EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Luzes ao fundo dos túneis 

Ter sempre tema para um texto numa coluna de jornal é uma responsabilidade e nem sempre é fácil.
Pergunto-me como é que o Miguel Esteves Cardoso, mesmo ele que é um génio da escrita, arranja maneira de alimentar uma coluna diária no ‘Público’.
Para ter algum jeito aquilo que escrevemos, pelo menos no critério de quem escreve, temos de andar sempre atentos ao que nos rodeia. Peço paciência aos meus leitores pelo  facto de escrever pouco acerca de temas locais sendo o ‘Maria da Fonte’ um jornal local. Mas prefiro andar por aí, pelo mundo.
No dia 8, segunda-feira, vi em nota de rodapé – como era uma notícia importante era o local apropriado... -, no Jornal da Uma da RTP 1, uma notícia que me despertou do marasmo das reportagens “futeboleiras” no rescaldo da triste figura da nossa selecção.  
A notícia referia-se a um rapaz chamado Miguel Macedo que foi só (!) o melhor aluno do país em média global no 12.º ano. 19.85 valores. Entrou onde quis e no que quis como é óbvio: Faculdade de Medicina do Hospital de S. João no Porto.
Por coincidência soube que este jovem é filho de pais médicos e neto de um médico, Luciano Macedo, que é nosso assinante há muitos anos, natural da Póvoa de Lanhoso onde mantém uma propriedade junto à capelinha de S. Brás.
Faço uma declaração de interesse: Gosto muito há muitos anos do Dr. Luciano Macedo. Tratou das maleitas “gastro” alguns dos meus familiares e foi colega e amigo do meu irmão mais velho, Januário Veloso, que já não está entre nós.
Parabéns Miguel Macedo.
Parabéns ascendentes do Miguel que não tenho dúvida que a par das condições que lhe proporcionaram para ele conseguir estas notas deram-lhe uma “ferramenta” ainda mais importante do que elas: “Berço”.
Afinal ainda existem luzes ao fundo dos túneis.

Até um dia destes.

Seniores dos concelho

Passeio a Fátima 
é referência para povoenses

O Passeio Sénior Concelhio a Fátima, realizado na passada Terça-feira, dia 16 de Setembro, contou com a participação de mais de duas mil pessoas. Pelas 7 horas da manhã, cerca de 40 autocarros transportaram a comitiva povoense até ao Santuário de Fátima.
 Esta iniciativa tem sido realizada com regularidade, sendo sempre muito aguardada pelas populações, ou por devoção ou por terem a possibilidade de conviverem. “O Passeio a Fátima para os idosos tem muito significado. Este é um Passeio que temos mantido desde 2005 e que iremos manter até ao fim do mandato”, considerou o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista.
Nem a chuva que se fez sentir, sobretudo em Fátima, desanimou os participantes, até porque a organização preparou locais abrigados para quem o desejasse. “É pena que o São Pedro hoje não esteja do nosso lado. Tivemos a preocupação de arranjar sítios para que todos os idosos comessem sentados e abrigados. Espero que Nossa Senhora de Fátima proteja todos os Povoenses que vieram e os que não vieram, pelos mais diversos motivos”, referiu ainda o autarca povoense, satisfeito com a adesão do concelho a
“Esta é uma parceria entre a Câmara, as Juntas, as paróquias e os idosos. Este ano tivemos o maior número de participantes, 2097”, salientou. “Agradeço a todas as Juntas e a todas as paróquias que aceitaram o desafio da Câmara para realizarmos este Passeio, que também permite o convívio, porque há pessoas que só se vêm nesta altura”, finalizou Manuel Baptista. O Presidente da Câmara esteve acompanhado da vice-presidente, Gabriela Fonseca, e do Vereador Armando Fernandes, numa demonstração de proximidade para com os Povoenses.
 A eucaristia solene realizou-se já depois das 12h15, na Basílica da Santíssima Trindade. Presidiu o Arcipreste da Póvoa de Lanhoso, Padre Armindo Gonçalves, auxiliado pelo padre Albino Carneiro e pelo padre António Couto. A celebração foi animada pela actuação do Grupo Coral da Junta de Freguesia da Póvoa de Lanhoso. No final, realizou-se o almoço convívio.
esta iniciativa.

­25 de Setembro – O dia do Concelho

Olhar o passado 
o presente e o futuro

Olhar o passado, o presente e o futuro. Está dado o mote para as comemorações do Dia do Concelho, a 25 de Setembro. Pelo quinto ano consecutivo a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso assinala a data da fundação do concelho da Póvoa de Lanhoso, num programa que prevê uma componente pedagógica direccionada para a população escolar, designada ‘A História da Nossa Terra’, num momento que conta com a participação do historiador povoense Paulo Freitas e visa dar a conhecer aos mais jovens aspectos da história local.
O programa integra, no dia 25, pelas 15 horas, a visita às instalações requalificadas do Posto de Turismo, na Casa da Botica, seguindo-se, pelas  15h30, a abertura da antena de informação europeia na Póvoa de Lanhoso, no Espaço Jovem. A Sessão Solene evocativa realiza-se pelas 17h30, nos Paços do Concelho. Na mesma oportunidade, serão homenageadas algumas individualidades e entidades povoenses.
“Contribuir para que as novas gerações sintam a sua identidade, valorizem o esforço dos seus antepassados e mantenham vivo o amor à nossa terra é o que se pretende através da instituição do Dia do Concelho. Trata-se ainda de uma oportunidade para homenagear pessoas e/ou entidades locais que têm contribuído para o desenvolvimento social, económico, cultural ou desportivo da Póvoa de Lanhoso, reconhecendo o trabalho desenvolvido todos os dias por muitos povoenses nas mais variadas áreas, à semelhança dos homens e mulheres de gerações passadas que lutaram pela afirmação do nosso concelho”, destaca a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.

Hospital António Lopes/Santa Casa da Misericórdia

Provedor quer apoio 
comunitário e IVA devolvido

Em dia de festa, onde não faltaram as distinções aos colabora- dores nem a apresentação do coro da instituição, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Póvoa de Lanhoso, Humberto Carneiro, deixou alguns desafios: a possibilidade do IVA ser devolvido a 100% e o enquadramento do sector da saúde no próximo quadro comunitário Portugal 2020, bem como o apoio à reestruturação de equipamentos sociais das Misericórdia.
Humberto Carneiro, que falava no discurso na sessão solene do aniversário do Hospital António Lopes/Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, começou por partilhar desafios, angústias e projectos. Depois do lançamento da obra de ampliação e remodelação do hospital, “uma obra fundamental e necessária para o concelho e para a região”, os trabalhos começaram no passado dia 1, tendo como prazo de execução 360 dias. “Em primeiro lugar não podemos pôr em causa a sustentabilidade da instituição, por isso, ao avançar com este projecto, teríamos que ter capacidade de encontrar fontes de financiamento”, assegurou o provedor, evidenciando o contrato de concessão de financiamento de 3.500 milhões de euros com base no fundo Jessica, que foi assinado durante a cerimónia de aniversário da instituição. Com as obras de ampliação, o hospital vai passar a ter fisioterapia, consultas externas e atendimento, internamento em medicina e cirurgia e bloco operatório com duas salas de cirurgia.
Na presença do presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, o provedor da Santa Casa da Póvoa de Lanhoso deixou alguns desafios: “sei que será capaz de fazer chegar ao Governo o pedido para que no próximo Orçamento de Estado contemple a isenção, que já existiu no passado, de forma a que as instituições possam ver devolvido o IVA a 100% e não a 50% como está a acontecer”. Mas Humberto Carneiro foi mais longe: “o fundo Jessica é muito importante para as obras de amplia- ção do hospital, mas não é menos importante se conseguir o enquadramento do sector da saúde nos próximos fundos comunitários para fazer face ao investimento”.
Sobre os projectos futuros, aquele responsável destacou a área social, uma vez que o projecto de arquitectura de remodelação do Lar de S. José, aprovado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, vai ter que ser alterado no âmbito da tipologia, tendo em conta o aumento de idosos que sofrem de demência. “O apoio à reestruturação de equipamentos sociais das Santas Casas também deviam ser enquadrados no próximo fundo comunitário Portugal 2020”, apelou o provedor.

Hospital António Lopes/Santa Casa

Autarca elogia
“contas de boa saúde”

Na festa do 110.º aniversário do Hospital António Lopes/Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso não faltaram os “momentos simbólicos” que “ficam para a história” e outros que preservam a história da instituição sempre com as contas em dia. E foram “as contas de boa saúde”  que o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, elogiou.
O autarca povoense enalteceu ainda, na sessão solene do aniversário, a obra de ampliação do hospital como um “projecto de interesse público municipal”, por isso, garantiu a continuidade desta “parceria activa”. E a propósito, na cerimónia foi lida e assinada uma acta, que foi depositada numa cápsula do tempo, que simboliza o lançamento da primeira pedra das obras de ampliação do hospital, bem como a assinatura de
O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, aproveitou para dar os parabéns à instituição, evidenciando a “sorte fantástica” de existir “uma enorme interacção” entre a Santa Casa e a autarquia. Em jeito de resposta aos desafios lançados pelo provedor, Ma- nuel Lemos anunciou o projecto Vidas, de apoio às pessoas com demência, que vai contar com apoio do novo quadro comunitário de apoio. Entretanto, Manuel Lemos adiantou que vai reunir com o Governo para avaliar a possibilidade das misericórdias acederem aos fundos comunitários.
A festa não terminou sem a instituição distinguir vários colaboradores da Santa Casa pelo trabalho e dedicação à causa nos últimos 10 e 25 anos.
um contrato de financiamento de 3.500 milhões de euros para as respectivas obras.

Dia dos Bombeiros Voluntários

“Sou um comandante feliz”

Em dia de festa dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, o comandante da corporação estava feliz. “Sou um comandante feliz”, confessou  António Lourenço, garantindo que “os habitantes estão seguros com uma resposta pronta dos bombeiros, porque a corporação tem o que precisa”.
Na cerimónia solene, que decorreu no passado dia 6 no cine-fórum do quartel dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, António Lourenço admitiu ter uma corporação “quase exemplar”, até porque a população povoense recebe srealizado de dois em dois anos. No dia que ‘apresentou’ uma nova viatura (ver caixa em baixo) e que alguns dos elementos mostraram o novo equipamento (ver texto na página ao lado), António Lourenço deixou a certeza: “temos condições para trabalhar ainda melhor e com mais segurança”.
Antes da sessão solene, questionado se ia aproveitar a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses para fazer algum pedido ou apresentar queixas, António Lourenço foi peremptório: “queixas não se fazem em dia de festa e pedidos não tenho, porque há muitos anos que sou um comandante feliz”. E justificou: “conforme as necessidades vão aparcendo, vou solicitando a satisfação dessas necessidades e vou encontrando da parte de quem pode resolver isso a maior abertura e disponibilidade para resolver esses problemas, quer por parte das direcções que nos últimos anos 21 anos que sou comandante com quem trabalhei, quer por parte da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, mas acima de tudo por parte do povo da Póvoa de Lanhoso”.

Dia dos Bombeiros Voluntários

Autarquia sempre pronta
para ajudar

Na cerimónia solene do Dia dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso vários elementos da corporação vestiram-se a rigor já com o novo equipamento de protecção individual. Esta última aquisição foi ‘conquistada’ através de uma candidatura da CIM Ave e que contou também com a colaboração da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. O que prova, nas palavras do presidente Manuel Baptista, que a autarquia “tem cumprido o seu dever e até ultrapassado as competências que lhe são exigidas”.
Presente na sessão solene, o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso mostrou-se “orgulhoso” pelas instituições do concelho. “Temos importantes projectos que são mais-valias para o desenvolvimento da Póvoa de Lanhoso”, frisou o autarca, assegurando que, no caso da associação de bombeiros, o apoio da autarquia “não se resume ao subsídio anual, porque financia a equipa de intervenção permanente, dá apoio no seguro e manutenção das viaturas e contribuiu para o equipamento de protecção individual”.
A par da reivindicação da lei de financiamento para as associações de bombeiros, que é um “compromisso absoluto até ao final do ano”, o presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros, Jaime Soares, que também não faltou à festa dos bombeiros locais, exigiu que a Póvoa de Lanhoso que os bombeiros tenham “um cartão social, para ter benefícios, pelo menos, nas taxas moderadoras e na reforma”.
Jaime Soares começou por enal-tecer “a organização, o conhecimento, o rigor e a disciplina” da corporação, que celebrou 110 anos. “Os bombeiros dão tudo sem pedir nada e vão vivendo e lutando para haver sustentabilidade financeira nas diversas associações, aprendendo para saber e sabendo para salvar”, sublinhou aquele responsável, referindo que hoje “o voluntariado é sinónimo de profissionalismo e saber fazer e isso exige muito das corporações de bom-beiros”.
O presidente da Liga admitiu que houve “uma evolução francamente positiva” dos bombeiros, mas “é fundamental as corporações saberem antecipadamente com o que podem contar para gerir a casa no ano seguinte, porque socorrer as pessoas é um assunto sério e não pode ser feito em cima dos joelhos”. E Jaime Soares garantiu que o Ministério da Administração Interna assumiu um “compromisso” para se fazer a reforma da lei de financiamento.
Mas também importante é o incentivo ao voluntariado. “Não pedimos nenhum salário, mas pelos menos ter benefícios, por exemplo, nas taxas moderadoras e ter benefício na reforma”, exigiu o presidente.

U.F. Águas Santas e Moure

Cerca de 60 alunos
receberam kit’s escolares

Cerca de 60 crianças da União de Freguesias de Águas Santas e Moure receberam Kit’s escolares oferecidos pela Junta de Freguesia. A entrega decorreu, no dia 14 de Setembro, nas juntas de freguesia de Águas Santas e Moure.
Gilberto Anjos, presidente da União de Freguesias de Águas Santas e Moure, destacou a importância do apoio às famílias no início do ano lectivo, um período do ano mais dispendioso para os encarregados de educação. A iniciativa pretende, também, e de acordo com Gilberto Anjos, incentivar os jovens a apostar na sua formação e valorizar o esforço que os respectivos pais fazem para eles poderem estudar.
Os Kit’s escolares abrangeram os alunos desde o pré-escolar até ao 12.º ano, tendo sido organizados consoante o ano de escolaridade dos alunos: pré-escolar, do 1.º ao 4.º ano e do 5.º ao 12.º ano. Canetas, porta lápis, lápis, borracha, afias, régua, cadernos, marcadores, lápis de cor, lápis de cera e mochilas foram os materiais oferecidos, variando de acordo com o ano de escolaridade.

Porto de Ave

Bifes e melões dão
outro sabor à romaria

Falar da Romaria de Porto d’Ave é falar dos famosos bifes e melões casca de carvalho. Todos os anos a festa atrai centenas de forasteiros à freguesia de Ataíde que, além do vasto e rico programa religioso, tem também oportunidade de provar estas autênticas iguarias cuja fama já ultrapassou as fronteiras desta localidade da Póvoa de Lanhoso.
Aliás, os bifes e melões de casca de carvalho são a face mais visível da festa profana desta romaria que decorreu entre 24 de Agosto e 7 de Setembro.
Depois de uma visita obrigatória ao santuário, os convivas visitam o recinto da festa por estes dias preenchidos com a venda dos tipicos doces da romaria e dos restaurantes que exibem, logo à entrada os famosos bifes.
“Já vendemos mais de cem quilos de bifes”, diz orgulhoso Jorge Campeão, um dos proprietários dos restaurantes presentes na romaria. Campeão orgulha-se também de manter a qualidade que distingue o bife alto do vazio, do vazio baixo ou da chã dos restantes e que atraem, todos os anos, muitos forasteiros à freguesia de Taíde.
“Temos pessoas de todo o lado. Esta é já uma das romaria mais importantes do norte do país”, refere ainda  Jorge Campeão que já participa nesta festa há várias décadas.
Quem não apreciar o famoso bife tem outras alternativas não menos apetitosas:  feijoada ou rojões à moda do minho.
O vinho também não faltou, especialmente o vinho verde da região.
Com tantas iguarias à disposição, a crise ainda não se fez sentir por terras de Taíde. “A crise aqui não existe, pelo menos para já”, prossegue o proprietário.
Quem também não notou a crise foi Victor, outro proprietário de um dos restaurantes instalados no recinto da festa.
Quem chega ao local depara-se com os bifes colocados numa montra frigorífica, peças que espelham bem a qualidade da carne escolhida para servir os visitantes.
“Trouxemos duas vacas, uma com mais de 400 kg e outra com mais de 300Kg”, diz o proprietério deste restaurante que se mostrou satisfeito com a afluência de público, apesar da ameaça do mau tempo.
“Hoje já tivemos que ir buscar mais carne”, refere Vitor que não poupa elogios à qualidade da carne que é servida nas mesas do seu restaurante.
“O que sai bem é o bife do vazio. Esta carne só precisa de sal, mais nada”, diz, acrescentando que as pessoas que procuram o seu espaço não se preocupam em pagar desde que a carne tenha qualidade. Por isso, crise é uma palavra que não faz muito sentido neste meio.
“Para já não sentimos a crise. Onde houver qualidade não há crise”, diz ainda o responsável, acrescentando que apesar do negócio se manter, a confraria deve promover estratégias para cativar mais público à freguesia de Ataíde e “não deixar morrer a tradição”.

Lanhoso

Intervenção arqueológica
em Via Cova terá continuidade 

Desde 1990 que a Vila romana de Via Cova, em Lanhoso, não era intervencionada. Volvidos 24 anos, a autarquia, juntamente com um grupo de voluntários e o apoio da Junta de Freguesia de Lanhoso promoveu uma intervenção arqueológica naquele espaço, que decorreu entre 4 e 29 de Agosto e permitiu encontrar inúmeros fragmentos de tégulas, ímbrex, referentes à cobertura da villa.
“Apareceram ainda três pesos de tear, uma pedra de amolar, um fragmento de mó giratória, um fuste fragmentado, uma base de ânfora e inúmeros fragmentos de vasos, com e sem decoração” esclarece Orlando Fernandes, arqueólogo da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“A quantidade de terra acumulada (ao longo dos últimos 24 anos) a uma profundidade considerável fez como que a progressão dos trabalhos fosse demorada, não permitindo a conclusão no final do mês de Agosto, como previsto, pelo que a intervenção deverá ter continuidade no próximo Verão”, esclarece a autarquia.
“A preservação do nosso património arqueológico é uma das prioridades do nosso município, estando já identificados outros locais que, no futuro, merecerão a nossa atenção”, esclarece Armando Fernandes, vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Os achados serão alvo de triagem, limpeza e restauro, passando a integrar a exposição que  está patente na Sala de Interpretação do Território, sobre a nossa Herança Cultural, sediada na Casa da Botica. Todo este processo será realizado com voluntários.
Esta primeira fase permitiu clarificar parte da estrutura, a sua orientação e método de construção dos muros, bem como detectar espólio arqueológico ímpar, possibilitando o estudo da romanização do concelho Povoense.
“Pretende-se com esta intervenção criar condições para que as ruínas da villa possam ser interpretadas e musealizadas, garantindo a fruição pública por parte da comunidade escolar em particular e do público em geral. Este sítio arqueológico reveste-se  de significativa importância para o estudo do espaço rural em torno de Bracara Augusta, em época romana”, esclarece a autarquia, com o presidente da Câmara Municipal da Pó-voa de Lanhoso a afirmar que a acção insere-se no propósito mais alargado da autarquia de “valorizar, preservar e divulgar o património do nosso concelho”.

EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Quando somos a notícia 

A profissão Jornalista é certamente uma das mais ingratas de todas, quando o jornalismo atinge o seu expoente máximo no que respeita à agressividade de conteúdos com vista à rentabilização das empresas que suportam os meios de comunicação social. A partir daí, no mundo em que vivemos, as vendas e audiências disparam que é o que interessa. Infelizmente.
Nos meios de comunicação social nacionais principalmente nos jornais, revistas ou televisões esse stress ainda é muito mais visível. Qual de nós já não reparou que as capas ou aberturas de muitos desses meios são compostas por escândalos que objectivamente não são mais do que fofoquices atirando para as calendas as notícias que o são de facto.
No que diz respeito às televisões a TVI tem fama, e muitas das vezes proveito, de ser a mais agressiva nessas matérias. A sub-directora de informação desse canal teve uma das mais horríveis notícias que se pode algum dia ter: a morte de um filho. Ainda por cima em condições dramáticas.
Tive pena, muita pena, da Judite de Sousa quando ouvi aquela notícia editada em directo no seu próprio canal e lida com voz embargada pelo seu colega José Alberto Carvalho.
Nas semanas seguintes ia vendo nos escaparates as capas que sem o mínimo de pudor os meios de comunicação, colegas, principalmente jornais e revistas, deram à mais pequena informação acerca do sucedido pondo sempre a pobre mãe, toda de preto, ora na rua, ora a sair do carro, ora onde quer que um qualquer editor, stressado com as vendas e audiências, lhe apetecesse.
As marcas de sofrimento bem estampadas no rosto da Judite de Sousa passaram a ser um chão a dar uvas durante a época estival.
Não sei francamente o que é que a mulher e mãe Judite de Sousa terá a dizer à Judite de Sousa jornalista mas na primeira vez que a vi a editar o Jornal da TVI li-lhe nos olhos, humedecidos, que têm falado muito uma com a outra. Há momentos de ruptura nas nossas vidas pessoais que muito dificilmente são compatíveis com a vida profissional então exercida. Será que a ‘nova’ Judite dentro de alguns meses - para já ainda existe compaixão, quem sabe útil... -  vai aguentar?
A frieza dos ‘mercados’ deixam-me a antever que não. Espero enganar-me.


Até um dia destes.

Ernestina da Conceição é a habitante mais antiga da freguesia de Águas Santas

97 anos de vida e de trabalho

É a habitante com mais idade da freguesia de Águas Santas. Celebrou no dia 22 de Agosto, 97 anos de vida. De estatura pequena, Ernestina da Conceição Soares, a ‘Restina' como todos a tratam, reuniu  à mesa os familiares que lhe cantaram os parabéns. De lenço na cabeça, como todos sempre a conheceram, e sentada à porta da casa da filha Conceição, com quem vive há cerca de 14 anos, a D. Restina relatou um pouco da sua vida, uma vida de trabalho, como faz questão de referir.
A conversa contou com a ajuda do bisneto Tiago, a quem a idosa contou algumas das passagens da sua vida. “Agora, não faço nada mas já trabalhei muito”, explica. A passagem dos anos trouxe-lhe alguns problemas de visão e audição.
É a menina lá de casa. Começou a servir com 12 anos. Todos os dias ia a pé, até Braga, buscar o correio que depois entregava à ‘Idalina do Correio’. Trabalhava diariamente no campo e ao Domingo, dedicava-se à limpeza da casa. Nasceu no lugar de Portuzelo, em Águas Santas, e a mãe, tal como ela, era jornaleira. Tinha mais duas irmãs: Maria e Virgínia.
‘A vida era difícil, não era como agora’, explica. Trabalhou em várias casas da freguesia. Por ocasião das colheitas, à noite reuniam-se nas desfolhadas. O marido, Adolfo Fernandes, era natural da freguesia. Do casamento resultaram sete filhos, tendo já falecido uma filha. Ficou viúva com 61 anos. Hoje, a família é grande. Aos filhos, juntam-se 19 netos e 16 bisnetos. Dentro em breve, será também trisavó.
“Eu e o meu homem trabalhamos muito”, revela. O marido trabalhava no monte e diariamente ia ao seu encontro com o almoço. Ao Do-mingo, iam para o monte rachar ‘trepos’. Os filhos iam com eles para transportar os cestos com as canhotas até casa. Gostava muito de dançar e os trabalhos da lavoura eram acompanhados pelos cantares. “Íamos desfolhar para os vizinhos até à meia-noite. Depois, íamos para casa dormir”, conta.
“No Natal, fazíamos formigos e rabanadas. Os formigos eram feitos numa panela de barro. A família reunia-se à mesa na ceia de Natal. Era um tempo de fome mas um tempo muito alegre.
Depois da ceia, estávamos a pé até à meia-noite. Era um tempo muito alegre”, recorda, com saudade, a D. Restina. “Trabalhei muito. Agora quero trabalhar e não posso”, explica.
“O Miguel era muito malandro”, brinca a D. Restina, na presença do neto Miguel, que está emigrado em França e veio visitar a avó na companhia do filho, Luka.
Frequentou durante cerca de dois anos as actividades da Associação ‘Em Diálogo’. Hoje, as dificuldades de visão e audição levam-na a ficar mais por casa mas recorda com saudade o tempo lá passado. Uma vida verdadeiramente preenchida…

Duas das instituições mais emblemáticas do concelho da Póvoa de Lanhoso

Bombeiros e Hospital
estão hoje de parabéns

O dia 5 de Setembro, hoje, fica marcado pelo aniversário dos Bombeiros Voluntários e do Hospital António Lopes/Misericórdia, que celebram, respectivamente, 110 e 97 anos. Duas instituições emblemáticas do nosso concelho que devem a sua existência ao grande benemérito povoense António Ferreira Lopes.
As cerimónias comemorativas do aniversário têm início pelas 9 horas, com o hastear de bandeiras, com formatura geral na parada do quartel sede dos Bombeiros e no Hospital António Lopes, seguindo-se a romagem ao cemitério, pelas 9h30. A me de todos os que já passaram pelas duas instituições será evocada na missa solenizada, pelas 10h30, na Igreja da vila.
Findo o acto religioso, pelas 11h45, segue-se a deposição de flores no monumento do Largo António Lopes, e, às 12 horas, a sessão solene da Santa Casa da Misericórdia, no Salão Nobre, que conta com a distinção a colaboradores e o lançamento da 39.ª publicação do Jornal Santa Causa.
No final, no átrio exterior do hospital, é apresentado o coro da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso.
De tarde, as cerimónias transitam para as instalações dos Bombeiros Voluntários. Às 16 horas, ocorre a recepção às autoridades oficiais e convidados; seguindo-se a homenagem aos saudosos comandantes, na figura do comandante Luís Pinto da Silva, e ao bombeiro voluntário, no monumento na Avenida da República; a imposição de condecorações e promoções; a bênção de uma nova viatura; e a sessão solene no Cine-Fórum. À noite, a partir das 21 horas, a proposta passa pelo concerto da Banda de Música dos Bombeiros.
Um dos momentos mais esperados do dia ocorre pelas 23 horas, com o desfile das viaturas da associação dos Bombeiros.

Misericórdia apresenta coro
O Coro da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso é uma das novidades das comemorações deste ano. Constituído por cerca de 60 elementos, funcionários e Irmãos da instituição, o coro é apresentado publicamente pelas 12h45.
A Corporação de Bombeiros é criada, em 1904, por António Ferreira Lopes, ficando instalada no rés-do-chão do edifício do Theatro Club, uma casa de espectáculos mandada construir pelo benemérito. A sua grande obra, como  escreve José Abílio Coelho, em  http://dicionariodepovoenses.blogspot.pt/, foi o  hospital “que construiu e inaugurou em 1917, e destinou a doentes pobres do seu concelho”.
“Entre 1917 e 1927 (ano da sua morte), este hospital seria mantido exclusivamente por António Lopes, que do seu bolso, desde os ordenados de médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar, à instalação da mais moderna aparelhagem que à época se usava em hospitais da mesma dimensão. Quando faleceu, em 22 de Dezembro de 1927, no seu Lisboa, António Ferreira Lopes deixou em testamento o hospital aos povoenses, e dinheiro ou títulos da dívida pública, não só para a manutenção da casa de saúde, como para a construção de um novo edifício dos Paços do Concelho, de uma nova escola primária para crianças dos dois sexos e para a abertura de novas estradas.
No longo testamento, não esqueceu a família e os amigos. E nem os seus mais fiéis servidores, do barbeiro à engomadeira, da cozinheira às empregadas de limpeza, esqueceu de deixar bem”, pode ler-se no texto dedicado à vida e obra de António Lopes, o grande benemérito das Terras da Maria da Fonte. Falar do 5 de Setembro, do aniversário dos Bombeiros e do Hospital é falar de António Lopes, o ‘pai’ das duas instituições.
mória

Armando Fernandes reagiu a “calunias”

PSD responde às acusações
dos vereadores do PS

O PSD da Póvoa de Lanhoso, pela voz de Armando Fernandes, presidente da Comissão Política concelhia, saiu a público para refutar as acusações dos vereadores do PS, proferidas, pela voz de Frederico Castro, no decurso da reunião de Câmara de 31 de Julho.
Recorde-se que, na ocasião, o vereador do PS, Frederico Castro, solicitou os documentos relativos ao processo ‘Pegões de Santa Luzia, em Monsul’. O peMonsul   está em segredo de justiça e nem fotocópias posso ceder”. Na resposta, o vereador do PS acusou a autarquia de “inventar uma empreitada para compensar o empreiteiro do Centro Educativo de Monsul, empreitada essa que se chama Pegões de Santa Luzia.
As declarações proferidas pela oposição, vertidas na acta da reunião, levaram a comissão política concelhia do PSD a convocar uma conferência de imprensa, “uma vez que não podia deixar passar em claro as graves acusações que os vereadores do Partido Socialista, pela voz do Dr. Frederico Castro, lançaram recentemente contra o executivo presidido por Manuel Baptista”. “Afirmar que este executivo ‘fabricou’ uma empreitada para favorecer um empreiteiro é uma acusação gravíssima, infundada e, acima de tudo, caluniosa”, sublinhou.
“Contrariamente àquilo que afirmam os vereadores socialistas, as empreitadas do “Centro Educativo de Monsul” e dos “pegões de Santa Luzia” foram adjudicadas não por este mas pelo anterior executivo, do qual a Dr.ª Fátima Moreira fez parte até se mudar de armas e bagagens para as fileiras do partido socialista. Portanto, a actual vereadora socialista tem uma responsabilidade solidária nestes processos. Mas pode dormir descansada porque nada foi feito com o intuito de prejudicar os interesses da Póvoa de Lanhoso e dos povoenses”, revelou Armando Fernandes, apontando o dedo à ex-vereadora do executivo de Manuel Baptista e actual vereadora do PS.
“Perante a gravidade destas acusações, a obrigação dos vereadores do Partido Socialista é apresentarem uma queixa-crime junto do Ministério Público e exibirem as provas que têm em seu poder para sustentar esta atoarda”, incentivou Armando Fernandes.
dido foi negado, com o presidente da Câmara Municipal, Manuel Baptista, a informar que “tudo o que está ligado ao Centro Educativo de

Projecto ‘Agência de Viagens’ da Associação Em Diálogo

Povoenses
à descoberta de Aveiro

A Em Diálogo – Associação Para o Desenvolvimento Social da Póvoa de Lanhoso, no âmbito do projecto ‘Agência de Viagens’ realizou, recentemente, um passeio convívio à cidade de Aveiro.
“Este projecto, de âmbito cultural, tem por objectivo proporcionar passeios/convívios a toda a população do concelho da Póvoa de Lanhoso. A prioridade são os idosos que frequentam as actividades do Centro Comunitário do Vale do Cávado. Posteriormente, é alargado à população do baixo concelho e, por fim, a todas as outras freguesias d
Do programa constou a visita ao centro histórico (Rossio, Praça do Peixe, Canal dos Botirões, capela de São Gonçalinho e Canal Central, um magnífico passeio de barco nos tradicionais moliceiros com o embarque e desembarque no Rossio (centro da cidade).
Depois do almoço, seguiu-se a visita ao EcoMuseu Marinha da Trocalhada. Transformada em Ecomuseu, a marinha da Troncalhada mostra aos seus visitantes, os métodos de produção de sal, ainda nos nossos dias feita de forma tradicional, mantendo vivas as vivências e tradições ligadas a esta actividade, bem como a exploração da paisa-gem, fauna e flora características.
O fim da tarde foi marcado pela visita e passeio na praia da Costa Nova, onde se contemplaram as casas de cores fortes, pintadas em riscas, predominantemente verticais, que tornam a avenida principal bastante colorida.
As visitas efectuadas foram acompanhadas por uma guia da Câmara Municipal de Aveiro.
o concelho da Póvoa de Lanhoso. Ao longo do ano promovemos a realização de passeios, colónias balneares/termais, etc”, revelam os responsáveis da instituição.

Taíde

Romaria de N.ª Sr:ª Porto d’Ave: 
a romaria dos bifes e dos melões


Iniciada a 24 de Agosto, a Romaria de Nossa Senhora do Porto d’Ave atinge o seu ponto alto, no Domingo, dia 7 de Setembro, dia principal dos festejos. O dia principal dos festejos fica marcado, de entre outros momentos, pela Eucaristia Solenizada, às 11 horas, num acto presidido por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, e pela grandiosa procissão, que sai à rua a partir das 17 horas.
A procissão de velas, na noite desta Sexta-feira, dia 5 de Setembro, vem ganhando cada vez mais notoriedade no programa da romaria. A excelente organização e a beleza do cortejo religioso têm merecido rasgados elogios. O dia de Sexta-feira fica também marcado pela novena, pregação e ladainha (9 horas), e pela ‘Noite Gerações’.
O Grupo de Percussão de Vilela, cuja apresentação pública decorreu nas festas daquela freguesia, é a atracção da noite de Sábado, dia 6, numa actuação a iniciar pelas 15 horas. A adoração ao Santíssimo Sacramento decorre pelas 18 horas e à noite, a partir das 22 horas, a orquestra ‘Função Publika’ promete momentos de grande animação. No final, um espectáculo de fogo tradicional e fogo de jardim traz momentos de grande beleza à romaria.
Além da Eucaristia Solenizada (11 horas) e da Grandiosa Procissão (17 horas), o principal dia da romaria, neste Domingo, dia 7, fica marcado pela entrada da Banda de Música dos Bombeiros Voluntários, às 14 horas, com o concerto a decorrer a partir das 21h30 até às 24 horas. A noite será ainda animada com uma rusga de concertinas. O final dos festejos deste ano da Romaria dos Bifes e dos Melões contra com um espectáculo de fogo de cachoeira, sessões variadas e fogo cruzado.

Encerramento de escolas alterou cenário no concelho

Arranque do ano lectivo 
marcado por mudanças

O próximo ano lectivo, que arranca dentro de dias, fica marcado por várias alterações. A decisão do Governo foi no sentido de encerrar as escolas do primeiro ciclo que ainda se encontravam em funcionamento. Nada escapou, nem mesmo as que cumpriam as condições exigidas quanto ao número de alunos, como os casos da EB1 de Garfe e EB1 de Rendufinho. A decisão do Governo chegou tarde e obrigou a um trabalho redobrado por parte das entidades responsáveis, nomeadamente autarquia e agrupamento de escolas.
“Estivemos sempre atentos e preocupados.  Fizemos o que pudemos e o que nos competia para estar ao lado das nossas populações e estivemos sensíveis às suas preocupações. Sabemos que a escola traz vida à freguesia e que é um elo de ligação com a comunidade e com as restantes instituições e serviços. No entanto, quando confrontados com o cumprimento da Carta Educativa e com questões pedagógicas, que afectam os actores principais deste processo – e que são os alunos -, alguma da argumentação da própria Câmara Municipal, das Juntas de Freguesia e das populações perde força face ao objectivo maior, que é proporcionar a todos os alunos do concelho igualdade de oportunidades ao nível do processo de ensino/aprendizagem”, esclarece Gabriela Fonseca, vereadora da Educação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“Mesmo assim, no que se refere ao pré-escolar, ainda conseguimos que ficasse a funcionar um jardim-de-infância por freguesia, apesar de alguns não cumprirem o critério do número mínimo de 20 crianças para se manterem em funcionamento. Já quanto ao primeiro ciclo, o Ministério da Educação e Ciência foi inflexível e teve em consideração não só o número de alunos, mas também a capacidade instalada do parque escolar  concelhio e as distâncias que os alunos têm de percorrer e que, no nosso caso, estão dentro dos limites defendidos pelo Conselho Nacional da Educação e pela Confederação de Pais”, revela Gabriela Fonseca.
 “A decisão do reordenamento, para além do que foi referido, peca por ter sido faseada e tardia, o que obrigou a um trabalho redobrado na preparação do arranque do ano lectivo, mas este esforço foi feito no sentido de minimizar os efeitos que qualquer mudança provoca para que os alunos possam começar o ano com a devida tranquilidade e serenidade. Estas mudanças acarretam um esforço financeiro grande por parte da Autarquia, mas que assumimos, tendo em conta o bem-estar dos alunos, em primeiro lugar, e das suas famílias e restante comunidade educativa. A nossa principal preocupação foram os alunos e suas famílias, mas não teria sido possível implementar no terreno esta reorganização da rede escolar em tão curto espaço de tempo – cerca de um mês -, sem a colaboração das Juntas de Freguesia, das IPSS’s e dos Agrupamentos de Escolas e sem a compreensão da população afectada”, aponta ainda Gabriela Fonseca, em declarações ao ‘Maria da Fonte’.

Junta de Freguesia de Vilela

“Reforçamos a nossa relação
com as pessoas da freguesia”

Armandina Machado abraça o segundo mandato como presidente da Junta
de Freguesia de Vilela. A recuperação da Escola Primária da freguesia permitiu dar novas respostas aos seniores e aos jovens da freguesia, criando um forte dinamismo intergeracional. Para além disso, a freguesia tem sido escolhida para o desenvolvimento de projectos empreendedores. Dentro desse espaço, tornar Vilela numa freguesia com história e moderna é um dos grandes objectivos do executivo liderado por Armandina Machado.


Como têm sido estes anos como presidente da Junta de Freguesia de Vilela?
Como presidente da Junta de Freguesia de Vilela, sinto-me feliz por ver reconhecido todo o trabalho efectuado, só possível com o apoio de comunidades como a nossa. 
No programa eleitoral que apresentamos em 2009, colocávamos sempre as pessoas em primeiro lugar. Prometemos gerir a freguesia, se fosse essa a vontade dos Vilelenses, de acordo com as suas opiniões, os seus pontos de vista, o seu conhecimento diário da realidade e as suas legítimas necessidades, sempre numa relação de equilíbrio entre as propostas constantes no plano de actividades e o orçamento disponível, para não entramos em falsas promessas. Penso que, até hoje, com a colaboração de todos, conseguimos fazê-lo.
Os vilelenses para além de nos confiarem, com seu voto, a gestão dos seus legítimos interesses representam, em cada lugar, verdadeiros embaixadores da Junta de Freguesia, apoiando-nos de todas as formas possíveis, para já não falar das manifestações diárias de apreço pelo trabalho feito por nós. Isto representa para mim, enquanto presidente da junta e para todos os elementos da junta e para equipa com quem trabalho, grande satisfação. Isto dá-nos alento para continuarmos a servir a comunidade da freguesia de Vilela.

E quanto a este mandato, como está a decorrer?
Este mandato está a correr bem e muito acima das nossas expectativas. Penso mesmo que reforçamos a nossa relação com as pessoas de tal forma que, as mais pequenas contestações passam por meras estratégias políticas. No entanto, reconhecemos que é normal e democrático haver opiniões diferentes das nossas. Se assim não fosse, estaríamos numa espécie de ditadura. Não é o caso de Vilela porque avaliamos cada uma das situações e agimos em perfeita democracia no respeito devido a todos.

Que obras ou iniciativas já realizaram neste mandato?
Até ao momento, procede-mos à recuperação da Escola Primária, reclamada no nosso programa eleitoral para actividades sociais, culturais juvenis e desportivas, a mudança do centro de convívio para este espaço, a criação do centro para jovens, a criação do grupo de percussão, e a promoção do desporto. No entanto, a continuidade no apoio à acção social com vis-ta à promoção de dignidade humana, e apoio aos jovens foram pontos fortes da nossa proposta de trabalho para este mandato.
O espaço destinado as actividades culturais dos jovens da freguesia de Vilela foi possível também devido ao empenho dos nossos jovens, que perceberam o grande valor que tem um espaço destes para a promoção da cultura e do seu futuro. Os jovens aderiram de forma entusiástica à criação do grupo de percussão dos jovens de Vilela, onde participam todos os jovens interessados. Queremos que tenham condições para mostrarem as suas capacidades, muitas vezes escondidas por falta de oportunidades.
Continuamos, neste mandato, com o apoio incondicional à promoção da cultura popular e religiosa, estando ao lado da comissão de festas na promoção das festas em honra da Nossa Senhora das Maravilhas. Nós não queremos entreter pessoas, queremos manter viva a nossa cultura, criando novas culturas no seio da cultura que é património de todos os vilelenses.

Vilela

Freguesia conta
com grupo de percussão

As Festas em honra da Senhora das Maravilhas, realizadas de 15 a 18 de Agosto, contaram, este ano, com algumas novidades: a Festa da Juventude, marcada pelo sucesso e um evento a repetir, e a apresentação do grupo de percussão, os ‘Bombos de Vilela’, que realizou a sua primeira actuação pública.
Além dos actos religiosos, com a culto a Nossa Senhora das Maravilhas, os festejos contaram com várias actuações: grupo de Cantares de Vilela, utentes do Centro de Convívio, ‘Artis Show’, conjunto ‘Akisom’, assim como as cantoras Carla Maria e Rebeca.

U.F. Calvos e Frades

Calvos honrou
o padroeiro São Gens

A freguesia de Calvos acolheu, nos dias 22, 23, 24 e 25 de Agosto, os festejos em honra do padroeiro São Gens. A comissão de festas apresentou um programa simples, mas apelativo para a população.
Na sexta, dia 22, a Orquestra Jovem da Banda Musical de Calvos proporcionou um óptimo serão aos apreciadores de música filarmónica, com uma actuação que abriu as festas ao santo padroeiro.
No sábado, o conjunto musical ‘Cantares da nossa aldeia’ subiu ao palco para uma noite de muita animação e dança.
O domingo, dia principal das festas, ficou marcado pelos actos religiosos, com a celebração da eucaristia em honra de São Gens, cantada pela Banda Musical de Calvos. À tarde, saiu à rua a solene procissão acompanhada pela Banda Musical e pelos diversos fiéis que se quiserem associar a este momento de fé. De seguida, a Banda Musical proporcionou um concerto aos inúmeros presentes que se estendeu até às 20 horas.
No dia de São Gens, dia 25 de Agosto e último dia das festividades, foi celebrada uma eucaristia em honra deste santo.
A presença de muitos emigrantes e o bom tempo que se fez sentir, contribuiu para o sucesso destas festividades que todos os anos acontecem nesta freguesia, por ocasião do dia 25 de Agosto.