EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Luzes ao fundo dos túneis 

Ter sempre tema para um texto numa coluna de jornal é uma responsabilidade e nem sempre é fácil.
Pergunto-me como é que o Miguel Esteves Cardoso, mesmo ele que é um génio da escrita, arranja maneira de alimentar uma coluna diária no ‘Público’.
Para ter algum jeito aquilo que escrevemos, pelo menos no critério de quem escreve, temos de andar sempre atentos ao que nos rodeia. Peço paciência aos meus leitores pelo  facto de escrever pouco acerca de temas locais sendo o ‘Maria da Fonte’ um jornal local. Mas prefiro andar por aí, pelo mundo.
No dia 8, segunda-feira, vi em nota de rodapé – como era uma notícia importante era o local apropriado... -, no Jornal da Uma da RTP 1, uma notícia que me despertou do marasmo das reportagens “futeboleiras” no rescaldo da triste figura da nossa selecção.  
A notícia referia-se a um rapaz chamado Miguel Macedo que foi só (!) o melhor aluno do país em média global no 12.º ano. 19.85 valores. Entrou onde quis e no que quis como é óbvio: Faculdade de Medicina do Hospital de S. João no Porto.
Por coincidência soube que este jovem é filho de pais médicos e neto de um médico, Luciano Macedo, que é nosso assinante há muitos anos, natural da Póvoa de Lanhoso onde mantém uma propriedade junto à capelinha de S. Brás.
Faço uma declaração de interesse: Gosto muito há muitos anos do Dr. Luciano Macedo. Tratou das maleitas “gastro” alguns dos meus familiares e foi colega e amigo do meu irmão mais velho, Januário Veloso, que já não está entre nós.
Parabéns Miguel Macedo.
Parabéns ascendentes do Miguel que não tenho dúvida que a par das condições que lhe proporcionaram para ele conseguir estas notas deram-lhe uma “ferramenta” ainda mais importante do que elas: “Berço”.
Afinal ainda existem luzes ao fundo dos túneis.

Até um dia destes.