Entrevista a Gilberto Anjos


Moure: das mais belas freguesias
- diz o Presidente da Junta de Freguesia de Moure

Depois do abandono da vida política de Agostinho do Rosário, que durante mais de trinta anos presidiu à Junta de Freguesia de Moure, Gilberto Anjos encabeçou a candidatura do PS àquela Assembleia de Freguesia, tendo vencido a disputa eleitoral no dia
11 de Outubro.
Com 27 anos, Gilberto Anjos é o mais jovem Presidente de Junta do concelho.

Maria da Fonte - Como surgiu a candidatura à Junta de Freguesia de Moure?
Gilberto Anjos - A candidatura à Junta de Freguesia de Moure surgiu após o convite e desafio que me foi lançado pelo anterior Presidente de Junta, Agostinho do Rosário, em conjunto com o Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso. Este convite surgiu num momento em que estava a preparar algumas propostas para entregar ao Presidente da Junta de Freguesia da minha terra, pensando eu que este seria novamente candidato. A partir do momento em que aceitei o convite essas mesmas propostas passaram a constar do meu manifesto eleitoral. Aceitei esse desafio porque acreditava que tinha condições para reunir uma equipa representativa de todos os lugares, pessoas de diferentes idades e de diferentes vivências a volta do melhor projecto para Moure.

MF - As eleições para a Assembleia de Freguesia de Moure foram disputadas por dois jovens. Este é um dos bons exemplos da participação política dos mais novos. Que comentário lhe merece?
GA - O facto da disputa da Assembleia de Freguesia ter sido disputada por dois candidatos jovens mostra que existe jovens sensíveis e predispostos a participar na vida política e preocupados com os problemas e necessidades que os rodeiam. É um bom sinal, mas não deixa de ser infelizmente um caso raro. A meu ver os jovens não se revêem na política e nos políticos de hoje, muito por causa dos excessivos maus exemplos que existem a todos os níveis. È preciso devolver credibilidade à politica e mostrar a todas as pessoas, mas principalmente aos jovens, que é possível estar na vida política de uma forma positiva, que é possível servir as pessoas através da política em vez de se servir da política para outros fins, que não o interesse colectivo. Essa é uma causa que me diz particular respeito, quero e farei tudo para ser exemplar nas funções para as quais fui eleito.

MF - É fácil substituir um homem como Agostinho do Rosário, que durante mais de trinta anos ocupou a presidência da Junta de Freguesia?
GA - É fácil e difícil ao mesmo tempo. Por um lado, é fácil uma vez que o trabalho que foi desenvolvido pelo Sr. Agostinho e as pessoas que o acompanharam ao longo dos sucessivos mandatos, fez com que existissem bases só-lidas para esta nova equipa poder iniciar o seu trabalho. Por outro lado, a fasquia é elevada! Esse mesmo trabalho realizado habituou os Mourenses a verem a nossa terra crescer e desenvolver-se a um ritmo constante, o que foi muito bom. Queremos, como é evidente, fazer ainda mais e melhor, e sei que ele também quer continuar a ver a nossa terra a crescer. Teremos as nossas dificuldades, mas estou certo que as iremos ultrapassar com a ajuda de todos.

MF - Como vê o desenvolvimento da freguesia nos últimos anos?
GA - Como já mencionei na pergunta anterior, vi Moure a ter um bom desenvolvimento dentro daquilo que são as possibilidades da nossa freguesia. Quem não se lembra de como era a área envolvente à Igreja ou, por exemplo, dos antigos acessos aos lugares de Rabuíde e do Monte, e, mais recentemente, das melhorias efectuadas no caminho entre a Calçada e a Costa, na Rua das Ferinhas e na Rua das Cruzes. Toda a freguesia está coberta pela rede de água pública e temos dois lugares cobertos por rede de saneamento. Moure é hoje considerada uma das mais belas freguesias do nosso concelho, e isso tem muito a ver com o trabalho desenvolvido nos últimos anos.
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