Maria da Fonte

Guilherme Ramos é o novo treinado
O Maria da Fonte tem novo treinador. Depois da rescisão de Alberto Fernandes, no dia 19 de Novembro, a direcção escolheu Guilherme Ramos para assumir a lide- rança da equipa técnica. A escolha recaiu num homem da terra. A residir na freguesia de Taíde, o novo técnico já assumiu, em épocas anteriores, o comando de equipas como o Porto d'Ave, Terras de Bouro, Rossas, Cabeceirense e o Travassós. Para além da saída do treinador Alberto Fernandes, o Maria da Fonte ficou, na noite de 19 de Novembro, sem quatro atletas, que seguiram as pisadas do técnico. O diferendo quanto aos cortes nas verbas auferidas pelos atletas poderá estar na base da saída. Hugo Soares, Pinto, Pedrinho e João Peixoto colocaram um ponto final no vínculo ao Maria. A estes quatro, junta-se agora o avançado Diogo que deu a conhecer, esta semana, a sua saída.

Cortes levam à saída de jogadores
O corte nas verbas dos atletas tem causado divergências. De acordo com Alberto Fernandes, a direcção marifontista propôs realizar um corte nas remunerações dos atletas, tendo os mesmos concordado com os cortes mas apenas em 50% desse valor. “Os jogadores não ficaram imunes à situação e aceita-ram o corte mas queriam um corte de 50% e não o corte que a direcção queria”, justifica Alberto Fernandes.
“A equipa continuou a jogar e a lutar. Seis jogos consecutivos sem perder e demos sempre boas respostas em campo”, referiu. “Tivemos várias reuniões com o presidente e fiz-lhe sentir que até ao dia 15 de Novembro os problemas tinham que ficar resolvidos. Fui várias vezes alertando para resolverem os problemas porque os jogadores continuavam a trabalhar de uma forma séria e responsável”, referiu ainda Alberto Fernandes, na hora da saída. Para além do treinador, abandonaram o clube os restantes elementos da equipa técnica: Meia- -Noite, treinador-adjunto, e Miguel, preparador físico.

“Cortes são imprescindíveis”
A direcção do Maria da Fonte propôs, no passado mês de Outubro, a redução das remunerações do plantel sénior em 30%. De acordo com José Luís Machado, presidente do clube, tal medida deve-se às dificuldades financeiras que o país atravessa e às quais o concelho, as empresas povoenses e o clube não são alheios. O presidente confirma a existência de uma contra-proposta apresentada pelos atletas, a qual não foi aceite pela direcção, pelo facto da mesma não ser viável. “Os cortes nas remunerações são imprescindíveis para a viabilidade do clube. Não nos podemos esquecer que os gastos não se limitam à equipa sénior. Temos vários compromissos relacionados com dívidas herdadas de anteriores direcções, que estão a ser pagas por esta direcção. O principal objectivo desta direcção é diminuir o passivo do clube e, se possível, pagar todas as dívidas”, afirmou o presidente da direcção marifontista.