EDITORIAL

Armindo Veloso




  

Rir e chorar

Quando temos uma doença grave e de todas as doenças graves a que tem um estigma mais agressivo, até na pronúncia, é o cancro, para além do drama que é viver com este bicho dentro de nós – António Lobo Antunes resumiu de uma forma que só ele sabe resumir ao dizer: estou prenho da morte – somos perseguidos por toda uma circunstância que a maioria de nós sem ajudas do foro psicológico dificilmente vive com o mínimo de qualidade de vida.
O facto de vivermos com a doença e com a incerteza que ela provoca torna-nos uns chatos junto dos nossos médicos perguntando e reperguntando coisas já inúmeras vezes perguntadas. Começamos por pedir que as respostas às perguntas mais sensíveis sejam directas e sem o mínimo de evasivas mas quando essas tais respostas não nos agradam vimos embora com um nó cego na cabeça quando não paramos a viagem para chorarmos em qualquer canto. Somos de facto perseguidos de uma forma directa ou indirecta em inúmeras circunstâncias como por exemplo abrirmos o jornal e vermos rostos na necrologia sendo pessoas com quem tínhamos partilhado a sala de espera há semanas ou meses.
Enfim, se não formos fortes e não formos ajudados por especialistas da parte psíquica as dificuldades multiplicam-se e de que maneira.
Não sei porque raio estou para aqui a escrevinhar coisas que me depri-mem, mas, apeteceu-me.
Assim como me apetece partilhar com os meus leitores uma coisa paradoxal com o resto do texto, ou seja, tem um quê de divertido.
Há semanas atrás partilhava uma sala de espera no hospital dia em Braga com inúmeras pessoas. Ao meu lado sentou-se um homem com cerca de setenta anos e colocou na cadeira ao lado dele uma saca. Uma senhora com um ar rural, a reflectir saúde, que não teria mais de sessenta anos, como não havia cadeiras vagas na sala empurrou um pouco a saca do tal senhor para o lado e sentou-se sem dizer uma palavra. O homem, indignado, virou-se para a mulher e disse-lhe: a senhora está a mexer na minha bolsa?! Eu não estou a mexer na sua bolsa, retorquiu-lhe a senhora indignada, só a cheguei para o lado para me sentar. Não lhe ia roubar nada!
Isso é que eu não sei, disse-lhe o homem.
Aí a senhora ruboresceu, levantou-se e dirigindo-se ao homem com o dedo em riste disse-lhe: Olhe, o senhor é um malcriadão e só não lhe dou dois estalos na cara porque o senhor é muito mais velho do que eu. Ai é, então dê, devolveu-lhe  o homem. Mas a senhora já ia de costas terminando aí a contenda.
Esta segunda parte do texto descomprime a primeira. Mesmo num ambiente pesado há sempre peripécias castiças.
Esta fez sorrir muita gente triste.

Até um dia destes.

PARA PRODUTOS DA PÓVOA DE LANHOSO


Social Angels estuda 
possibilidade de criação  
de selo de garantia

A possibilidade da criação de um selo de garantia de produtos provenientes da Póvoa de Lanhoso foi uma das questões resultantes da troca de ideias no âmbito do workshop ‘Da Tradição à Inovação’, promovido pela comunidade empreendedora Social Angels, no dia 21 de Janeiro.
Segundo a autarquia, procurou-se, de forma concertada, reconhecer elementos identitários e debater conceitos que possam constituir a base de uma futura imagem representativa deste grupo de empreendedores e empresários da Póvoa de Lanhoso. A  vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, também participou neste momento de partilha e de trabalho que reuniu os contributos e as participações de historiadores, de designers, de empresários do sector agro-florestal, de um representante da Universidade Católica Portuguesa e de jovens do concelho, de entre outras, num total de 25 pessoas. O Historiador José Abílio Coelho, o CEO e fundador da empresa H2com, Carlos Alberto Cardoso, e o Designer Ricardo Magalhães foram os oradores convidados.
“O trabalho de pesquisa   apresentado será agora uma base para o trabalho a desenvolver de forma participada. A auscultação de elementos externos ao grupo será o próximo passo de modo a testar o impacto de determinada  imagem associada à marca. Desta forma, para além da dinamização de dois focus groups, será ainda constituído um grupo de trabalho dentro da comunidade empreendedora”, revela a Câmara Municipal.
Recorde-se que o projecto Social Angels é promovido pela Sol do Ave em parceria com o Município da Póvoa de Lanhoso e enquadra-se no Programa Cidadania Activa, domínio de actuação D – Apoio à empregabilidade e inclusão dos jovens, da Fundação Calouste Gulbenkian, entidade gestora do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants).

Câmara Municipal esclareceu sobre área de reabilitação urbana

“A Póvoa de Lanhoso não podia 
ficar alheia a esta oportunidade”

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promoveu, no passado dia 29 de Janeiro, uma sessão pública de Apresentação e Esclarecimento sobre os incentivos à Reabilitação Urbana.
Esta sessão, no Theatro Club, destinou-se a toda a população, em geral, e a presidentes de Junta, proprietários de imóveis na área urbana, arquitetos, engenheiros, mediadores imobiliários, investidores e construtores civis, em particular. Estiveram presentes cerca de 75 pessoas.
O programa englobou a abertura da sessão pelo presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, e as intervenções de Jorge Nunes, vogal executivo do NORTE 2020 (CCDR-n), sobre ‘A visão da CCDR-N’, de Daniel Miranda, consultor coordenador do Plano de Acção de Regeneração Urbana da Póvoa de Lanhoso (Quaternaire Portugal), que apresentou a ARU da Póvoa de Lanhoso e de Ricardo Duarte (Banco BPI), que abordou os ‘Incentivos financeiros disponíveis para a reabilitação urbana – o caso do Jessica’. Houve ainda tempo para esclarecimentos com a colocação de perguntas e as respectivas respostas.
“A Póvoa de Lanhoso não podia ficar alheia a esta oportunidade que temos para que possamos requalificar determinados edifícios localizados dentro da ARU [área de rea-bilitação urbana] que definimos”, começou por referir Manuel Baptista, acrescentando que foi opção avançar “para a delimitação de uma ARU que permita requalificar espaços públicos e privados, beneficiando de apoios que, neste momento, estão à nossa disposição”. O presidente da do município anunciou que a autarquia tem projectos que se enquadram nestes benefícios, por estarem em ARU, dando os exemplos da requalificação da Praça Eng. Armando Rodrigues, do Pontido e do Largo Barbosa e Castro. “A grande novidade são os incentivos de que podem beneficiar os privados na requa-lificação urbana”, destacou, salientando, no entanto, que a Câmara Municipal quer requalificar o centro da Vila, mas que “sem investimento privado, não há investimento público e sem investimento público também não há privado”.
A área de reabilitação urbana da Póvoa de Lanhoso abrange a globalidade da freguesia da Póvoa de Lanhoso e, parcialmente, as de Vilela, Galegos, Lanhoso, União de Freguesias de Fontarcada/Oliveira e Calvos.
O Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de Outubro, define área de reabilitação urbana (ARU) como a área territorialmente delimitada que, em virtude da insuficiência, degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas, dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização colectiva, designadamente no que se refere às suas condições de uso, solidez, segurança, estética ou salubridade, justifique uma intervenção integrada, podendo ser delimitada em instrumento próprio ou corresponder à área de intervenção de um plano de pormenor de reabilitação urbana.
A aprovação da ARU da Póvoa de Lanhoso é uma competência da Autarquia e um passo instrumental para o lançamento de uma nova estratégia municipal de reabilitação urbana com investimentos de natureza pública e privada. A aprovação da delimitação da ARU da vila da Póvoa de Lanhoso habilita os proprietários de prédios urbanos (ou frações de prédios urbanos) localizados na ARU a usufruir de um conjunto diversificado de benefícios fiscais (ao nível de IMI, IMT, IRS, IRC e IVA).
Consciente de que um dos domínios que concorre de forma significativa para a sustentabilidade e atractividade territorial é o da intervenção urbana, a autarquia decidiu proceder à delimitação da ARU da Vila da Pó-voa de Lanhoso, considerando aquilo que são as dinâmicas, projectos e acções concretas, de natureza pública e privada presentes no concelho.  No decorrer do primeiro trimestre deste ano, a Câmara Municipal vai promover a elaboração do Programa Estratégico de Reabilitação Urbana (PERU), que enquadrará a segunda fase de desen- volvimento da referida ARU e com o qual se procederá à aprovação da respectiva Operação de Reabilitação Urbana (ORU), na sequência do respectivo período de discussão pública.
Para além das possibilidades que a criação da ARU da vila da Póvoa de Lanhoso abre definitivamente em termos de acesso a instrumentos de financiamento, designadamente no âmbito do actual Quadro Comunitário de Apoio, o Portugal 2020, para promotores públicos, privados e particulares, importa destacar, entre múltiplas vantagens e recursos, um conjunto de apoios e incentivos fiscais e financeiros aplicáveis a prédios urbanos alvo de acções de reabilitação, localizados no interior da ARU.
À excepção da aplicação da taxa reduzida de IVA, que apenas obriga a comprovar a integração no interior do polígono definido pelo limite da ARU, os restantes incentivos que se reportam a acções de iniciativa privada devem corresponder a obras de reabilitação das quais resulte uma melhoria do estado de conservação dos edifícios nos termos do Método de Avaliação do Estado de Conservação de edifícios.

Resposta social implementada pela Autarquia

Especial.Mente assinalou 
quinto aniversário 

O Especial.Mente assinalou cinco anos de existência com uma actividade intergeracional. Utentes desta resposta social implementada pela Autarquia da Póvoa de Lanhoso participaram numa tarde animada, que envolveu trabalhos manuais (decoração de máscaras de carnaval) e dinâmicas de grupo, juntamente com estudantes da Escola Secundária local. O bolo de aniversário também não faltou.
Estas actividades decorreram na tarde de 25 de Janeiro, nas instalações do Banco de Voluntariado. No presente, são cerca de 10 as pessoas que integram o projecto Especial.Mente, medida que visa apoiar de uma forma integrada quem tem de lidar com patologias do foro psíquico (com problemáticas diagnosticadas como o luto, a depressão e o isolamento social) e que tem, por isso, dificuldades de (re) integração, o que retarda o processo de inserção social inerente às medidas de RSI e Acção Social.
Esta resposta social é, portanto, direcionada para um público muito específico, sinalizado e encaminhado pelo serviço de atendimento e acompanhamento social da autarquia da Póvoa de Lanhoso. Assim sucedeu com Agostinho, 55 anos, que está no projeto há um ano e meio. “O balanço é muito positivo. A minha vida melhorou bastante, porque estava com princípio de depressão e a gente aqui sempre se distrai mais, encontramos mais amigos, porque estar em casa não é solução”, salienta este utente, destacando que a participação neste projeto tem sido “muito positiva” para ele. “Estou a gostar. Já fiz bastantes amizades e isto para mim foi muito bom”, reconhece. Igualmente satisfeita está Conceição, 47 anos, que está no projeto há quase quatro anos. Estava com depressão, esteve internada várias vezes. Os Serviços da Câmara Municipal também a encaminharam para o projecto. “Tem sido muito positivo, porque eu tinha tido vários internamentos e, desde aí, graças a Deus nunca mais…”, observa esta Povoense que, já depois de encaminhada para o Especial.Mente também passou a colaborar com o Banco de Voluntariado para a Póvoa de Lanhoso. No projeto, consegue conviver mais. “A gente aqui tem uns convívios bonitos, falamos – que eu gosto muito de conversar-, divertirmo-nos… Tenho dias em que também choro, tenho dias em que rio, tenho dias de tudo, mas tenho sempre de pensar positivo, um passo de cada vez. Venho para aqui e esqueço tudo o que se passa lá fora”, analisa. Para esta senhora, integrar esta resposta social foi mais que “um prémio”, que a tem afastado de mais internamentos. “Aconselho qualquer pessoa que tenha esses problemas, como eu tive e tenho, mas que estou a ultrapassar, que venham ter aqui ao Banco de Voluntariado e que peçam ajuda. É algo importante e simples sermos encaminhados”, finaliza.  “Estar e manter-se socialmente integrado e emocionalmente compensado” é a filosofia deste projecto, que teve o seu arranque formal no dia 25 de Janeiro de 2012. Os utentes reúnem uma vez por semana e para além de acompanhamento psicológico, participam em diferentes actividades promovidas pela autarquia.

Domingos Mendes da Silva

Mais de quarenta anos
dedicados à pintura


Começou a pintar com tinta de esmalte, que se usava na oficina de seu avô, ourives de profissão, residente na freguesia de Travassos. Usando cartão e caixas de sapatos, Domingos Mendes da Silva desde tenra idade mostrou talento para a pintura. Os rabiscos de criança deram lugar a verdadeiras obras de arte. Com mais de quarenta anos dedicados à pintura, Domingos Silva é um dos mais talentosos artistas do concelho.
‘Pontos de Vista’, uma exposição de pintura e escultura patente na galeria do Theatro Club até 6 de Março, passa em revista um pouco do seu percurso como artista plástico. Às telas, juntam-se também as esculturas, com as suas cores apelativas e sonoridades. Um entrelaçar de cores e melodias que passam em revista um pouco da sua carreira.
“O gosto pela pintura surgiu naturalmente, em tenra idade, mesmo antes de entrar na escola primária já andava de volta dos papéis e dos lápis para fazer desenhos”, explica Domingos Silva, aquando da visita à exposição ‘Pontos de Vista’.
“Sei que encontrava figuras nos jornais e procurava reproduzi-las. Foi um gosto que nunca perdi
Ficava fascinado a olhar para certas imagens e com o desejo de conseguir fazer igual. Fui tentado e fui melhorando.
“Na altura, diziam-me para estudar e para deixar de fazer bonecos. Mais tarde, na escola cruzei-me com alguns professores que viram que eu tinha algum talento, que me apoiaram e me incentivaram. Inclusive, um deles, o professor Nuno Barreto, o que mais me incentivou, falou com os meus pais e aconselhou-os a colocaram-me numa escola que tinha aulas de artes plásticas, o Conservatório Calouste Gulbenkian que, para além de música, tinha artes plásticas”, conta-nos o artista.
“O primeiro quadro pintado a óleo foi uma paisagem retirada de um livro e o segundo foi o retrato do avô. Antes disso, eu pintava com tinta de esmalte, que era a tinta utilizada em casa para pintar os despertadores. O meu avô era ourives e tinha lá um relojoeiro a trabalhar. Pintavam os despertadores com essas tintas. Eu pintava em cartões, em caixas de sapatos”, revela.
“Sou muito sensível às cores. Um quadro é uma organização de formas e cores. É um equilíbrio de formas e cores postos numa superfície e essas cores estão associadas a sentimentos. Não há cor que eu goste mais do que outra. O que há é uma associação de cores”, explica.
A figura humana e as pai-sagens marcam fortemente a obra do autor. “Sirvo-me da figura humana e das paisagens. As casas não são mais do que pretextos para fazer associações com formas simples geométricas, como os quadrados e os triângulos”, salienta, passando em revista alguns dos quadros patentes na exposição.
Agora aposentado, depois de vários anos a leccionar, Domingos Mendes da Silva revela que tanto a pintura como a escultura são um escape, uma forma de manter o equilíbrio interno.
Pablo Picasso foi a sua grande influência no tempo de escola e, ainda hoje, o cubismo está patente nas suas obras.
“Gosto de olhar para os trabalhos, ver a evolução, ver  os vários períodos por que passei”.
Dá-me gosto ver o que pintei”, explica o Domingos Mendes da Silva.

Mais de três centenas de pessoas numa folia imensa

Povoenses assinalaram 
Carnaval e Jogos Olímpicos

Cerca de 306 pessoas de IPSS’s e Centros de Convívio do concelho participaram na Festa de Carnaval, que a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promoveu, no passado dia 4 de fevereiro.
A Vice-Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, esteve presente nesta come-moração, fazendo votos de que a tarde fosse de animação e folia para todos. “Espero que continuem com este espírito jovem. É também para isso que trabalhamos e para vos podermos proporcionar este momento de partilha, de convívio, de alegria”, salientou aquela responsável.
Os participantes foram convidados a comparecerem mascarados de acordo com o tema “Jogos Olímpicos”, por isso, foram diversas as modalidades representadas, como o futebol, o atletismo, a natação e outras.
Alice Amorim, do Centro de Convívio da Póvoa de Lanhoso, referiu que estava a gostar “muito” da Festa e que se estava divertir. Recordou que, na sua juventude, esta época também era assinalada. “A gente vestia-se com roupas diferentes e ia correr o Carnaval pelas ruas da freguesia”, referiu, salientando que gosta muito destas iniciativas, promovidas pela Câmara Municipal. “É um convívio muito bom”. Utente do Centro de Convívio de Esperança/Brunhais, já Benedita Fernandes referiu estar a gostar. “Está divertido. As minhas amigas também estão divertidas”, transmitiu, ‘mascarada’ com um equipamento de futebol. “Sinto-me à vontade assim”, foi dizendo, gracejando que, se for preciso, passa a usar esta roupa mais vezes. Esta atividade decorreu no Restaurante Narcisu’s Eventos, em Fontarcada, tendo iniciado após as 14h30, e é uma das propostas de animação sociocultural que a Câmara Municipal, de forma concertada com as IPSS's e Centros de Convívio, promove regularmente junto desta mesma população, de modo a incentivar o envelhecimento ativo, o convívio e a confraternização. Esta Festa de Carnaval permite ainda manter vivas as tradições.

Serviços Educativos da Cultura

"Vamos contar uma história?" 
cativou miúdos e graúdos

Cerca de 25 crianças, com idades entre os três e os seis anos, participaram na atividade ‘Vamos Contar uma História?’, que a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, através dos Serviços Educativos da Biblioteca Municipal, promoveu no passado sábado.
“Esta oferta dos Serviços Educativos da Biblioteca Infantil vem na sequência da excelente recetividade que as leituras encenadas têm tido nos estabelecimentos de ensino. As crianças adoram ver as nossas técnicas, a Dra. Cláudia e a Inês, a contar histórias. Daí a decisão de criar condições para que os pais dessas crianças possam ser testemunhas do entusiasmo dos seus filhos”, refere o Vereador para a Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Armando Fernandes.
Trata-se de uma nova proposta, agendada para o último sábado de cada mês, na Biblioteca Infantil. Cada edição terá uma história diferente e um atelier associado. A adaptação do texto ‘A Felismina Cartolina e o João Papelão’, do autor Pedro Seromenho, conseguiu cativar pequenos e graúdos, a avaliar pela animação e agitação com que participaram. “Posso dizer que esta é uma aposta ganha e é para manter. Temos uma equipa técnica que está muito motivada para continuar a proporcionar momentos como este aos meninos e meninas do concelho no último sábado de cada mês. E estamos disponíveis para ouvir sugestões dos pais e encarregados de educação no sentido de podermos ir de encontro àquilo que são as suas pretensões. Os Serviços Educativos da Cultura nunca fecham as portas a sugestões de melhoria”, acrescenta o mesmo resposnável.
A história encenada recorreu a adereços feitos em papel, cartolina e cartão, por ter uma mensagem ligada à reciclagem destes resíduos. No final, realizou-se ainda um atelier de origami, em que cada criança com um pedaço de uma folha de papel de jornal fez um pequeno barco. Os pais participaram na atividade com os filhos e, no fim, ajudaram a colar a imagem de uma personagem da história  num retângulo de cartolina, que será um marcador de livros, que levaram para casa.
Alguns pais e mães afirmaram, a respeito desta iniciativa, que foi “muito linda”; e que a história foi “interessante”. Houve quem conside-rasse que esta proposta “deveria haver mais vezes” e que “é de louvar”. Alguns participantes referiram que “iniciativas deste género são importantes para pais e filhos”.
Com esta iniciativa, pretende-se trazer as crianças à Biblioteca Municipal, oferecendo-lhes outros meios de entretenimento e de aprendizagem. Terem vindo e terem gostado de estar neste espaço, vai-lhes incutindo o gosto pelos livros e pela leitura, pois o ponto de partida é sempre uma história. Sendo este um trabalho de continuidade com o que já é feito nas escolas, quando os Serviços Educativos se deslocam para apresentar as histórias encenadas, o contributo para a melhoria dos níveis de literacia das crianças do nosso concelho é indubitável.

No âmbito da valorização e preservação do património etnográfico

Grupos folclóricos visitaram 
sede da rusga de S. Vicente

Mais de vinte elementos dos grupos folclóricos e etnográficos do concelho da Póvoa de Lanhoso acompanhados por elementos da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso visitaram a sede da Rusga de S. Vicente, em Braga, para apreciar a exposição comemorativa dos 50 anos de existência da colectividade.
A visita foi guiada pelo presidente deste grupo etnográfico, José Pinto, que, de forma minuciosa e cativante, guiou os visitantes e explicou todo o percurso histórico da Rusga. Entidade promotora da salvaguarda das nossas tradições e cultura, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso apoiou a realização desta deslocação através dos serviços de turismo e do património.
“A troca de experiências com outras coletividades é muito importante para a valorização e afirmação dos nossos grupos folclóricos. Desta partilha fica sempre algo de positivo. E foi nesse sentido que desafiámos os nossos grupos folclóricos a fazerem esta visita à rusga de S. Vicente, que é uma agremiação com uma história muito interessante ao nível da preservação do património etnográfico da nossa região”, refere o Vereador para a Cultura da Câmara Municipal, Armando Fernandes. 
Com o objectivo de desenvolver uma sinergia patrimonial que se pretende com todos os grupos do concelho da Póvoa de Lanhoso, esta deslocação permitiu a troca de experiências assentes na importância da valorização e preservação da herança etnográfica de cada grupo. “Os grupos folclóricos precisam de ‘arejar’, buscando formas de cativar os mais novos, tendo em vista uma renovação sustentada. E essa necessidade de renovação não acontece apenas ao nível do folclore. Acontece em todas as coletividades. Felizmente, a grande maioria dos dirigentes associativos têm noção disso mesmo e estão a promover essa renovação”, conclui.
No final da visita, no passado dia 28 de janeiro, ficou marcado um serão/tertúlia, na Póvoa de Lanhoso, para o próximo dia 14 de abril, com todos os grupos folclóricos do nosso município, para debater o tema "A importância dos grupos etnográficos nas festas concelhias".

Biblioteca Municipal da Póvoa de Lanhoso

Fernando Assis Pacheco
é o autor do mês


Durante o mês de Fevereiro, o ‘Autor do Mês’ em destaque na Biblioteca Municipal (secção de adultos) é Fernando Assis Pacheco, jornalista, crítico, tradutor e escritor português, que nasceu em Coimbra no dia 1 de Fevereiro de 1937 e que faleceu em Lisboa a 30 de Novembro de 1995.
A iniciativa ‘Autor do Mês’ retoma uma proposta, que deu a conhecer nomes da literatura com ligações à Póvoa de Lanhoso. Em 2016, a particularidade é de que os autores escolhidos nasceram no mês que representam.
O objectivo é dar a conhecer e dar destaque ao autor, à sua obra e às existências na Biblioteca Municipal, localizada na Casa da Botica.  Pretende-se igualmente incentivar a leitura dos escritos destes autores.

Agrupamento Gonçalo Sampaio foi pioneiro

Centro de Formação 
Desportiva é inovador

O Agrupamento Gonçalo Sampaio, na Póvoa de Lanhoso, acolhe, pelo segundo ano, o Centro de Formação Desportiva dedicado ao atletismo. No país, existem apenas quatro, três deles na região norte. O Desporto Escolar conta, actualmente, com 40 Centros de Formação Desportiva, dos quais
31 destinados a actividades náuticas, quatro ao atletismo, três ao golfe e dois à natação. “Constituindo uma forte aposta no sentido de promover o contacto dos alunos com as mais diversas modalidades, os Centros de Formação Desportiva exercem a sua actividade nos Agrupamentos de Escolas (sede), em parceria com outras entidades, nomeadamente Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, clubes, associações, federações e organismos privados”, revelam os responsáveis do Desporto escolar a nível nacional.
Ana Fernandes e Carmo Carvalho são o rosto do Centro de Formação Desportiva da Gonçalo Sampaio.
Os CFD têm como finalidade a melhoria do desempenho desportivo através da concentração de recursos humanos e materiais em locais para onde possam convergir alunos de vários agrupamentos, quer nos períodos lectivos, quer em estágios de formação desportiva especializada, quer nas interrupções lectivas. Desenvolver o gosto pela prática da actividade física e desporto; diversificar a oferta desportiva do concelho; proporcionar a prática desportiva para todos e ocupar os tempos livres de uma forma mais saudável são alguns dos objectivos.
Ana Fernandes e Carmo Carvalho assumem que é necessário criar hábitos de prática desportiva nos jovens, incentivo o seu envolvimento futuro no desporto. Tal aposta permitirá aumentar a prática desportiva federada  a curto prazo. No atletismo, a Escola EB 2,3 Prof.º Gonçalo Sampaio, sede do agrupamento de escolas, também dá cartas, com alunos a competir em três escalões.
O Centro de Formação Desportiva funciona às quartas-feiras, das 14h30 às 17h30 e às quintas-feiras, das 10h30 às 13h15h.
Falar de atletismo não é só falar de ‘correr’. Para muitos, o atletismo resume-se a isso e são muitas as crianças e jovens que ficam surpreendidos ao contactar com as várias vertentes do Atletismo. À velocidade, maratona, estafeta e marcha juntam-se muitas outras, como o salto em comprimento, salto em altura e vara, ou o lançamento do peso. Estas várias modalidades dentro do Atletismo permitem que ninguém fique de fora, como explica Ana Fernandes e Carmo Carvalho.