Encerramento de escolas alterou cenário no concelho

Arranque do ano lectivo 
marcado por mudanças

O próximo ano lectivo, que arranca dentro de dias, fica marcado por várias alterações. A decisão do Governo foi no sentido de encerrar as escolas do primeiro ciclo que ainda se encontravam em funcionamento. Nada escapou, nem mesmo as que cumpriam as condições exigidas quanto ao número de alunos, como os casos da EB1 de Garfe e EB1 de Rendufinho. A decisão do Governo chegou tarde e obrigou a um trabalho redobrado por parte das entidades responsáveis, nomeadamente autarquia e agrupamento de escolas.
“Estivemos sempre atentos e preocupados.  Fizemos o que pudemos e o que nos competia para estar ao lado das nossas populações e estivemos sensíveis às suas preocupações. Sabemos que a escola traz vida à freguesia e que é um elo de ligação com a comunidade e com as restantes instituições e serviços. No entanto, quando confrontados com o cumprimento da Carta Educativa e com questões pedagógicas, que afectam os actores principais deste processo – e que são os alunos -, alguma da argumentação da própria Câmara Municipal, das Juntas de Freguesia e das populações perde força face ao objectivo maior, que é proporcionar a todos os alunos do concelho igualdade de oportunidades ao nível do processo de ensino/aprendizagem”, esclarece Gabriela Fonseca, vereadora da Educação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“Mesmo assim, no que se refere ao pré-escolar, ainda conseguimos que ficasse a funcionar um jardim-de-infância por freguesia, apesar de alguns não cumprirem o critério do número mínimo de 20 crianças para se manterem em funcionamento. Já quanto ao primeiro ciclo, o Ministério da Educação e Ciência foi inflexível e teve em consideração não só o número de alunos, mas também a capacidade instalada do parque escolar  concelhio e as distâncias que os alunos têm de percorrer e que, no nosso caso, estão dentro dos limites defendidos pelo Conselho Nacional da Educação e pela Confederação de Pais”, revela Gabriela Fonseca.
 “A decisão do reordenamento, para além do que foi referido, peca por ter sido faseada e tardia, o que obrigou a um trabalho redobrado na preparação do arranque do ano lectivo, mas este esforço foi feito no sentido de minimizar os efeitos que qualquer mudança provoca para que os alunos possam começar o ano com a devida tranquilidade e serenidade. Estas mudanças acarretam um esforço financeiro grande por parte da Autarquia, mas que assumimos, tendo em conta o bem-estar dos alunos, em primeiro lugar, e das suas famílias e restante comunidade educativa. A nossa principal preocupação foram os alunos e suas famílias, mas não teria sido possível implementar no terreno esta reorganização da rede escolar em tão curto espaço de tempo – cerca de um mês -, sem a colaboração das Juntas de Freguesia, das IPSS’s e dos Agrupamentos de Escolas e sem a compreensão da população afectada”, aponta ainda Gabriela Fonseca, em declarações ao ‘Maria da Fonte’.