EDITORIAL

Armindo Veloso




  

Guerra sem nome

Não restem dúvidas: O mundo anda mesmo louco. E a suprema loucura reside no auto-proclamado estado islâmico que com umas dezenas de milhar, não muitas, de elementos recrutados por todo o mundo mas com principal incidência no ocidente põem o planeta em estado de sítio.
Fala-se já que vivemos uma terceira guerra mundial. De certa forma concordo.
Tivemos uma primeira guerra mundial no início do século XX que poderá ser recordada num pequeno título: “A guerra das trincheiras”; tivemos uma segunda em meados do mesmo século a que se poderá chamar: “A guerra dos extermínios” e temos agora a terceira: “Guerra sem nome”.
Enquanto as duas primeiras foram guerras com rosto e com motivos por mais absurdos e cruéis que eles possam ter sido e das quais resultaram milhões de mortos em cada uma delas, esta, a que vivemos embora para já não provoquem as baixas daquelas é uma guerra mais cobarde e mais difícil de controlar.
Como se faz frente a centenas de células terroristas, umas desconhecendo as outras, que se encontram espalhadas por esse mundo fora, algumas como se constata bem perto de nós e que se baseiam essencialmente na utilização de jovens suicidas que dão a vida por uma causa que muitas das vezes nem eles sabem qual é.
Falou-se e recordou-se em centenas de filmes as lavagens ao cérebro que foram feitas na segunda guerra mundial tanto por Hitler como por Estaline.
Não tenho dúvidas que estes jovens que fazem parte do tal estado islâmico são sujeitos a lavagens cerebrais tais que os transformam em autómatos ‘telecomandados’ em prol de uma causa religiosa  que na sua essên-cia defende a paz – isto é dito pelos estudiosos, pacíficos, do Alcorão -  e que eles transformam no objectivo único: Evangelizar o mundo na religião deles e liberta-lo do grande Satã representado pelo ocidente.
Só vejo uma forma de ‘castrar’ o estado islâmico e essa forma reside no fim da hipocrisia de certos países que choram lágrimas de crocodilo quando há atentados mas que de forma indirecta os apoiam. E podemos falar do nosso ocidente desde os Estados Unidos à França.
Sabendo como se sabe que o financiamento dos terroristas  vem do petróleo onde a Arábia Saudita,  a Turquia e o Katar  estão no topo da pirâmide como receptores e a partir desses financiamentos aparecem as armas também fornecidas pelos mesmos mas fabricadas no nosso querido ocidente seria difícil fazer um boicote total principalmente à Arábia Saudita, de longe o principal receptor/fornecedor?
Ingenuidade a minha, se a Arábia Saudita estalar os dedos muitos países desde os Estados Unidos da América, Inglaterra e França “constipam-se” para não dizer que ficam com pneumonia.
É o dinheiro, estúpido!
 
Até um dia destes

Provador garante a continuidade de um trabalho “transparente” e “responsável”

Humberto Carneiro empossado
para novo mandato 


Humberto Carneiro foi empossado, no dia 9 de Janeiro, para mais um mandato como Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. No momento de tomada de posse dos corpos gerentes da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Humberto Carneiro vincou que “sempre trabalhamos e continuamos a trabalhar de uma forma vo-luntária, transparente e responsável”.
Continuar a assegurar a sustentabilidade e o equilíbrio financeiro da instituição, por forma a não comprometer todo o trabalho já feito e todo o reconhecimento já conquistado; assumir a Misericórdia na defesa dos mais protegidos e vulneráveis da comunidade; e uma liderança serena e inclusiva, com credibilidade interna e externa, foram as três notas deixadas por Humberto Carneiro.
A sustentabilidade da Misericórdia, com a manutenção e alargamento dos acordos de cooperação que estão em vigor, na área social e na área da saúde; adequar todos os investimentos e gastos em imobilizado em candidaturas a programas de financiamento comunitário; potenciar o crescimento e reconhecimento da instituição pela comunidade; potenciar a inovação das respostas sociais e da área da saúde; o envolvimento cada vez maior dos colaboradores, utentes, parceiros, famílias e da comunidade; e capacitar as equipas para melhor responder aos desafios do futuro, foram os eixos definidos por Humberto Carneiro para o próximo quadriénio.
“Muitos são os desafios do futuro. Temos um percurso que fala por nós, de obra rea-lizada, de obra que está em curso mas uma instituição destas não vive, naturalmente, apenas de obras mas também vive de obras”, disse Humberto Carneiro, apontando que a comemoração do centenário do Hospital António Lopes tem início no próximo dia 5 de Setembro, com a inauguração da nova unidade médico-cirúrgica. Humberto Carneiro apontou também a criação de um núcleo museológico interactivo e o finalizar das obras de remodelação e ampliação da estrutura residencial para idosos, o Lar de S. José, e dos edifícios de creche e jardim-de-infância S. Gonçalo e Nossa Senhora da Misericórdia. A remodelação da Farmácia da Misericórdia e a  criação de um portal da Santa Casa foram também destacados pelo Provedor Humberto Carneiro.
No início do seu discurso, Humberto Carneiro dirigiu-se a Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, dando conta da parceria extraordinária entre a Misericórdia e a Câmara Municipal, que tem permitido que os projectos que a Misericórdia, ao longo dos anos, tem submetido a aprovação e apreciação da Câmara Municipal tem recebido dos serviços o melhor acolhimento, com isenção de taxas de licenciamento, pelo papel social desempenhado pela ins- tituição.
Manuel Lemos, presidente do Secretariado da União das Misericórdias Portuguesas, finalizou os discursos. Na sua intervenção, Manuel Lemos, de entre outros aspectos, frisou que “esta Santa Casa tem um caminho a percorrer e está a percorrê-lo muito bem”.

Manuel Baptista

“O papel desta instituição 
é fundamental 
para o desenvolvimento 
social do nosso concelho”

Felicitando os órgãos sociais recentemente eleitos e desejando à mesa administrativa os maiores sucessos na concretização do importante projecto social, Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, revelou que a votação, pela sua enorme dimensão, dobra a responsabilidade dos escolhidos. Na sua intervenção, Manuel Baptista não esqueceu que “o papel desta instituição é fundamental para o desenvolvimento social do nosso concelho”.
“A intervenção permanente ao nível da infância, da terceira idade e afora de uma formam ais presente ao nível da saúde é decisiva para que os povoenses continuem a ter respostas que melhorem a sua qualidade de vida”, frisou o autarca.
Salientando o regresso da Consulta Aberta, Manuel Baptista apontou que “esta resposta do Hospital António Lopes é muito importante, sabendo nós das dificuldades da população, especialmente a mais idosa, em se deslocar a Braga para uma consulta de cuidados primários ao fim de semana”.
Revelando que, mais uma vez, a autarquia foi distinguida como concelho amigo das famílias, o autarca povoense afirmou que parte da venda das acções que eram detidas pela Câmara Municipal será canalizada para aumentar os orçamentos das medidas sociais.
De entre outras considerações, Manuel Baptista aproveitou a ocasião para dar a conhecer a intenção da autarquia de requalificar, ainda este ano, a Rua da Misericórdia, melhorando os acessos ao hospital e toda a zona envolvente.

‘Reis com coração de Ouro’

Povoenses doaram alimentos
para o Banco de Voluntariado


Povoenses foram desafiados e aceitaram o repto de contribuir com um bem alimentar a reverter para o Banco de Voluntariado local, no âmbito da iniciativa ‘Reis com coração de Ouro’, realizado na tarde de domingo, dia 10 de Janeiro, no  Theatro Club.
A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, em parceria com o Núcleo do Corpo Nacional de Escutas e o Arciprestado da Póvoa de Lanhoso, promoveram esta iniciativa, que, para além do reviver de tradições, permitiu angariar bens alimentares para o Banco de Voluntariado local, contribuindo os participantes para amenizar as dificuldades das famílias mais carenciadas do nosso concelho.
Para além deste cariz solidário, o evento ‘Reis com coração de Ouro’ visou celebrar o jubileu da misericórdia e fazer reviver tradições. Tratou-se de uma cerimónia de adoração dos Reis Magos ao Me- nino, estes que foram guiados, durante vários dias, pela Estrela de Belém, para venerá-lo e presenteá-lo com ouro, incenso e mirra.
Apelou-se, assim, à boa vontade e espírito de ajuda de todos os Povoenses para participarem e contribuírem nesta iniciativa, levando um género alimentar, interpretado simbolicamente como a oferenda dos reis Magos ao Menino Jesus.

Um encaixe de 1 milhão e 800 mil euros

Câmara vendeu participação 
na Águas do Norte, S.A. 

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso anunciou a venda da sua participação na sociedade anónima Águas do Norte, S.A. e com o valor obtido vai reforçar as políticas sociais e realizar investimentos.
Com esta venda de ações e com a remuneração acionista, correspondentes aos 0,67% que detinha de capital social na Águas do Norte, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso obtém para os seus cofres cerca de um 1.800.000€.
Esta verba irá permitir o reforço do orçamento destinado à área social -  de onde se destacam medidas como as Bolsas de Estudo e o Naturalanhoso - e a realização de diversos investimentos no concelho.
O contrato de compra e venda de acções foi celebrado a 8 de janeiro de 2016, pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, e pelo vice-presidente do Conselho de Administração da Águas do Norte, S. A., José Maria Martins Soares. Na oportunidade, outros municípios e entidades também vende-ram as suas participações, casos de V. N. de Famalicão e da AMAVE.
A Águas do Norte, S.A. é uma sociedade anónima de capitais públicos e a concessionária da exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento do Norte de Portugal.
O jornal Maria da Fonte procurou perceber, junto do Presidente da Câmara Municipal, Manuel Baptista, as consequências desta venda para os consumidores povoenses e para o Concelho, visto que foi anunciado o reforço das verbas destinadas às medidas sociais e a realização de investimentos.

NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Associação de Invisuais
cantou as Janeiras a Cavaco


Uma comitiva da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB), da Póvoa de Lanhoso, deslocou-se a Lisboa, na quarta-feira, dia 6 de Janeiro, para cantar as Janeiras ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
“É um orgulho para nós estamos aqui com o grupo ‘As Nossas Raízes’ a cantar as Janeiras para vossas excelências”, salientou Domingos Silva, presidente da AADVDB, aquando do cantar das Janeiras ao presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e à primeira-dama, Ma-ria Cavaco Silva. Nesta deslocação a Lisboa, Domingo Silva e um grupo de deficientes visuais fizeram-se acompanhar de elementos da direcção e órgãos sociais da instituição, da vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, do chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal, Bruno Fernandes, assim como do Provedor da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Humberto Carneiro.
“Trago um abraço da Póvoa de Lanhoso, do sr. presidente da Câmara, para sua excelência e toda a comitiva da Presidência da República”, disse Domingos Silva, agradecendo a Cavaco Silva tudo o que fez pelos deficientes, enquanto primeiro-ministro e presidente da República. Os agradecimentos estenderam-se ainda à autarquia da Póvoa de Lanhoso, pelo apoio na deslocação a Lisboa.
Uma das prendas de aniversário da instituição, que celebra 20 anos no dia 19 de Janeiro, chegou mais cedo, com a deslocação à Presidência da República para cantar as Janeiras.

Escola Profissional do Alto Ave, EPAVE-EM

Robótica: renovado 
espaço de formação

A Escola Profissional do Alto Ave, EPAVE-EM, renova espaço de formação dedicado à robótica, criado no âmbito dos cursos profissionais de Eletrónica automação e comando, Manutenção Industrial e Mecatrónica automóvel, denominado Club de Robótica. Para sinalizar o momento, o coordenador deste espaço, Nuno Antunes, em colaboração com os membros deste Club, jovens dos cursos profissionais da EPAVE, promovem nova formação dirigida a todos os alunos interessados e jovens da comunidade envolvente, dos 10 aos 15 anos de idade. O curso de formação/sensibilização juvenil funciona gratuitamente às segundas-feiras das 14 às 17 horas na Oficina 4 – Robótica. As matérias, teóricas e práticas, a versar nesta formação/sensibilização são, entre outras, construção e programação de robôs; busca e salvamento e condução robótica, cujo objectivo é preparar os jovens para participações futuras em concursos inter escolas e robo-party além da participação ativa em exposições e workshops promovidos pela EPAVE em colaboração com outras entidades. 
As inscrições e participação são gratuitas e podem ser feitas no gabinete do aluno da EPAVE a funcionar no espaço destinado à secretaria da escola e ao gabinete de inserção profissional.

Escola EB 2,3 Prof. Gonçalo Sampaio

Escalada dá cartas 
a nível nacional

Há cerca de 16 anos, nasceu na Escola EB 2,3 Gonçalo Sampaio o Clube de Escalada, numa ocasião em que foi construída uma “parede” de escalada no exterior. A modalidade tem captado a atenção de vários alunos e os resultados falam por si. Neste momento, são duas as estruturas de treinos existentes naquele estabelecimento de ensino, uma de escalada de bloco, sem cordas e com colchões para amparar os alunos em caso de queda e cuja altura pode ascender aos 4 metros e meio, localizada no pavilhão gimnodesportivo, criada há um ano, e uma parede de escalada de dificuldade, com corda, esta última no exterior.
Parede interior permite treino regular “Iniciamos só com a estrutura exterior e era complicado pois as condições atmosféricas condicionavam o treino”, explica o professor Jorge Martins, responsável pelo Clube de Escalada da Gonçalo Sampaio. O sonho, de uma parede interior, concretizou-se há um ano, e veio facilitar o treino dos alunos.
“Conseguimos fazer um treino mais estruturado ao longo do ano e durante a semana. No início, tínhamos alguma dificuldade pois não conseguíamos treinar com regularidade devido à condições climatéricas. Íamos mais vezes ao fim-de-semana escalar para a rocha e os melhores locais chamam-se escolas de escalada, zonas rochosas onde se pode escalar.
Os melhores locais localizam-se na zona de Coimbra”, revela Jorge Martins.
Na Gonçalo Sampaio encontramos os alunos do desporto escolar, os quais praticam escalada mais como uma forma de recreação. Depois, existe um clube federado, que existe há cerca de dez anos e participa no circuito nacional da Federação Portuguesa de Montanhismo e escalada.
Ao longo destes anos, alguns alunos têm marcado presença na selecção nacional e têm participado em competições internacionais. Aí, os treinos decorrem três vezes por semana e nas férias lectivas, realizam-se todos os dias. Alguns dos alunos federados já não se encontram no estabelecimento de ensino, e um deles já exerce uma actividade profissional.
Em 2015, eram sete os alunos federados. Este ano, a meta é chegar aos dez alunos federados.

Apoios precisam-se
Para além do apoio da Escola EB 2,3 Prof.º Gonçalo Sampaio e da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, são necessários outros apoios para a escalada. A participação em provas nacionais implica vários custos, que passam pelas inscrições, combustível, alimentação e dormida, quando necessário. No ano transacto, foram duas as deslocações a Lisboa.
A tudo isto, juntam-se os treinos na rocha, localizadas na zona sempre. É aqui que os alunos mais evoluem, o que lhes permite alcançar bons resultados nas provas.
Nos Jogos Olímpicos de 2010, em Tóquio, a escalada será modalidade de demonstração, o que trará mais visibilidade.