EDITORIAL

Armindo Veloso




 
“Quem não vê não peca”

É muito vulgar ler ou ouvir comentários, cujos autores tem os mais variados graus culturais, acerca das convulsões sociais, ou guerras que existem por este mundo fora.
De facto aquilo que não se vê ou não se ouve não existe.
Assentamo-nos  numa poltrona e no espaço de uma horita ficamos a saber a maior parte dos problemas existentes no nosso planeta terra.
Desde o Médio Oriente à África - esta muito menos mediática dá-se muito menos espaço – ficamos inteirados de tudo principalmente do que vende que são as chamadas más notícias.
E dantes?
Dantes não sabíamos praticamente nada do que se passava no mundo.
Os conflitos eram incomparavelmente maiores e em maior número do que nos tempos de hoje mas não se sabia ou quando se sabia, uma ínfima minoria de pessoas, era passado semanas ou meses.
Já nos demos ao trabalho de pensar como seriam as hipotéticas transmissões de reportagens em directo da primeira ou da segunda guerras mundiais? Já pensaram em, sem ser em filme, os canais de televisão ‘furarem’ reportagens das trincheiras ou dos fornos crematórios? Isto para não recuarmos aos séculos ou milénios onde as atrocidades vão sendo lembradas em filmes que por aí andam.
Nem é bom pensar.
Como quem não vê não peca, valorizamos os muitos milhares de mortos que hoje tombam nos conflitos sangrentos que temos e desvalorizamos os muitos milhões que tombaram ontem e antes de ontem em conflitos sangrentos indescritíveis.
Os erros de hoje não podem de forma alguma serem legitimados pelos grandes erros de ontem. Mas ajudam-nos a entender a natureza humana.
E essa nunca ninguém a entendeu nem me parece que algum dia alguém a venha a entender.

Até um dia destes

Nas freguesias

Câmara apresentou
o Orçamento Participativo

Monsul, Póvoa de Lanhoso (N.ª Sr.ª do Amparo) e Taíde foram as freguesias escolhidas pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, para a apresentação do orçamento participativo às populações e autarcas.
Estas decorreram nas instalações da Junta de Freguesia de Monsul, no dia 30 de Março; na Casa da Botica, no dia 31 de Março; e na Junta de Freguesia de Taíde, no dia 1 de Abril.
Durante este mês de Abril, decorre o período para apresentação de propostas, que serão analisadas durante os meses de Maio e Junho por uma comissão técnica. Entre 29 de Junho e 26 de Julho decorrem as votações e em Agosto são anunciadas as propostas de investimento vencedoras.
Está disponível uma verba de 250 mil euros para apoiar propostas de investimento: 200 mil euros para propostas de investimento de índole material (com um máximo de 50 mil euros por proposta de investimento) e 50 mil euros para propostas de investimento de índole imaterial (com um máximo de 10 mil euros por proposta de investimento).
O processo do Orçamento Participativo da Póvoa de Lanhoso é aberto à participação de todos os cidadãos, com mais de 16 anos, que sejam residentes no município da Póvoa de Lanhoso. O formulário para a apresentação de propostas estará dispo-nível no portal op.mun-planhoso.pt.
Para serem elegíveis, as propostas devem inserir-se no quadro de competências e atribuições da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso; ser suficientemente específicas e delimitadas no território municipal; não exceder o montante inscrito em orçamento; não ultrapassar os 12 meses de execução; enquadrar-se em pelo menos um dos sete eixos do Plano de Accão do Município da Póvoa de Lanhoso 2013-2017 (intervenção social, crescimento da economia local, educação, património cultural, promoção ambiental, coesão territorial e governo municipal, excepto requalificação de acessibilidades); ser compatíveis com outros projectos e planos municipais ou pelo menos que da sua execução não resulte a inviabilização de qualquer projecto ou iniciativa do Plano de Acção.
A votação pode ser realizada através da plataforma electrónica (op.mun-planhoso.pt), de 29 de Junho a 25 de Julho, ou presencialmente, no dia 26 de Julho, entre as 10h00 e as 17h00, na Junta de Freguesia de Monsul, na Junta de Freguesia de Taíde, na  Junta de Freguesia de Campo, na Junta de Freguesia de Rendufinho ou nos  Paços do Concelho.
São objectivos do Orçamento Parti-cipativo a participação informada, activa e construtiva dos munícipes, nos destinos do Governo Local; aproximar os munícipes dos órgãos locais de decisão; materializar os contributos de uma comunidade civil dinâmica, na elaboração dos instrumentos anuais de gestão previsional; contribuir para a educação cívica, permitindo aos cidadãos integrar as suas preocupações pessoais com o bem comum, compreender a complexidade dos problemas e desenvolver atitudes, competências e práticas de participação; e incentivar a interacção entre eleitos, técnicos municipais e cidadãos na procura de soluções para melhorar a qualidade de vida no concelho da Póvoa de Lanhoso.

OBRAS DE CONSTRUÇÃO ESTÃO NA RECTA FINAL

Presidente da Câmara
visitou Centro Interpretativo

Já estão na recta final as obras de construção do Centro Interpretativo Maria da Fonte (CIMF), no Largo António Lopes, na vila. No dia 1 de Abril, o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, e o seu executivo visitaram as obras.  Ma-nuel Baptista visitou os novos espaços que estão a surgir nos edifícios contíguos ao Theatro Club, os quais vão albergar o CIMF.
Recorde-se que o projecto do CIMF, promovido pela Câmara Municipal é cofinanciado pelo ON.2 – O Novo Norte e QREN através do Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional, que conta com um investimento elegível de 1.736.502,18€, ao qual corresponde a comparticipação comunitária de 85% no valor de 1.476.026,85€.
“A Póvoa de Lanhoso é considerada, em termos históricos e bibliográficos, a “Terra da Maria da Fonte” pelo que a Autarquia pretende consolidar esta imagem irreversível desse ícone da história de Portugal, que importa salvaguardar, assumir e rentabilizar cultural e turisticamente”, refere a autarquia.

CIMF – Espaços funcionais e distintos dão corpo ao projectoDe acordo com a autarquia, o Centro Interpretativo Maria da Fonte irá concentrar publicações, estudos e documentos que caracterizam a particularidade da Póvoa de Lanhoso no desenvolvimento do Liberalismo Português, com recurso a soluções digitais, pretendendo-se que possa vir a assumir-se como um importante núcleo de estudos deste período da história de Portugal. A par da formação de um centro de estudos e documental, o Centro Interpretativo deverá assumir outras valências ligadas ao mesmo assunto, nomeadamente de exposições temáticas, permanentes, temporárias e itinerantes; de serviços educativos transversais aos diversos níveis de escolaridade e etários; de investigação; de artes plásticas, representação e música; de conferências e publicações de divulgação e sensibilização.
“A distribuição das zonas principais foi pensada de forma a garantir uma boa funcionalidade de todo o espaço de Centro Interpretativo, uma vez que são dois edifícios independentes, que não estão fisicamente em contacto e que se encontram inseridos em Zona Especial de Protecção do Theatro Club e incluídos no Conjunto de Interesse Municipal – Largo António Lopes”, adiantam.
Este equipamento irá incluir diferentes espaços e funções organizados por área documental; área expositiva/divulgação/visitação; área administrativa; e área de apoio a expressões dramáticas, musicais e outras.
Recentemente formalizada a criação da Academia de Música Maria da Fonte, esta também irá funcionar enquanto pólo do Conservatório de Música de Barcelos, a partir das condições criadas no espaço do Centro Interpretativo.

Misericórdia

Contas aprovadas
por unanimidade

Foi aprovado, por unanimidade, a 27 de Março, o Relatório de Actividades e Contas de 2014 da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso.
De acordo com os documentos apresentados pela Mesa Administrativa, liderada pelo Provedor Humberto Carneiro, a instituição terminou o exercício do ano em análise com um resultado positivo.
Em termos de actividades, o ano de 2014 foi um marco na história da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. No ano transacto, de entre outros projectos e iniciativas, foi lançada a primeira pedra nas obras de ampliação e remodelação do Hospital António Lopes, num momento que se afirma como um marco de progresso e crescimento desta valência e dos serviços por ela prestados, numa perspectiva de mais qualidade e melhores condições de trabalho. A par disso, a instituição prossegue com a implementação da norma de serviço social EQUASS que, para além de um reforço ao Sistema de Gestão de Qualidade já implementado e certificado pela norma ISO 9001:2008, destaca-se por um tratamento mais individualizado com a definição de um Plano Individual por utente assente nas necessidades e expectativas manifestadas pelo utente ou pelos seus familiares, objectivando a melhoria da Qualidade de Vida do mesmo; a implementação de um Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho; e a criação do Coro de funcionários e irmãos da Misericórdia, promovendo um espírito de convívio e partilha entre funcionários. “A variedade de respostas que oferece e a preocupação que mantém em tentar responder àqueles que mais necessitam, é algo que nos caracteriza”, adiantam os responsáveis da Misericórdia, apontando que “em 2014 acedemos a mais de 70% dos pedidos de redução de mensalidade nas nossas valências de infância e verificamos que mais de 30% dos utentes da ERPI – Estrutura Residencial para Idosos, não pagam complemento familiar”.
A par disso, a instituição mantém os protocolos no âmbito do FEAC - Fundo Europeu de Auxilio às pessoas mais Carenciadas, que permitiu distribuir alimentos a mais de 700 pessoas e a Cantina Social que, em 2014, distribuiu mais de 33.000 refeições aos concidadãos mais carenciados.
“Isto reflecte-se no resultado do Inquérito à Comunidade, medida avançada em 2014, onde 82% dos inquiridos considera que a Santa Casa é uma instituição importante no concelho e 96% recomendaria os nossos serviços a outras pessoas. Em suma, pode-se afirmar que, com o espírito de missão que norteia a gestão desta instituição quase secular, vamos conseguindo levar a bom porto o nosso barco cumprindo com a nossa missão e dando resposta aquilo que são as debilidades da comunidade que nos envolve e para a qual existimos”, destacam os responsáveis.
Na referida Assembleia foi também aprovada a proposta de aquisição de um prédio rústico denominado ‘Veigas’ sito na Rua da Misericórdia, na vila.

AMÂNDIO OLIVEIRA, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

“A juventude é muito 
dinâmica e participativa”


Amândio Oliveira é o actual presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso. Em entrevista, aponta o civismo e a elevação como forma de cidadania e atribui aos jovens e aos mo- vimentos cívicos o rótulo de motores essênciais.
Que balanço faz do mandato enquanto Presidente da Assembleia Municipal?
O meu mandato como Presidente da Assembleia Municipal é ainda curto pelo que só poderá ser feito um balanço razoavelmente objectivo mais tarde. No entanto, saliento, desde já, a aprovação, por unanimidade, do novo Regimento, emanado de uma comissão eventual constituída no âmbito da Assembleia Municipal, no seio da qual se estabeleceu um diálogo aberto, profícuo e participado, que permitiu que tenhamos hoje um instrumento de trabalho mais adequado a um eficaz funcionamento das sessões da Assembleia Municipal.

Como têm decorrido os trabalhos, de uma maneira geral? Quais as principais dificuldades que houve necessidade de ultrapassar?
As senhoras e senhores Membros da Assembleia Municipal são pessoas responsáveis e interessadas pelos problemas da Póvoa de Lanhoso e, portanto, os trabalhos têm decorrido de forma muito satisfatória, aqui ou ali, com a vivacidade que as diferentes visões sempre introduzem nos debates. Felizmente não se têm registado dificuldades de maior.
Como lida com a ‘crispação’ que, por vezes, surge entre as bancadas?
A ‘crispação’ que surge nos debates entre as bancadas é uma consequência natural das diferentes e legítimas visões de um mesmo assunto. O meu papel, nessas circunstâncias, é ter a serenidade que se exige a quem exerce as minhas funções para ajudar a encontrar soluções e nunca ser parte do problema. Julgo que apesar de decorrida só uma parte do mandato, todos os Membros da Assembleia Municipal já se aperceberam que a Mesa e eu próprio fazemos sempre um esforço sério de isenção na condução dos trabalhos e gestão equilibrada dos diferentes poderes, deveres e direitos plasmados no Regimento e na Lei.

De que forma é possível aproximar os cidadãos de órgãos como a Assembleia Municipal?
Eu julgo que a melhor, senão única, forma de aproximar os cidadãos da Assembleia Municipal é pelo exemplo de elevação, civismo, frontalidade serena e actividade efectiva que ela possa testemunhar aos seus conterrâneos.

Considera que as pessoas estão informadas sobre o funcionamento e competências da Assembleia Municipal?
Enquadro esse conhecimento, ou falta dele, na realidade, que ainda é uma evidência, de que os eleitores percebem bem o poder que reside nos órgãos executivos e não tanto nos deliberativos. Temos todos de fazer cada vez mais pedagogia para que se considere a relevância e a independência destes dois órgãos.

Como observa a participação na vida política dos mais jovens do nosso concelho? Já é possível vislumbrar futuros líderes?
A juventude da Póvoa de Lanhoso é muito dinâmica e participativa. Todos nós nos apercebemos da actividade regular das diferentes juventudes partidárias, sendo, naturalmente, mais intensa nos períodos eleitorais. De igual forma, os movimentos associativos de diferente índole, motores essenciais de participação cívica, registam actividade regular e construtiva. Não temos razões para, em cada momento da vida concelhia, duvidar do aparecimento de líderes, tal como nunca deixamos de os ter. 

Recorrentemente fala-se do afastamento das pessoas da política, a sua experiência mostra o contrário. Motiva-o esta experiência autárquica?
Fui membro da Assembleia Municipal durante todo o anterior mandato e eleito de novo para este mandato. Não sou um ‘carreirista político’ - e não ponho nenhuma carga negativa nesta afirmação -, pois exerço a minha profissão de Advogado (na qual me sinto realizado), o que, contudo, não me impediu de dar o meu contributo à vida colectiva da Póvoa de Lanhoso. Todos nós, independentemente do que façamos, devemos, em cada momento, aceitar os desafios para os quais nos sintamos preparados, motivados e que representem o nosso espírito de serviço à causa pública.  

Quer deixar uma palavra aos povoenses, neste período em que se assinala mais um aniversário do 25 de Abril?
A geração a que pertenço teve a felicidade de crescer já em democracia. Antes do 25 de Abril de 1974, os mais elementares direitos de cidadania de povos livres não eram respeitados. Só gerações anteriores à nossa nos podem ajudar a todos, recordando, com a regularidade e veemência adequada, o que é viver em democracia ou sem ela.  Aqueles que em determinado momento são agentes políticos, devem fazer tudo para que os restantes cidadãos os olhem como mulheres e homens sérios, exemplos de serviço, verticalidade e empenho à causa pública. Se formos capazes de sermos arautos permanentes das virtualidades da democracia, muito mais pela acção do que pela palavra, contribuiremos para que colectivamente se vanglorie o regime e se respeitem as instituições. Os cidadãos em geral, partidariamente alheados ou não, actuando nas inúmeras formas de associativismo cívico, devem estar permanentemente atentos e fiscalizadores da actividade daqueles que, nos tempos próprios, foram legítima e democraticamente escolhidos para governar. Estes têm de ter consciência que o voto que lhes foi confiado os obriga a actuar em estrito respeito pela Lei, na prossecução do interesse colectivo e na vivificação permanente da democracia.
Tenho a certeza que a Póvoa de Lanhoso honrará, no presente e no futuro, os pergaminhos da terra e gentes de bem, amantes da justiça, da liberdade e da democracia.     

Concelho

Centenas de pessoas 
assistiram à Queima do Judas

Manter vivas as tradições é um dos objectivos da Junta de Freguesia da Póvoa de Lanhoso. Assim, no Domingo de Páscoa, à noite, os Paços do Concelho acolheram a Queima do Judas, numa cerimónia muito participada. “A Junta de Freguesia decidiu, este ano, que haveria de realizar a Queima do Judas de forma diferente, proporcionando-lhe um funeral digno. O ‘monstro’, com cerca de 5 metros de altura, esteve durante a tarde de Domingo no largo da Câmara Municipal, para que a população o pudesse adorar ou difamar antes do seu julgamento”, esclarece a organização.
“No final da missa do recolher das cruzes, foi feita uma encenação que Maíra Ribeiro, responsável do Theatro Club, dirigiu e onde os elementos da Junta de Freguesia (diabos e almas penadas), o grupo de bombos (exército) e dois cuspidores de fogo (diabo e anjo negro) fizeram um espectáculo memorável. Foi lido o testamento, que posteriormente foi queimado, bem como o judas, que ardeu em praça pública, perante o olhar de centenas de pessoas. O espectáculo terminou com fogo-de-artifício e a promessa de para o ano haver mais.

Geraz do Minho

Atropelamento mortal
por condutor com álcool


Foi trágica a noite de Sexta-feira Santa em Geraz do Minho. Um duplo atropelamento tirou a vida a um homem de 75 anos e provocou ferimentos numa mulher de 67 anos. O acidente ocorreu na Rua do Monte e as vítimas seguiam em direcção à Igreja Paroquial para assistir a uma celebração religiosa.
O condutor, de 33 anos que reside na freguesia de Monsul acusou uma taxa de álcool      de 2,50 g/l. Foi detido pela GNR, tendo sido notificado para comparecer a Tribunal. O processo baixou a inquérito. As investigações prosseguem.
Francisco Gomes de Oliveira seguia, a pé, com a vizinha Maria de Fátima Pereira quando tudo aconteceu. A filha de Francisco Oliveira seguia também com eles mas voltou atrás para confirmar se tinha desligado o fogão, como contou ao ‘Maria da Fonte’ a filha de Maria de Fátima, Isabel Silva.
Na manhã seguinte, Isabel Silva ainda transtornada olhava para o local onde tudo aconteceu, explicando que a mãe e o vizinha iam assistir a uma encenação na Igreja Paroquial, onde  participava a neta de Francisco Oliveira.
Pelas 20h30, quando circulavam na Rua do Monte, foram colhidos por um automóvel, que seguia em sentido contrário.
“Iam os dois pela beira e o carro veio e embateu contra eles. A minha mãe não se lembra de muito. A minha mãe caiu para o meio das silvas e o Sr. Francisco ficou ali caído no chão”, explicou ao “Maria da Fonte”, Isabel Silva, ainda emocionada, não só pelos ferimentos da mãe, mas porque a vítima mortal “era como um pai. Convivíamos muito”.
“Estava a dar a sopa ao meu filho. Ia jantar quando uma vizinha bateu-me à porta a dizer que tinha acontecido alguma coisa à minha mãe. Vim logo com esse vizinha e a minha mãe já tinha sido tirada das silvas, estava sentada numa cadeira”, descreveu a Isabel Silva, cuja mãe sofreu ferimentos ligeiros.
“Agarrou-se a mim e pediu-me desculpa, que não teve culpa”, revelou Isabel Silva, falando do condutor da viatura, lembrando que ele cheirava a álcool.
O alerta aos bombeiros foi dado por vizinhos que ouviram o barulho. Além de duas ambulâncias, o socorro mobilizou a equipa da viatura médica de emergência e reanimação (VMER). As duas vítimas foram socorridas no local e transportadas ao Hospital, onde Francisco Gomes de Oliveira veio a falecer pouco tempo depois.
A notícia do acidente e, em particular, a morte de Francisco Pereira, deixou toda a gente em choque, estragando a Páscoa.
Para além dos elementos do Posto da GNR da Póvoa de Lanhoso, no local estiveram militares do Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV) do Destacamento de Trânsito de Braga para recolher elementos, com vista a apurar as circunstâncias do atropelamento mortal.

POVOENSE ANTÓNIO COSTA RELATA OS MOMENTOS DA PRESENÇA NO QUÉNIA

“O momento mais feliz 
foi ver o sorriso das pessoas”

O povoense António Manuel Ribeiro Guimarães Costa, enfermeiro de profissão, foi um dos profissionais do Hospital de Braga que integrou, de 25 de Março a 5 de Abril, uma missão humanitária no Quénia. Prestar cuidados de saúde à população na vila de Migori foi o objectivo da missão. Quatro médicos e três enfermeiros do Hospital de Braga integraram esta missão de carácter voluntário, da organização não-governamental (ONG) KenyaRelief, em Migori, uma pequena vila no interior do Quénia.
Para António Costa, de 33 anos, esta foi a sua primeira missão humanitária. Enfermeiro há 11 anos, António Costa completa também este ano 20 anos como voluntário nos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso. Residente na Póvoa de Lanhoso, desempenha funções no Serviço de Urgência do Hospital de Braga e integra também a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) que está sediada naquela unidade hospitalar.

O que o levou a abraçar a causa do voluntariado. Foi também um incentivo para prosseguir os estudos na área da saúde?
Quando era jovem já tinha o espírito de ajudar o próximo e com 14 anos inscrevi-me nos Bombeiros. Vim pela mão do comandante Lourenço e também já tinha algumas raízes pois o meu pai tinha sido bombeiro na década de 80. Já passaram 20 anos, pude fazer imensa formação na área dos Bombeiros e quando cheguei ao secundário, na altura de decidir, nunca tive dúvidas que a minha opção seria a área da saúde.
Sempre gostei muito e apreciei o trabalho de enfermagem e ingressei nesse curso. Tirei o curso no Porto e sempre com a intenção de, quando terminasse o curso, vir trabalhar para o hospital de Braga, que é o hospital de referência na nossa área. E assim foi. Comecei no Serviço de Pediatria onde estive 5 anos e já estou no Serviço de Urgência há 6 anos. Entretanto, foram surgindo outras oportunidades, como integrar a equipa da VMER, que foi juntar o útil ao agradável. Poder fazer parte de uma equipa diferenciada, como são as equipas de emergência médica do INEM e, ao mesmo tempo, conseguir aliar a enfermagem, que são os meus conhecimentos profissionais, e a outra paixão, que é o voluntariado, os Bombeiros. Tenho vindo a construir o meu percurso profissional. Tenho especialidade e mestrado na área do Doente Crítico e decidi embarcar noutras experiências.

Qual seria o grande sonho em termos de voluntariado?
Tenho o objectivo de um dia poder estar numa missão humanitária num cenário de catástrofe mas isso já são situações que não dependem só de mim, dependem de uma pré-selecção realizada pelo INEM ou pela Autoridade Nacional de Protecção Civil e obedece a alguns requisitos. Tenho trabalhado nesse sentido, tanto nos bombeiros como na minha vida profissional. No Hospital de Braga, também estou ligado ao Plano de Catástrofe do Serviço de Urgência, o que mais uma vez me ‘obriga’ a estar na vanguarda nesta temática. Este ano, surgiu a oportunidade de integrar uma missão humanitária não em cenário de catástrofe mas uma missão numa zona com muitas carências. Assim foi.
(...)

Escola EB 2, 3 Prof. Gonçalo Sampaio

Alunos e professores 
contra o racismo

No dia 20 de Março, na E.B. 2,3 Professor Gonçalo Sampaio assinalou-se o Dia Mundial para a Eliminação da Discriminação Racial. Esta acção, que envolveu toda a comunidade educativa desta escola, foi uma iniciativa do PAPES (Programa de Apoio à Promoção da Educação para a Saúde), do Gabinete do Aluno e do SIGO (Serviço para a Igualdade de Género da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso).

EDITORIAL

Armindo Veloso




 
“Atrás de mim virá 
quem de mim 
bom fará” 

Sempre achei António José Seguro um homem aguerrido, bem falante, assertivo na maioria dos casos quando fazia oposição ao governo mas nunca deixei de o ver como um jovem, que conheci enquanto tal, mas com poucas hipóteses de ser um estadista.
Poder-me-ia ter enganado caso António José Seguro tivesse tido a oportunidade, legítima, de disputar as próximas eleições legislativas e as ganhasse. Aí, quem sabe o cargo fizesse o homem e o homem virasse estadista.
Aconteceu, mais coisa menos coisa isso com Passos Coelho. Conheci-o enquanto jovem da JSD e nunca me passou pela cabeça que aquele então rapazinho fosse hoje, concordando-se com ele ou não, um estadista.
Uma vez que as facas longas deram cabo da carreira política, pelo menos para os próximos anos, de António José Seguro, apareceu o salvador da Pátria, António Costa.
António Costa é uma boa pessoa, não tenho dúvida. António Costa é um bom presidente da Câmara de Lisboa. António Costa foi um bom ou razoável ministro nas mais variadas pastas que desempenhou. António Costa foi um excelente número dois.
Agora, ai agora que ‘elas mordem’ e que é a cabeça da oposição tem-me desiludido amiúdas vezes. Tanto na postura como nas contradições e omissões permanentes que tem caído nas variadas intervenções.
António Costa está longe de poder vir a ser um bom Primeiro Ministro. Começou logo por nomear Ferro Rodrigues para líder parlamentar. Mete dó ver um homem como Ferro Rodrigues, não estando em causa as suas qualidades que as tem, a ler umas cabulazitas que lhe vão dando para responder ou ripostar ao Primeiro Ministro nos debates quinzenais para além de mostrar uma imagem do passado.
Será que julgam que o povo anónimo não dá por esses por-maiores?
A liderança da bancada do PS necessitava de um jovem adulto bem preparado e que respondesse taco-a-taco a Passos Coelho com “improvisos bem preparados”.
Por sua vez as sondagens vão dando números próximos dos do passado com a anterior liderança.
Já haverá sótão conspiratório? Se não há é porque já não há tempo para mudanças.
Atrás de mim virá quem de mim bom fará. Lembrará todos os dias António José Seguro.

PS- Há meses atrás falei aqui de um nome que para mim daria um óptimo Presidente da República: Guilherme de Oliveira Martins.
Fico contente e honrado por alguém, Lá em baixo na ‘corte’, terem dado por ele.

Até um dia destes

FESTAS DE S. JOSÉ MARCADAS PELA BELEZA

 Procissão foi momento
alto dos festejos

A procissão em honra de S. José, com a presença dos andores dos santos padroeiros das freguesias de concelho, continua a ser um dos momentos altos das festividades concelhias. Na tarde do dia 19 de Março, feriado municipal, as principais artérias da vila encheram-se de gente para acompanhar o acto religioso. A beleza do cortejo, com os andores adornados com flores naturais, continua a encantar.
Pelo centro da vila desfilaram 31 andores embelezados com flores naturais. Aos 29 andores dos santos padroeiros das paróquias do concelho da Póvoa de Lanhoso juntou-se o andor do Menino Jesus e o andor do padroeiro S. José.
O principal dia dos festejos ficou marcado pelo bom tempo, com S. Pedro a juntar-se à festa e a proporcionar um dia de sol.
Aos vários andores, juntou-se o poder religioso, o poder civil, com os presidentes da Assembleia Municipal e Câmara Municipal, assim como deputados e vereadores daqueles órgãos, Juntas de Freguesia, Confrarias, grupos desportivos, associações e IPSS’s do concelho. Naquela tarde, o concelho da Póvoa de Lanhoso reuniu-se no centro da vila e o povo saiu à rua para apreciar a passagem da procissão.
O andor de S. José foi transportado pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, num momento que contou também com guarda de honra ao santo padroeiro. A tudo isto, juntaram-se os quadros bíblicos, as figuras alegóricas e os escuteiros do concelho.
A beleza dos andores cativou os presentes. Maria Lúcia veio do concelho de Guimarães e ficou admirada com a beleza da procissão. “Nunca aqui tinha vindo. Uma amiga falou-se das festas e resolvi vir aqui. Não me arrependo pois é uma procissão muito bonita. Gostei de tudo e é uma procissão bem organizada”, disse esta vimaranense. José e Isaura Cunha vieram do concelho de Braga e também eles concordaram que está é uma procissão muito bonita. “Gostamos mui-to e os andores estavam muito bonitos. Não é a primeira vez que cá vimos. Chegamos no final do almoço. Já demos uma volta pela vila e agora estivemos aqui sentados a ver a procissão”, revelou José Cunha.

EVENTO ATRAIU MILHARES DE PESSOAS

Concelho viajou no tempo 
com o desfile histórico 
e etnográfico

O  concelho da Póvoa de Lanhoso viajou no tempo. No último dia das festas de S. José, no Domingo, dia 22 de Março, as principais artérias da vila povoense receberam o cortejo histórico e etnográfico. As freguesias do concelho saíram à rua e presentearam o público com a evolução histórica do concelho. Foi um verdadeiro retrocesso no tempo, com os povoenses a recriar momentos que marcaram as Terras da Maria da Fonte. A ‘viagem’ passou pela Pré-história, Neolítico, Idade do Ferro, a Romanização, a Idade Média e a fundação da Nacionalidade, não esquecendo factos e figuras que fazem parte da nossa história, como a Revolta da Maria da Fonte e o 25 de Abril.
Martim Moniz, a Maria da Fonte, Maria Paes Ribeiro – a ‘Ribeirinha’ e Gonçalo Sampaio foram algumas das figuras do concelho trazidas ao desfile histórico e etnográfico. A tudo isto, juntaram-se os brasileiros de torna viagem, a filigrana e os ourives ilustres, os romeirinhos de Nossa Senhora do Porto d’Ave, o Santuário de Nossa Senhora do Pilar, a evolução das formas de iluminação, a evolução do traje e os regimes políticos portugueses.
Às freguesias e União de Freguesias do Concelho juntou-se o quadro apresentado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, com a representação da pré-história, num momento que reuniu mais de 400 figurantes. Zé Amaro apadrinhou o evento e marcou presença no festejo, ao lado de Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de La-nhoso, de Domingos Silva, presidente da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais e de Armandina Machado, presidente da Junta de Freguesia de Vilela, integrando o quadro apresentado por aquela freguesia, que trouxe ao desfile os regimes políticos portugueses.
Nas ruas, travaram-se ‘lutas’, enterraram-se os ‘mortos’, assistiu-se ao desfilar dos nobres, à passagem dos vários governantes que marcaram a história política do país e de figuras da terra, num belo quadro que embelezou o  último dia das festividades, num momento carimbado pelo sucesso.

MISSA NO FERIADO MUNICIPAL

Frei Luís Gonçalves incentivou
a seguir o modelo de S. José

 
Na missa em honra de S. José, no dia 19, feriado municipal, realizada no Salão Paroquial da Póvoa de Lanhoso, o Frei Luís Gonçalves incentivou os fiéis a seguir o modelo extraordinário que foi S. José.
Destacando a lição de fé extraordinária dada por S. José, Frei Luís Gonçalves pediu que todos os pais olhem para o seu exemplo como pai de família.
“Hoje em dia a família é fundamental. É pela família que passa o futuro da humanidade como dizia S. Paulo”, disse ainda o Frei Luís Gonçalves.
A eucaristia foi conduzida pelo padre Armindo Ribeiro, pároco da Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo) e arcipreste concelhio e contou com a homília pelo Frei Luís Gonçalves, franciscano capuchinho.
O fiéis marcaram presença em grande número, num momento religioso que contou com a presença dos elementos da Câmara e Assembleia Municipal, assim como da Misericórdia e Junta de Fre-guesia da Póvoa de Lanhoso, entre outros.
Festa que é festa tem doces, farturas e muitos divertimentos. Na Póvoa de Lanhoso, a tradição mantém-se e as ‘doceiras’ marcam presença em grande número. Os charutos e as cavacas continuam a ser os doces tradicionais mais pro-curados mas há quem traga miniaturas e outras iguarias para as festividades.
Com o bom tempo a fazer-se sentir, o negócio correu de feição na tarde de domingo, dia 19, e a procura não se ficou somente pelos doces ou as farturas. Em várias tendas, as ofertas passavam pelos produtos do fumeiro, que cativaram muitos forasteiros. A estes, juntou-se também o artesanato, o calçado, as utilidades domésticas e os CD’s.
Foram momentos de compra mas também de passeio para muitos dos presentes. No principal dia de festa, as principais artérias do centro da vila ganharam outra animação e os forasteiros deram outro colorido às Terras da Maria da Fonte.

Concurso Literário António Celestino

Já são conhecidos 
os grandes vencedores

Já estão entregues os Prémios do Concurso Literário António Celestino. Criar e consolidar hábitos de leitura, fortalecer práticas de escrita criativa e valorizar a expressão literária são os objetivos desta iniciativa, que a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promove e organiza, numa parceria entre o Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares da Biblioteca Municipal da Póvoa de Lanhoso e a Rede Concelhia das Bibliotecas Escolares.
Esta cerimónia contou com a presença especial da professora Conceição Oliveira, carinhosamente tratada por Sãozinha, que foi a companheira durante anos de António Celestino.
Instituído há alguns anos pelo Município da Póvoa de Lanhoso, o Concurso Literário António Celestino é uma justa homenagem a um artista das letras das Terras de Lanhoso, António Simões Celestino da Silva, poeta, escritor e amante das artes, falecido em 2013. 
A cerimónia contou com entrega de certificados de participação a todos os concorrentes e com a animação musical de dois jovens, Ângelo Fernandes e Cristiana Fernandes. E envolveu ainda a apresentação de pequenos excertos dos trabalhos vencedores em cada categoria.
“Na semana em que damos destaque ao trabalho concelhio desenvolvido ao nível da educação, como seja a semana da leitura, é justo que publicamente se reconheça o esforço diário de todos os agentes educativos locais no sentido de disponibilizar aos nossos jovens o acesso a um serviço de educação de qualidade”, referiu a vice-presidente da Câmara Municipal e Vereadora da Educação, Gabriela Fonseca.
Armando Fernandes adiantou ainda que “é com este objectivo que pretendemos começar a trabalhar de mãos dadas com a rede concelhia de bibliotecas escolares. Haverá necessidade de fazer adaptações ao regulamento do concurso, haverá necessidade de começar a abordar eventuais patrocinadores, mas se todos quisermos que isso aconteça, estou certo que conseguiremos”.
 Presente na cerimónia esteve ainda a diretora do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio, Luísa Rodrigues Sousa Dias, que, de entre outras considerações, felicitou a Câmara Municipal “por mais uma iniciativa promotora do livro e da leitura”, salientando que um bom aluno tem que ler e escrever “correctamente”. O director do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, José Ramos Magalhães, também interveio, referindo, pretender apenas “homenagear aqueles que tiveram a ousadia de se aventurarem nesse trabalho que é a escrita. Nos tempos que correm é muito difícil as escolas motivarem os alunos para escrita”.

MOMENTO DE ENCONTRO E DE PARTILHA

Ex-combatentes
reuniram-se em convívio

Foi um dia de reencontro e de partilha de história. No dia 28 de Março, os ex-combatentes do concelho reuniram-se naquele que foi o 4.º convívio. César Malaínho foi o organizador do encontro deste ano, que decorreu na freguesia de Fontarcada. Com encontro marcado para as 11h30, os ex-combatentes foram-se concentrando junto ao Mosteiro de Fontarcada, onde aí foi celebrada a Eucaristia, pelo padre Fernando Eurico. No decurso da celebração religiosa, foram recordados os combatentes já falecidos, em especial os naturais daquela freguesia.
“Estes encontros são sempre muito importantes. Hoje, também estamos aqui a recordar os vossos companheiros que lutaram na Guerra do Ultramar e faleceram lá. Vós, conseguiste vencer apesar das dificuldades”, salientou o padre Fernando Eurico, revelando que o encontro é um momento para “recordar momentos de êxito, de alegria mas também de dificuldade”.
Foi o reviver de amigos e o reavivar de memórias. Recordaram-se os momentos marcantes vividos pelos combatentes no teatro de guerra mas também as alegrias vividas aquando do combate pela Pátria.
Depois da eucaristia, os participantes rumaram ao cemitério de Fontarcada, onde aí foi prestado homenagem aos dois combatentes falecidos daquela freguesia, com o depositar de um ramo de flores.
Estes encontros são necessários e benéficos para nós não nos esquecermos daquilo que passamos”, revelou o organizador deste ano, César Malaínho, apontando que, no seu caso, esteve sempre embarcado, pertencia à Marinha, tendo estado 14 meses em Angola, 16 meses em Moçambique, 8 meses em Cabo Verde, 3 meses na Guiné e 3 meses em S. Tomé e Príncipe.
“Por isso, corri as províncias todas. O nosso serviço além de patrulhar a costa era o transporte de militares de outras forças armadas. Pessoal aqui da Póvoa de Lanhoso comigo não esteve ninguém embarcado. Não estava lá ninguém aqui destes lados. Assentei praça em 1962”, acrescentou ainda César Malaínho.
De ano para ano, o encontro de ex-combatentes tem cada vez mais participantes. Dos 25 a 30, no primeiro ano, são agora 70 os participantes neste convívio de ex-comba-tentes, com a organização a pretender que o número aumente de ano para ano.
Para o próximo ano, o Dr. Augusto Freitas, de Monsul, já se disponibilizou para organizar o encontro, caso não surja um voluntário.

CRIANÇAS DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA

Dia do Pai assinalado
com exposição de gravatas

Uma exposição de gravatas, elaboradas por crianças dos Jardins-de-Infância da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, foi a forma encontrada pela Biblioteca Infantil para assinalar o Dia do Pai, celebrado a 19 de Março.
“Esta mostra resultou da vontade de imprimir ao espaço da Biblioteca Infantil dinâmicas renovadas e promovidas com maior frequência. Do convite lançado às responsáveis destas valências da Santa Casa da Misericórdia, quer do Jardim de S. Gonçalo, quer do Jardim da Santa Casa, para assinalar o Dia do Pai e do padroeiro do nosso concelho, resultou um conjunto de trabalhos muito criativos e bastante coloridos, o que é revelador da alegria das crianças, quando elas estão felizes”, referem os responsáveis.

Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso fala sobre o Orçamento Participativo

 “O principal sinal que damos 
às pessoas é de que 
as queremos ouvir”

O processo acaba de ser lançado publicamente, com sessões de apresentação em algumas freguesias. O Orçamento Participativo é uma novidade introduzida neste mandato e Manuel Baptista fala das suas expectativas em relação a esta possibilidade de os povoenses participarem na gestão da autarquia.

No âmbito do Plano de Acção para o mandato de 2013 a 2017, surge a proposta de Orçamento Participativo. Quais são os objectivos desta medida?
MB – Este foi um compromisso que assumimos com os povoenses e que vamos agora cumprir. O objectivo principal do Orçamento Participativo é envolver os povoenses no trabalho que fazemos, incentivando a participação cívica. Estamos a chamar os cidadãos para darem a sua opinião, vamos dar a oportunidade de serem eles a escolher onde deve a autarquia investir uma parte do seu orçamento. Este é também um apelo à criatividade dos cidadãos por forma a sugerirem ideias e projectos que não são habitualmente realizados pela sua autarquia.

Em que medida é que o Orçamento Participativo é importante para as populações?
MB – Eu acho que o principal sinal que damos às pessoas é de que as queremos ouvir. Para além disto, as pessoas que apresentarem propostas vão ter de lutar por elas de forma a serem as mais votadas, o que também permitirá envolver a comunidade nos projectos. Cada vez mais os cidadãos, apesar de escolherem os seus representantes em eleições, devem ter um papel mais activo ao longo dos mandatos, acompanhando a gestão da sua autarquia e, neste caso, participando nela.
Acredita que os povoenses vão aderir a este desafio?
MB – Nós sabemos que há um caminho longo a percorrer. É uma novidade no concelho, há a necessidade de informar devidamente as pessoas e de as motivar para apresentarem propostas. Mas estou convencido que as freguesias se vão envolver e, à medida que o projecto for mostrando as suas vantagens, acredito que a adesão vai ser crescente. Por isso, vamos fazer uma forte divulgação, contando com a ajuda das Juntas de Freguesia para que todo o concelho tenha conhecimento do que é o Orçamento Participativo e das suas regras.

Que critérios terá a selecção das propostas para que sejam submetidas a votação?
MB – A comissão técnica apenas vai avaliar se as propostas se enquadram nas áreas de intervenção da autarquia e se cumprem as regras definidas. Não é objectivo nesta primeira edição orientar as propostas para uma determinada área em concreto, como fazem alguns concelhos. Definimos apenas uma verba para projectos materiais e outra para projectos imateriais. Isto é, valorizar também os projectos culturais ou sociais, por exemplo, e não valorizar apenas os projectos que impliquem a execução de obra. A Câmara tem 7 áreas onde actua: intervenção social, crescimento da economia local, educação, património cultural, promoção ambiental, coesão territorial e governo municipal. Desde que os projectos se insiram nestas áreas e estejam devidamente fundamentados, estão em condições de seguir para votação. Apenas excluímos a requalificação de acessibilidades por entendermos não se enquadrar no espírito do Orçamento Participativo. Toda a informação está disponível na plataforma electrónica ou directamente na Câmara, para ajudar a tirar as dúvidas.

A verba global destinada à execução das propostas de investimento é de 250.000 €. Como se chegou a este valor?
MB – Tendo em conta o nosso orçamento e a experiência de outros concelhos, entendemos que este é um valor razoável. Quando fizermos a ava-liação desta edição veremos se há necessidade de alterar este valor.

Há prazos para a execução dos projectos ‘vencedores’?
MB – Sim, queremos realizar em  6 meses os projectos vencedores que impliquem obra. Os imateriais serão pelo período definido na proposta.

Quer deixar um convite à população para que participe activamente nesta oportunidade de governação do município?
MB – Claro que sim. Com esta medida queremos dar voz às ideias dos povoenses e, por isso, deixo um apelo a que se informem e participem. A autarquia dá a oportunidade a que sejam os cidadãos a decidir e, por isso, será certamente uma experiência muito positiva para todos. Participem.

Taíde

‘Feira dos 25’
atrai muitos curiosos

As festas em honra de Nossa Senhora da Graça, realizadas a 25 de Março, continuam a chamar ao lugar de Quintela, em Taíde, muitos forasteiros. Para além dos povoenses, há quem se desloque dos concelhos de Guimarães, Vieira do Minho e Braga, para assistir aos momentos das festividades.
Conhecida como a ‘Feira Franca dos 25’, a festividade em honra de Nossa Senhora da Graça tem como pontos altos, para além dos momentos religiosos, a feira franca, o concurso pecuário e a corrida de cavalos.
António Silva veio de Ruivães, no concelho de Vieira do Minho, para assistir ao concurso pecuário. “Costumo vir cá todos os anos com um amigo de Rossas. Este ano, ele não pôde vir mas resolvi vir sozinho. Gosto muito de apreciar o concurso pecuário pois os produtores mesmo com dificuldades fazem gosto de apresentar os animais muito bem cuidados. É um momento bonito de ser ver, em especial de quem gostar da agricultura e de animais”, revelou. No concurso pecuário, na raça barrosã, José Carvalho, de Guimarães, apresentou o melhor touro reprodutor. Nesta mesma classe mas na raça galega (minhota) o primeiro prémio foi obtido por Domingos da Cunha Fernandes, de Guimarães, que apresentou o ‘Galego’, com 1700 quilos, que completa 4 anos no dia 8 de Maio.
Do concelho, mais precisamente de Garfe, marcou presença no concurso Maria da Conceição Meira Lopes, que apresentou a segunda melhor junta de bois sem desfecho.
Musicalmente, as festividades foram animadas por Hélder Baptista e sua banda.

NUM PROTOCOLO COM A CCDR-N

 Câmara constrói balneários 
de apoio ao campo de jogos

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e a CCDR-N assinaram, no dia 20 de Março, na Fundação Cupertino de Miranda (Porto), um contrato de financiamento do ‘ON.2 – O Novo Norte’ para a construção dos Balneários de Apoio ao Campo de Jogos Municipal. O Presidente Manuel Baptista representou o município povoense.
A previsão é de que estes trabalhos estejam concluídos em Julho de 2015, complementando a requalificação do piso do campo de jogos municipal (colocação de relvado sintético).
“De lembrar que, dando cumprimento à sua política desportiva, o município da Póvoa de Lanhoso candidatou a requalificação do piso do campo de jogos municipal (colocação de relvado sintético), que viu aprovada. Trata-se de um equipamento base de dimensões adequadas quer ao treino e formação desportivos para o qual se prevê um acentuado aumento de utilização, nomeadamente através da operacionalização dos protocolos firmados na sequência da referida candidatura. Esta situação obrigou o município a repensar o investimento neste equipamento de utilização colectiva e a avançar com o projecto que consiste na construção de no-vos balneários de apoio ao Campo de Jogos”, explica a Câmara Municipal.
“Este equipamento já dispõe de edifício de apoio, mas as actuais instalações são já neste momento insuficientes para dar resposta às situações em que se verificam sessões contínuas, quer de treino quer de competição”, esclarece.
“Por isso, este projecto visa incrementar a qualidade de resposta do campo de jogos municipal, cujo programa funcional tem prevista a construção de um edifício com dois vestiários/balneários para atletas; dois vestiários/ /balneários para árbitros; instalações sanitárias públicas para cidadãos com mobilidade condicionada; instalações sanitárias públicas femininas e masculinas; copa de apoio; arrecadação e instalações técnicas”, avança a autarquia.
Trata-se de um projecto promovido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e co-financiado pelo ON.2 – O Novo Norte e QREN através do Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional.
Envolve um investimento total de 153.436,45€; um investimento elegível de 94.339,62€; um financiamento de 85%; e um valor   de comparticipação de 80.188,68€.

DESPORTO - Pró-Nacional

Maria da Fonte
sobe ao segundo lugar

Está ao rubro a disputa dos primeiros lugares na Torcatense reforça liderança e Maria da Fonte sobe ao segundo lugar.
Com seis jornadas para disputar na Pró-Nacional aquece a luta pelos primeiros lugares na classificação. O Torcatense reforçou a lide-rança, depois de somar mais uma vitória. Arões, Amares e Ninense perderam terreno e acaba por sair grande vencedor nesta ronda foi o Maria da Fonte. A equipa  orientada por José Barroso garantiu a vitória no duelo com o Brito e ascendeu ao segundo lugar na classificação ultrapassando diversos adversários.
O Porto d’Ave, entretanto, caiu para o último lugar depois do empate no jogo de ontem com o Ronfe.
Pró-Nacional.