O dia 25 de Maio foi o dia escolhido para a realização das eleições autárquicas intercalares na freguesia de Garfe. Recorde-se que, neste dia realizam-se as eleições europeias. Nas últimas eleições autárquicas, a 29 de Setembro, e relativamente a Garfe, apresentaram-se a votos quatro listas. A do PPD/PSD, liderada por José Castro; do PS, liderada por Paulo Ferreira, uma lista independente, liderada por Maria do Céu Santos e a lista do PCP/PEV.
A lista do PSD foi a lista mais votada, como 340 votos (42,29%), logo seguida da lista do PS, com 331 votos (41,17%), da lista independente, com 105 votos (13,06%), e da lista da CDU com 8 votos (1%). Registaram-se ainda 12 votos em branco e oito nulos.
A votação ditou quatro mandatos para o PSD, 4 mandatos para o PS e um mandato para a lista independente. Após várias tentativas, não foi possível chegar a acordo para a constituição do executivo da Junta de Freguesia. Dado o impasse, não restava outra alternativa que não fosse a marcação de um novo acto eleitoral.
A freguesia de Garfe conta com 1.289 eleitores inscritos. No último acto eleitoral para as autárquicas, 804 eleitores exerceram o seu direito ao voto, com a abstenção a situar-se nos 37,66%.
“Considerando a renúncia ao mandato da totalidade dos membros efectivos e suplentes candidatos pela lista mais votada à Assembleia de Freguesia de Garfe, município da Póvoa de Lanhoso. Considerando que por esse facto ficou esgotada a possibilidade de substituição do Presidente da Junta de Freguesia prevista no artigo 79.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei Orgânica n.º 1/21, de 30 de Novembro. Considerando, assim, a necessidade de marcação de eleições intercalares para a Assembleia de Freguesia de Garfe”, pode ler-se no despacho n.º 4479-A/2014, emitido pelo Gabinete do Secretário de Estado da Administração Local.

EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Reformas óbvias

Há umas décadas atrás dizia-se que para se resolverem os problemas do interior do nosso país eram necessárias infraestruturas rodoviárias para que as pessoas se sedentarizassem nas suas terras e o êxodo para o litoral terminasse.
Passadas essas tais décadas o que é que se verifica? O tal interior ficou deserto. Por muitos motivos sendo que um deles é a facilidade de deslocação que em vez de levar gente para o interior tirou os poucos que havia para os centros urbanos do litoral.
Há uma coisa que não entendo. Por favor se alguém souber explique-me. Se há significativos benefícios fiscais para as regiões insulares da Madeira e dos Açores – no caso da Madeira, zona franca, retiraram alguns benefícios às empresas aí sediadas e foram a correr repo-los porque  estas começaram a retirar de lá as suas sedes – porque não aplicar os mesmos benefícios aos concelhos do interior do continente que como sabemos estão bem mais atrasados nos principais índices referentes ao desenvolvimento social do que a Madeira sendo que esta já faz parte das zonas mais ricas do nosso país a par da grande Lisboa e do Algarve?
Dessa forma resolver-se-iam vários problemas: Haveria empresas que se instalariam no interior para usufruírem daqueles benefícios; as empresas implicam gente e postos de trabalho; a gente implica habitações; implica infraestruturas públicas como centros de saúde, escolas, tribunais, etc; implica, enfim, vida!
Porque raio os governos não fazem alterações fiscais nesse sentido? Já repararam que com uma única reforma resolver-se-ia um dos maiores problemas deste país: a desertificação do interior e a consequente concentração anárquica no litoral?
Das duas uma ou eu e outros como eu estão completamente errados ou loucos ou há reformas que nos entram pelos olhos adentro e que se não fossem os lóbis políticos e económicos, só assim se compreende, o interior do nossa país não estaria a definhar como definha.
Os últimos Primeiro Ministros são oriundos desse interior abandonado. Não têm qualquer desculpa. A não ser que façam como um senhor Presidente de Câmara que quando foi ‘fazer uma perninha’ como Secretário de Estado renovou o seu guarda fatos com duas dúzias dos mesmos porque ia para a capital. Santo provincianismo.
Se os fatos novos dos deputados e governantes e as garrafas de whisky nos bares defendessem o interior, Ó interior!...

Até um dia destes.

Nas escolas

Póvoa de Lanhoso comemorou 
Dia Mundial da Floresta
No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Floresta (21 de Março), o Município da Póvoa de Lanhoso promoveu a realização de sementeiras junto da comunidade escolar, dando seguimento ao projecto municipal ‘Banco de Árvores’. Ao todo foram semeadas cerca de 800 árvores autóctones.
 A vice-presidente da Câmara Municipal e vereadora da Educação, Gabriela Fonseca, e o vereador da Protecção Civil, Armando Fernandes, acompanharam e participaram na realização destas sementeiras com as crianças, nomeadamente no dia 21 de Março, junto do Centro Educativo do Cávado e do Centro Educativo António Lopes.
Aquela responsável explicou os objectivos desta iniciativa: “Em primeiro lugar, sensibilizar para a protecção da floresta, porque praticamente todos os materiais que eles utilizam no seu dia-a-dia na escola provêm da floresta; em segundo lugar, dar a conhecer também algumas espécies que são autóctones da nossa região, espécies que estão em vias de extinção, como o azevinho; e, por fim, ensinar como é que se semeia e se dá origem a uma nova árvore”.
 A Câmara Municipal pretende chegar com esta acção a todo o concelho. “Queremos chegar a todas as crianças do primeiro ciclo e do ensino pré-escolar, num universo de mais de mil crianças. É cada vez mais importante a sensibilização nestas idades, porque nós sabemos que os fogos têm destruído imenso a floresta e é necessário depois repor essas árvores. Quando as sementes já tiverem terminado, as árvores serão transplantadas para outros locais no nosso concelho”, salientou aquela responsável.

Póvoa de Lanhoso

Ex-combatentes 
em confraternização
A freguesia de Lanhoso acolheu, no passado sábado, dia 29 de Março, o terceiro encontro de ex-combatentes da Póvoa de Lanhoso, num momento que renuiu cerca de cem participantes. A confraternização, aberta a todos os ex-combatentes dos três ramos das forças armadas naturais e/ou residentes no concelho da Póvoa de Lanhoso que prestaram serviço entre 1960 e 1975 e suas famílias, ficou marcado pelo descerrar e bênção de uma placa de homenagem póstuma aos falecidos em combate da freguesia de Lanhoso, António Barros da Silva e Manuel Gonçalves da Costa. Os dois povoenses falecidos em combate prestaram serviço em Angola e na Guiné.
As cerimónias contaram também com a realização de uma missa, por alma de todos os ex-combatentes do concelho já falecidos, celebrada pelo padre Armindo Gonçalves, pároco de Lanhoso e Arcipreste da Póvoa de Lanhoso: No decurso da celebração, António Machado, que organizou este ano a confraternização, recordou os ex-combatentes recentemente falecidos: José Fernandes Vieira, Lino António da Silva, David Gonçalves e o dr. José de Almeida Faria. Findas as cerimónias religiosas, seguiu-se um almoço-convívio. À mesa, o tempo voltou atrás. Recordaram-se combates, reviveram-se alegrias e situações que marcaram a passagem destes ex-combatentes pelo Ultramar. Partilharam-se memórias e reviveram-se amigos.
Carlos Correia foi um dos povoenses que combateu no Ultramar, marcando presença durante dois anos na Guiné. “Para mim, este momento é o relembrar dos meus camaradas. Recordar o que sofremos, o que passamos, o que rimos e o que choramos. São momentos inigualáveis. Quando estamos juntos, partilhamos essas recordações porque sabemos que, do outro lado, nos estão a ouvir e com experiências para nos contar também”, referiu Carlos Correia. Para o ex-combatente António Carvalho é necessário “passar a palavra” e trazer outros ex-combatentes ao convívio que se realiza sempre no último sábado de Março.
Depois da freguesia de Covelas, no ano passado, a organização da confraternização passou, este ano, para a freguesia de Lanhoso, com os preparativos a ficar ao encargo de António Machado, ex-combatente e actual presidente da Junta de Freguesia de Lanhoso.  Satisfeito com o sucesso do encontro, António Machado, destacou que, naquele momento, o tempo voltou atrás 45 anos. “Apraz-me o facto de haver várias senhoras, esposas de ex-combatentes. Quiseram participar, ficar a conhecer o que fazíamos e o que sentíamos”, apontou António Machado. Para o próximo ano, a organização fica a cargo de César Malaínho.

Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso

Contas aprovadas
com voto de louvor à direcção
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso terminou o ano de 2013 com um saldo “notavelmente positivo”, apresentando uma “situação económico-financeira saudável e consolidada”. A boa gestão valeu um voto de louvor, aprovado por unanimidade.
No Relatório de Actividades evidencia-se que “ao longo do ano em apreço a Instituição demonstrou grande actividade, sobretudo em transporte de doentes e em serviços de proteção civil, assim como nom aspeto institucional (festas de 5 de Setembro, Páscoa e Natal) e cultural da sua Banda Musical”. A boa execução orçamental e o significativo reforço das disponibilidades financeiras levaram o Conselho Fiscal a propor à Assembleia Geral um voto de louvor, o qual foi aprovado por unanimidade, ficando gravada a “boa gestão efectuada pela actual e anterior Direcção e a sua generosa entrega à Causa Humanitária”.
O papel do voluntariado, imprescindível para o desenvolvimento das várias actividades, foi também vincado.
Ao longo de 2013, os soldados da paz povoenses efectuaram 9100 serviços, sendo 348 incêndios, 2439 acidentes e pré-hospitalares, 5827 transportes não urgentes, 486 limpeza de vias e outras actividades inerentes aos serviços.

Partido Socialista

Vereadores concluíram
visita aos serviços municipais
Os vereadores do Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso realizaram, na manhã de 5 de Março, a segunda fase da visita aos serviços da Câmara Municipal.
Esta iniciativa, que visa aprofundar o conhecimento dos vereadores socialistas relativamente ao funcionamento dos serviços da Câmara Municipal, à forma como estão estru-turados, bem como à forma como o quadro do pessoal também tem sido, ou não, bem rentabilizado em função das qualificações dos funcionários da autarquia, encaminhou Frederico Castro, Fátima Moreira e Lídia Vale, nesta segunda fase da visita, às Piscinas Municipais Cobertas, à Loja Social, ao Banco de Voluntariado, ao Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos, e às oficinas da Câmara Municipal.
“Tal como havia sido verificado na primeira fase da visita, os vereadores socialistas puderam constatar que de facto há várias estruturas que não oferecem as condições necessárias, tanto aos funcionários como aos povoenses que visitam os serviços, alertando portanto para a importância de se repensar a requalificação de algumas estruturas municipais, encaminhando-se assim para uma modernização dos serviços”, referem os vereadores do PS, em nota de imprensa.
“É evidente que o criar de condições por quem tem obrigação política de o fazer poderia ser diferente e ser mais eficaz e mais completo, mas isso requer uma visão diferente daquilo que são os serviços da Câmara Municipal, uma visão moderna, que eu espero que a médio/longo prazo possa vir a ser implementada no nosso concelho”, referiu na ocasião Frederico Castro.
“O subaproveitamento de alguns espaços municipais foi também tido em conta pelos vereadores do Partido Socialista, que, dando o exemplo do Bar do Carvalho de Calvos, alertaram para o facto de nem sempre a Câmara Municipal criar as condições necessárias para que os espaços municipais sejam, como neste caso, concessionados e que deles se possa fazer o devido aproveitamento”, refere ainda a nota de imprensa.
Como nota final, Frederico Castro recordou que “o conhecimento profundo do desempenho e dos serviços prestados pela autarquia é a base para uma oposição construtiva na defesa dos interesses da população”, atribuindo assim fulcral importância a esta iniciativa levada a cabo pelos vereadores  socialistas.

Centro Social de Serzedelo

O sonho comanda a vida
Centro Social da Paróquia de Serzedelo é fruto de um grande sonho por parte do Padre António Lopes.
“No início da década de 1990 percorreram-se caminhos burocráticos, encontros com entidades do sector social e da Igreja; cumpriram-se com exigências. Tudo iniciou através de um estudo exaustivo das caraterísticas da comunidade de Serzedelo: condições habitacionais, níveis etários da população, condições socioeconómicas, avaliação de situações de pobreza e isolamento, entre outros”, recorda o padre António Lopes.
Após cumpridas todas as exigências impostas pela Segurança Social, o Arcebispo Primaz de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, aprovou o Estatuto e participou ao Centro Regional da Segurança Social a constituição do Centro Social da Paróquia de Serzedelo, como pessoa Jurídica Canónica tendo sido registado como tal com o número oficial 7064, em 25 de Janeiro de 1990. Posteriormente, saiu a  sua publicação no Diário da República n.º 41, III Série em 19 de Fevereiro de 1991.
“Após a conclusão de todo este processo longo e difícil, importava colocar a funcionar esta Instituição que viu em Setembro de 1990, o primeiro acordo de cooperação com a Segurança Social para 11 utentes na resposta social de Serviço de Apoio Domiciliário. Vencidas as primeiras dificuldades de certa desconfiança, as pessoas começaram a acreditar e a instituição inicia o seu caminho de crescimento numas instalações provisórias nos fundos da Residência Paroquial”, refere o padre António Pereira Lopes, presidente da instituição. E como diz o ditado, Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce.
“O ano de 1991 é determinante, pois, foi conseguido o acordo de cooperação para 40 crianças de Centro de Atividades de Tempos Livres e tivemos a oferta de uma carrinha de 9 lugares através do Fundo Socorro Social para o Serviço de Apoio Domiciliário”, recorda o sacerdote.

Instalações próprias em 1993 e ampliação em 2009
“Tornava-se necessário e urgente criar novas instalações para fazer face ao volume de serviços que estavam em curso. Depois do projecto elaborado e aprovado, fizemos algumas diligências no sentido de encontrarmos fundos através do Fundo Socorro Social e assim sucedeu. Laçamos a primeira pedra das novas instalações no dia 29 de Junho de 1992. Recebemos na altura 13.500 contos do Estado – por meio, do Ministro-Adjunto – Dr. Marques Mendes; 1600 contos do Governo Civil e mais 1500 contos de cortejos realizados na freguesia e da câmara municipal da altura muito  material e mão-de-obra. A obra sem equipamento ficou por cerca de 22.500 contos. Em 28 de Novembro de 1993 foram inauguradas as novas Instalações e foi conseguida a 3.ª resposta social – Centro de Dia para 10 utentes”, dá a conhecer o padre António Lopes.
Em Fevereiro de 2009 teve início a construção do novo edifício para as respostas sociais de Lar de Idosos – 30 utentes; Centro de Dia – 20 utentes e alargamento do Serviço de Apoio Domiciliário: 58 utentes, numa obra inaugurada a 2 de Outubro de 2011.

Póvoa de Lanhoso

Concerto marca arranque 
da Academia de Música
Foi com um concerto de música, na noite de sábado, que a Associação ‘Em Diá-logo’ assinalou o arranque oficial da Academia de Música Em Diálogo. A Academia de Música Bomfim, entidade com a qual a ‘Em Diálogo’ assinou um protoloco de coope-ração, subiu ao palco do Theatro Club, e deliciou a plateia. No concerto participou a Orquestra Juvenil de Plectro e Cordas Dedilhadas, Ensemble de Cordas, Ensemble de Sopros Juvenil, Ensemble de Trompetes, Trio de Sopros e Duo de Trompetes. 
Foi a 26 de Fevereiro deste ano que a ‘Em Diálogo’ e a Fundação Bomfim – Academia de Música assinaram um protocolo de coope-ração, permitindo, a partir de agora, que o ensino de música seja oficial, certificado e de maior qualidade para todas as crianças, jovens e adultos do concelho da Póvoa de Lanhoso.
“Dadas as exigências no ensino artístico, na área da música, as exigências dos pais e dos alunos em terem um ensino mais rigoroso e certificado, decidimos avançar para este novo patamar de exigência e rigor, o que é prática corrente em todos os projectos nos quais nos envolvemos”, frisou Clarisse Sá, presidente da ‘Em Diálogo’, no início do concerto, destacando também que o protocolo garante qualidade, sucesso e certificação oficial dos alunos, o que permitirá que os mesmos se possam candidatar a escolas oficiais, conservatórios e universidades. Todos os professores que passam a integrar a Academia de Música ‘Em Diálogo’ são licenciados na área e com uma vasta experiência no ensino oficial. Formação musical, formação instrumental e classe de conjunto, que numa primeira fase poderá iniciar com Classe de Coro, são as disciplinas a leccionar.
O ensino de música na ‘Em Diálogo’ já conta com 12 anos. Depois de uma paragem em Setembro de 2013, a Academia de Música apresenta, a partir de agora, um ensino oficial e certificado.

Vilela

Colisão provocou três feridos
A colisão de duas viaturas ligeiras provocou, ao início da tarde de segunda-feira, dia 31 de Março, três feridos ligeiros. O acidente envolveu duas viaturas: um Volkswagen Golf e um Renault Clio. Os três feridos, de 19, 49 e 53 anos, residentes na vila da Póvoa de Lanhoso, seguiam no Golf. Na outra viatura, o Renault Clio, seguia apenas o condutor, de 34 anos, residente naquela freguesia de Vilela. No local compareceu a GNR, assim como os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, com 9 homens apoiados por 3 ambulâncias, e a VMER de Braga.

União de Freguesias de Águas Santas e Moure

Gilberto Anjos: 
 “A rede de saneamento 
é prioritária para nós”

Para além de Moure assume, neste mandato, a presidência da freguesia de Águas Santas. Como estão a ser estes meses no comando dos destinos das duas comunidades?
O balanço destes primeiros meses é francamente positivo. Apesar da necessidade de nos termos que adaptar a essa nova realidade para iniciar o nosso projecto para Águas Santas e Moure, os sinais dados pela população e a aceitação da mesma é notória. A união das duas freguesias trouxe a necessidade de criar um conjunto de condições e logísticas para que todo a trabalho que pretendemos desenvolver tenha sucesso.
   
Como é que os habitantes lidaram com a junção de ambas as freguesias? Foi um processo pacífico?
Foi notório no período de campanha eleitoral o desagrado da população com a junção das freguesias. O sentimento da perca de identidade de cada uma das freguesias aliada ao receio do afastamento dos autarcas locais da população colocou desde logo muitas reticências acerca desta reforma administrativa. Cabe-nos agora a nós eleitos lutar pela manutenção da identidade de cada uma e tentar tirar proveito de algo que, à partida, não era visto com bons olhos.
O processo não foi simples mas as populações de Águas Santas e Moure tiveram uma atitude responsável e cívica, apesar do natural desagrado.

Concorda com a reorganização administrativa e com este novo mapa do concelho?
Não concordo com esta reorganização administrativa desde a primeira hora. Lutei muito, juntamente com o anterior executivo de Moure e toda a população, para que esta reforma administrativa não acontecesse. A lei que impôs a união das freguesias ditava o fim das mesmas em troca de nada, sem qualquer tipo de garantias para as populações, nem condições para os novos autarcas desempe-nharem devidamente as suas funções. Além da diminuição do fundo de financiamento das freguesias, que é a principal fonte de receita da nossa freguesia, tivemos que, por exemplo, implementar um novo software informativo para que toda a informação que tratamos fosse devidamente organizada, fizemos um novo logotipo institucional para representar esta nova freguesia e teremos que fazer um único site, entre outros. Estes custos poderiam ter sido canalizados para executar algumas obras necessárias. No meu ponto de vista as freguesias que foram agregadas deveriam alguma contrapartida para essa adaptação, o que não aconteceu.

A união dos jovens de ambas freguesias tem permitido a regular utilização do campo de futebol de Águas Santas. Esse foi um dos bons resultados?
Fizemos desde logo um convite aos jovens que praticavam futebol para reavivar as equipas que existiram em Águas Santas e em Moure. A resposta foi positiva e mesmo sem competir oficialmente são cerca de 25 jovens que se encontram duas vezes por semana para treinar. A expectativa consistia em entrar no torneio de futebol municipal que este ano ainda não se realizou. O campo de futebol que era pouco utilizado sofreu algumas intervenções já neste mandato, permitindo aos jovens da nossa terra praticar futebol e criar um hábito saudável. Além das intervenções que foram feitas a união de freguesias disponibilizou o material necessário para poderem treinar. Este é um dos exemplos daquilo que pretendemos fazer. Com a união de Águas Santas e Moure passamos a ter uma população maior e mais versátil que pretendemos envolver num vasto conjunto de atividades. O próximo passo será conseguir dar resposta ao desafio que nos foi lançado, o de criar condições para a existência de uma equipa de futebol feminina.
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