Armindo Veloso




COMPAIXÕES

Uma senhora foi condenada a três anos de prisão efectiva por um colectivo de juízes, em Lisboa, por ter atropelado mortalmente duas pessoas e ferindo gravemente uma terceira numa passadeira no Terreiro do Paço.
São este tipo de notícias que nos vão animando.
A senhora, apesar de ter contratado um advogado competente – sabemos que há uma justiça para ricos e outra para pobres, a começar pelo poder económico que se tem para contratar um advogado – não teve hipóteses.
Embora não tenha transitado em julgado uma vez que a defesa recorreu, duvido que perante o acórdão em causa haja alteração da pena.
No final do acórdão dizia-se que a senhora em questão não mostrou, durante o julgamento, a mínima atitude de compaixão pelas vítimas e pelos seus familiares.
A defesa alegou que a justiça não se pode reger por exemplos. Entendo. O que é certo é que se a justiça não se deve reger por exemplos ela também tem implicitamente um importantíssimo efeito pedagógico na sociedade. Sem bodes expiatórios, claro.
No caso em apreço, tem de haver mão pesada para quem não tem o mínimo cuidado com a bomba-relógio que tem em mãos que é o carro.
A negligência grosseira, muitas das vezes transformada em homicídios involuntários, deve ser penalizada exemplarmente.
Sendo certo que a maioria de nós já cometeu as suas falhas na condução, temos, de uma vez por todas, meter na cabeça a responsabilidade acrescida que investimos ao sentar-nos ao volante.
A defesa alegou que a senhora circulava a cinquenta quilómetros por hora. Os médicos peritos em medicina legal, perante os exames aos cadáveres e seu desmembramento(!) garantiram que a viatura circularia entre os 110 e os 120 quilómetros/hora. Recorde-se: no Terreiro do Paço!
Tenha paciência, minha senhora, eu também não tenho compaixão por si. Três anos de cadeia não são nada comparados com os danos que provocou.

Até um dia destes.

CASTELO

Solidariedade


Os povoenses têm sido generosos quando são chamados a contribuir para as causas sociais do concelho. Em Taíde, as suas gentes têm unido esforços na realização de actividades com vista à angariação de verbas para o projecto que está a ser desenvolvido pelo centro social daquela freguesia. O arraial minhoto e o cantar de reis foram duas das iniciativas desenvolvidas pelas gentes daquela freguesia. Sexta-feira, pelas 20h30, é a vez do Agrupamento de Escolas do Ave dar o seu contributo, com a realização do Sarau Solidário. Este ano, as verbas revertem a favor do Centro Social de Taíde mas, nos próximos anos irão ser canalizadas para outras instituições de solidariedade social do concelho.


CASTELO DE AREIA
Violência

Duas grandes equipas em campo: Maria da Fonte e Vermoim. Bancadas repletas de público. Estavam reunidos os ingredientes para uma tarde de festa e de hino ao futsal feminino. Contudo, não foi isso que aconteceu. Segundo relatos de pessoas no local, familiares das atletas do SC Maria da Fonte foram agredidos na bancada do Pavilhão Municipal de Vermoim. Tal situação afectou e destabilizou as atletas em campo que viram os seus familiares envoltos na confusão. Cenas lamentáveis que em nada dignificam o desporto...

Centro de investigação de criança em risco no ISAVE
No dia em que celebrou o seu oitavo aniversário, o Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (ISAVE), sito na Póvoa de Lanhoso, apresentou um novo projecto, que assenta na criação de um Centro de Investigação sobre a área da Criança em Risco.
O anúncio foi feito segunda-feira, durante as cerimónias oficiais que assinalaram a data, durante as quais foi referido, ainda, que o novo centro de investigação deve entrar em funcionamento ainda durante este ano lectivo.
“Somos hoje um grupo de instituições de ensino sob a tutela de uma organização de cariz fundacional,a Fundação Padre António Vieira. Imaginamos o futuro quando nos tornamos uma fundação e concretizamos o presente quando num dia como hoje lhes apresentamos o Centro de Investigação do Isave”, avançou José Henriques, presidente do ISAVE, no seu discurso.
O projecto do novo centro de investigação terá como parceiro estratégico o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa.
Segundo explicou Virgílio Alves, professor de Bioestatística no instituto, este Centro de Investigação sobre a Criança em Risco “irá servir para trabalhar exlusivamente em investigação científica, com base nas áreas de psicologia e sociologia e irá, mais concretamente, recolher informação para análise, apresentando depois as conclusões desses estudos”...

Frederico Castro, deputado na Assembleia da República


“Os deputados deveriam estar mais presentes no seu círculo eleitoral”
A Póvoa de Lanhoso conta, desde Outubro de 2009, com um representante na Assembleia da República. Depois de coordenar a Juventude Socialista, Frederico Castro partiu para um novo desafio, integrando as listas à Assembleia da República, pelo distrito de Braga.

Maria da Fonte - Como está a ser esta nova experiência como deputado da Assembleia de República?
Frederico Castro - Tem sido extremamente interessante e estimulante a oportunidade de estar na Assembleia da República e participar dos momentos de reflexão e decisão tanto no seio do nosso grupo parlamentar como nos debates no hemiciclo, poder sentir que as coisas acontecem por intervenção directa da nossa acção significa intervir no eixo central do funcionamento da nossa democracia, e não há nada mais gratificante para alguém que está na política do que sentir que é útil e que a sua acção serve para mudar para melhor a vida das pessoas. Mas é também acima de tudo, uma responsabilidade muito grande, uma missão para a qual estou profundamente motivado e decidido a dar o meu melhor. É para isso que trabalho todos os dias e é nisso que concentro a minha intervenção e atenção.

MF - Qual o trabalho desempenhado por um deputado na AR?
FC - Um deputado tem desde logo um papel muito activo nas comissões parlamentares em que está directamente envolvido, no meu caso a Comissão de Ambiente, Ordenamento de Território e Poder Local, e a Comissão de Educação. Grande parte dos assuntos debatidos no hemiciclo são pré-abordados nas comissões, o nosso trabalho nas comissões parlamentares ajuda-nos a estarmos melhor preparados para o debate parlamentar, mas também as petições que dão frequentemente entrada nas Comissões são alvo de análises, audições e relatórios. Por exemplo, neste momento sou relator de um assunto relacionado com a intenção de habitantes de duas freguesias de Barcelos, Vila Seca e Milhazes, quererem pedir a suspensão da exploração de caulino nas suas freguesias, tendo apresentado uma petição na AR para ser analisada pela Comissão. Neste tipo de casos cabe-nos ouvir os autores da petição, visitar o local se possível, neste caso já lá fui três vezes, e por fim apresentar um rela-tório final. Mas também temos reuniões de trabalho no seio do grupo parlamentar no sentido de analisar os debates nos quais vamos estar envolvidos em cada semana e tomarmos decisões no que diz respeito tanto à nossa agenda no que toca à iniciativa legislativa, como a tomada de posição do nosso Grupo Parlamentar no que diz respeito às iniciativas legislativas dos outros grupos parlamentares. Depois existe um conjunto de tarefas no dia-a-dia, em relação às quais os deputados podem ser mais ou menos interventivos. Enviar requerimentos ou colocar questões de forma escrita, tanto ao governo como a qualquer entidade, como aconteceu recentemente num caso relacionado com a freguesia de S. Martinho de Campo, em que questionei as ‘Águas do Ave’ no que toca à sua intenção em cumprir um acordo estabelecido com aquela junta de freguesia há alguns anos, relativamente à construção da nova travessia sobre o Rio Ave, compromisso assumido pelas ‘Águas do Ave’ como contrapartida à instalação de uma ETAR por parte desta empresa naquela freguesia do nosso concelho...

“Os políticos não são todos iguais”
MF - Já foi solicitada a sua ajuda pelos povoenses?
FC - Algumas juntas de freguesia já solicitaram apoio na resolução de determinadas questões, mas também instituições como associações e IPSS´s. Contactam-me no sentido de esclarecer dúvidas relativamente a documentos e até ajuda na resolução de pequenos processos que são importantes para o seu dia-a-dia. Preocupo-me especialmente neste momento com o eventual fecho do SAP da Póvoa aos fins-de-semana. Tenho estabelecido contactos no sentido de perceber qual é a posição da ARS-Norte e o que podemos perspectivar, para os habitantes. Importa garantir que as necessidades das pessoas ficam salvaguardadas, seja através de um serviço da natureza do que actualmente é prestado, base-ado no protocolo existente com a Santa Casa da Misericórdia, seja através das USF’s que podem ter vários modelos alternativos mediante as necessidades de determinada localidade. Tenho tentado ajudar à resolução do problema, embora não tenha sido solicitada a minha intervenção por parte da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, porque o que está realmente em causa são os interesses dos habitantes do nosso concelho, e não a renovação de um protocolo com esta ou aquela instituição.

MF - Foi um dos mentores da proposta de alteração do Programa Porta 65 Jovem, de apoio aos jovens arrendatários...
FC - Acho-o muito importante para os jovens casais, principalmente num concelho como a Póvoa de Lanhoso e num distrito como Braga onde a percentagem de habitantes jovens é das mais elevadas do país. As alterações introduzidas permitem que o universo de jovens beneficiários possa ser maior no que respeita às possibilidades de candidatura e ao consequente acesso ao programa, prevendo-se o aumento do apoio mensal atribuído, em função de critérios sociais e espaciais e possibilitando a mobilidade dos jovens beneficiários. Permite que os jovens possam beneficiar do apoio ao arrendamento mais cedo, no momento em que iniciam a sua vida profissional. Passa a ser possível apresentar candidaturas ao Programa Porta 65 durante o primeiro ano de trabalho. Até agora, exigia-se que os jovens declarassem os seus rendimentos relativos ao ano anterior ao da candidatura, estando assim impedidos de beneficiar do Programa os que não trabalhassem há, pelo menos, um ano. Com esta nova possibilidade, os jovens que ainda não tenham declarado os seus rendimentos por estarem a iniciar a sua vida profissional, podem beneficiar. Deixa também de ser necessário apresentar um contrato de arrendamento para se poder realizar as candidaturas, bastando apenas um contrato-promessa de arrendamento. Esta medida permite que mais jovens se possam candidatar, e que o arrendamento se inicie apenas quando o jovem sabe que vai beneficiar do Programa. Estes são só alguns exemplos da evolução que sofreu este programa sendo estas propostas que vão claramente no sentido da promoção de uma maior independência, emancipação e autonomia dos jovens do nosso país. Ouvi muitos queixarem-se a este respeito nos últimos anos, por isso decidi que esta seria a minha primeira iniciativa legislativa enquanto deputado, que foi concertada com os restantes jovens deputados do GPPS e acompanhada com sucesso pela restante bancada parlamentar e por outros grupos parlamentares...
Deco coloca Braval no topo
da recolha selectiva

Um estudo da Deco sobre a gestão de resíduos urbanos, através do qual se avaliou a satisfação dos cidadãos relativamente ao desempenho dos seus municípios, classificou o concelho de Braga em 7º lugar, o que coloca a Braval, empresa responsável por este tipo de recolha, no topo do panorama nacional”, revela a Braval em comunicado.
De acordo com a Braval, para realizar este estudo, a Deco Pró-Teste inquiriu 5031 cidadãos de 69 concelhos, que incluem todas as capitais de distrito e os concelhos com mais de 50.000 habitantes, o que representa cerca de 70% da população portuguesa.
“Uma das conclusões do estudo é a insatisfação com a recolha de óleos alimentares usados para reciclagem, uma vez que nalguns concelhos esta não existe e em apenas um quarto dos concelhos abrange toda a população. Aqui o concelho de Braga, mais precisamente a Braval merece lugar de destaque, pois implementou em 2008, o projecto Óleo +, para a valorização dos óleos e sua transformação em biodiesel. Para o efeito disponibiliza contentores a grandes produtores e particulares e efectua recolha porta-a-porta mediante marcação, abrangendo, portanto, toda a população”, refere a Braval...

Luís Carlos Correia, coordenador da Unidade de Saúde Familiar


Cada um dos oito médicos
tem em média 1750 doentes

A Póvoa de Lanhoso conta, desde o início do ano, com uma Unidade de Saúde Familiar, localizada nas instalações do Centro de Saúde. Composta por oito clínicos, esta nova unidade pretende melhorar as condições de acesso às consultas por parte dos 14 mil doentes que a integram, evitando as longas esperas que até então se verificavam. Ao invés de um mês de espera, como por vezes acontecia, a entrada em funcionamento da USF permite que no próprio dia, ou nos dias seguintes, os utentes possam obter uma consulta com o seu médico de família.
O “Maria da Fonte” conservou com Luís Carlos Correia, coordenador da USF, que nos traçou um balanço e deu a conhecer os objectivos da equipa que integra aquela unidade.

Maria da Fonte – O que é uma Unidade de Saúde Familiar?
Dr. Luís Carlos – Basicamente, uma Unidade de Saúde Familiar (USF) é uma prestadora de serviços, na área da medicina geral e familiar, um pouco dentro do espírito dos centros de saúde, com um atendimento que se pretende mais personalizado e um tratamento mais rápido, no sentido de um menor tempo de espera para consultas e de um tipo de prestação de serviços de melhor qualidade e mais efectivo. A USF Terras de Lanhoso entrou em funcionamento no dia 4 de Janeiro, mas com um trabalho mais efectivo a partir do dia 11 daquele mês.

MF – Pelo que constatamos, funciona no edifício do centro de saúde mas é uma unidade autónoma. Os doentes transitaram todos do Centro de Saúde para a USF?
LC – A grosso modo, transitaram para a USF os doentes dos médicos que compuseram a Unidade de Saúde Familiar. É criação da unidade foi rápida, no sentido de concurso e de aprovação de concurso. Uma das coisas que facilitou e acelerou o processo foi o facto de todos os médicos e profissionais que compõem a USF já trabalharem no Centro de Saúde. Normalmente, estes processos de criação de USF tornam-se morosos quando obrigam à transferência de médicos de outros centros de saúde, por-que os mesmos só podem sair quando forem substituídos. No nosso caso não aconteceu isso, porque todos nós já pertencíamos ao centro de saúde da Póvoa de Lanhoso. Em termos de médicos, os clínicos que compõem a USF “arrastaram” os utentes que já faziam parte das suas listas.

MF – Em termos de pessoal, quantas pessoas integram esta unidade?
LC – Da USF fazem parte oito médicos, oito enfermeiros e seis secretários clínicos para um universo de 14 mil doentes, o que dá uma média de 1750 doentes por médico...

“Os utentes podem conseguir
consulta no próprio dia”

MF – Já há resultados visíveis?
LC – Os utentes podem conseguir consulta no próprio dia. Caso não o consigam, podem conseguir consulta em termos de uma grande proximidade ao dia que pretendem. No entanto, há sempre uma resposta, agendando a consulta para os dias muitos próximos. No caso de pretenderam renovar a medicação, podem deixar o pedido ao secretário clínico e, dias depois, passar pela unidade para levantar a respectiva receita. A marcação de consultas por telefone, é a nossa grande aposta. A partilha de informações e de opiniões é constante.
A equipa de trabalho está muito interligada. Outra das coisas que faz a diferença é que, contrariamente ao que se passava antes, se tiver uma consulta agendada e ao chegar à unidade tiver a informação que o médico, por um motivo de força maior, não pode vir, não vai embora sem consulta.
O grupo irá dar uma resposta e um dos clínicos irá atender o utente que tinha a consulta marcada para aquele dia, a não ser que o utente não queira e pretenda ser atendido pelo seu médico de família. Nesse caso, é agendada uma consulta para os dias seguintes. O utente não vai sem resposta...
Bombeiros iniciam campanha
de angariação de fundos

Cerca de 70 mil euros é o valor que os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso necessitam para adquirir duas viaturas de combate a incêndios. Com vista a arrecadar as verbas necessárias, e atendendo à generosidade dos povoenses, que têm contribuído nas várias campanhas levadas a cabo pelos soldados da paz, os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso iniciam, no dia 8 de Maio, uma campanha de angariação de fundos, percorrendo as 29 freguesias do concelho, ao longo de vários fins-de-semana.
Esta campanha visa angariar verbas para colmatar algumas necessidades existentes no parque de viaturas, no que diz respeito ao combate a incêndios. Aos fins-de-semana, os bombeiros voluntários, devidamente fardados, acompanhados de habitantes de cada uma das freguesias, vão percorrer o concelho, contando com o contributo e generosidade dos povoenses...
Delegação timorense conhece realidade educacional na Póvoa de Lanhoso
O Ministro da Educação de Timor, João Câncio Freitas, e o Director Regional da Educação do Norte, António Leite, visitaram, no dia 15 de Abril, o Agrupamento de Escolas Professor Gonçalo Sampaio, na Póvoa de Lanhoso. É intenção do governo timorense restabelecer naquele país a aprendizagem da língua portuguesa, que foi interrompida durante 20 anos, durante a ocupação. Para tal, a delegação timorense pretende efectuar parcerias com escolas portuguesas, dada a necessidade de pessoas qualificadas para o ensino em Timor.
Esta delegação pretendeu recolher contributos de boas práticas do ensino português para implementá-las no seu país, pois é na Educação que pretendem fazer uma grande aposta. Como curiosidade, refira-se que uma educadora do Agrupamento Gonçalo Sampaio anseia trabalhar em Timor, país que ainda detém fortes ligações culturais ao nosso país.
A Vereadora da Educação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, acompanhou esta visita e referiu que a escolha do Agrupamento Gonçalo Sampaio, de entre toda a região norte, aconteceu “porque o Director Regional entendeu que é um Agrupamento que funciona bem e escolheu-o para mostrar como está estruturado e como funciona um Agrupamento de Escolas em Portugal”. Segundo a edil, responsável pela Educação no Concelho, “foi, naturalmente, um privilégio para a Póvoa de Lanhoso e para o Agrupamento ter sido alvo da escolha por parte do Senhor Director Regional”...

Rancho Folclórico
de Verim vai a França

No próximo dia 7 de Maio, o Rancho Folclórico de Verim inicia uma viagem a França, à localidade de Villeneuve Saint George, com vista a integrar as comemorações do 20.º aniversário da associação franco-portuguesa daquela localidade. O regresso a Verim está agendado para o dia 10 de Maio.
Segundo Amadeu Veloso, a viagem será realizada de autocarro até àquela localidade, com a actuação do rancho a ocorrer na tarde do dia 9 de Maio. Da comitiva fazem parte 45 elementos do rancho, aos quais se junta Carlos Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Verim...
Lar Residencial
é o sonho dos invisuais

Após conseguir o equilíbrio financeiro da instituição, o grande sonho da direcção da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB), localizada na Póvoa de Lanhoso, é a construção de um lar residencial. A novidade foi apresentada por Domingos Silva, presidente da AADVDB, durante a visita do deputado povoense Frederico Castro, na tarde de sexta-feira, dia 16 de Abril. Apesar de conhecer a instituição e as pessoas que a lideram, Frederico Castro tece a oportunidade de conhecer em pormenor as actividades ali desenvolvidas e a dinâmica da instituição.
O acordo atípico com a Segurança Social foi, segundo Domingos Silva, o grande arranque da associação de apoio aos deficientes visuais.
Depois da contenção financeira em 2008, devido à dívida acumulada que ultrapassava os 100 mil euros, o ano de 2009 ficou marcado por algumas novidades. “Gente feliz com olhos nas mãos”, um jornal trimestral, produzido em negro, áudio e braille, e um meio de comunicação junto dos utentes e associados, e o projecto “Visão Radical”, que possibilitou a prática de actividades radicais aos utentes da AADVDB e foi um importante meio de quebrar muitos dos tabus que existem em relação à deficiência visual, foram algumas das actividades apresentadas.
O projecto “Visão Radical” foi apelidado pelo INR – Instituto Nacional para a Reabilitação como um exemplo nacional a seguir por outras instituições.
Em 2009 as contas da AADVDB encerraram com um saldo positivo de 38 mil euros, contra os 4800 euros em 2008. “A associação está bem e recomenda-se. Os compromissos do passado estão praticamente sanados”, referiram os responsáveis da instituição...

Desporto

Vermoim levou a Taça
Num resultado sem resposta, a formação do Vermoim venceu o Maria da Fonte, por 4-0, e conquistou a Taça AF Braga em futsal feminino.
O jogo, realizado no Pavilhão Municipal de Vizela, contou com casa cheia, com os adeptos famalicenses a ocupar quase a totalidade das bancadas, num verdadeiro ambiente de festa e de final de taça.
Dados os incidentes ocorridos na última jornada do campeonato, no jogo que colocou frente-a-frente o Vermoim e o Maria da Fonte, esta partida contou com a presença de elementos da GNR para garantir a segurança, dentro e fora de campo. O fairplay marcou presença e o final do encontro decorreu dentro da normalidade.
Numa primeira parte de grande intensidade, a turma do Maria da Fonte entrou bem no encontro e dispôs de várias oportunidades, mas as atletas comandadas por Bruno Azevedo não estavam em tarde inspirada e desperdiçaram as oportunidades criadas.
Aos 12 minutos Patrícia fez o primeiro golo do jogo e, ainda não estava cumprido um minuto após o primeiro tento, quando a mesma jogadora colocou o Vermoim a vencer por 2-0.
Apesar de no campeonato somarem 392 golos, a finalização foi o calcanhar de Aquiles da formação da Póvoa de Lanhoso...

Cem anos de República (6)

Roubos e violência mortal sucedem-se à Setembrada
Entendido como Braga e todo o Minho abraçaram a causa miguelista devido à matriz religiosa do discurso político de D. Miguel, com a sua componente messiânica, contribuindo para a resistência miguelista entre 1836 e 1846 traduzida numa guerra civil que fez fazer sangrar este país, trinta anos depois das invasões francesas... sem lei e sem autoridade.
É exemplar desta situação, a execução de Serafim, da Póvoa de Lanhoso, pelas mortes que tinha feito neste concelho e em Braga. Apesar do arrependimento, as autoridades não lhe perdoaram e condenaram à pena capital, na Senhora-a-Branca, em Braga, a escassos metros do campo de Sant'Ana, onde fora instalada em 1838, uma forca. Escreve um habitante de Braga que, "apesar de ser um dia de chuva concorreu muita gente" para ver a execução da pena (cf. "Lembranças do Gusmão, 1826-1846”).
Os miguelistas, no estrangeiro, não perdoavam aos liberais a perda do Brasil, os graves problemas económicos do reinado de D. Pedro, que encontravam o terreno fértil da guerra civil no descontentamento e desilusão geral dos rurais e dos soldados enquanto os liberais se fragmentavam.
A vida política portuguesa não estabilizou com a vitória liberal em 1834. Dois anos depois, surge a Setembrada perpetrada por liberais radicais.
Em Braga, por exemplo, em Julho de 1838, o povo levantava-se contra as Fintas (um imposto lançado sobre o rendimento de cada cidadão - espécie de IRS moderno — para aplicar a obras públicas, como melhoramento de fontes, de estradas e de pontes.
Lá por fora, no Congresso das Nações do Norte, falava-se a favor do rei D. Miguel e o Governo liberal decretava pena de morte a quem falasse nesse congresso a favor do rei exilado.

UMA FORCA
E MAIS IMPOSTOS

Em Braga, começava a fabricar-se uma forca, na actual Avenida Central (Campo de Sant'Ana), para executar uma pena de morte de um tal Jejum, rodeado de cinco padres, no dia 6 de Setembro de 1838.
Braga resistia e elegia os mesmos vereadores que dias antes tinham sido demitidos por infâmia pelo Governo liberal em Lisboa, gerando-se uma disputa entre dois executivos, um fiel aos li- berais (Chamorros) e outro eleito pelas forças vivas de Braga (Mijados).
Em Fevereiro de 1939, há nova contestação à Câmara de Braga por ter aumentado as décimas em algumas freguesias das aldeias. As décimas eram um tributo civil semelhante à dízima (décima parte) sobre as rendas recebidas pelos proprietários.
Em Maio deste ano, surge boato em Braga de um golpe miguelista e a rua de S. João foi cercada para prender alguns "grandes" de Braga comprometidos ainda com o rei D. Miguel, quando chegava a água pública à rua da Cruz de Pedra pela primeira vez. O facto foi assinalado com foguetes...

Armindo Veloso




SOCIEDADE PARTICIPATIVA

Um jornal como o ‘Maria da Fonte’ que já existe há cento e vinte e quatro anos e, fruto disso, já viveu de quase tudo, também ele já teve imensas transformações nos seus conteúdos e na forma de os apresentar. Hoje a comunicação entra-nos em casa ao minuto através da internet, das televisões e da rádio. O que é que um jornal quinzenário poderá acrescentar à informação entretanto recebida por cada um de nós? Muito, respondo eu. Mas, esse muito, só existirá se a sociedade, toda ela, for participativa e empenhada.Pouco interessa ao ‘Maria da Fonte’ noticiar aquilo já divulgado há muitos dias pelos jornais diários e pelas rádios. Poderá, aqui e ali, desenvolver uma forma mais próxima e pormenorizada mas pouco mais do que isso. O que o ‘Maria da Fonte’ tem de fazer, e tem-no tentado, é divulgar coisas do pé da nossa porta, da nossa freguesia, da nossa paróquia. Essa informação, fundamental, é fácil de obter? Não, não é. Sem a ajuda das forças vivas das freguesias, paróquias e de todos nós, não se torna possível. Os meios necessários para se fazerem rondas assíduas por todas as freguesias/lugares seriam incomportáveis. O que acho é que também é dever das Juntas informar aquilo que tem interesse público para através de um “megafone” importante que é o ‘Maria da Fonte’ difundir essa informação pela ‘nação’ povoense residente no concelho, no país e no estrangeiro. Umas vezes por comodismo, outras por razões diversas, não nos damos ao trabalho de informar, hoje, para sermos informados, amanhã. Os assuntos políticos têm interesse, é certo, mas, muito mais interesse têm as pequenas coisas, as que não nos chegam... Dir-me-ão que quem ganha o dinheiro que trabalhe. Meus caros, um projecto como este só sobrevive por gosto e por respeito à instituição. Não dá para mandar cantar um cego. Vamos lá, se as Juntas e os párocos nos despertarem para a informação local, faremos um jornal muito melhor. Ficaremos todos a ganhar.
Até um dia destes.

CASTELO

Páscoa


A Via-Sacra foi uma das novidades apresentadas, este ano, na época pascal. Dezenas de figurantes encenaram os passos de Cristo desde a condenação até à sua morte e ressurreição, numa iniciativa que envolveu a Confraria do Pilar, ACJP e Escuteiros, assim como outras entidades. A par desta novidade, vários lugares da vila, e diversas instituições, participaram na construção dos arcos de Páscoa. Este ano, foram 18 os que embelezaram a vila, numa iniciativa que, para além de manter viva a tradição pascal, fomenta o convívio entre os habitantes dos vários lugares.

CASTELO DE AREIA
Arbitragem

O Porto d’Ave bem se pode queixar das arbitragens. No passado sábado, num jogo a contar para a Taça A. F. Braga, a equipa de Taíde apresentou-se desfalcada. Para além das ausências de Manaus e Vitinha, duas pedras fulcrais na estratégia da equipa, expulsos no jogo frente ao Terras de Bouro, João Fernando não pôde contar com Zé Beto, que saiu lesionado devido a uma entrada, à margem das regras, de um atleta dos visitantes, num lance não sancionado disciplinarmente. Mesmo desfalcado, o Porto d’Ave deu luta ao Vilaverdense e só caiu nas grandes penalidades. Para quem começou a perder logo na eliminatória anterior por factores alheios ao futebol, Taíde tem que estar grato ao seu clube.

Páscoa nas terras de Lanhoso
Termina, no próximo domingo, o chamado domingo de Pascoela, a solenidade da Ressurreição de Cristo, com o Compasso Pascal a percorrer as ruas das aldeias do concelho da Póvoa de Lanhoso, naquela que é a celebração da Páscoa, e a levar a mensagem de Cristo Ressuscitado a todos os povoenses. No passado domingo, na sede do concelho, a missa pascal teve lugar pelas 7h30, no Salão Paroquial da Póvoa de Lanhoso. Naquele momento, o padre Armindo Gonçalves, dando conta da vitória de Cristo sobre a morte, a vitória da vida sobre a morte, que traduzem a solenidade da Ressurreição de Cristo, incentivou os cristãos a “viver esta verdade, a viver a Ressurreição de Jesus”. “É esta alegria e esta verdade que deve alegrar os nossos corações e as nossas casas”, disse o pároco Armindo Gonçalves, arcipreste da Póvoa de Lanhoso. “Somos também convidados como crentes a fazer esta experiência de Cristo Ressuscitado, Por isso, precisamos de nos por ao caminho e isso já fizemos porque estamos aqui”, referiu aquele sacerdote. Para além de incentivar os fiéis a “colocar-se a caminho”, o padre Armindo Gonçalves destacou a necessidade de acolher a Palavra e de nos deixarmos transformar por essa palavra, assim como a necessidade de anunciar a Palavra de Deus. Depois da Eucaristia, os nove grupos que integraram o Compasso Pascal na vila da Póvoa de Lanhoso saíram da Igreja Matriz em direcção à Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, onde aí foram recebidos pelo executivo municipal. O som das campainhas fazia-se sentir, anunciando a partida do Compasso Pascal...

Taíde

Escuteiros construíram
símbolo pascal
Como forma de assinalar as solenidades da Páscoa, os elementos do Agrupamento 0817 de Taíde construíram um círio gigante, com cerca de sete metros de altura. Cimento, ferro, espuma, ma-lha, madeira e tinta foram alguns dos materiais usados pelos escuteiros de Taíde para a construção do enorme círio, o qual esteve iluminado aquando da recepção às várias cruzes. Luz, reviver e renascer são algumas das ideias associadas pelos escuteiros ao enorme círio, construído para assinalar a Ressurreição de Cristo. Os símbolos alfa (início) e ómega (fim) integram também a construção...

Via Sacra revivida na Póvoa de Lanhoso
Numa organização da Confraria de Nossa Senhora do Pilar, da Associação Cultural da Juventude Povoense e do CNE Agrupamento 527, foi realizada, no dia 2 de Abril, a Via Sacra, cujo início teve lugar junto à capela do Horto. A caminhada feita por Jesus, desde a sua condenação até ao Calvário, foi recriada pelos participantes. Ao longo da caminhada, que terminou junto à Igreja do Pilar, foram recriadas as 14 estações, ou etapas, percorridas por Jesus Cristo. A condenação de Jesus à morte, Jesus a carregar a cruz às costas, o encontro com sua mãe e com as mulheres de Jerusalém e as quedas de Jesus ao longo do percurso foram alguns momentos recriados. Numa atitude de caminhada, recolhimento e meditação, os povoenses associaram-se ao acto e acompanhando as várias etapas que culminaram no alto do Monte do Pilar, com o despojar das roupas de Jesus, que foi pregado na cruz e posteriormente sepultado...

População mantém
tradição dos arcos
A tradição dos arcos de Páscoa continua a manter-se viva na sede do concelho e em algumas das freguesias. A Póvoa de Lanhoso contou, este ano, com 18 arcos de Páscoa, colocados nos vários lugares, assim como em diversas instituições. A construção, na sede do concelho, foi retomada há cerca de 7 anos, numa iniciativa da Junta de Freguesia, que apoia, financeiramente, cada um dos arcos. Ao repto lançado, responderam afirmativamente os moradores dos vários lugares, que por estes dias se juntam na construção dos vários arcos. Aldeia, Horto, Matadouro, Portela, São Pedro, Bagães, Vilarinho, Valdemil e Moinhos Novos foram os lugares que participam na construção dos arcos de Páscoa. A estes, juntam-se várias instituições e associações concelhias, como a Santa Casa da Misericórdia (Hospital e Lar de Idosos), Associação de Invisuais, Junta de Freguesia da Póvoa de Lanhoso, Grupo Coral, EPAVE, Agrupamento de Escuteiros e Câmara Municipal. Para além da sede do concelho, em várias freguesias a tradição continua a manter-se viva. Na freguesia de Louredo foi, novamente, erguido o maior arco do concelho, numa tarefa que envolveu dezenas de pessoas da freguesia. Fontarcada, Taíde e Travassos são algumas das freguesias que se associam à tradição...

Património artístico
e etnográfico a concurso
Até ao dia 31 de Julho, os povoenses podem escolher os cinco elementos do património artístico e e etnográfico mais representativos do concelho de Póvoa de Lanhoso, no âmbito do projecto “A Póvoa de Lanhoso e a sua Herança”, promovido pela “Em Diálogo” - Associação para o Desenvolvimento Social da Póvoa de Lanhoso. Os interessados em participar no projecto “A Póvoa de Lanhoso e a sua herança” têm ao dispor três formas de votação: através da internet, sms ou via postal. Acedendo à página www.povoaheranca.com, os interessados podem escolher os cinco elementos do património artístico e etnográfico, associando essa votação a um e-mail, uma vez que cada conta de e-mail só poderá votar uma vez. A par da internet, os participantes poderão enviar as suas escolhas por sms, através do número 967 772 616, ou preenchendo um cupão, que será enviado via postal. Em 2008, os participantes ele-geram os elementos do património edificado da Póvoa de Lanhoso, com as atenções, em 2009, a estarem voltadas para o património natural e paisagístico. Neste ano, pretende-se dar a conhecer o património artístico a etnográfico, nomeadamente as obras de pintura, arquitectura e escultura, assim como os elementos que assumem destaque pela criatividade e época em que foram produzidos, bem como os usos, costumes, tradições e actividades que marcam o concelho da Póvoa de Lanhoso, conforme foi divulgado por Clarrisse Matos, presidente da “Em Diálogo”. Divulgar o património, lembrar e preservar a memória dos nossos antepassados é um dos objectivos do projecto liderado pela “Em Diálogo”, que conta com vários parceiros, entre eles a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso e agrupamentos de escolas do concelho. Paralelamente às votações, decorrem concursos de fotografia, literatura e expressão plástica, destinados à comunidade escolar e público em geral. Para uma melhor divulgação do projecto foram elaborados calendários de parede, de secretária e agendas, nos quais são dados a conhecer os vencedores das anteriores edições e os nomeados deste ano. O design esteve a cargo de uma turma de Educação e Formação em Turismo, da Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso...

Workshop











Parkour cativou jovens povoenses
Indo de encontro dos interesses dos mais novos, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promoveu, no dia 26 de Março, uma demonstração e workshop de Parkour, numa iniciativa que se desenrolou no exterior do Espaço Jovem, no Pontido, e contou com a participação de cerca de trezentos jovens. “Apesar das fracas condições climatéricas sentidas, a actividade superou largamente as expectativas, estimando-se que tenham passado pelo local, ao longo do dia, cerca de 300 jovens. Por isso, a organização considera que esta iniciativa, foi um grande sucesso, indo de encontro aos interesses dos mais novos do nosso concelho”, revela a autarquia...

Actividades desportivas marcam comemorações do 25 de Abril
Tal como em anos anteriores, as actividades desportivas irão estar em destaque nas comemorações do 25 de Abril, numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, que conta com a colaboração de diversas entidades. Andebol, futebol, step, ginástica geriátrica, natação, jogo da malha e street-basket são algumas das actividades que vão marcar o programa das comemorações. Em actividades vão desenrolar-se em vários locais: Avenida 25 de Abril, Pavilhão 25 de Abril, Parque do Pontido, Campo da Feira e Piscinas Municipais. “Desporto e Liberdade” é o lema das comemorações deste ano. As cerimónias contam, às 9h30, com a cerimónia do hastear da bandeira, nos Paços do Concelho, seguindo-se, pelas 10 horas, o início das várias actividades desportivas. Pelas 9 horas, começa o workshop sobre Natação/Adaptação ao Meio Aquático, nas piscinas municipais da Póvoa de Lanhoso, actividade que termina às 13h00. No tocante às várias actividades, a Avenida 25 de Abril recebe o street-basket; o Pavilhão 25 de Abril irá ser palco do andebol; o Pontido conta futebol juvenil, spin bike (I Maratona), pilates, jump, pump, step e ginástica geriátrica; e o Campo da Feira com o habitual Torneio da Malha. Naquela ocasião, o Pontido recebe rastreios médicos para a população em geral.

FUTEBOL - III Divisão - Série A

Maria escorregou
frente ao Bragança
Depois da vitória no terreno do Macedo de Cavaleiros, a formação do Maria da Fonte saiu derrotada no encontro frente ao Bragança, por 2-0, num duelo que colocou frente a frente minhotos e transmontanos. A turma comandada por Artur Correia, que desperdiçou várias oportunidades e teve maior posse de bola, encontrou um adversário eficaz, que soube aproveitar os erros defensivos da turma da casa para chegar ao golo. O Maria da Fonte entrou melhor na partida, com mais domínio de bola, mas a partir dos quinze minutos o Bragança foi aparecendo na área marifontista. O primeiro sinal de aviso apareceu por intermédio de Pinhal, que rematou forte, com o esférico a sair por cima da baliza de Miguel. Aos 19 minutos, Saná é admoestado com a cartolina amarela após ter alegadamente agredido Rui Abreu. Os homens da casa não ficaram muito contentes e pediram mão pesada do árbitro do encontro. Após consultar o seu auxiliar, Hugo Pinto exibiu a cartolina amarela a Saná. Aos 26 minutos, Miguel, com os pés, afasta um remate perigoso de Valadares e evita males maiores para a sua baliza. Depois do aviso de Valadares, aos 38 minutos, o Bragança conseguiu o primeiro golo, por intermédio de Badará, que, depois de deixar para trás Gonçalo, finta Miguel, e coloca os transmontanos na frente do marcador. Os homens da casa reclamaram uma falta de Badará sobre Gonçalo. O Maria da Fonte procura responder ao golo sofrido e, aos 40 minutos, Mota domina o esférico, faz o passe a Diogo, com este último a obrigar Ximena a defender para a frente. Na etapa complementar, a formação do Maria da Fonte instalou-se no meio-campo do adversário mas foi o Bragança quem chegou ao golo, aos 54 minutos, por intermédio de Valadares, que, bem posicionado, cabeceou para o fundo das redes da baliza de Miguel. Com um resultado que lhe era desfavorável, Artur Correia mexeu na equipa, fazendo entrar Jussane e Fausto para os lugares de e Rui Abreu, dando mais dinamismo à ala atacante da equipa, que neste encontro desperdiçou várias oportunidades. Aos 69 minutos Rafael assustou a turma brigantina, com o remate do atleta do Maria da Fonte a embater no poste da baliza de Ximena. Minutos depois, aos 74, foi a vez de Diogo desperdiçar, ao não cabecear da melhor forma, após passe de Fausto. O avançado marifontista dispôs ainda de uma excelente oportunidade, aos 79 minutos, quando, na cara do golo, cabeceou por cima da baliza de Ximena. Até ao apito final, o Maria da Fonte dispôs ainda de alguma oportunidades, mas a finalização foi o calcanhar de Aquiles da equipa povoense...

Entrevista a Armandina Machado, Presidente da Junta de Freguesia de Vilela


“Sinto-me lisonjeada por ser a única mulher presidente de junta no concelho”
Armandina Machado decidiu seguir as pisadas do pai que, durante vários anos, assumiu as funções de presidente da Junta de Freguesia de Vilela. Denotando um grande amor à freguesia, a presidente de Junta de Vilela mostra-se confiante no futuro, apesar dos enormes encargos financeiros herdados da Junta de Freguesia cessante. Apesar dos entraves, o novo executivo de Vilela espera colocar em prática os projectos definidos para este mandato, numa tarefa que conta com a colaboração da câmara municipal.

Maria da Fonte - É a única mulher no cargo de presidente de Junta no concelho. Como se sente num cargo dominado, quase em exclusivo, pelos homens?
Armandina Machado - Sinto-me bem. No fundo, sinto-me até lisonjeada por ser, actualmente, a única mulher presidente de Junta no concelho, sinto-me com a capacidade para representar o cargo e para procurar resolver os problemas dos habitantes de Vilela. Dentro das minhas possibilidades, e das pessoas que me acompanham na junta de freguesia, procuraremos resolver os problemas dos vilelenses e estaremos sempre disponíveis para tudo aquilo que necessitem.
MF - Como está a ser esta experiência?
AM - Está a ser uma experiência óptima. Era algo que eu já esperava, pois o meu pai foi presidente de junta durante muitos nos e sempre acompanhei o trabalho desenvolvido por ele. Tem sido enriquecedor para mim e dentro daquilo que esperava. Gosto de lidar com as pessoas, de tratar dos assuntos da freguesia e de conviver com elas. Sempre tive vontade de ajudar a desenvolver a freguesia de Vilela. Agora, tenho a possibilidade de colocar as minhas ideias, o meu trabalho e os meus projectos em prática, no sentido de promover o desenvolvimento da freguesia e a melhoria das condições de vida dos habitantes de Vilela...

“Estou feliz por seguir as pisadas do meu pai na colaboração com a igreja paroquial”

MF - Que ensinamentos guarda do seu pai em termos de junta de freguesia?
AM - O meu pai dava-me muitos conselhos, ensinou-me a respeitar as pessoas, e era uma pessoa que colocava a freguesia à frente de tudo. Para ele, as pessoas eram o melhor da freguesia. Mesmo depois de ter deixado a junta, continuou a ajudar as pessoas. Aquilo que ficou do meu pai foi uma experiência muito marcante. Estou a seguir a obra do meu pai , doando a verba que aufiro como presidente de junta para as obras da igreja paroquial. Sinto-me feliz por estar a seguir as pisadas do meu pai na colaboração com a igreja paroquial.
MF - Como encontrou a freguesia quando tomou posse?
AM - A freguesia de Vilela tem várias carências, desde o saneamento, à água e rede viária. No que diz respeito ao saneamento, foram colocadas algumas condutas mas ainda não estão ligadas à rede. A distribuição da água ao domicílio já começou a ser feita mas ainda não chegou a todas as habitações. Em termos de rede viária, foram já solucionados alguns problemas, como é o caso da Rua da Boucinha, que estava em construção quando tomei posse. Vamos, agora, actuar com mais incidência na Rua da Pousada, pois foi neste local que foram encontradas mais carências.
MF - Após os novos elementos terem tomado posse foi publicado no “Maria da Fonte um anúncio que dava conta de uma dívida deixada pela Junta de Freguesia cessante. Como está essa situação?
AM - Neste momento, a dívida ainda se mantém. Já entreguei à igreja paroquial a verba em dívida e estamos a tentar negociar com os credores a quem a junta de freguesia deve pois temos que assumir estes compromissos. Não é fácil pagar tudo de uma vez mas vamos pagando conforme as nossas possibilidades.
MF - Essa dívida condiciona a vossa actividade e a concretização de projectos?
AM - Sem dúvida que nos condiciona. Vamos ter que deixar para trás várias obras que tencionávamos fazer, como caminhos e outras ajudas que tínhamos planeadas para a freguesia. Mas, vamos lutar e encetar esforços junto da autarquia para que nos ajudem relativamente às obras...

Cem anos de República (5)

Dias trágicos no Minho
após morte de D. Pedro
Percebemos já porque Braga e todo o Minho abraçaram a causa miguelista devido à matriz religiosa do discurso político de D. Miguel, com a sua componente messiânica, factor que aliado à prática da hegemonização política (a partir de 1828) contribuem para a resistência miguelista entre 1836 e 1846. Em Braga, os anos vividos entre 1828 e 1834 foram de grande agitação, com a Igreja Católica a colocar-se ao lado dos absolutistas de forma escandalosa — aos olhos do nosso tempo. Braga foi uma das cidades onde o miguelismo teve maior implantação mas onde a resistência liberal foi mais sacrificada, por três razões fundamentais apontadas no parágrafo anterior. É mais um período negro da História da Igreja em Braga e no resto do país que é reforçado com a malograda revolta do Porto, havendo conhecimento de incidentes vários no Minho, até ao eclodir da guerra civil em 1832. Este comportamento faz-nos duvidar, como então escrevemos, da sinceridade com que a Igreja se envolveu na resistência às invasões francesas, em que muitos párocos deram a vida pela pátria vítimas de uma manipulação cujos segredos são desvendados por comportamentos futuros, como aqueles que se viveram em Braga entre 1828 e 1834. Nesse tempo, escreve A. Minici Malheiro, Braga não era mais que "uma cidadela medieval, onde a vilanagem de roupeta e sandálias campeava como senhores feudais sobre bandos de imbecis imundos, fanatizados, narcotizados, como Endemiões condenados ao sono eterno, especialmente após a deportação dos valentões para a Índia”.
Por sua vez, "o Povo de Minho, na sua maioria, continuava mergulhado na mais profunda ignorância do mundo, dos homens, das coisas, de si mesmo, supersticioso e hipócrita, o que só muito a custo se foi desvanecendo, graças à propaganda dos liberais do constitucionalismo", entre os quais pontificava o grande empresário Manuel Joaquim Gomes, a quem Braga deve hoje a pérola que é o elevador do Bom Jesus do Monte.

RESISTÊNCIA
ÀS REFORMAS


A nível nacional, emergia outra grande figura: Mouzinho da Silveira. É ele quem planta os alicerces de um Portugal moderno e começa a destruir um a um os fundamentos do estado feudal em que Portugal ainda vivia, através da sua reforma administrativa. Como sempre, as reformas encontram fortes resistências, neste caso seculares dos nobres e do clero.
Existem testemunhos que nos falam dos momentos dramáticos vividos no Minho, com a chegada ao Poder de D. Pedro, a extradição de D. Miguel e o reinado de D. Maria II, com a revolução liberal de 1836...