Procissão foi um dos pontos altos das festividades
Multidão no São José 2011
Chegaram ao fim no passado dia 20 de Março as Festas de São José 2011, as Festividades Concelhias da Póvoa de Lanhoso, que atraíram até à vila sede de Concelho milhares de pessoas. Do programa, a procissão em honra do padroeiro destacou-se na vertente religiosa. Depois, grande sucesso no folclore, no 'Heart Parade' e exposições várias, na feira do gado, nas concertinas e na música. No desporto, destaque para a pesca, atletismo, tiro, concentração de motos clássicas e todo-o-terreno.

Dez anos depois da reabertura
Theatro Club
com programa festivo
Durante um ano, o Theatro Club da Póvoa de Lanhoso vai estar em festa. No ano em que se comemora o décimo aniversário da sua reabertura e programação regular, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso preparou um conjunto de iniciativas que se estendem até Março de 2012.

EDITORIAL

Armindo Veloso



Inacreditável

No noticiário da SIC Notícias, com Mário Crespo, na rubrica do frente-a-frente cujos intervenientes eram Vicente Jorge Silva e Ângelo Correia, Mário Crespo “rapou” de um documento que disse ser uma cópia de um decreto-lei com mais de dois anos de vida.
Esse decreto de lei referia-se ao subsídio de maternidade.
Então, perguntava Mário Crespo aos convidados se sabiam que uma mulher que abortasse voluntariamente tinha direito ao subsídio de maternidade.
Os dois, Vicente e Ângelo, ficaram mudos e quedos tanto quanto eu no meu sofá.
Caros leitores, não escreveria esta crónica sem antes ir confirmar esta pérola portuguesa. Fui. É verdade.
Estamos perante um decreto-lei inacreditável.
Então é assim: uma mulher que tenha um nado-vivo, tem subsídio de maternidade. Bem.
Uma mulher que tenha um nado-morto, involuntariamente, tem subsídio. Bem, embora discutível.
Agora, uma mulher que faz um aborto voluntariamente, dentro das semanas estipuladas por lei, ter direito a subsídio de maternidade, francamente é surreal.
Já tinha visto decretos-lei absurdos mas este ultrapassa tudo. O que dizer de um país que corta o abono de família a pessoas da classe remediada e dá estas regalias a quem aborta voluntariamente?
O que acho, em conjunto com o trio do tal noticiário, é que os media: jornais, revistas, televisões, rádios, etc., não pegam nestes assuntos não se sabe bem porquê. Este decreto-lei foi “fabricado” nos gabinetes e votado num dia de maratona de votações, onde muitos deputados nem sabem o que estão a votar. E pronto.
E pronto, repito.
Eis Portugal no seu melhor. Merecemos as leis que temos e merecemos a comunicação social que temos. Esta, faz de uma joguinha uma pedreira e de uma pedreira nada.

Até um dia destes.
CASTELO

S. José
O S. José e o S. Pedro entenderam-se e o bom tempo marcou presença no passado fim-de-semana. Num dia de calor, a vila da Póvoa de Lanhoso recebeu, no feriado municipal, uma verdadeira multidão. Mais uma vez, a procissão em honra de S. José continua a ser um dos marcos do programa. Bem organizada, com as várias dezenas de andores ornamentados a flores naturais, foi um dos momentos marcantes do dia e das festas.
CASTELO DE AREIA
Incêndios

Ainda estamos no mês de Março e os soldados da paz povoenses já se viram obrigados a combater alguns incêndios florestais no concelho. Em alguns dos casos, os incêndios são originados pela falta de cuidado aquando da queima de sobrantes. Há regras e cuidados a ter, que muitas vezes não são cumpridos. Se todos colaborarmos, os incêndios diminuem e a floresta agradece.

Carnaval povoense - Santa Casa da Misericórdia


Dança inspirou desfile
O centro da vila da Póvoa de Lanhoso encheu-se de gente, no dia 8 de Março, dia de Carnaval, para apreciar o desfile das valências da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso. O desfile da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso é, desde há vários anos, a actividade mais marcante da época carnavalesca no concelho.
A dança foi o tema deste ano, num desfile onde imperou a qualidade e a criatividade. Aos mais pequenos, as estrelas da festa, juntaram-se os mais velhos, demonstrando que o Carnaval não tem limite de idade.
Os utentes das valências de infância, sénior e saúde trouxeram ao centro da vila o folclore, o flamengo, o rock, a valsa, a dança tribal, a dança africana, não esquecendo o disco, a dança baiana, a dança do ventre e as nazarenas. Aos utentes, juntaram-se alguns pais das crianças do ATL e jardim-de-infância e os colaboradores e responsáveis das valências da Santa Casa, num desfile onde a alegria e o espírito carnavalesco marcaram presença.

Actividade marcante da Santa Casa
O desfile de terça-feira, dia 8 de Março, foi o culminar de um trabalho de cerca de dois meses. Mais uma vez, a idealização e a confecção dos trajes ficou ao encargo dos responsáveis das valências da Santa Casa, que contaram com o apoio de algumas em- presas e pais, que ofereceram alguns dos materiais necessários para a confecção dos adereços carnavalescos.
“Actualmente, esta é uma actividade que marca profundamente o Plano de Actividades da Santa Casa e é já, também, uma obrigatoriedade. É uma iniciativa que extravasa a própria manifestação carnavalesca da Santa Casa”, explicou Humberto Carneiro, Provedor da Santa Casa. Naquele momento, Humberto Carneiro deixou uma palavra de apreço aos colaboradores da instituição, que confeccionaram os adereços que integraram o desfile.

Décimo aniversário de reabertura


Theatro Club: programa festivo
Durante um ano, o Theatro Club da Póvoa de Lanhoso vai estar em festa. No ano em que se comemora o décimo aniversário da sua reabertura e programação regular, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso preparou um conjunto de iniciativas que se estendem até Março de 2012.
Foi no dia 16 de Março de 2001 que a vila da Póvoa de Lanhoso acolheu as cerimónias de inauguração da remodelação do Theatro Club, depois de alguns anos de inactividade e algum abandono a que esteve votado aquele espaço, construído em 1904 e localizado no Largo António Ferreira Lopes.
No passado dia 16 de Março, dia em que se assinalou o décimo ano da reabertura daquele espaço, a Câmara Municipal apresentou o programa do 10.º Aniversário da Reabertura e da Programação Regular do Theatro Club. A partir do mês de Abril, o Theatro Club (TC) acolhe um conjunto variado de actividades que se estendem até Março de 2012. Cada um dos meses que integra o programa comemorativo será dedicado a uma temática diferente.
Em dez anos de programação regular, o Theatro Club já acolheu mais de mil eventos e contou com a presença de mais de 100 mil espectadores. “Estes são números que nos orgulham e que reflectem, também, a aposta que tem sido feita na dinamização deste espaço, com ofertas culturais e artísticas diversas”, disse Fátima Moreira, vereadora da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, na apresentação do programa comemorativo.
Comemorar os dez anos de reabertura é comemorar a recuperação do Theatro Club, que voltou a ser destinado à função para o qual foi construído em 1904. Ladeada por Paulo Freitas, responsável pela programação do Theatro Club, e de Francisco Machado, técnico do TC, a responsável do pelouro da Cultura, lendo algumas das passagens do livro “Em Cena – Theatro Club: 1904 - 2004”, da autoria de José Bento da Silva, destacou que “ao longo dos últimos dez anos, o Theatro Club proporcionou muitos momentos artísticos, alguns deles de grande qualidade, potenciando, também, a criação de um público atento e conhecedor”.
“O Theatro Club tem sido o parceiro ideal das várias instituições que, neste espaço, divulgam os resultados das suas dinâmicas e promovem várias iniciativas”, frisou Fátima Moreira.
Mais do que palavras, a vereadora da Cultura da autarquia povoense deixou números.
Nestes dez anos, o Theatro Club recebeu 43 mil espectadores de teatro, 10 600 espectadores de música e dança, 5 mil espectadores de cinema e 57 mil visitantes das várias exposições.

Programa comemorativo abrange várias temáticas
Relativamente à programação das comemorações, Fátima Moreira destacou que pretendem trazer ao Theatro Club “as manifestações artísticas e as artes de palco que se têm revelado maios adaptadas a este espaço, não procurando uma ruptura com o passado, mas perspectivando uma continuidade com o trabalho que já tem sido desenvolvido”.
“Procuramos atender a diversas temáticas mensais, dando destaque às instituições, associações e artistas povoenses”, disse a vereadora da Cultura, apontando, ainda, que a programação “procura revelar e dar a conhecer muito do trabalho cultural e artístico que têm sido desenvolvido no presente, reconhecendo o valor cultural e artístico de alguns que, no passado longínquo ou mais recente, merecem o reconhecimento e a divulgação dos seus feitos”.
Exemplos disso são a exposição e o lançamento de um livro dedicado à Maria da Fonte, em Maio, o Prémio Augusto Távora para novos artistas plásticos, em Julho e Agosto, e o Concurso Literário António Celestino, cuja apresentação dos trabalhos vencedores decorre no mês de Setembro.
O teatro, a escrita, a música, as artes plásticas, a dança, as exposições e o cinema são algumas das actividades que têm lugar de destaque nas comemorações dos dez anos de reabertura e programação regular do Theatro Club.

Comemorações repletas de actividades
“Cavalinho Azul” e “Um Despertar de Primavera” são as duas produções trazidas a palco, no mês de Abril, pelo Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso, às quais se juntam a “Festa do Hip Hop” e o I Ciclo de Exposi-ções Descentralizadas “10 anos, 10 exposições”. Para o mês de Maio as ofertas culturais passam pela encenação “Triologia de Mulheres Medievais”, de Antónia Bueno; “Conversa de Mulheres”, pelo Sarau da me- mória; “Teresa, Tainha de Portugal”, uma nova produção do Centro de Criatividade; e “O Pranto de Maria Parda”, de Gil Vicente, numa co-produção do Centro de Criatividade e APACEPE. O Mês de maio conta ainda com uma exposição dedicada à Maria da Fonte e o lançamento do livro “Maria da Fonte, da Heroína ao Mito”, de Carla Covas.
O mês de Junho é dedicado aos jo-vens e serviços educativos, sendo que Julho e Agosto são dedicados ao tema “Teatro na Rua e Arte no Theatro”. Escrita e escritores é o tema de Se-tembro, com o mês de Outubro a ser preenchido pela música, num programa que integra recitais, concertos pedagógicos e encontro de coros. O mês de Outubro integra, ainda, a apresentação do porjecto “Amigos do Theatro”, o qual pretende fidelizar o público do Theatro Club. ara Novembro, as apostas passam pelo cinema e fotografia, com a realização de um ciclo de cinema, festival de curtas e exposição e workshop de fotografia. A programação do mês de Dezembro, dedicada à infância, alusiva ao Natal integra actividades como o teatro, dança, magia e música, assim como o Festival Infantil de Artes.”Dança e Movimento no Theatro Club” é o te-ma do mês de Janeiro de 2012, com o mês de Fevereiro a ficar marcado pela realização do Festival Nacional de Teatro. O último mês, Março de 2012, integra um Fórum, no dia 16, com a realização de palestras, convidados e distinções, assim como os momentos marcantes de uma década de programação regular.

Enchente de fiéis no dia do Padroeiro S. José


Procissão foi ponto alto das festas
A majestosa procissão, na tarde de sábado, dia 19, foi o momento alto das Festas em honra de S. José. A devoção, aliada ao bom tempo, trouxe às “Terras da Maria da Fonte” uma verdadeira enchente, num dia em que os actos religiosos estiveram em destaque. Mais uma vez, a fé falou mais alto e a vila da Póvoa de Lanhoso recebeu uma verdadeira multidão.
Tal como em anos anteriores, a procissão em honra de S. José contou com a presença dos andores dos padroeiros das paróquias do concelho.
Das 29 paróquias, apenas não marcaram presença os andores dos santos padroeiros de Águas Santas e Sobradelo da Goma.
Ornamentados a flores naturais, os vários andores que integraram o cortejo deram um maior brilho àquele acto religioso. Tal como vem acontecendo em anos anteriores, o andor de S. José foi transportado pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso e contou com guarda de honra pelo Corpo Activo da corporação.
O acto religioso contou com a presença do executivo municipal, assim como de elementos da Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia e associações, confrarias e colectividades do concelho.

D. Manuel Linda

Cristãos incentivados a actuar

A exemplo de S. José, o homem justo, devemos repensar a realidade, actuando com os critérios de salvação e misericórdia”, incentivou D. Manuel Linda, bispo auxiliar de Braga, no decurso da missa em honra de S. José, realizada na manhã de sábado, dia 19 de Março.
No dia em que se comemorava o Dia do Pai, D. Manuel Linda incentivou os cristãos para que “S. José seja o estímulo da nossa actuação no mundo”.
“S. José é o verdadeiro exemplo do cristão no mundo”, disse D. Manuel Linda, aproveitando a ocasião para cumprimentar, de forma especial, todos os pais presentes.
O bispo auxiliar alertou para a necessidade de reflectirmos actuarmos, não ficando de braços cruzados. “É preciso que esta acção seja centrada em Deus”, disse ainda D. Manuel Linda.
Redescobrir a característica da salvação e da misericórdia, que vem do verdadeiro justo, é a tarefa de cada cristão.
No dia do Pai, D. Manuel Linda não esqueceu os pais que estão acamados, enviados para todos um cumprimento especial.
No final da Eucaristia, o bispo auxiliar de Braga demonstrou o seu contentamento pelo facto do programa das festas conciliar todas as outras iniciativas com a vertente religiosa. “É bom saber que as nossas festas concelhias não se resumem só aos foguetes e conjunto”, disse o bispo D. Manuel Linda.

Folclore concelhio atraiu muito público
O folclore esteve em destaque na tarde de domingo, dia 20 de Março, dia em que terminaram as Festas em honra de S. José. Com o bom tempo a fazer-se sentir, a Praça Engenheiro Armando Rodrigues, no centro da vila, ficou repleta de pessoas, que não quiseram perder a oportunidade para apreciar o folclore do concelho.
A numerosa assistência pode apreciar a actuação dos seis ranchos folclóricos: Póvoa de Lanhoso, Maria da Fonte (Fontarcada), Porto d'Ave (Taíde), Garfe, Verim e Covelas.
Depois da passagem pelo tablado, seguiu-se a actuação dos seis ranchos presentes. Trinta minutos foi o tempo destinado para a actuação de cada rancho participante do Festival de Folclore.
Depois da tarde, seguiu-se a noite com folclore, com a actuação do Rancho Infantil e Juvenil da Póvoa de Lanhoso, que naquele dia celebrou o seu aniversário.

Heart Parade


Corações no Largo António Lopes
O Largo António Lopes, na vila da P. Lanhoso, encheu-se de corações. No âmbito da iniciativa, Heart Parade, que já vai na segunda edição, escolas e instituições deitaram mãos à obra e adornaram os corações de filigrana com materiais reciclados. Mais uma vez, a criatividade esteve ao mais alto nível. O evento, que integrou o cartaz das festas de S. José, contou com a presença de vinte trabalhos a concurso das escolas e instituições de solidariedade social do concelho da P. Lanhoso. Verdadeiramente inspirados, os utentes, dirigentes e colaboradores das várias entidades presentearam o Largo António Lopes com trabalhos de rara beleza, todos eles feitos com materiais reciclados.
A Associação dos Deficientes Visuais do Distrito de Braga foi a grande vencedora no 2.º escalão, destinado às escolas do 2.º e 3.º ciclo, secun dário e IPSS'S. No 1.º escalão, dirigido aos jardins-de-infância, os trabalhos vencedores foram da autoria do Jardim-de-Infância do Centro Social e Teresiano de Verim e do Jardim-de-Infância de S. Martinho do Campo.
A estes juntam-se ainda várias menções honrosas, atribuídas ao Centro Educativo António Lopes, no 1.º escalão, e à Casa de Trabalho de Fontarcada, Comissão de Melhoramentos de Santo Emilião, Escola EB 2, 3 de Taíde e Lar de S. José, no 2. escalão.
“Este concurso tem um espírito que é do de aliarmos esta nossa arte maior, que é a filigrana, com as questões ambientais, com a sensibilidade ambiental”, disse Fátima Moreira, vereadora da Câmara Municipal. Agradecendo a todos os participantes, a responsável da Cultura do Município da Póvoa de Lanhoso salientou que “este é um concurso que já marca as Festas de S. José desde o ano passado”. Tecido, corda, botões, pacotes de leite, rede, fios de lã, pinhas, cortiça, folhas de espigas, cd's e sacos plásticos foram alguns dos materiais usados para enfeitar as várias estruturas em forma de coração.

Oragos e Santos Padroeiros
Inaugurada no dia 18 de Março, a Sala de Interpretação do Território tem patente uma exposição dedicadas aos oragos e padroeiros das freguesias do concelho da Póvoa de Lanhoso. A par das imagens, algumas de rara beleza, os visitantes têm a oportunidade de ficar a conhecer, em pormenor, a vida dos oragos e padroeiros das 29 paróquias do concelho. A exposição mantém-se até Junho.

A Arte do Ouro
A Galeria do Theatro Club recebe, até ao dia 27 de Março, a exposição “A Arte do Ouro – Aqui se faz”. A iniciativa conta com a presença de vários utensílios ligados à arte de trabalhar o ouro, assim como diversos painéis e peças em ouro. A par dos modelos tradicionais, a mostra contempla modelos ligados ao design e inovação. Aqui se fez, aqui se faz, aqui se usa, aqui se expressa a religiosidade e aqui se inova vão os temas dos painéis presentes na exposição.
“Uma arte que se reinventa conti-nuadamente, associando design de inovação ao saber-fazer ancestral, geram peças de grande valor técnico e artístico e potenciam uma dinâmica de sucesso”, pode ler-se no painel “Aqui se inova”.
Fole, forja, embutedeira, carinho de puxar fio, cacifo da solda, maçarico de boca e base de solda são alguns dos objectos em destaque no Theatro Club. A exposição, da autoria da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso conta com a parceria do Centro de Criatividade e do Museu do Ouro de Travassos.

Festas de S. José


Feira do Gado atraiu forasteiros
Realizada na manhã de sábado, dia 19, no Parque do Pontido, a feira do gado e o concurso pecuário são duas actividades que atraem muito público, oriundo tanto do concelho da Póvoa de Lanhoso como dos concelhos vizinhos. Durante a manhã, são muitos os curiosos que se deslocam até ao Parque do Pontido, na vila, para apreciar os vários exemplares trazidos pelos criadores, que este ano marcaram presença em menor número.
Ao longo do recinto, os criadores iam preparando os animais para participar no concurso, tarefa que envolvia várias pessoas. Dar os últimos retoques no pêlo dos animais e nos chifres, colocar o laço vermelho em volta do pescoço e dos chifres eram algumas das actividades que se podiam avistar no recinto.
“Desde que aqui chegamos limpamos e preparamos os animais para o concurso. Untamos os cornos para ficarem mais reluzentes e colocamos um produto no pêlo, que preparamos com vinho, para ficar mais vistoso”, explicou Nuno Cunha, um dos criadores presentes, residente em Revelhe, no concelho de Fafe.
“Vejo aqui venho há mais de 30 anos. Os meus pais já vinham a esta feira. É uma feira muito antiga e com muita tradição”, disse ainda Nuno Cunha.
“Ontem tomaram banho. Hoje, damos os últimos retoques. No pêlo, colocamos vinho com açúcar. Escovamos o pêlo ao contrário para ficar mais bonito”, completou Fernando Gonçalves, da freguesia de Pinheiro, do concelho de Vieira do Minho. Para o concurso, este criador vieirense trouxe seis animais da raça barrosã.
“É e sempre foi uma grande feira. Apesar dos prémios serem pequeninos, continua a ser uma grande feria”, disse ainda Fernando Gonçalves.
Vindo de Quinchães, no concelho de Fafe, Carlos Cunha trouxe seis animais da raça barrosã. “Venho a esta feira desde o meus 12 anos. Vinha com os meus pais”, explicou, considerando aquela como “uma feira em condições”. Satisfeito com os prémios que tem obtido ao longo dos últimos anos, Carlos Cunha considerou que a feira terá cada vez menos animais a concurso devido às aperta-das medidas de fiscalização.
No recinto da feira do gado e concurso pecuário compareceram técnicos da Direcção-Geral de Veterinária. Uma vez que só existia licenciamento para o gado bovino, tanto na feira como no concurso, foi proibida a entrada das várias carrinhas com equídeos, facto esse que gerou bastante descontentamento entre os presentes. Mais uma vez, o concurso de gado não contou com animais provenientes de criadores do concelho da Póvoa de Lanhoso.

Festas de S. José

Canário foi a figura de cartaz
A noite de sexta-feira, dia 18 de Março, ficou marcada pela actuação de Augusto Canário. Acompanhado de Naty, uma jovem povoense, da freguesia de Moure, Augusto Canário delicou as centenas de pessoas que se concentraram na Praça Engenheiro Armando Rodrigues, no centro da vila, para assistir à sua actuação.
A música popular e os cantares ao desafio foram do agrado da imensa plateia, com o Canário a aquecer o ambiente. Apesar do tempo fresco daquela noite, os presentes não arredaram pé e vibraram com a actuação do conhecido cantor ao desafio.
Além de Augusto Canário e da sua banda, as Festas de S. José contaram com a actuação dos conjuntos "Até Qu'Enfim" e "Cantares da Nossa Aldeia", ambos deste concelho.
Musicalmente, mas numa outra vertente, as festas do concelho receberam a actuação da Banda Musical de Calvos e da Banda dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
A tarde de domingo, dia 13 de Março, contou com a actuação de mais de uma centena de tocadores de concertina, numa iniciativa que tem contado com a adesão de muitos participantes e muito público.
Apesar da realização de outros encontros de concertina, nomeadamente em Barcelos e Oliveira do Bairro, a edição deste ano contou com a presença de mais de uma centena de participantes, de vários escalões etários e oriundos de vários pontos da região.
Apesar da tarde um pouco chuvosa, a Praça Engenheiro Armando Rodrigues recebeu muito público para assistir à actuação dos vários tocadores de concertina.

Festas de S. José


Actividades desportivas
O primeiro fim-de-semana das festas foi marcado, quase em exclusivo, pelas actividades deportivas. Passeio BTT, passeio todo-o-terreno, festival de natação, concurso de pesca e grande prémio de atletismo foram as actividades que marcaram o primeiro fim-de-semana das Festas em honra de S. José, nos dias 12 e 13 de Março.
Para o última dia de festa, dia 20 de Março, ficou reservada II Concentração de Motas Clássicas e o XI Grande Prémio de Tiro aos Pratos, no Campo de Tiro, em Oliveira.
Dado que o Passeio Pedestre de S. José foi adiado devido às más condições atmosféricas que se fizeram sentir naquele fim-de-semana, o arranque das festividades foi dado pelo 5.º Passeio TT, numa prova organizada pela Associação Desportiva Todo-o-Terreno da Póvoa de Lanhoso. O passeio contou com 140 participantes, num total de 63 viaturas. Com a concentração marcada para as 8h30, no Parque do Pontido, o arranque do passeio TT teve lugar pelas 9h30, com um percurso delineado interiramente pelo concelho da Póvoa de Lanhoso.
Inquiridos alguns participantes, este consideraram o percurso de “excelência” e muito bem estruturado. Nota de realce para as alternativas dificultadas, “desenhadas” para regozijo dos mais corajosos e aventureiros. Depois de uma pausa para almoço, o passeio retomou a sua marcha pelos traçados previamente delineados, passando por zonas com diversas dificuldades conjuntas, permitindo assim que os participantes pudessem dispor de algum momento de convívio e adrenalina. Um jantar, em Monsul, marcou o final deste passeio, bem do agrado de todos os participantes.
Depois dos jipes, seguiram-se as bicicletas, com mais de 800 betetistas a inundar as principais artérias da vila da Póvoa de Lanhoso, naquele que foi o VII Pelos Trilhos Maria da Fonte, numa organização do BTT Maria da Fonte.
Num percurso de cerca de 40 kms, os participantes tiveram a oportunidade de percorrer traçados únicos, repletos de adrenalina. Fontarcada, Vilela, Taíde, Brunhais, Travassos, Oliveira e Póvoa de Lanhoso foram os locais de passagem dos betetistas. O evento já ultraprassa fronteiras e a edição deste ano contou com a presença de alguns participantes espanhóis.
Realizado no domingo, dia 13 de Março, na Pista de Pesca em Santo Emilião, o XXVII Concurso de Pesca de S. José, organizado pela secção de pesca do Maria da Fonte, contou com a presença de 63 participantes, representativos de 15 clubes de pesca. O "Amadores de Pesca de Beire" foi o vencedor absoluto da prova, seguindo-se o Celorico de Basto, em 2.º lugar, e o Clube de Pesca de Amarante, em 3.º lugar.
Cerca de cem motos clássicas marcaram presença na 2.ª Concentração de de Motas Clássicas, realizada nos Paços do Concelho, pelo Moto Clube Maria da Fonte, no passado domingo, dia 20 de Março.
A concentração teve o seu início pelas 9 horas, seguindo-se, pelas 12 horas, o passeio de motas clássicas, ao longo de algumas das artérias de vila. Posto isto, os "motards" dirigiram-se para a freguesia de Taíde, onde aí teve lugar o almoço-convívio. A tarde daquele dia ficou marcada pela entrega de taças e sorteio de prémios.
No tocante à prova de tiro, também ela realizada no passado domingo, Gonçalo Carvalho, que integra a equipa de tiro do Clube de Caçadores da Póvoa de Lanhoso, foi o grande vencedor. A nível dos participantes do concelho, o prímeiro lugar foi obtido por Nuno Abreu.

No centenário da sua morte


Barbosa e Castro recordado
A realização de uma missa, com visita ao cemitério, e de uma palestra foram as actividades que marcaram, nos dias 12 e 16 de Março, a passagem do centenário da morte de Barbosa e Castro, numa organização da paróquia de Nossa Senhora do Amparo e Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“A Eucaristia para nós é essencialmente um momento de acção de graças. Estamos aqui para recordar um grande benemérito desta comunidade que terá construído a expensas suas esta igreja”, disse D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga, que presidiu à missa, realizada no dia 12, que assinalou a passagem do centenário da morte de Barbosa e Castro.
Incentivando à partilha e ao contributo de todos, D. Jorge Ortiga alertou para a necessidade de “se construir uma Igreja que não se contente com o cumprimento de algumas obrigações”.
“Há pessoas que nunca faltaram a uma missa de domingo mas de cristãos têm muito poucos”, disse o Arcebispo Primaz de Braga que no seu discurso apelou ao sentido da Quaresma, com vivência particular da palavra e ao dever de construir a Igreja como comunidade.

Arcebispo alertou para a necessidade de uma nova Igreja
No final da homilia, D. Jorge Ortiga alertou para a necessidade de construção de uma nova Igreja na sede do concelho. Deixando um apelo aos presentes, o responsável da Diocese de Braga recordou a urgência de se construir uma nova igreja, projectando-se “um espaço com dignidade de uma igreja e não com as dimensões de uma capela”. Tal projecto, e de acordo com o Arcebispo Primaz de Braga, exige generosidade.
No seu discurso, o responsável máximo da Diocese de Braga incentivou ao aparecimento de novos beneméritos.

Palestra a cargo do padre Magalhães dos Santos
“Barbosa e Castro foi um dos grandes beneméritos que a Póvoa de Lanhoso conheceu. Ao longo da sua história, tão grande, podemos dizer que só ter sido ultrapassado na sua dádiva à terra que lhe serviu de berço, pela grandiosa obra de António Lopes”, explicou o padre Magalhães dos Santos, dando conta de que Manuel Joaquim Barbosa e Castro nasceu na freguesia de Lanhoso, em 1820. Filho de pequenos proprietários, do lugar de S. Pedro, Barbosa e Castro partiu para o Brasil ainda jovem.
No decurso da palestra, o padre Magalhães dos Santos fez alusão à vida de Barbosa e Castro, por Terras de Vera Cruz, assim como ao regresso à terra que o viu nascer.
O Campo das Lourenças de Baixo, onde Barbosa e Castro, o Senhor da Casa da Botica, mandou erguer a Capela de Nossa Senhora do Amparo, foi adquirido por 230 mil réis.
O empenho de Barbosa e Castro nos vários melhoramentos locais e a dedicação aos pobres foi também destacado ao longo da palestra.
“O que imortalizou e gravou o seu nome a ouro nas terras de Lanhoso foi a construção da Capela do Amparo, hoje Igreja Matriz da nossa vila”, disse o padre Magalhães dos Santos.
“Barbosa e Castro mandou-a construir com a melhor da intenções, para o bem espiritual do seu semelhante e para servir as gentes da sua terra natal”, explicou Magalhães dos Santos. Iniciada em 1874, a capela veio a ficar concluída em 1882, ficando por todos conhecida como a capela de Barbosa e Castro.
Manuel Joaquim Barbosa e Castro faleceu a 16 de Março de 1911. A notícia da sua morte mereceu grande destaque no “Maria da Fonte” que, na primeira página da edição de 2 de Abril de 1911, destacava o carácter honrado e digno do grande benemérito.

Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes


PS levanta dúvidas
O processo que envolve o concurso para a construção do Centro D. Elvira Câmara Lopes, que ficará localizado na freguesia de S. Martinho do Campo, e a ausência de convite a empresas da Póvoa de Lanhoso para apresentarem propostas para a construção daquele edifício escolar mereceu o reparo do PS, numa conferência de imprensa, realizada a 10 de Março.
Belarmino Dias, presidente da comissão política concelhia do PS, António Lourenço, vereador do PS na Câmara, e Gilberto Anjos, presidente da Junta de Freguesia de Moure, foram os elementos que presidiram à conferência de imprensa.
Na presença dos jornalistas, Belarmino Dias anunciou que o objectivo daquela conferência de imprensa era o de dar dar nota das “trapalhadas” que envolvem o Centro Educativo do Cávado, no que diz respeito ao aquecimento, ou ausência dele, e o transporte das crianças, e o concurso para a construção do do Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes, que irá nascer em S. Martinho do Campo.
“Achamos que esta Câmara já leva seis anos e que é tempo de deixar cair algumas máscaras e dos povoenses em geral começarem a perceber claramente quem é que nos governa”, anunciou Belarmino Dias.
Quanto ao processo de construção do Centro Educativo de Campo, nomeadamente, a ausência e convite às empresas povoenses, Belarmino Dias adiantou que não vão deixar cair o assunto enquanto não obtiverem respostas concretas por parte do presidente da Câmara Municipal.
No tocante ao Centro Educativo do Cávado, localizado em Monsul, Gilberto Anjos mostrou-se insatisfeito com a falta de aquecimento naquele espaço e o transporte das crianças das freguesias de Moure, Ferreiros e Águas Santas, que é feito em carreira normal, ao contrário dos dois restantes trajectos, realizados em autocarros adequados ao transporte escolar, com monito-res, e só transportando crianças para aquele edifício escolar.
“Estamos a falar de um centro educativo inaugurado recentemente. Era mais que obrigatório que o aquecimento estivesse a funcionar em condições”, frisou Gilberto Anjos.
“Fomos surpreendidos na última reunião de Câmara com uma proposta, apresentada pelo presidente da Câmara, de ratificação de todo o processo administrativo do lançamento do concurso do Centro Educativo de Campo”, disse António Lourenço, fazendo todo o enquadramento do processo, referindo que “tem a ver com a opção que esta Câmara Municipal assumiu de fazer o concurso por ajuste directo”.
António Lourenço explicou que o processo veio à reunião de Câmara, uma vez que a decisão de ajuste directo tem de ser uma decisão de toda a Câmara e não apenas do presidente da Câmara Municipal. Dando conta do voto contra por parte dos vereadores do PS, António Lourenço referiu que o PS esteve desde a primeira hora contra a necessidade de utilizar o ajuste directo, uma vez que a entrada em funcionamento daquele centro educativo apenas está prevista para o ano lectivo de 2012/2013, logo “não existindo urgência na execução desta obra”.
“Do ponto de vista processual muitas dúvidas se levantam à forma como tudo ocorreu. Estas têm a ver sobretudo com a existência do despacho do sr. Presidente da Câmara Municipal do dia 6 de Abril de 2010 e com a correria com que foram ultrapassadas as várias fases do processo na parte final do mesmo”, disse António Lourenço, reproduzindo algumas das passagens que constam da declaração de voto do PS.
O PS espera que o Tribunal de Contas reconheça as dúvidas e questões levantadas pelos vereadores daquele partido, as quais constam da declaração de voto, e que ordene que o processo volte à estaca zero.

Ciclismo


Maria da Fonte aposta no pedal
É uma recente aposta do SC Maria da Fonte, mas que já dá frutos e é mesmo forte destaque do clube. Há já dois anos e meio que a equipa de ciclismo pedala, no entanto, esta época os objectivos ganham novo fôlego face aos resultados conquistados pelos jovens atletas. A equipa de ciclismo para a nova temporada - sobretudo direccionada para a vertente de BTT - foi apresentada, dia 19, com ambições em alta.
“No ano passado, fizemos as provas todas a nível nacional e conseguimos um campeão nacional, o Miguel Gaspar, este ano estamos mais virados para a Taça de Portugal, são cinco provas, a primeira já no próximo fim-de-semana, na Diverlanhoso, depois vamos a Torres Vedras, Seia e Loulé. Ganhámos o campeonato nacional, ficámos em quarto nos sub-23 e juniores e este ano temos melhores aspirações. Já temos outro traquejo”, explicou o treinador.
Marino Fonseca lembra que não é “fácil” lidar com o grupo, já que dos oito atletas “um é de Chaves, outro do Porto” e de outros pontos da região.
“Era mais fácil arranjarmos miúdos aqui da terra, porque só os vejo praticamente nas provas”, apelou, acrescentando que o material e as bicicletas são cedidas pelos patrocinadores, daí que o encargo dos pais não seja significativo.
Quando o presidente João Gomes abraçou a presidência, já estava na estrada a secção de ciclismo, que ganha agora novo impulso. “A secção já existia quando assumi a presidência. Mas decidimos apostar no ciclismo e temos obrigação de melhorar as condições para os atletas. É mais uma modalidade que o Maria da Fonte tem, que se junta ao futebol, futsal, pesca, basquetebol”, sublinhou o presidente João Gomes.
Presente na apresentação, esteve o vice-presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. “Estamos em Portugal com grande dinamismo no BTT, pretendemos educar os jovens e estaremos muito atentos a estes fenómenos de competição. Esta é uma boa equipa, com bons resultados e estou cá a dar incentivo”, destacou Delmiro Pereira.
Escolas e Jardins-de-Infância do Agrup. Gonçalo Sampaio
Carnaval com muita alegria

Comemoração do Dia da Protecção Civil
Cães da GNR fascinam pequenada

Dia Internacional da Mulher
200 socialistas no 'Põe-te a Pau'

Concurso Nacional de Teatro
Ruy de Carvalho entregou prémios

EDITORIAL

Armindo Veloso



DOIS EM UM

A moção de censura apresentada pelo Bloco de Esquerda ao governo teve quanto a mim duas intenções.
A primeira, depois de anos a fio a fazer uma oposição cerrada às políticas do governo com ataques recíprocos e frequentes entre Sócrates e Louçã nos debates quinzenais, o Bloco apoiou o mesmo candidato que o PS nas eleições presidenciais.
A estratégia, como se veio a verificar, foi um desastre para os dois partidos.
Assim sendo, depois da aposta falhada e de muitos comentadores terem considerado que essa aproximação do Bloco ao Partido Socialista foi o primeiro passo - e primeiro teste - a novos acordos futuros entre ambos com vista a constituírem uma possível coligação natural à esquerda como a que existe à direita entre o PSD e o PP, gorada essa estratégia, o Bloco de Esquerda com esta moção quis voltar à estaca anterior, ou seja, oposição clara e inequívoca ao governo de José Sócrates.
A segunda, ‘entalar’ o PSD de Passos Coelho.
É notório que Passos Coelho pensa que vai ser Primeiro-ministro de Portugal. Tem dúvidas é do ‘timing’ em que isso acontecerá.
Desta forma o Bloco de Esquerda, obrigou-o a definir-se e a tomar uma decisão, abstendo-se e não ficando muito bem na fotografia uma vez que o povão, distraído da política politiqueira, dificilmente compreenderá porque é que o PSD, dizendo tão mal do governo o mantém no poder.
O espanto de tantos quando o Bloco de Esquerda, antecipando-se ao PCP, declarou que apresentaria uma moção de censura ao governo terá tido estes, dois em um, objectivos.
Acho que os quadros do Bloco sabem muito bem que os “seus” 10% só continuarão a existir se continuar a ser um partido de combate capitalizando o eleitorado sem cor e de protesto.
Vem aí mais do mesmo. Só com mudança de cor.
Portugal só sairá do marasmo com uma coligação de pelo menos quatro anos entre o PSD e o PS que não tenha calculismos políticos e com um único objectivo: desenvolver o país.
A lógica do Primeiro-ministro ser do PS ou do PSD seria resolvida com o partido mais votado nas eleições. Foi essa a lógica com Mário Soares e Mota Pinto.
Velhos senhores.

Até um dia destes.
CASTELO

Rallye Torrié
O Rallye Torrié saiu para a estrada no dia 26 de Fevereiro e, atrás de si, trouxe uma multidão entusiasta do desporto motorizado. Tanto nas provas especiais, nas estradas do concelho, como na super-especial, no centro da vila, contaram com um grande número de espectadores, com muitos deles a deslocarem-se do outro lado da fronteira. A vila ganhou outra vida por esses dias. A restauração e o alojamento local agradecem.
CASTELO DE AREIA
Comércio local

Quem, por norma, passeia pela vila da Póvoa de Lanhoso, apercebe-se do contínuo encerramento de lojas comerciais. Cerca de três meses foi o tempo que uma loja de produtos informáticos, na Avenida 25 de Abril, permaneceu aberta. Tal situação é comum a muitos e muitos locais no nosso país. A tão propalada crise tem abalado o comércio tanto no nosso concelho como no país.

Assembleia Municipal

Unanimidade na defesa da região
A transformação da Grande Área Metropolitana do Minho em associação de fins específicos do Minho, assim como a proposta de alteração dos seus estatutos mereceu a unanimidade dos deputados da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso.
A par deste assunto, a sessão ordinária da Assembleia Municipal, realizada a 28 de Fevereiro, no Theatro Club, contou com a informação, por parte da Câmara Municipal, da actividade do município, assim como da sua situação financeira. Além destes dois assuntos, os trabalhos contemplaram o período antes da ordem do dia e um espaço destinado à intervenção do público.
O regimento da Assembleia Municipal continua a não ser do agrado da bancada socialista. Nesse sentido, os elementos do PS apresentaram uma proposta de alteração enviada à mesa da Assembleia Municipal (AM), que foi lida naquele momento. Na sua resposta, por escrito, à bancada socialista, Humberto Carneiro, presidente da AM considerou que não se justifica qualquer alteração, uma vez que os indicadores apontam para o bom funcionamento daquele órgão. O regimento da AM continua a dividir as bancadas.

Oposição questionou executivo sobre despesas
Os custos do rali e da iluminação de Natal, o orçamento das festas de S. José e a estratégia a seguir pela autarquia no que diz respeito aos passeios dos idosos foram alguns dos assuntos levantados por Frederico Castro, da bancada do PS.
Às questões trazidas ao debate pela oposição, o executivo camarário, nas intervenções de Manuel Baptista, Fátima Moreira e Gabriela Fonseca, deu a conhecer que, no tocante aos passeios, apenas se vai realizar um único passeio este ano e que o mesmo será ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Relativamente à iluminação de Natal, a Câmara Municipal informou que este ano houve uma redução de 15%, com a verba gasta a situar-se nos 11 mil euros. Os cortes nos orçamentos estendem-se também às festas de S. José que continuam, no entanto, a valorizar as asso-ciações, as bandas e os grupos locais, conforme destacou Fátima Moreira, ressalvando que “o comércio local, a restauração e o alojamento local vive destas dinâmicas”.
Gabriela Fonseca, vice-presidente da Câmara Municipal, referiu que têm sido feitos cortes mas que os mesmos não podem pôr em causa a vida na Póvoa de Lanhoso. Quanto ao rali, a responsável pelo Pelouro do Desporto salientou a presença de inúmeros espectadores e pilotos espanhóis no concelho, assim como das excelentes taxas de ocupação ao nível do alojamento e restauração. “O retorno é mais do que muito”, disse Gabriela Fonseca.
A ausência de convites às empresas da Póvoa de Lanhoso para a construção do Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes foi novamente trazia a debate. Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal, apontou como decisão sua o convite a três empresas, sendo que nenhuma delas é da Póvoa de Lanhoso. O autarca referiu que para o Centro Educativo do Cávado foram convidadas empresas da Póvoa de Lanhoso, assim como para o pavilhão desportivo que ali será construído.
Durante o debate, o executivo municipal foi questionado quanto à ausência de aquecimento no Centro Educativo do Cávado, em Monsul, inaugurado em Setembro de 2010. Apontado que tal situação se manteve até ao momento, Manuel Baptista informou os presentes que o sistema de aquecimento estava a ser montado naquele edifício escolar. Referindo que houve um atraso significativo, Manuel Baptista informou ainda de uma redução de custos na ordem dos 10 mil euros.

NOTAS

Novo centro educativo no centro do debate
Felicitando, a título pessoal, o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, pela “coragem que demonstrou quanto à localização do Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes”, António Carvalho, do PS, considerou que o presidente da Câmara Municipal ao apontar a localização S. Martinho do Campo/Louredo demonstrou isenção, independência e coragem, acrescentando, ainda, que não fazia sentido colocar o equipamento numa zona lateral às freguesias que irá servir.
Recorde-se que o Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes irá ficar localizado na freguesia de S. Martinho do Campo e servirá, a par desta, as freguesias de Louredo, Vilela e Santo Emilião.
Apesar de felicitar o presidente da Câmara Municipal pela escolha daquela localização, António Carvalho interpelou Manuel Baptista quanto ao facto de não ter aceite dois terrenos que seriam oferecidos na freguesia de Louredo e ter optado por adquirir, por 100 mil euros, um terreno na freguesia de S. Martinho do Campo, ainda que bem localizado.
Às questões levantadas pelo líder da bancada socialista, Manuel Baptista apontou que as duas ofertas iam ficar mais caras, tendo optado por adquirir um terreno que será comparticipado pelo QREN, ficando a autarquia apenas com um encargo de 20% do custo do referido terreno.
O assunto mereceu a intervenção de Fernando Carlos, presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho do Campo. Apontando que havia oferta de terrenos em Louredo mas também existiam contrapartidas, o presidente da Junta de Campo referiu que, no caso do terreno adquirido para a implantação do novo centro educativo, não houve qualquer contrapartida e que o mesmo tem, bem próximo, a rede de água e saneamento.

CDS/PP preocupado com o sobreendividamento
“O sobreendividamento é, a par da crise e em resultado dela, um dos mais graves e sérios problemas com que muitas famílias portuguesas hoje se debatem, fenómeno igualmente presente, e em cada vez maior escala, no nosso concelho”, revelou o CDS/PP num requerimento apresentado na Assembleia Municipal. No documento, que pretende assumir a forma de recomendação, o CDS/PP aconselha a Câmara Municipal, através do Pelouro da Solidariedade Social, e enquadrado no Gabinete do Munícipe, levar a cabo acções de esclarecimento da população, através de técnicos credenciados ou de empresas vocacionadas para o efeito e que, dessas acções, seja dada a mais ampla publicidade às populações, no sentido de que os interessados a elas possam recorrer.
A recomendação deixada pelo CDS/PP foi acolhida, com agrado, por parte do PS e PSD, assim como por parte do executivo municipal.

Dia Internacional da Mulher


Socialistas reunidas em jantar
Cerca de duzentas mulheres socialistas reuniram-se, na tarde de sábado, no restaurante Põe-te a Pau, em Fontarcada, no concelho da Póvoa de Lanhoso, para comemorar o Dia Internacional da Mulher. “Mulher, um Poder Sem Limites” foi o tema do workshop que antecedeu a realização do jantar-convívio, organizado pela concelhia do Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso e Departamento Federativo Distrital das Mulheres Socialistas.
Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura, foi a convidada de honra num momento que contou com a presença de Palmira Maciel, presidente do Departamento Federativo Distrital das Mulheres Socialistas, de Isabel Coutinho, deputada da Assembleia da República, de Isabel Jorge, ex-deputada da Assembleia da República e ex-presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, e de Paula Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Candoso (S. Martinho), do concelho de Guimarães.
Discutir e realçar a importância da presença e participação das mulheres na actividade política foi um dos propósitos da iniciativa.
A abertura do evento contou com a presença de Belarmino Dias, presidente da Comissão Política do PS da Póvoa de Lanhoso, que deu as boas-vindas às mulheres socialistas do distrito e desejou uma jornada de trabalho produtiva.
Cada uma das convidadas transmitiu, às presentes, a história das suas trajectórias de sucesso político e da sua vivência pessoal. “Queremos com estes discursos incentivar e encorajar mais mulheres para a política”, referiu Palmira Maciel, na sua intervenção.
“Nós, mulheres, só temos uma via: impormo-nos pela competência”, disse Paula Oliveira, eleita presidente de Junta aos 29 anos, que salientou as dificuldades de conciliação da vida política com a vida pessoal, uma vez que o cargo de autarca exige uma dedicação a tempo inteiro. Relembrando o seu percurso político, Isabel Jorge destacou o enorme contributo dado pelo PS para alcançar a igualdade de géneros.
A lei da paridade, a interrupção voluntária da gravidez, os planos de igualdade e não discriminação e a introdução do conceito de parentalidade foram algumas das alterações legislativas introduzidas pelo PS e enaltecidas por Isabel Coutinho, deputada na Assembleia da República.
A emancipação conseguida pelas mulheres ao longo dos tempos mereceu o destaque de Isabel Pires de Lima. A ex-ministra do Governo de José Sócrates ressalvou, ainda, a importância do controlo da natalidade, do acesso das mulheres ao conhecimento e da conquista da igualdade de oportunidades.
“Todas temos presente o muito que tem sido feito, pelo nosso partido, para a integração da mulher na vida cívica do nosso país. E nós, mulheres povoenses, temos o direito e o dever de aceitar esta valorização. É que, nós também fazemos falta e sabemos disso”, incentivou Noela Abreu, da concelhia da Póvoa de Lanhoso, no encerramento dos trabalhos.
Aquela responsável do PS salientou a importância de se elevar o número de mulheres nas listas do Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso, envolvendo-as na partilha de responsabilidade, promovendo, dessa forma, uma maior participação das mulheres na vida política da Póvoa de Lanhoso.
“É muito importante que se mantenha este espírito de solidariedade e de afirmação feminina entre os concelhos do distrito, que só dignifica e fortalece as mulheres socialistas e, consequentemente, o PS distrital e nacional”, referiu ainda Noela Abreu, agradecendo a presença das mulheres socialistas dos concelhos de Braga, Famalicão, Guimarães e Cabeceiras de Basto.
O momento foi ainda aproveitado para prestar um reconhecimento, por parte da concelhia da Póvoa de Lanhoso, a Isabel Jorge e Rita Araújo, ex-presidentes da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso, e a Maria Emília Sousa Fernandes, que presidiu à Junta de Freguesia de Brunhais, no concelho povoense.
“Lembramos, nelas, todas as mulheres, que neste concelho, e por esse país fora, se entregam empenhadamente à causa pública, tanta vezes com prejuízos pessoais e familiares, mas nem assim com menor envolvimento, entusiasmo e, sobretudo, competência”, disse Clarisse Matos Sá, do Secretariado do PS da Póvoa de Lanhoso.

Comemoração do Dia da Protecção Civil

Crianças e os meios de socorro
Cerca de 350 crianças, das escolas da vila da Póvoa de Lanhoso, participaram, terça-feira, dia 1 de Março, nas comemorações do Dia da Protecção Civil. A iniciativa, promovida pelo Gabinete Municipal de Protecção Civil, permitiu aos mais pequenos o contacto com os meios de socorro, numa actividade que envolveu os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, o Agrupamento de Escolas Professor Gonçalo Sampaio e os alunos do Clube de Protecção Civil da Escola Profissional do Alto Ave. A estas entidades, juntou-se ainda Hercílio Campos, Comandante Operacional Distrital de Braga da Protecção Civil, e elementos afectos ao Regimento de Cavalaria n.º 6, de Braga.
Alunos do Centro Educativo António Lopes e da Escola EB1/JI da P. Lanhoso ficaram a conhecer de perto alguns dos meios de socorro dos soldados da paz povoenses e tiveram a oportunidade de se transformar, por alguns minutos, em bombeiros.
Na Praça Eng. Armando Rodrigues, no centro da vila, os bombeiros povoenses compareceram com uma ambulância, um veículo de reabastecimento, uma viatura florestal e uma auto-escada, que fizeram as delícias dos mais novos. “O objectivo é levar as preocupações ao nível da prevenção às escolas. Fundamentalmente, é fazer com que os mais pequenos se empenhem neste acto de cidadania que é, por exemplo, a prevenção dos fogos florestais. É um martírio que nos afecta todos os anos e o município da P. Lanhoso está preocupado com esta situação”, referiu Armando Fernandes, vereador responsável pelo Pelouro da Protecção Civil da autarquia povoense. De acordo com aquele responsável, está em fase de elaboração o Plano Municipal de Emergência, num documento que se prevê estar concluído em meados deste ano. Depois do período de discussão pública, previsto por lei, aquele documento será levado à Assembleia Municipal, para discussão e votação. No tocante à protecção civil municipal, ainda está por nomear o Comandante Operacional Municipal. Ainda sem perspectivas quanto à referida nomeação, Armando Fernandes, vereador da Protecção Civil, deu conta de que a mesma poderá ocorrer no momento de entrada em funcionamento do Plano Municipal de Emergência.
No final da iniciativa, cada aluno recebeu um certificado de participação, tendo ainda sido entregue, a cada uma das turmas, um CD com conteúdos sobre Protecção Civil para exploração em sala de aula.


Auto-escada deliciou
De capacete na cabeça, como verdadeiros bombeiros, os mais pequenos tiveram a oportunidade de apreciar a paisagem da vila desde o alto da auto-escada. Deveras entusiasmados, os mais novos contagiaram os presentes com a sua alegria. “Os bombeiros são importantes. Gostei muito de subir na auto-escada”, disse Ana Filipa de 7 anos, que naquela manhã teve ainda oportunidade de ficar a conhecer por dentro uma ambulância e de experimentar o “combate” a um incêndio.
Higino, de 8 anos, partilhava da mesma alegria que a amiga Ana Filipa. “Gostei. Nunca tinha estado numa auto-escada. Lá de cima é bonito. Vi a Câmara Municipal e o Parque do Pontido”, disse o aluno do Centro Educativo António Lopes.
“Gostava de ser bombeiro mas decidi ser cozinheiro”, referiu Alexandre, de 8 anos. Deveras corajoso, demonstrou não ter tido medo em subir na auto-escada. “Gostei. Não tive medo e foi muito divertido”, disse o jovem Alexandre, que se mostrou disposto a repetir a experiência.
Com 8 anos, a Margarida partilhava da mesma alegria e coragem dos amigos. “Não tive medo. O que mais gostei foi ter estado no cimo da auto-escada”, disse. “Para nós Bombeiros, é sempre boa a ligação com a população. Gostamos de estar junto da população. Com as crianças, há sempre uma adesão muito boa e eles são fonte de alegria. Talvez estejam aqui alguns futuros bombeiros”, disse António Veloso, adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
Para Luís Ferreira, coordenador do Centro Educativo António Lopes, a iniciativa assume-se de grande importância, uma vez que a protecção civil é uma questão que diz respeito a toda a gente. “É de pequenino que se deve começar a pensar seriamente neste problema. As crianças adoram quando se fala em bombeiros pois é uma instituição que lhes diz muito e a maior parte deles têm familiares que são bombeiros”, referiu aquele responsável do centro educativo da vila da Póvoa de Lanhoso.