Manuel baptista: “autarquia 
tem de ser amiga do cidadão”

Manuel Baptista foi empossado no cargo de presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso para mais um mandato de quatro anos. No discurso da tomada de posse apresentou como grande novidade a redução de três para dois vereadores a tempo inteiro, argumentando que a autarquia tem que ser “um exemplo de rigor na gestão”. 
Referiu ainda que vai trabalhar para todos e que sempre defendeu que a “autarquia tem de ser amiga do cidadão”.

EDITORIAL


Armindo Veloso
 

A democracia amadureceu

Assisti à tomada de posse dos representantes eleitos à Câmara e Assembleia Municipais do nosso concelho. Gostei. Já houve tempos que era um stress ir a uma cerimónia destas.
A Democracia amadureceu.
Os discursos dos presidentes empossados focaram-se nas pessoas; no social; no diálogo; no tratamento igualitário; enfim, tendo em conta os tempos que vivemos naquilo que interessa.
Houve, por outro lado, a presença de presidentes eleitos em concelhos minhotos, com especial destaque para Ricardo Rio, eleito em Braga, sede distrital, e para ex-presidentes como António Magalhães, de Guimarães, ou Joaquim Barreto, de Cabeceiras de Basto, que, como se sabe, são de cores políticas diferentes.
Repito, a democracia amadureceu.
Portugal pode ter, e tem, inúmeros problemas para resolver e te-los-á sempre de maior ou menor grau. Mas, a forma ordeira e cordial com que se vê numa cerimónia pública destas os eleitos de forças políticas diferentes que ainda há poucos dias esgrimiam, legitimamente, posições e opiniões diferentes sobre os mais variados temas a cumprimentarem-se e a dialogarem cordialmente só se pode dizer mais uma vez: a democracia amadureceu.
Por muito que se possa criticar alguns exageros cometidos por os nossos autarcas por esse país fora acerca de obras de fachada e coisas que tais, não há dúvida: uma das maiores conquistas do Portugal democrático foi, sem dúvida, o municipalismo não só pelo que fez em infraestruturas físicas mas também pelas “infraestruturas mentais”.

Até um dia destes.

CASTELO

Câmara

Manuel Baptista já foi empossado para mais um mandato, o terceiro na liderança dos destinos da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. No discurso de tomada de posse, mostrou-se motivado e determinado a exercer o mandato até ao último dia.
Terminada a campanha, a bandeira é agora, e segundo o autarca, a da Póvoa de Lanhoso.

CASTELO DE AREIRA

Austeridade
Os funcionários públicos e os pensionistas preparam-se para receber mais um corte nas remunerações e pensões.
 Os rendimentos destas duas classes sofrem, assim, mais uma machadada, diminuindo o poder de compra.  Há quem aponte o dedo às opções do governo e peça para que centre os cortes nas parcerias público/privadas,  ao invés de ‘atacar’ os rendimentos de trabalhadores e pensionistas.

Autarquias Mais Familiarmente Responsáveis

Autarquia povoense distinguida

A Póvoa de Lanhoso é uma das ‘Autarquias Mais Familiarmente Responsáveis’. A distinção acontece pelo quarto ano consecutivo.
“Este é o reconhecimento do trabalho que temos desenvolvido ao longo dos últimos anos. Representa também uma maior responsabilidade pois aumenta os níveis de exigência no serviço social que prestamos. Mas estamos muito satisfeitos, pois trabalhamos diariamente para ser-vir os povoenses, valorizando o papel da família como um todo”, considera o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista.
De entre as diversas medidas de apoio às famílias, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso apresenta, por  exemplo, o subsídio ao arrendamento que, desde 2009 até Setembro deste ano, já abra-ngeu 396 famílias; ou o incentivo à natalidade e apoio ao comércio local, o Naturalanhoso, que já chegou a 41 crianças povoenses nascidas em 2013. O apoio prestado a vítimas de violência doméstica através do SIGO – Serviço para a Promoção da Igualdade de Género é outra das respostas que, desde a sua implementação, em 2011, já acompanhou 174 pessoas.
A atribuição de Bolsas de Estudo e de Prémios de Mérito Escolar, o Programa Habita-Lanhoso, a Ação Social Escolar, a criação de Cartões Municipais, a elaboração do Plano Municipal da Igualdade, de entre muitas outras medidas, como a construção dos Centros Educativos e de equipamentos desportivos, como o Pavilhão do Centro Educativo do Cávado, recentemente inaugurado, também são exemplo desta política transversal de apoio às famílias povoenses. Esta distinção é atribuída anualmente pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis e concretiza-se através da entrega de uma bandeira, em cerimónia que terá lugar no próximo dia 6 de Novembro, pelas 17 horas, no Auditório da sede da Associação Nacional de Municípios, em Coimbra.

(Re)empossado no cargo de Presidente da Câmara

Manuel Baptista reduz executivo
para dois vereadores 


A redução de três para dois vereadores a tempo inteiro foi uma das novidades apresentadas, dia 14 de Outubro, por Manuel Baptista, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos: Assembleia e Câmara Municipal da Pó-voa de Lanhoso. Ao seu lado, e como vereadores a tempo inteiro, estarão Gabriela Fonseca e Armando Fernandes. No primeiro dia do seu último mandato como presidente da Câmara Municipal da Pó-voa de Lanhoso, Manuel Baptista afirmou que a autarquia tem que ser “um exemplo de rigor na gestão”.
“E, por esse motivo, o primeiro sinal que dou aos povoenses, passando das palavras aos actos, é a redução do meu executivo, abdicando de um vereador a tempo inteiro. É um gesto simbólico mas que revela a postura que teremos ao longo destes próximo quatro anos”, revelou Manuel Baptista, no seu discurso. Destacando que terminado o período eleitoral todos têm o dever de “remar para o mesmo lado”, Manuel Baptista mostrou-se disponível para colaborar com os restantes órgãos municipais “na defesa da nossa bandeira, que é a bandeira da Póvoa de Lanhoso”. Mostrando-se orgulhoso do trabalho realizado, o autarca apontou o forte investimento na construção de novas escolas, na conservação de estradas e na requalificação dos espaços públicos das freguesias.
“Não podemos deixar de ter orgulho em sermos dos concelhos com melhores políticas sociais ou, ainda, por termos conseguido terminar o mandato com uma situação financeira mais positiva comparada com a que recebemos em 2005”, disse Manuel Baptista.
Revelando que os tempos continuarão a ser de dificuldade, o presidente da câmara municipal apontou que o desafio passa por encontrar um equilíbrio que permita cumprir as competências e ir ao encontro das principais dificuldades dos povoenses.
“Sempre defendi que a autarquia tem de ser amiga do cidadão. Tem que estar ao seu lado na promoção do seu bem-estar. Tem que ter respostas para as famílias que atravessam dificuldades, garantindo a educação dos seus filhos e o mínimo de dignidade na habitação e na alimentação”, apontou. A par disso, Manuel Baptista defendeu que a autarquia tem que “prestar um serviço que ajude os empresários, que apoie as associações e que não seja mais um peso fiscal para os cidadãos”.
Fortalecer as parcerias com a sociedade civil; apoiar os empresários e estabelecer pontes comerciais, seja no sector têxtil seja na ourivesaria; apostar numa programação cultural que seja um contributo para o comércio local, através de eventos de rua; e incentivar os jovens a valorizar a agricultura como um caminho para a sua realização profissional, foram outras das notas deixadas por Manuel Baptista.
O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso vincou a necessidade de “aproveitar as vantagens de ter grande parte do território em espaço rural”. A captação de investimentos, promovendo o emprego, foi outra da nota deixada pelo autarca.
A acção social é, pois, a grande aposta e Manuel Baptista revelou que “se for necessário abdicarei se fazer obras para garantir os apoios necessários a uma política social activa e que responda às necessidades das famílias carenciadas”.
“Não contem com o Baptista para relaxar ao longo dos próximos quatro anos. Estou empenhado em ser uma voz activa na região. Estou concentrado em aproveitar da melhor forma o novo quadro comunitário de apoio. Estou convencido que vamos executar os principais projectos que apresentamos aos eleitores”, disse o autarca, mostrando-se motivado para tornar a Póvoa de Lanhoso “cada vez melhor”.

Eleições Autárquicas

Amândio de Oliveira assume
assembleia municipal


“A sua passagem por esta Assembleia foi pautada por isenção, sabedoria  e rigor”. Foi desta forma que o novo presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, Amândio de Oliveira, se dirigiu ao seu antecessor, Humberto Carneiro.
Na sua intervenção, o novo presidente da Assembleia Municipal, eleito pelo PSD, dirigiu-se aos presidentes de junta, afirmando que “são eles os verdadeiros, permanentes e sólidos pilares da democracia autárquica”.
“São, seguramente, os mais sensíveis às necessidades colectivas e individuais”, afirmou Amândio de Oliveira, apontando, também, que a “Assembleia Municipal tem de ser um permanente exemplo de democracia, independência, bom senso, tolerância, isenção e solidariedade reforçada.
“Da minha parte, como presidente da Assembleia Municipal, terá a câmara municipal uma atitude permanentemente colaborante e de irrepreensível lealdade institucional. Esta atitude construtiva não impedirá, todavia, a assumpção plena das competências e atribuições desta Assembleia, dever que não é legítimo deixar de cumprir”, disse, dirigindo-se ao presidente Manuel Baptista.
“Foi, sem dúvida, um mandato cheio de acontecimentos políticos que permitiu a saudável discussão parlamentar, podendo os povoenses ter orgulho nos órgãos que os representam. E, da nossa parte, fica a convicção de que valeu a pena todo o trabalho desenvolvido nestes últimos quatro anos”, apontou Humberto Carneiro, presidente da assembleia cessante.
“Partidos fortes com lideranças e candidaturas credíveis que promovam o debate de opiniões e que sejam claros nos seus programas são, na minha opinião, insubstituíveis”, disse Humberto Carneiro, aquando da referência ao afastamento da actividade cívica e de participação política por parte dos cidadãos, assim como à tendência para o surgimento de movimentos de cidadão em detrimento dos partidos.

Dia Mundial do Animal

Cães da GNR cativaram 
pequenos e graúdos

No Dia Mundial do Animal, o Jó e o Joca foram as estrelas de serviço. Os dois caninos, da equipa cinotécnica da GNR de Braga mostraram as suas potencialidades, na manutenção da ordem pública e na detecção de estupefacientes.
As comemorações do Dia Mundial do Animal, assinalado a 4 de Outubro, ficaram marcadas, na Póvoa de Lanhoso, por uma demonstração da equipa cinotécnica K-9 da GNR. A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, através do Espaço Jovem, contou com a colaboração da Guarda Nacional Republicana, através da Secção de Programas especiais do DTER da Póvoa de Lanhoso e do grupo cinotécnico do Destacamento de Intervenção da GNR de Braga. No Parque do Pontido, marcaram presença várias crianças dos jardins-de-infância, utentes dos Centros de Convívio e Centros Sociais do concelho da Póvoa de Lanhoso, assim como da Casa de Trabalho de Fontarcada.
Assinalar o Dia Mundial do Animal e promover a sensibilização e educação das pessoas para as boas práticas e comportamentos cívicos alusivos à temática dos animais foram alguns dos objectivos da iniciativa que promoveu, também, o convívio intergeracional. Gabriela Fonseca, vereadora e vice-presidente da Câmara Municipal, representou a autarquia.
O Jó, um pastor alemão, vocacionado para a manutenção de ordem pública e procura de pessoas desaparecidas,         foi o primeiro a “entrar em acção”. Sob o comando do Cabo Sousa, o Jó foi obedecendo às várias ordens dadas pelo seu tratador.
Com ar afável, e treinado para a detecção de produtos estupefacientes, o Joca, um labrador retriever, revistou várias malas na procura de droga. Uma a uma, o Joca foi passando pelas malas. Detectando a droga, raspou no local à espera da recompensa, um brinquedo, deliciando a plateia.
O Cabo Soares foi o figurante de serviço, assumindo o papel de desordeiro. O Jó, com ar mais sério, travou a tentativa de investida do desordeiro sobre o militar da GNR que o acompanhava. Foi o delírio na plateia, com os mais pequenos a soltar gargalhadas. No final, o Joca espalhou simpatia e foi brindado com carinhos pelos presentes.
“Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal, que solici- tou a colaboração da Guarda Nacional Republicana e, obviamente, estamos presentes com o objectivo de mostrar um pouco as valências que dispomos no âmbito da cinotécnia e, também, come-morar o Dia Mundial do Animal. Da mesma forma, esta- mos próximos da população e fazemos um pouco de sensibilização junto de dois públicos-alvo das nossas acções de sensibilização, idosos e crianças”, explicou o Tenente Pedro Pino, Comandante do Destacamento Territorial da GNR da Póvoa de Lanhoso.
“Nunca tinha visto. Gostei muito. Ambos os cães eram bonitos. Sabia que eram capazes de fazer isto mas nunca tinha visto ao vivo”, explicou Joaquim Araújo, residente em Frades, e utente do Centro Social e Paroquial de Calvos. Residente na mesma freguesia, Armando Campos mostrou-se satisfeito com a iniciativa.
“O que mais gostei foi de ver aqui as crianças. Os cães eram bonitos. Gostei mais do preto, o Joca. São muito espertos”, revelou aquele utente do Centro Social de Calvos.

Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso

Bruno: um exemplo vivo 
de amor profundo 

António Daniel Silva Matos Oliveira é o seu nome mas é tratado pelos amigos e familiares por ‘Bruno’. Entrou para os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso em 1986. O dia 3 de Março de 2005 foi um dia marcante na sua vida. Um acidente, ao serviço dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, atirou-o para uma cadeira de rodas. Mesmo com mobilidade reduzida, o Bruno continua ligado aos bombeiros povoenses, onde desempenha a função de telefonista. O apoio das direcções, comando, corpo activo, família e amigos tem sido fundamental ao longo destes anos. Para ele, os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso continuam a ser a sua grande paixão.

Em que ano entrou para os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso?
Entrei para os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso em 1986. O meu avô paterno e tios foram bombeiros. Desde pequeno que tinha vontade de ser bombeiros. Acompanhava os bombeiros quando eles vinham para os incêndios em Galegos. Aos 17 anos, entrei para os Bombeiros.

O que são para si os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso?
Para mim, sempre foram como uma segunda família. Além de ser voluntário, trabalhava como telefonista. Passava muitas horas no quartel. Após o acidente, mantive-me como funcionário da instituição, ocupando o cargo de telefonista mas passei para o quadro de honra.

Quais os momentos mais felizes que guarda destes anos?
Os momentos felizes foram muitos. Recordo os convívios e os amigos que lá ganhei, sempre com grande alegria. As direcções sempre foram prestáveis e sempre amigas dos funcionários e dos voluntários. Entrei com o eng. Luís Pinto, depois passou para o Sr. Ferreira Martins, que teve uma passagem inesquecível, de seguida o Dr. Tinoco de Faria e agora o padre Luís Fernandes. Nestes 27 anos, sempre foram direcções que me apoiaram e continuam a apoiar.

Não podemos passar ao lado do acidente que o deixou paraplégico. Recorda-se desse dia?
Foi um dia que me marcou para toda a vida. Estava no quartel, como telefonista, e como tinha na altura a res-ponsabilidade da coordenação dos serviços de saúde e os outros dois colegas tinham serviços já marcados para mais tarde, quando caiu a chamada para o acidente fui eu e o Nuno, que é agora oficial de bombeiro. Era para ter ido outro colega mas demo-rou a fardar-se e fomos só os dois. Lá fomos para o acidente, sempre com as devidas precauções. Íamos a comentar pelo caminho que a estrada estava muito escorregadia. Num sítio onde nada fazia prever, praticamente já na recta, ia um camião à nossa frente que encostou e mandou-me passar e logo que eu passo, mais à frente, a ambulância fugiu numa mancha de gelo e nunca mais a consegui segurar.

Sentiu-se apoiado nessa ocasião?
Não tenho nada que dizer. Desde o primeiro minuto do acidente que recebi apoio. O acidente ocorreu na passagem do sr. Ferreira Martins para o Dr. Tinoco de Faria e, mesmo assim, o Sr. Ferreira Martins, já não sendo o presidente, deu-me um apoio incondicional, que jamais esquecerei. Estava sempre preocupado e a perguntar se alguma coisa me fazia falta. Não posso esquecer o apoio da direcção, do comando e dos colegas bombeiros e funcionários. Não me posso queixar. Dentro dos bombeiros, sempre me deram o apoio necessário.  O Sr. Ferreira Martins e sua família ofereceram-me uma viatura totalmente adaptada para poder fazer a minha vida normal. Não tenho palavras para lhe agradecer tudo o que fez por mim, assim como outras pessoas que me ajudaram. O sr. comandante António Lourenço tratou de tudo e ofereceram-me, nessa oca-sião, a viatura nas comemorações do 5 de Setembro. A família e os amigos têm sido os pilares da minha vida.

Continua ligado aos Bombeiros?
Fazer o voluntariado como fazia já não é possível porque fiquei paraplégico e não posso exercer certas funções mas sempre que possível, e que posso, ajudo. Continuo a ser funcionário da instituição e a exercer a função de telefonista até quando pu-der e a direcção e o comando virem que sou útil. É nos bombeiros que eu me sinto bem e é lá que eu tenho parte da minha vida e das minhas recordações. Claro que, às vezes, fico triste quando vejo os meus colegas mais apertados com trabalho e eu não posso ajudar naquelas funções que gostava. Tento ajudar da melhor maneira e contribuir com o que posso, dentro das minhas possibilidades. É um local que sempre gostei e que continuo a gostar. Continuarei a lutar, dentro das minhas possibilidades, para servir aquela casa. Os bombeiros sempre foram e são a minha grande paixão. Os Bombeiros da Póvoa de Lanhoso são para mim uma família.

Os filhos seguiram-lhe as pisadas nos bombeiros?
Neste momento, tenho o Bruno, com 21 anos, nos bombeiros da Póvoa de Lanhoso, onde é bombeiro de 3.ª, e também tenho a Bruna, na escolinha de infantes. Tenho muito orgulho em que eles queiram seguir o voluntariado nos Bombeiros. Fico feliz por os ter lá.

Que mensagem deixa a quem se encontra na mesma situação?
Espero que isso não aconteça a ninguém. A vida é assim e temos que ser muito fortes e lutar. Embora não sendo fácil, nunca nos podemos ir abaixo e passar o tempo sempre a pensar nisso. O apoio da família e dos amigos é essencial. Temos que conti-nuar a lutar.

Rendufinho

Vítima mortal em acidente

Uma vítima mortal foi o resultado do despiste de uma viatura ligeira, ocorrido na manhã de quinta-feira, dia 3 de Outubro, na Estrada Nacional 103, na freguesia de Rendufinho, no concelho da Póvoa de Lanhoso.
Residente em Ventosa, no concelho de Vieira do Minho, Fernando Barbosa de Sousa, de 77 anos, seguia sozinho no seu Renault Clio, no sentido Braga - Chaves. Por razões que ainda estão por apurar, a viatura onde seguia o idoso passou para a faixa contrária e caiu de uma altura de mais de vinte metros. O acidente ocorreu por volta das 10 horas e quando os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso ali chegaram, verificaram que o idoso se encontrava em paragem cardio-respiratória. O idoso foi de imediato extraído da viatura, tendo os soldados da paz procedido a manobras de reanimação. Dada a inclinação do terreno, foi utilizada uma maca de resgaste para transportar a vítima.  No local, compareceu uma viatura e uma motorizada do INEM. Apesar das tentativas de reanimação, o idoso acabou por falecer no local.
Filipe Sousa, residente em Rendufinho, assistiu a tudo. Seguia na direcção da Póvoa de Lanhoso quando tudo aconteceu. “Mais trinta metros e apanhava-me. Só vi o carro a passar à minha frente. Nem travou nem nada”, disse aquela testemunha.
A GNR da Póvoa de Lanhoso compareceu imediatamente no local. Uma patrulha encontrava-se nas proximidades devido à existência de combustível no pavimento, numa distância de cerca de um quilómetro. Os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso fizeram deslocar para o local dez elementos, apoiados por uma viatura de desencarceramento e duas ambulâncias.

Ano lectivo

Universidade Sénior já arrancou

O dia 7 de Outubro assinalou o arranque do ano lectivo na Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso. O Theatro Club da Póvoa de Lanhoso foi palco, na noite daquele dia, da cerimónia de abertura oficial do ano lectivo da Universidade Sénior do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso. Rosa Maria Costa, presidente do clube rotário, deu as boas-vindas e agradeceu a presença de todos. De seguida, Manuela Castro, directora da Universidade Sénior apontou que a Universidade Sénior é, de entre outros aspectos, um espaço de actualização, divulgação e ampliação de conhecimentos, talentos e competências.
Divulgar a história, cultura e valores e fomentar o voluntariado são outros dos aspectos associados à Universidade Sénior que este ano conta, com dois locais: Associação em Diálogo e Comissão de Melhoramentos de Santo Emilião. Danças de Salão, Hidroginástica e Ioga são as disciplinas conjuntas. Além destas, no pólo da Póvoa de Lanhoso, os alunos têm à disposição disciplinas como história, escrita e cultura locais, francês, informática, inglês e saúde. Em Santo Emilião, as ofertas passam ainda por língua e cultura portuguesa, oficina das artes, bordados e rendas.
A par das aulas, estão previstas visitas de estudo e curso de curta duração, estes em período de férias. A cerimónia ficou ainda marcada por uma homenagem ao professor Fernando Teles, falecido em Setembro, por uma palestra, a cargo da prof.ª dr.ª Clara da Costa Oliveira e pela entrega de diplomas a professores e alunos.

Desporto

Atletas do Maria e do Porto d’Ave 
chamados à selecção distrital

Miguel, Gilberto, Carlos Veiga e Diogo, do Maria da Fonte, e Gustinho, do Porto d’Ave, foram chamados para integrar os trabalhos da selecção distrital da Associação de Futebol de Braga, no âmbito da Taça UEFA das Regiões. Os atletas convocados reuniram-se numa sessão de trabalhos, esta quarta-feira, dia 16 de Outubro, no Campo dos Moinhos Novos, na Pó-voa de Lanhoso.

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS'13

Manuel baptista  festeja
nova maioria absoluta

 

Manuel Baptista foi reeleito para mais um mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. O PSD voltou a conquistar nova maioria absoluta para a autarquia obtendo quatro mandatos, contra três do Partido Socialista de Frederico Castro.
A ‘onda laranja’ dominou também as eleições para a Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia.

EDITORIAL


Armindo Veloso
 

Vamos lá

Ora bem, depois de uns lamberem as feridas e outros serenarem a euforia, vamos lá ao trabalho.
As eleições autárquicas dadas as suas especificidades de proximidade criam muitas antipatias e até inimizades entre pessoas que durante todo o outro tempo se relacionam bem ou até muito bem.
Sendo as eleições um assunto que não se compara na sua importância ao futebol tomemo-lo como exemplo e depois de duas noites bem dormidas um portista amigo dum benfiquista, e vice-versa, desavindos por um pertenço penalti mal marcado, dão aquele abraço e ponto final.
Uma vez eleitos os nossos representantes legítimos há que os respeitar. Da parte deles espera-se que não vejam nunca os nossos e os deles mas sim os munícipes e já agora que andaram de porta em porta a pedir votos, um acto de humildade a que as eleições obrigam, não fiquem de nariz empinado e inacessíveis durante mais três anos e tal. 
Excluindo os grandes centros onde existe de facto algum voto de protesto em relação ao governo central existente, sempre vi nas eleições autárquicas um voto em pessoas. Só assim se compreende que por exemplo na minha freguesia natal, Verim, testemunhei, quando fazia parte da mesa do acto eleitoral, quão dispares eram as votações para os diversos órgãos autárquicos. O povo parece que dorme mas só parece. Daí que fazer extrapolações para o todo nacional, leia-se legislativas, é um abuso de todo o tamanho. Quem o fizer arrisca-se a ter surpresas. Já as houve.
Anseia-se que os nossos amigos governantes das nossas freguesias e dos nossos concelhos façam um mandato essencialmente voltado para o social ajudando e acarinhando os que mais precisam.
Que deixem de lado os anéis e tratem dos dedos das pessoas que andam cheios de artroses...

Até um dia destes.

CASTELO

Autárquicas

Os povoenses escolheram e reconduziram Manuel Baptista para mais um mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal. Manuel Baptista (PSD), Frederico Castro (PS), Deolinda Queirós (CDS) e Paulo Silva (CDU) apresentaram-se a votos para a Câmara Municipal. Venceu Manuel Baptista, do PSD, conseguindo mais 1646 votos que Frederico Castro, do PS. Vitória absoluta para o PSD.

CASTELO DE AREIA

Abstenção
Em 1979, a abstenção no concelho, e nos que diz respeito às eleições autárquicas, situou-se nos 20,58%. Desse ano até agora, exceptuando 1989, em que houve uma quebra, a abstenção tem vindo a aumentar. Neste ano, situou-se nos 37,10%. A emigração tem contribuído para esse aumento mas não é o único factor.

Manuel Baptista vai para o seu terceiro mandato

Nova maioria absoluta

Comícios, festas temáticas, arruadas e visitas às freguesias foram algumas das iniciativas que marcaram a campanha eleitoral deste ano. Os candidatos apresentaram-se aos povoenses e deram a conhecer os seus projectos para as Terras da Maria da Fonte. Pelo concelho, foram espalhados cartazes e os carros de som anunciaram as iniciativas e apelaram ao voto. Às 24 horas de sexta-feira, o silêncio retomou. No domingo, através do voto, os povoenses decidiram e escolheram os candidatos da sua preferência. Manuel Baptista e Amândio de Oliveira, do PSD, venceram as eleições para a Câmara Municipal e Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, por maioria. O candidato do PSD conseguiu 51,05% dos votos contra os 40,26% do PS, numa candidatura liderada por Frederico Castro. O CDS ficou na terceira posição, com 4,23% e a CDU foi a força menos votada, com 1,37% dos votos.
Amândio de Oliveira, do PSD, foi o mais votado para a Assembleia Municipal, com António Barros, do PS,  a ser o segundo candidato mais votado. José Eduardo Vieira (CDS) e Pedro Vale (CDU) ficaram no 3.º e 4.º lugar, respectivamente.
Para as 22 Assembleias de Freguesia do concelho, apresentaram-se a votos 62 candidatos, pelo PSD, PS, CDS, CDU e listas independentes.
Fique a conhecer os resultados no concelho para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia.

Vila encheu-se de viaturas e apoiantes

Apoiantes vibraram com a vitória

Bandeiras no ar e gritos de incentivo a Manuel Baptista e ao PSD ecoaram na vila da Póvoa de Lanhoso. Os resultados foram-se conhecendo e a vila começou a encher-se de viaturas e apoiantes da candidatura laranja. Já passavam das 23 horas quando Manuel Baptista, rodeado de elementos da sua candidatura, se dirigiu a todos os apoiantes, agradecendo todo o apoio recebido ao longo da campanha eleitoral.
“Começa hoje mais uma caminhada de quatro anos”, revelou o candidato, não deixando de agradecer o apoio de toda a família.
“Temos que continuar a trabalhar para que a Póvoa de Lanhoso daqui a quatro anos continue a ficar em boas mãos”, destacou Manuel Baptista, dedicando a vitória na corrida à câmara municipal a um amigo e apoiante falecido este ano, Joaquim Galão, presidente da Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.  “Este é o reconhecimento dos povoenses a esta Câmara PSD. Hoje, sou um homem feliz”, apontou Manuel Baptista, revelando que “a partir de hoje continuo a ser o presidente de todos os povoenses”.
“Esta é a prova que as pessoas reconheceram o trabalho de Manuel Baptista e de toda a sua equipa”, destacou Amândio de Oliveira, que venceu a corrida à Assembleia Municipal pelo PSD.

Mais uma vitória esmagadora

Manuel Baptista: não há duas sem três

Candidato pelo PSD, Manuel Baptista foi eleito para mais um mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Com 7.790 votos (51,05%) Manuel Baptista foi o grande vencedor na noite eleitoral na Póvoa de Lanhoso, na corrida à Câmara Municipal. Frederico Castro, do PS, ficou em segundo lugar na preferência dos povoenses, conseguindo 40,26% dos votos (6.144 votos). No total, 1646 votos separaram ambas as candidaturas.
Deolinda Queirós, do CDS, foi a terceira candidatura mais votada, conseguindo 646 votos (4,23%), contra os 209 votos da CDU (1,37%).
Na votação para a Câmara Municipal, e comparativamente aos dados de 2009, PSD e PS perderam votos, com o CDS e a CDU a subir na votação. Para além destas subidas, registou-se, também uma subida nos votos em branco, nos votos nulos e na abstenção, comparativamente ao acto eleitoral de 2009.
Relativamente à abstenção, a mesma passou de 32,09% (23.553 inscritos – 15.995 votantes) em 2009, para os 37,10% (24.260 inscritos – 15.259 votantes), neste ano. Assim sendo, aumento do número de votantes, aumento da abstenç
Com esta votação, a candidatura do PSD obteve quatro mandatos (Manuel Baptista, Gabriela Fonseca, Armando Fernandes e André Rodrigues) contra os três mandatos do PS (Frederico Castro, Fátima Moreira e Lídia Vale), tal como em 2009.

Autárquicas'13

 Vitória na maioria das Juntas

O acto eleitoral do passado domingo, dia 29 de Setembro, traz novos rostos à presidência das Juntas de Freguesia do concelho. A limitação de mandatos à qual se junta a reforma administrativa veio alterar o panorama concelhio. A reforma administrativa reduziu de 29 para 22 as freguesias no concelho, seis das quais “União das Freguesias”.
Na votação para as Assembleias de Freguesia, o PSD levou também a melhor sobre o PS. Das 22, o PSD venceu, com listas próprias, em 14 delas: União das Freguesias de Esperança e Brunhais, Garfe, Lanhoso, Monsul, Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo), Rendufinho, Santo Emilião, S. João de Rei, Serzedelo, Sobradelo da Goma, Taíde, Travassos, União das Freguesias de Verim, Friande e Ajude e Vilela.
Quanto ao PS, os socialistas conseguiram vitória na União das Freguesias de Águas Santas e Moure, União das Freguesias de Campo e Louredo, União das Freguesias de Fontarcada e Oliveira, Galegos e Geraz do Minho. Na União de Freguesias de Calvos e Frades, Covelas e Ferreiros venceram as listas independentes: Lista Independente de Calvos e Frades, RIC – Renovação e   Inovação de Covelas e Lista Independente de Ferreiros. Duas delas, de Covelas e Ferreiros, deram o seu apoio a Manuel Baptista no decurso da campanha política, pelo que se devem juntar aos elementos do PSD na Assembleia Municipal. Em Garfe e Galegos as votações para a Câmara e Assembleia de Freguesia não tiveram o mesmo sentido. Em Garfe, para a Assembleia de Freguesia venceu a candidatura PSD mas na votação para a Câmara Municipal venceu o PS. O contrário aconteceu em Galegos, com o PS a sair vencedor na votação para a Assembleia de Freguesia mas na votação para a Câmara Municipal foi o PSD quem obteve mais votos.
Em algumas freguesias, a diferença de votos foi pequena. Um desses casos foi em Galegos, com o PS a obter mais nove votos que a lista PSD. Também em Garfe, o PSD venceu por nove votos a lista do PS. Em S. João de Rei, o PSD venceu por apenas quatro votos a lista PS e na União de Freguesias de Calvos e Frades, a lista independente teve mais oito votos que a candidatura do PS. Recorde-se que nesta freguesia, e nas eleições para a Assembleia de freguesia, apresentaram-se a votos cinco listas.
Com os resultados deste ano, três juntas de freguesias passam a ser presididas por senhoras: a Armandina Machado, presidente da Junta de Freguesia de Vilela, junta-se, este ano, Carla Ferreira (Ferreiros) e Dora Ribeiro (Serzedelo).

Manuel Baptista

Sereno e confiante

Pouco passava do meio-dia de domingo, dia 29, quando Manuel Baptista exerceu o seu direito de voto, na vila da Póvoa de Lanhoso, nas instalações do Centro Educativo António Lopes. Com ar sereno, o candidato do PSD revelou, ao ‘Maria da Fonte’, ter acordado bem-disposto. Dando conta de que nestes dois meses e meio foi ao encontro das gentes do concelho, no chamado “porta a porta”. A proximidade às gentes do concelho permite-lhe um conhecimento mais profundo da realidade que afecta as gentes da Póvoa de Lanhoso.
“É necessário apostar na acção social. Estar próximo das pessoas e apoiar as famílias”, indicou Manuel Baptista, revelando que, nesta campanha eleitoral, e comparativamente a 2009, há mais casas fechadas, há mais emigração.
“Hoje acordei bem-disposto. Não sei se foi do problema de saúde que tive mas sinto-me mais calmo e preparado para os resultados. Penso que os povoenses vão reconhecer o trabalho feito nestes últimos oito anos”, apontou o candidato Manuel Baptista.
“Fiz uma campanha para as pessoas e não para o partido. Fiz uma campanha  ‘à Manuel Baptista’, indo de porta em porta, olhos nos olhos, ver o que fiz e o que é necessário de fazer. A acção social vai ser a grande aposta”, apontou Ma Baptista.
nuel

Lanhoso

Queima descontrolada
gera pequeno incêndio


Tudo começou com a queima de resíduos num terreno agrícola, na terça-feira, dia 24 de Setembro. O fogo descontrolou-se e gerou um pequeno incêndio. Ao avistar uma coluna de fumo, uma patrulha do Núcleo de Protecção Ambiental da GNR da Póvoa de Lanhoso, dirigiu-se para o local e constatou que um idoso procedia à queima de sobrantes agrícolas. O homem, de 81 anos, residente naquela freguesia de Lanhoso, acabou detido pela GNR.
“A queima descontrolou-se e deu origem ao incêndio, em que arderam 100 metros quadrados de terreno agrícola. O homem foi detido e prestou termo de identidade e residência, após o que foi libertado e notificado para comparecer no tribunal”, refere a GNR, na sua página.

Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso

“Havia apenas o carro aberto,
o Ford, e a ambulância vermelha”


No início da passagem dos membros mais velhos do grupo pelos bombeiros da Póvoa de Lanhoso, apenas existiam dois carros: o carro aberto, o Ford, e a ambulância vermelha. O Ford, na fotografia, foi adquirido pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso em 1938.
“Foi comprado novo, em 1938”, recorda Joaquim Lopes Moreira.  O tempo é o de recordar peripécias, os momentos menos alegres e os meios que tinham ao dispor.
“Houve uma altura em que aqui nos bombeiros havia o carro aberto e a ambulância e só havia uma bateria. Quando era preciso ir para um incêndio, tirava-se a bateria da ambulância para o carro. Uma ocasião, foi organizada uma peça de teatro e fizeram um peditório para comprar uma bateria. No fim, houve alguém, talvez o João Bastos, que deu dinheiro para comprar a bateria para colocar num dos carros”, recorda Cremildo Pereira, que os amigos tratam por ‘Mido’.
José Francisco Pereira de Sousa recorda que, em caso de necessidade, usavam a carrinha aberta do sr. ‘António sardinheiro’.
Nesse tempo, os incêndios eram poucos. “Havia um ou outro mas mais em casas. Os montes eram todos limpos porque as pessoas precisavam do mato e da lenha”, recorda um dos elementos.
“Numa certa noite, o socorro foi pedido para o lugar de Gondiães, em Garfe. Não havia estrada. Deixamos a ambulância junto à igreja e fomos a pé com a maca. Vieram pessoas com candeias para nos iluminar. Fomos com a maca era 1 hora e chegamos novamente à ambulância às 7 horas”, recorda um elemento. Numa das ocasiões, uma senhora grávida teve o parto na ambulância. José Pereira de Sousa recorda que, juntamente com um colega, foram buscar uma senhora grávida a Esperança. “As pessoas vieram com candeias para nos iluminar. Ao passar em Simães, em Fontarcada, tivemos que parar. Uma senhora que estava à janela foi chamada para assistir ao parto”, recorda
“Não havia carros de água. O primeiro foi um Land Rover, com cerca de 200 litros. Fomos buscá-lo a Famalicão. Num domingo de manhã, fizemos uma demonstração na vila e foi uma alegria”, recordam.
Por vezes, nem tudo corria como esperado. A S. João de Rei foram buscar um ferido, com uma fractura na perna. A manobra inesperada duma viatura, junto ao largo António Lopes obrigou o condutor a passar com a ambulância vermelha, a primeira da corporação, por cima do passeio. O doente caiu ao chão da ambulância e à perna partida juntou-se também um braço partido.
“Naquele tempo, só havia uma ambulância e quando estava avariada iam à Casa Rebelo e eles com a carrinha deles transportavam os doentes”, recordam.
“Hoje, as condições são outras, há mais trabalho e mais exigências”, concordam os vários elementos do quadro de honra.

Dia do concelho - 721º aniversário

Pavilhão desportivo inaugurado

A Póvoa de Lanhoso viveu, no dia 25 de Setembro, o Dia do Concelho. Nos 721 anos do concelho da Póvoa de Lanhoso, a Câmara Municipal inaugurou o pavilhão desportivo do CE do Cávado, em Monsul, e homenageou autarcas.
Foi a 25 de Setembro de 1292 que o Rei D. Dinis outorgou a carta de foral às Terras de Lanhoso. No dia 25, cumpriram-se os 721 anos do nascimento do concelho da Póvoa de Lanhoso, numa data assinalada pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, que integrou a inauguração do pavilhão desportivo do Centro Educativo do Cávado, em Monsul, e uma sessão solene que contou com a h-menagem a autarcas do concelho.
Localizado junto ao Centro Educativo do Cávado, em Monsul, e construído para servir a comunidade educativa, o pavilhão desportivo, que resulta de um projecto promovido pela Câmara Municipal e co-financiado pelo ON2 - O Novo Norte e QREN através do Fundo Europeu do Desenvolvimento Regional, estará disponível para a população em geral, associações e colectividades das dez freguesias do baixo concelho.
“Festejar este dia é ter respeito pela nossa memória colectiva. É dizer às novas gerações de povoenses que esta terra tem uma identidade de muitos séculos de história e que dela muito nos orgulhamos”, referiu Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
Destacando que a reforma administrativa, aliada à limitação de mandatos, veio mudar uma realidade de várias décadas, Manuel Baptista salientou que é uma justa homenagem “a quem diariamente dá parte do seu tempo para ajudar a desenvolver este concelho”.
Para além de Carlos Duarte, da CCDR-N, a sessão solene contou com a intervenção de Humberto Carneiro, presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso. “Muitas vezes, as Juntas de Freguesia são classificadas como o parente pobre do poder local. Permitam-me que não concorde, entendo até o contrário. Não há nenhum órgão político que esteja tão próximo das pessoas como a junta de freguesia, sendo, por isso, a expressão máxima do poder político com os cidadãos”, disse o presidente da Assembleia Municipal, mostrando-se satisfeito com a homenagem prestada pela Câmara Municipal.

Autarcas homenageados
Jaime Oliveira (Covelas), José Manuel Alves (Ferreiros), Agostinho Montenegro Gomes (Galegos), Bernardo Silva (Monsul), Luís Ferreira (Geraz do Minho, Álvaro Vieira (Serzedelo) e Aristides Costa (Monsul) foram os autarcas homenageados pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. A lei de limitação de mandatos impediu que os autarcas se candidatassem a um novo como presidentes de Junta.
De fora ficaram os presidentes de junta cujas freguesias se agregaram, o que possibilitou uma nova candidatura.
Presidente da Junta de Freguesia de Covelas desde 1983, Jaime Oliveira foi o porta-voz dos homenageados, agradecendo ao presidente da autarquia da Póvoa de Lanhoso por “homenagear os autarcas que, ao longo de décadas, deram o seu melhor em prol das suas gentes e das suas terras, deixando, muitas vezes, a família em prol da população”.
“Sinto-me orgulhoso de ter ajudado a construir uma terra com melhores condições de vida e bem-estar”, disse o autarca, não esquecendo todos ex-presidentes da câmara municipal com quem trabalhou nos últimos 30 anos: José Luís Portela, João Tinoco de Faria e Lúcio Pinto.
Aos autarcas não cessantes, o homenageado pediu para que “não desistam de lutar pelos interesses da população”.