2O13 em planificação pela autarquia 
Orçamento prevê reforço 
de apoios de cariz social

Especial freguesias da Póvoa de Lanhoso
Rede viária é a prioridade

EDITORIAL


Armindo Veloso
 

Pirómanos

Um fanático americano lembrou-se de fazer um vídeo, de péssima qualidade dito por quem sabe da poda, onde, usando a sua liberdade de expressão de uma forma irresponsável, deu largas à estupidez, ridicularizou o Profeta Maomé e, por conseguinte, os seus crentes, dando aso a reacções violentas de grupos extremistas muçulmanos.
Uma jornalista do jornal Público, em declarações à Antena 1, fazia uma análise que eu subscrevo em absoluto. Dizia a jornalista – espero que não me leve a mal eu não ter memorizado o nome dela – que aquele louco que provocou a revolta do mundo muçulmano não deveria ter atingido os seus objectivos, ou seja, ser estrela mundial. Se se tivesse informado os factos sem o destaque que se lhes deu, talvez se tivesse evitado grande parte das revoltas que, sendo verdadeiras, não passavam de ínfimas minorias. E terminava: - nós andamos sempre as dar o palco às minorias.
Mas que bem!
O direito a informar e ser informado não é posto em causa se se tiver senso e não se deitar achas na fogueira quando ela já está acesa pelos factos. O massacre que os media dão de certas informações muitas das vezes provocam o efeito bola de neve, provocando outras e assim sucessivamente.
Está provado, e mais que provado, que os ‘pirómanos’, cheguem eles  fogo de que tipo for, fazem-no muitas das vezes para serem célebres.
Ainda gostava de viver um tempo mediático onde numa manifestação de cem mil pessoas a notícia fosse os noventa e nove mil novecentos e noventa e nove que se portaram ordeiramente e não o um que partiu montras.

Até um dia destes.
CASTELO

Câmara distinguida


A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso foi novamente distinguida com o título de “Autarquia mais Familiarmente Responsável”. Esta distinção, que acontece pela terceira vez consecutiva, reconhece a valoriza as políticas e práticas de apoio às famílias desenvolvidas pela autarquia da Póvoa de Lanhoso. Em tempos de grandes constrangimentos, que afectam todas as famílias, é de louvar o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal.
CASTELO DE AREIA
Reforma Administrativa
São muitos os povoenses e autarcas descontentes com a recente proposta de reorganização administrativa apresentada pela Unidade Técnica criada para o efeito. A proposta, apresentada no início deste mês, contempla a redução de sete freguesias. Estão previstos seis uniões de freguesias, que integram um total de 13 freguesias. Das 29 freguesias do concelho, 16 permanecem inalteradas. As populações descontentes temem a perda da identidade das suas freguesias e não se mostram preparadas para as novas alterações que se avizinham.

Junta de Freguesia de Lanhoso

Rede viária é a prioridade

Data de 1086 a primeira referência documental sobre Lanhoso. De origem mais antiga que a nacionalidade, a freguesia de Lanhoso (S. Tiago) é uma terra de riquíssimas tradições.
Dela fizeram parte, até à criação da freguesia de Póvoa de Lanhoso (Nossa Senhora do Amparo), em 1930, o Castro de Lanhoso, o Santuário de Nossa Senhora do Pilar e o Castelo de Lanhoso.
Com um passado rico em termos históricos, do qual se destaca, entre outros, o Tratado de Lanhoso, em 1121, Lanhoso foi a freguesia cabeça de concelho até 1930, ano em que foi criada a freguesia da Póvoa de Lanhoso.
Olhando para o alto do Monte do Pilar, onde se destaca o Castelo de Lanhoso, a freguesia de Lanhoso não esquece o seu passado histórico e sócio-cultural.
A quietude, a harmonia e os traços de ruralidade convidam a uma visita. Mais do que visitar, Lanhoso convida a permanecer. Tão perto e tão longe, assim podemos definir Lanhoso. Tão perto do centro da vila, onde pode encontrar todo o tipo de bens e serviços, e tão longe do ruído próprio dos locais mais urbanos.
“Quem vem para aqui, fica”, assegura Fernando Machado, presidente da Junta de Freguesia de Lanhoso desde 2009. Fernando Machado lidera uma equipa de trabalho que integra Amália Alice Pires Ribeiro Machado, como secretária, e António Júlio Pereira Machado, como tesoureiro.
A rede viária é a principal preocupação da Junta de Freguesia de Lanhoso. A conclusão da Rua de Tinocos de Cima, com a colocação da rede de saneamento e águas pluviais, e a pavimentação da Rua dos Tinocos até à ligação com a Rua de Tinoco de Cima, também esta com rede de saneamento e condução de águas pluviais, a colocação de condutas na Rua de Chidelas e na Rua de Santo António foram algumas das melhorias operadas na rede viária. Muito mais a Junta de Freguesia gostaria de ver concretizado. O  actual panorama financeiro vem adiar algumas das obras.
“As grandes necessidades são em termos de rede viária. Temos vários caminhos ainda em terra que gostaríamos de ver pavimentados. Tal ainda não nos foi possível realizar mas esperamos no futuro concretizar algumas das obras previstas para dar melhores condições de vida às gentes de Lanhoso”, refere Fernando Machado, presidente da Junta de Freguesia.
A Rua do Baldio, a Travessa do Baldio, a Travessa dos Tinocos, a Travessa da Avenida de Lanhoso, a Rua dos Penedos Abertos, a Rua da Calçada, a Rua de Cima de Vila, a Rua dos Moinhos e parte da Rua do Souto de Baixo são alguns dos locais onde a Junta de Freguesia de Lanhoso gostaria de ver concretizados melhoramentos na rede viária.
A tudo isto, junta-se, também, a conclusão da rede de água e saneamento, que abrange actualmente cerca de 80% da freguesia.
O Largo do Cruzeiro, onde confluem várias ruas e onde o trânsito de veículos de faz em grande número, levam a Junta de Freguesia de Lanhoso a equacionar uma intervenção no local, no sentido de dar maior dignidade a um dos pontos centrais da freguesia e regular a circulação das viaturas. A colocação de uma rotunda poderá ser uma das respostas para o Largo do Cruzeiro.
Apesar das dificuldades, a Junta de Freguesia de Lanhoso não baixa os braços e pro-mete continuar a encetar esforços para a melhoria da qualidade de vida das gentes de Lanhoso. No edifício da sede de Junta, a população de Lanhoso recebe todo o apoio na resolução dos seus problemas. Diariamente, uma carrinha da Junta de Freguesia transporta os jovens alunos até a um dos estabelecimentos de ensino básico na vila.
“Lanhoso é uma freguesia bonita, airosa, pacata e exposta ao sol nascente. Quem vem para aqui, fica. Há muito terreno disponível para construção e várias moradias disponíveis. Não podemos esquecer a excelente localização, a dois minutos da vila da Póvoa de Lanhoso e a dez minutos de Braga”, esclarece Fernando Machado, convidando a uma visita a Lanhoso.

Rendufinho

Despiste de camião: dois feridos

O despiste de um camião de transporte de bens alimentares, na Estrada Nacional 103, em Rendufinho, ao início da tarde de quarta-feira, dia 7 de Novembro, provocou dois feridos ligeiros. O acidente levou ao corte do trânsito nos dois sentidos durante mais de oito horas, com o trânsito a ser desviado para vias alternativas. Na viatura sinistrada seguiam dois ocupantes, residentes em Paredes, no concelho do Porto, que sofreram ferimentos ligeiros e foram transportados ao Hospital de Braga pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
Para além do socorro aos feridos, os soldados da paz procederam à limpeza da via.
O acidente ocorreu pelas 13h15 e provocou ferimentos ligeiros no condutor e no ajudante, de 33 e 44 anos, que seguiam no camião de uma cadeira de supermercados.
Os soldados da paz povoenses compareceram no sinistro com seis elementos, apoiados por duas ambulâncias e uma viatura de apoio.
Para além dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, compareceram no local militares da Divisão de Trânsito do Comando Territorial de Braga da GNR, bem como elementos do posto da GNR da Póvoa de Lanhoso.

Escola Profissional do Alto Ave

Feira solidária

No âmbito das comemorações do Ano Europeu do Envelhecimento Activo e Solidariedade Intergeracional, a EPAVE – Escola Profissional do Alto Ave organizou, no dia 8 de Novembro, a III Feira Solidária.
O evento, que se realizou entre as 8 e as 14 horas, teve lugar na Praça Engenheiro Armando Rodrigues, no centro da vila. 
Naquele momento, a comunidade escolar e loca teve oportunidade de adquirir um conjunto variados de bens a preços simbólicos. Do vestuário, ao calçado, passando pelas malas, bijutaria e plantas, os povoenses tiveram ao dispor bens cujos preços se situaram entre os 0,20 e os 2 euros.
A abertura do evento foi marcada pela comunidade escolar com uma marcha, subordinada ao tema “Ser Solidário”, desde aquela instituição de ensino até à Praça Eng. Armando Rodrigues, de forma a promover a cidadania ativa e o espírito de entreajuda na comunidade escolar, bem como sensibilizar toda a comunidade escolar e local para a importância da solidariedade na sociedade.
Para a concretização da iniciativa, a EPAVE contou com o apoio de várias empresas povoenses, que se juntaram à causa, oferecendo artigos pa-ra venda. As expectativas foram superadas e mais uma vez a iniciativa da EPAVE ficou marcada pelo sucesso.
“Esta campanha de solidariedade só obteve sucesso devido à participação de todos, destacando-se o papel fulcral dos formadores na organização e responsabilização das suas turmas e o contributo imprescindível dos funcionários na montagem do espaço (tendas, decoração do espaço, etc.). De salientar a participação de todos os formandos, que contribuíram para que este evento tivesse tido uma grande projecção”, referem os responsáveis da EPAVE.

GNR em acção de sensibilização

‘Apanhados’ à porta da missa

A GNR, através da Secção de Programas Especiais (SPE) do Destacamento Territorial (DTER)  da Póvoa de Lanhoso, realizou no passado domingo, uma ‘operação relâmpago’ à saída da missa na Igreja Matriz da Póvoa de Lanhoso, distribuindo panfletos sobre a prevenção de crimes contra idosos.
A acção de sensibilização - mais uma levada a cabo pelo DTER da Póvoa de Lanhoso - envolveu os embaixadores ‘EPAVE’, alunos da Escola Profissional do Alto Ave e a Comunidade Intermunicipal do Vale do Ave (CIM-Ave).
As pessoas, idosos e não só, foram abordadas quando saíram da missa e receberam panfletos, numa acção de sensibilização que foi aprofundada, durante a tarde, durante o magusto organizado pela Junta de Freguesia e Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e que juntou mais de duas centenas de participantes.
Num contexto diferente, de convívio, a GNR aproveitou para sensibilizar os séniores para a prevenção das burlas e da criminalidade em geral, incluindo furtos em residências e na rua, com o apoio do vídeo produzido pela CIM-Ave.
Maria Madalena Azevedo, de 67 anos, elogiou a iniciativa da GNR “porque nem toda a gente está prevenida”.
No seu caso, está sensibilizada e nunca abre a porta a estranhos. Mesmo assim, “um conselho nunca é demais” acrescenta Maria de Jesus Silva, de 74 anos.
O responsável da SPE do DTER da Póvoa de Lanhoso, cabo Nuno Cruz, assume que “os embaixadores EPAVE dão muito apoio logístico e os idosos apreciam a presença dos jovens”.
O objectivo é também envolver os jovens, não só no apoio aos idosos, mas também na prevenção rodoviária.
“Para mim é tão importante como irem às aulas. O curriculum deles fica enriquecido” afirma o professor de Marketing e Relações Públicas, José Fernandes.

Faleceu aos 99 anos

Bisneto da ‘Maria da Fonte’

Tinha 99 anos e muitas histórias para contar. Para além de ser o morador com mais idade da freguesia de Verim, Horácio João Tinoco era bisneto da “Maria da Fonte”. Sua bisavó, Joana Maria Esteves, era um dos nomes apontados à heroína Maria da Fonte. Contudo, são várias as versões, são vários os nomes apontados à identidade da heroína povoense.
Joana Maria Esteves, em cuja sepultura, localizada no cemitério de Verim, consta “Ana Maria Esteves” viveu na freguesia de Verim, para onde casou com António Joaquim Lopes da Silva. O ‘Comércio de Portugal’, em 1883, publicou uma notícia revelando que de 7 para 8 de Dezembro de 1874, faleceu na freguesia de Verim, Ana Maria Esteves, natural da freguesia de Santiago de Oliveira, casada com António Joaquim Lopes da Silva, daquela freguesia de Verim, e que fora esta a famigerada Maria da Fonte.
Joana Maria Esteves nasceu a 12 de Março de 1827, tendo falecido a 7 de Dezembro de 1868.
Nos Cadernos Culturais da Associação Cultural da Juventude Povoense, publicados em Outubro de 1991, com textos do historiador Paulo Freitas, ficamos a saber mais um pouco sobre Joana Maria Esteves, apelidada por alguns como Ana Maria Esteves e ainda Joanna Anna.
Para J. C. Fortunato D’Antas, num texto publicado no ‘Novo Almanaque de Lembranças para 1877’, Ana Maria Esteves (Joana Maria Esteves) terá tomado parte muito activa no movimento.
“A mesma mulher é igualmente indicada por outros autores como sendo aquela que deu origem ao nome da revolução, entre os quais podemos encontrar Rocha Martins”, escreve Paulo Freitas nos “Cadernos Culturais”. Cremildo Pereira escreveu que é a Joana Maria Esteves que deve ser atribuído o feito de rebentar a porta da cadeia a golpe de Machado.
A 27 de Outubro de 1978, o ‘Maria da Fonte’ publicava, na capa, uma notícia sobre Joana Maria Esteves. Armando Eurico de Carvalho, director do ‘Maria da Fonte’ na época e autor do texto, conversou com Horácio João Tinoco.
“Sou bisneto da Maria da Fonte, de seu nome Joana Maria Esteves. Meu pai chamava-se Abílio José de Faria Tinoco e minha mãe é que era neta da Maria da Fonte e tinha o nome de Adozinda Ma-ria Lopes da Silva”, contou Horácio João Tinoco, na época com 65 anos, completados a 13 de Outubro, proprietário da “Casa do Pereiro”.
“Nasceu na freguesia de Oliveira e depois casou para esta ‘Casa do Pereiro’, onde viveu o resto da sua vida, acabando por ser sepultada no cemitério paroquial de Verim. A filha que tinha mais parecida com ela era a Margarida Rosa, pelo seu dinamismo e acções aventureiras. Essa minha tia-avó morreu solteirona”, explica Horácio Tinoco, na notícia publicada em 1978.
“Eu ainda cheguei a conhecer o meu avô António Clemente, o João, a Felizarda, a Margarida Rosa, a Delfina e a Patrocínia, todos filhos da Maria da Fonte”, revelou na época Horácio Tinoco.

Reflexão

Plantas aromáticas e medicinais

Mais de 200 pessoas, vindas de vários pontos do país, participaram, no dia de 6 de Novembro, nas I Jornadas Técnicas de Plantas Aromáticas e Medicinais, realizadas no Auditório de Fontarcada, num momento promovido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em parceria com a ATAHCA. Trazer a debate questões como a produção, transformação, certificação, investigação, comercialização e apoios financeiros disponíveis no âmbito das plantas aromáticas e medicinais, foi um dos objectivos da iniciativa, que reuniu especialistas das várias áreas em destaque.
A pertinência do tema foi destacada por Mota Alves, da ATAHCA, uma vez que, segundo aquele responsável, o nosso país importa centenas de milhares de euros em plantas aromáticas e medicinais.
O potencial do país, no tocante às condições atmosféricas foi também vincado por Mota Alves que considera esta área – a produção de plantas aromáticas e medicinais, como uma forma de cativar jovens, sobretudo jovens licenciados, para regiões que sofrem de grandes constrangimentos, como é o caso do despovoamento.
A importância da carta de zonas de qualidade, como forma de aportar mais-valia aos produtos produzidos nessa região foi também defendida por Mota Alves, que apontou o bom exemplo do Município da Póvoa de Lanhoso, no que diz respeito à criação de uma bolsa de terras e no apoio à produção em modo biológico.
Como desafio, pediu às instituições públicas e privadas que reflictam sobre a importância da agricultura como uma alternativa sólida, sustentável e duradoura.
“A realização destas Jornadas Técnicas é uma excelente oportunidade para partilhar conhecimento e experiências numa área que representa hoje uma oportunidade de negócio em crescimento”, destacou Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, na sessão de abertura. De acordo com Manuel Cardoso, Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, e apontando dados do PRODER, ficam vinculados à agricultura cerca de 200 jovens por mês. Aquele responsável apontou ainda que o objectivo, até 2020, é sermos auto-sustentáveis no plano agro-alimentar.
A estratégica passa, segundo Manuel Cardoso, pela união de todos os produtores. “Só assim conseguiremos ter escala, ter dimensão e ter capacidade negocial junto dos operadores”, vincou o director regional.

Ano de 2013 em planificação pela autarquia

Reforço de apoios de cariz social

O executivo municipal da Póvoa de Lanhoso está a ultimar os documentos que vai enviar para os órgãos municipais e que apresentam o Plano de Actividades e Orçamento para o próximo ano de 2013.
A entrada em vigor da Lei dos Compromissos e a adesão ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) marcam a elaboração do orçamento para o novo ano, sabendo de antemão que a autarquia está obrigada a reduzir de forma significativa a sua dívida de curto prazo.
Perante esse cenário, esperando-se ao mesmo tempo uma diminuição das receitass, a edilidade liderada por Manuel Baptista definiu as prioridades a incluir nesse plano de actividades, sendo que é imperioso encontrar soluções que possibilitem reduzir a despesa e simultaneamente reforçar as áreas prioritárias.
Dessa forma, está já assumido pelo elenco que vai existir um reforço na área social, no apoio às famílias, com a autarquia da a centrar-se nos sectores da educação e da acção social. É já garantido que nessas áreas as medidas vão ser de forte aposta.

D. Jorge Ortiga esteve em Serzedelo

Arcebispo visitou Centro Social

A visita de D. Jorge Ortiga, ao Centro Social e Paroquial de Serzedelo, no dia 6 de Novembro, ficou marcada pela inauguração da cruz exterior, que assinala a presença do oratório, e do sacrário. A Cruz, o maior ícone da cristandade, assume-se como um elemento de identificação do oratório, dando uma identificação própria ao edifício, uma vez que foi construída à escala do mesmo. “Quando olhamos para a cruz é um apelo para que nós, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, sejamos aqueles que se assumem como libertadores das cruzes dos outros. A palavra cruz significa muito. Pode significar solidão, pode significar sofrimento, falta de alimento, ausência de família, falta de carinho, ausência de dinheiro. A Cruz é este apelo para que nós cristãos sejamos libertadores das cruzes dos outros e não fiquemos somente a contemplar a cruz”, recordou D. Jorge Ortiga.
À margem da visita, o Arcebispo mostrou-se preocupado com os números divulgados recentemente quanto à taxa de natalidade em Portugal.
“Há um envelhecimento que cresce diariamente, na medida em que a duração da vida se prolonga, mas, por outro lado, torna-se urgente políticas de apoio à natalidade e repensar verdadeiramente todas as condições para que a natalidade volte a acontecer porque se já estávamos na cauda da Europa em termos de índice de natalidade, os últimos dados deviam fazer pensar toda e qualquer pessoa, toda e qualquer família mas, de um modo muito particular, os políticos e o governo”, alertou. “O que interessaria é que a sociedade assumisse esta co-responsabilidade de apoiar os pais na maternidade e na educação. O problema da educação tem que se ser reflectido pois, por vezes, é um peso bastante grande e porventura outros apoios de incentivo à natalidade”, vincou o responsável da arquidiocese de Braga.
“Devia surgir uma discussão, porventura a nível nacional. Há uma política geral que devia ser equacionada. Não se vê no discurso político e não se vê nas preocupações das políticas”, apontou D. Jorge Ortiga.
Para além da crise económica que tem marcado os discursos, D. Jorge Ortiga apontou que a baixa da natalidade é uma das situações reais da sociedade portuguesa que deve ser encarada.
“Não são só os números que valem, não é só a economia, são outras realidades de presente e futuro. A política tem que pensar no presente e nas respostas a dar mas tem que pensar no futuro. É uma realidade que não pode ser desconsiderada”, frisou o Arcebispo Primaz de Braga, mostrando-se preocupado com os recentes dados da natalidade em Portugal.
 “Com o envelhecimento da nossa população, que é uma realidade que nós constatamos todos os dias, estas estruturas são efectivamente muito importantes. Nestes lares, o facto de haver espaços reservados para o recolhimento, para a interioridade, numa região onde as pessoas são marcadas pela religião cristã, penso que isto também é importante, pode marcar a originalidade de um centro social e paroquial”, referiu o Arcebispo Primaz de Braga no decurso da visita.
“A igreja quando se compromete nestas valências está vivendo a sua missão. A caridade não é um acrescento facultativo, faz parte da missão da Igreja”, disse ainda D. Jorge Ortiga.

Junta de Freguesia de Vilela

Capela Mortuária inaugurada

O Dia de Todos os Santos, celebrado a 1 de Novembro, ficou marcado, na freguesia de Vilela, pela inauguração da Capela Mortuária. A obra, promovida pela Junta de Freguesia de Vilela contou com a colaboração da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. 
Neste dia, familiares e amigos visitaram o campo santo, recordando e prestando homenagem a todos aqueles que desapareceram da vida terrena. A cerimónia de inauguração da Capela Mortuária teve lugar pelas 17 horas e contou, para além da população e dos autarcas da freguesia, com a presença do presidente da Câmara, Manuel Baptista, do presidente da Assembleia Municipal, Humberto Carneiro, bem como do padre Augusto Baptista, que benzeu o edifício.
“A melhor recompensa que cada um de nós pode obter quando estamos envolvidos numa causa ou num projecto é vermos o resultado do nosso trabalho. A Capela Mortuária é um bom exemplo deste empenho e é com enorme sentimento de alegria que hoje colocamos à disposição da nossa freguesia este novo equipamento que há muitos anos todos desejávamos e que, fruto do trabalho de mui-tos, é hoje uma realidade”, referiu Armandina Machado, presidente da Junta de Vilela.
Na sua intervenção, a presidente da Junta de Freguesia apontou que a Capela Mortuária foi construída com o envolvimento da Câmara, Junta e de muitas pessoas que ajudaram a financiar a obra.
“Toda a comunidade de Vilela e muitos povoenses de outras freguesias sentiram a importância deste projecto e cada um na sua modesta disponibilidade, deu o seu contributo. Do trabalho de todos, entidades públicas e população, foi possível concretizar o sonho antigo de podermos homenagear os nossos ente-queridos que, à medida que vão partindo, deixam gravado na nossa memória a saudade e a história que connosco construíram”, revelou Armandina Machado.
No seu discurso, recordou Joaquim, tesoureiro daquela Junta de Freguesia, falecido este ano. Agradecendo a Domingos Fonseca pela participação empenhada e pela coordenação da equipa de trabalhadores voluntários que, em apenas quatro meses,  construiu a obra com elevada qualidade e beleza. Dirigindo-se ao presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Manuel Baptista, a presidente da Junta de Freguesia de Vilela agradeceu o apoio e entusiasmo.
“Apesar das dificuldades, que são imensas, e que não podemos ignorar, continuaremos a trabalhar para resolver os problemas que todos os dias nos são colocados e responder à principais necessidades da nossa freguesia. Para isso, conto”, esclareceu Armandina Machado.

DESPORTO

Maria da Fonte regressa 
à competição dia 25

Com a realização dos jogos da Taça de Portugal, no próximo domingo, o Maria da Fonte só regressa à competição no dia 25 de Novembro, deslocando-se ao terreno do Merelinense, num jogo a contar para a 9.ª jornada. A formação ocupa o 6.º lugar da tabela classificativa, com 12 pontos, resultantes de três vitórias, três empates e duas derrotas. O Merelinense é 7.º classificado, com 11 pontos. No último domingo, a equipa do Maria da Fonte empatou, a zero bolas, frente ao Taipas mas o resultado poderia ter sido diferente, com o avançado Diogo a falhar a marcação de um penalti nos minutos finais do encontro. A 4 de Novembro, a formação povoense recebeu a equipa do Ponte da Barca, tendo terminado o encontro com uma vitória por 3-0. Carlos Vieira (11m), Diogo (46m) e Nuno Mendes (55m) foram os autores dos três golos do Maria da Fonte.

Plano de Actividades
e Orçamento aprovado


A última Assembleia Geral do Maria da Fonte, realizada no dia 31 de Outubro, ficou marcada pela aprovação, por unanimidade, do Plano de Actividades e Orçamento. Constituir uma mera estimativa racional e previsão anual, o Orçamento do Clube para o exercício social/época de 2012 a 2013 ascende ao valor global de 134.080,00 euros, implicando uma redução do esforço orçamental no clube em cerca de 22% relativamente ao orçamento da época de 2011 a 2012. “A tal não é alheia a evolução positiva do endividamento do clube mas também a necessidade de fazer reflectir a contenção e rigor na gestão, bem como uma política de sustentabilidade económica, como se impõe para o próximo futuro face à diminuição considerável dos apoios ao Clube, com especial realce para a redução de 15% no montante global anual do subsídio camarário e para a diminuição acentuada a nível de patrocínios e de publicidade”, referem. De todo o modo, a direcção mostra-se “confiante e determinada, pois acredita que tanto a massa associativa como os responsáveis autárquicos, em particular a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e as Juntas da Freguesia, saberão dar resposta cabal por via do seu apoio e colaboração”, escreve-se no Plano votado conjuntamente. Quanto ao Plano de Actividades, que consubstancia a continuidade do trabalho dos corpos gerentes anteriores, destaca-se a preocupação pelo êxito da equipa sénior na época em curso, que mais uma vez compete no Campeonato Nacional da Terceira Divisão, tendo em vista “o nível competitivo que permita a disputa de todos os pontos em jogo, sempre respeitando os adversários”.
Por outro lado, “é propósito continuar a aposta no trabalho que vem sendo empreendido na formação das diversas modalidades desportivas no sector das camadas jovens”. Neste caso, sublinha a direcção o desejo de “manter a aposta consistente e criteriosa na formação de jovens valores povoenses, não só como atletas mas como homens visando a consolidação de um projecto verdadeiramente dinamizador para um melhor futuro ma-rifontistas”, em especial por via das secções de Basquetebol, Pesca Desportiva, Futsal Feminino, Ciclismo e Atletismo (embora esta em inactividade momentânea mas com todos os aspectos formais disponibilizados e preparados para retomar a actividade de imediato). Os associados aprovaram por unanimidade o Parecer do Conselho Fiscal, que considerou realistas os elementos constantes dos referidos documentos e sublinhou a importância de se gerir as despesas do Clube em função das receitas previstas. No dia 1 de Dezembro, realiza-se o jantar de angariação de fundos do S. C. Maria da Fonte.
 Instituição comemorou 14 anos de vida 
António Ribeiro homenageado 
pela associação ‘Em Diálogo’

São Gens de Calvos
Centro Social 
lança novas instalações 

DTER da Póvoa de Lanhoso
GNR junta em convívio 
antigos e actuais militares

EDITORIAL


Armindo Veloso
 

Pó como nós

Há tempos atrás vi uma entrevista na RTP1 feita por Fátima Campos Ferreira a Adriano Moreira quando ele fez 90 anos.
Foi uma excelente entrevista tanto do lado da jornalista, perguntas atempadas e serenas encadeadas com lógica na forma e no tempo, como do lado de Adriano Moreira, com respostas claras e sábias.
São os tais documentos que todos nós deveríamos ver e ouvir porque nos ajudam a meditar.
Numa fase, talvez a mais pesada da entrevista, Adriano Moreira disse que quando Salazar morreu ele não estava no país. Logo que chegou, no final desse dia, já quase noite, foi prestar-lhe homenagem. Quando, na igreja, em silêncio, meditava junto do cadáver, reparou que estava pousada uma mosca na boca do então todo poderoso António Oliveira Salazar.
Aquele momento, continuou Adriano Moreira, foi chocante porque tive um pensamento que até hoje jámais esqueci: para que serve ter tanto poder na  terra?
Esta descrição feita por um sábio, Adriano Moreira é-o, com 90 anos dão um cunho muito especial a estas palavras. Também não as esquecerei.
Não nos podemos andar a deprimir sistematicamente. Se assim fosse, a vida não teria interesse nenhum. Mas, devemos meditar muitas vezes neste tipo de coisas para não nos armarmos em pavões. Afinal, sendo Salazar, Estadista, ou salazar de rapar as formas dos bolos, a coisa vai, no fim da linha, resultar no mesmo: Pó.

Até um dia destes.    
CASTELO

Solidariedade


Num tempo em que a crise é a palavra mais ouvida, há gestos de solidariedade que vão colorindo o céu cinzento. A união de esforços da família, Segurança Social e da Esprominho deram uma cadeira de rodas adaptada à Susana, utente da ASSIS, em Lanhoso. 
CASTELO DE AREIA
Desemprego
O desemprego continua a bater recordes no distrito de Braga. No final de Setembro, eram 64.888 desempregados que estavam inscritos nos centros de emprego. De acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, são mais 27 mil desempregados que comparativamente ao ano passado. A Póvoa de Lanhoso não foge à regra e o número de desempregados no concelho tem vindo a subir nos últimos meses.

Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso

Prémio pelo apoio às famílias

Pelo terceiro ano consecutivo, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso recebeu a Bandeira de Autarquia Mais Familiarmente responsável. A distinção, a terceira, levou a autarquia a receber uma menção honrosa. A entrega de-correu na sede da Associação Nacional de Municípios, em Coimbra, na tarde do dia 24 de outubro. Neste ano, cerca de 35 municípios viram reconhecidas e valorizadas as suas políticas e práticas de apoio às famílias. A iniciativa é promovida pela Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, através do Observatório das Autarquias Mais Familiarmente Responsáveis.
A Câmara Municipal fez-se representar por Fátima Moreira, vereadora da Acção Social que considerou que “esta distinção, pelo terceiro ano consecutivo, vem reconhecer o trabalho desenvolvido pela autarquia na área de apoio à família, onde tem sido pioneira em várias das medidas implementadas”. 
“O apoio às famílias foi sempre considerado como prioritário na estratégia po-lítica municipal e continuará a sê-lo. O agudizar dos problemas socioeconómicos exigem de nós, todos os dias, novas respostas e novas medidas", destacou ainda Fátima Moreira, acrescentando: "O galardão é, sem dúvida, um estímulo para continuarmos a trabalhar em prol das famílias, incentivando políticas de proximidade e relações de afecto. Bem hajam todos e todas que, nesta  autarquia, contribuem para que outros possam ter melhor qualidade de vida e ajudam a construir um melhor presente e um futuro de esperança".
A cerimónia foi presidida pelo Presidente da Câmara de Cantanhede, João Pais de Moura, que destacou, de entre outros aspectos, que esta bandeira é um estímulo a todos os municípios e que os critérios do Observatório cruzam com o papel dos municípios nos dias de hoje. Já o Presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, Fernando Castro, salientou que o objectivo é que esta bandeira se estenda a todos os municípios do país, revelando a sua atratividade para a fixação das populações, contrariando o apelo para a emigração. Por parte do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis, Margarida Neto, colocou ênfase na família como o coração da sociedade e na necessidade de existirem cada vez mais políticas de proximidade. Presentes estiveram ainda autarcas e pessoal técnico dos 35 municípios portugueses distinguidos em 2012.
Este reconhecimento resulta de um inquérito realizado a nível nacional a que responderam 103 autarquias que permitiu analisar as políticas de família em áreas como: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; saúde; cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e participação social; e outras iniciativas. São ainda analisadas as boas práticas das autarquias para com os seus funcionários autárquicos em matéria de conciliação entre trabalho e família.
A Câmara implementou, ao longo dos últimos anos, um conjunto de medidas direccionadas para o apoio às famílias, de que são exemplo o subsídio às rendas de casa, o HabitaLanhoso, a Acção Social Escolar, a atribuição de Bolsas de Estudo e de Prémios de Mérito, a criação do Banco de Tempo e do Serviço de Promoção da Igualdade de Género, a criação de Cartões Municipais, a manutenção de uma praia acessível a todos, a elaboração do Plano Municipal da Igualdade, de entre muitas outras medidas, como a construção dos Centros Educativos e de equipamentos desportivos, por exemplo.

Debate na Póvoa de Lanhoso

Tráfico de Seres Humanos

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso promoveu, no dia 18 de Outubro, um workshop Sobre o tráfico de pessoas, com vista a assinalar o Dia para o Combate ao Tráfico de Seres Humanos. A iniciativa, dinamizada através do SIGO – Serviço para a Promoção da Igualdade de Género, realizou-se com a colaboração da OIKOS. Dado o elevado número de pessoas inscritas e participantes, mais de uma centena, houve necessidade de realizar duas sessões e não apenas uma, como inicialmente previsto. Assim, o auditório da Casa da Botica acolheu estas ações, de manhã e de tarde.
A Vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, abriu as sessões, que procuraram informar e sensibilizar para o problema do tráfico de pessoas. “No século XXI, não se justifica haver tráfico de seres humanos e todos temos que contribuir para isso”, referiu na sua intervenção, desafiando as pessoas que participaram a que difundam a informação que lhes foi transmitida, a que a passem a colegas, a familiares e a amigos e a que sejam pessoas atentas e para que aquele flagelo não aconteça nem aumente, em Portugal.
“Esperamos promover aqui uma reflexão sobre uma problemática que é cada vez mais actual”, considerou ainda Fátima Moreira. “Assinalar o tráfico dos seres humanos é também consciencializar-vos para a necessidade de estarmos atentos a esta problemática. A televisão tem trazido a debate as questões do tráfico sexual, muitas mulheres e jovens, rapazes e raparigas que são traficados com fins sexuais, mas também hoje, mais do que nunca, se fala de tráfico laboral e vê-se constantemente na televisão pessoas que, na procura de trabalho, se candidatam para ir para fora deste país e muitas vezes são enganadas. Vão para lá e não têm condições, não lhes pagam aquilo que lhes prometem, não fazem aquilo com que se comprometeram, isto também é tráfico, isto também é um problema para o qual nós temos que estar sempre alertas e sensibilizados”, salientou ainda.
Fátima Moreira referiu também que devemos estar conscientes de que aquelas situações podem acontecer a qualquer um de nós. “Isto tem de ser denunciado e há organizações que trabalham estas questões e que estão disponíveis para proteger estas pessoas, que podem correr o risco de serem traficadas”, referiu.
O workshop foi orientado por Ana Rodrigues da OIKOS, que, de entre outras considerações, referiu que aquela entidade, no âmbito da Educação para a Cidadania, está a trabalhar com um projeto que pretende informar as pessoas e sensibilizá-las para esta problemática do tráfico de seres humanos e da exploração laboral. Revelou ainda que estão a trabalhar esta questão do tráfico em cinco concelhos, de entre os quais a Póvoa de Lanhoso, identificados pelo Observatório do Tráfico de Seres Humanos. “O que é que isto quer dizer? Isto quer dizer que pode haver pessoas aqui da Póvoa de Lanhoso que estão a ser traficadas para fora e que pode haver pessoas de outros sítios a serem traficadas para a Póvoa de Lanhoso”, salientou.
Este workshop procurou  evidenciar o que é o tráfico de seres humanos e quais os sinais a que a comunidade deve estar atenta bem como formas de denúncia e de ajuda às vítimas.

Mês do Profissional


Rotary homenageou ourives 

No dia em que recebeu a visita da Governadora Teresinha Fraga, o Rotary Club da Póvoa de Lanhoso prestou homenagem a Francisco de Carvalho e Sousa, no âmbito do “Mês do Profissional”. Em todo o mundo, Outubro é dedicado aos Serviços Profissionais. Cada um dos clubes rotários presta homenagem a um profissional da sua região. No dia 23 de Outubro, o Hotel Rural Maria da Fonte acolheu a cerimónia festiva de homenagem a um profissional que se distinguiu, entre outras, na área da ourivesaria.
“Hoje é um dia importante para o Rotary Club da Póvoa de Lanhoso por vários motivos. O primeiro deles é, sem dúvida, o cumprimento já de algumas metas do nosso pla-no de acção para este ano. Para além de termos dado já início ao ano lectivo da Universidade Sénior, no passado dia 11, hoje inauguramos a sede da nossa Universidade Sénior. Marcamos assim um ponto naquela que era uma das metas importantes para este ano”, referiu Fátima Moreira, presidente do Rotary da Póvoa de Lanhoso.
“Hoje é um dia importante porque estamos a homenagear um profissional da área da ourivesaria, área que ainda não tinha sido, de facto, homenageada no âmbito deste clube. É com muita honra que podemos dizer que estamos a homenagear um profissional da área da ourivesaria que, mais do que ourives, foi uma pessoa que deu muito de si e fez muito pela promoção da ourivesaria, de forma especial pela sua história e pela filigrana do concelho da Póvoa de Lanhoso”, referiu a presidente.
O trabalho desenvolvido por Francisco de Carvalho e Sousa, na divulgação e afirmação da arte ancestral que é a ourivesaria, e em especial a filigrana, foi também destacada por Fátima Moreira.
“Foi ainda um exímio empreendedor. Um homem que construiu muitos postos de trabalho na sua freguesia, em muitas áreas. Um homem que sempre se dedicou de forma profunda àquilo que fez. Um bom pai de família. Um homem que merece este reconhecimento por parte do Rotary de forma especial mas eu diria mais, por parte do concelho”, disse a presidente.
Para além dos membros do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso, a cerimónia contou com a presença de elementos dos clubes rotários de Braga, Braga Norte, Taipas, Guimarães, Esposende, Barcelos, Fafe, Senhora da Hora e São João da Madeira.
“Encontrei um clube renascido mas pujante, no bom caminho e com um quadro social estável” disse Teresinha Fraga, Governadora do Distrito, revelando-se satisfeita com o trabalho desenvolvido pelo Rotary Club.

O homenageado
A residir na aldeia que o viu nascer, Francisco de Carva-lho e Sousa nasceu a 4 de Março de 1934, na Cada de Vila Nova, em Travassos. Iniciou a sua actividade profissional na oficina de ourive-saria da sua família, onde aprendeu a arte a que se dedicou ao longo de toda a sua vida. A actividade agrícola foi também uma constante ao longo da sua vida.
Do casamento, em Outubro de 1963, com Odete Sousa, nasceram cinco filhos: Ma-nuel José, Maria José, Maria Helena, Maria Isabel e Maria Elisa. Depois de longos anos de comercialização de artigos de ourivesaria nas feiras de Cabeceiras de Basto, Fafe, Montalegre, Pico de regalados, P. Lanhoso, Ribeira de Pena, Rossas, Ruivães e salto, fundou, na década de 90, duas ourivesarias, uma na Póvoa de Lanhoso e outra em Cabeceiras de Basto.
“Exímio coleccionador,  inaugurou, em 2001, o Museu do Ouro, onde expõe os objectos artísticos, alfaias e mobiliário de ourivesaria. Nessa mesma altura, inaugurou também a unidade de turismo de habitação – a Casa de Alfena”, dão a conhecer os elementos do Rotary Club da Póvoa de Lanhoso, no momento da homenagem.

Aniversário da Associação em Diálogo

António Ribeiro homenageado

Em dia de aniversário, celebrado dia 27 de Outubro, a Associação “Em Diálogo” prestou homenagem a António Ri-beiro, antigo director do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Fafe. Aos dirigentes, colaboradores, representantes de instituições do concelho e presidentes de Junta, juntaram-se representantes da Câmara, num momento que assinalou o 14.º aniversário da “Em Diálogo”.
Mais do que homenagear aquele que durante vários anos desempenhou funções como director do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Fafe, a cerimónia pretendeu, conforme destacou Clarisse Matos Sá, “homenagear um amigo da Em Diálogo”.
No dia de encerramento da Semana Aberta, a “Em Diálogo” apagou as 14 velas do bolo de aniversário, numa data que constitui, pela positiva, um marco na história da Associação “Em Diálogo”. A homenagem, singela e simbólica, procurou prestar tributo a um homem que esteve durante vários anos ligado às várias instituições do conce-lho, em especial à “Em Diálogo”. O momento de homenagem contou, também, com a intervenção de pessoas que, profissionalmente e pessoalmente, privaram com António Ribeiro.
Em nome pessoal, e como amiga de António Ribeiro, Fátima Moreira, vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, que naquela ocasião representou o Rotary Club da Póvoa de Lanhoso, ao qual preside, desejou os parabéns à “Em Diálogo”, fazendo votos para que “continuem na vossa senda, no trabalho social, para que, de facto possam contribuir para uma Póvoa mais solidária”. “Trabalhar com o dr. António ribeiro é um exemplo de vida. Aquilo que fui ouvindo transformou-se em metas para mim também. Pessoa de uma humildade e de uma postura perante o trabalho e os valores que defende que ninguém que tenha uma postura correcta perante a vida pode deixar de reconhecer isto”, destacou Fátima Moreira.
Também Luísa Rodrigues Sousa Dias, do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio, revelou que o homenageado “é capaz, independentemente de qualquer coloração política, de estar sempre ao lado de quem precisa para facilitar a vida dos que precisam de nós”.
“Esse foi o grande exemplo que o senhor me deixou. O senhor ajuda, indiscriminadamente, a resolver os problemas das instituições, das entidades que consigo têm o privilégio de trabalhar”, disse a presidente do Agrupamento Gonçalo Sampaio.
Destacando o quão gratificante foi trabalhar com António Ribeiro, o advogado João Tinoco de Faria, antigo presidente da Câmara, apontou, de entre outras considerações, o homem de uma disponibilidade total, total frontalidade e coerência total.
Salientando a personalidade importante no desenvolvimento e crescimento da “Em Diálogo” que foi António Ri-beiro, o ex-presidente da direcção da instituição e actual presidente da Assembleia Geral, António Lourenço, e considerou importante que se faça justiça, através da homenagem, a pessoas que foram importantes para a “Em Diá-logo”.
Vincando a boa relação entre a Câmara e o Instituto de Emprego, Gabriela Fonseca, vice-presidente da Câmara Municipal, destacou a capacidade de António Ribeiro em transformar as relações institucionais em pessoais, assim como a sua presença assídua, nomeadamente no Conselho Municipal da Educação.
A relação séria, os valores e características de António Ribeiro foram também destacadas por Clarisse Sá, assim como os inúmeros contributos, nomeadamente na definição de alguns projectos.
De acordou com Clarisse Matos Sá, a Semana Aberta da EPAVE, realizada de 24 a 27 de Outubro, procurou “focar essencialmente os crescentes problemas sociais que a actual conjuntura tem causado a muitas famílias, que vivem hoje enredadas nas teias do desemprego, das fa-lências, do desemprego, da exclusão e da pobreza”.
As várias iniciativas que marcaram a Semana Aberta deste ano foram dirigidas a todos quantos se dedicam à área social no concelho. Do programa constou, no dia 24, pelas 14h30, uma palestra denominada “Alimentação aro-matizada para uma saúde equilibrada”, dirigida a utentes do projecto “Alimentação adequada a custo controlado”, seguindo-se, no dia 26, pelas 15 horas, uma tertúlia alusiva ao tema “Respostas Sociais: inovar face à actual conjuntura”, que contou, de entre outras, com a presença do padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Nesta sessão, procurou-se reflectir sobre a necessidade de criar novas  respostas sociais para as questões que a sociedade enfrenta e pata a melhoria dos serviços prestados aos utentes.
Para além do jantar comemorativo do 14.º aniversário, o dia 27 de Outubro, sábado, ficou marcado por uma acção de formação interna, denominada “Em Diálogo em segurança”, destinada a todos os colaboradores das valências, serviços e projectos da instituição, num momento que contou com a participação de elementos da GNR, Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso e Centro de Saúde.

Lanhoso

Solidariedade dá cadeira de rodas

À  família e à Segurança Social juntou-se a Esprominho na concretização de um sonho: uma cadeira de rodas para a Susana, utente da ASSIS – Associação de Solidariedade Social, Integração e Saúde do Norte, localizada em Lanhoso. A cadeira, adaptada às condições e necessidades de Susana Ribeiro, que sofre de paralisia cerebral, ascendeu a mais de 4700 euros. À volta deste processo, apoiado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, reuniu-se um conjunto de vontades, que permitiram a aquisição do equipamento.
Desde Dezembro de 2010 que Susana Ribeiro se encontra na ASSIS, depois de ter passado por famílias de acolhimento. O acompanhamento da irmã, Conceição Ribeiro, tem sido fundamental na vida de Susana. O dia foi de grande emoção para todos. O sonho foi agora concretizado.
Paulo Fernandes, director-geral da Esprominho, Fátima Moreira, vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Eliana Oliveira, técnica da autarquia povoense, e Conceição Ribeiro, irmã de Susana, marcaram presença no momento de entrega da cadeira de rodas, realizada na tarde de segunda-feira, dia 29 de Outubro, nas instalações da ASSIS.
Emocionada, Conceição Ribeiro agradeceu a todos quantos colaboraram na aquisição da cadeira de rodas adaptada, assim como aos responsáveis e técnicos da ASSIS. “Não tenho palavras para descrever o que esta instituição representa para mim”, disse.
“Acima de tudo, vai dar mais autonomia. A Susana já tem uma idade, 43 anos, que não lhe permite corrigir nenhuma das posturas corporais. A cadeira vai permitir que ela não perca as funções que já tem. Vai permitir que saía da instituição, que vá visitar o pai e a irmã. Vai permitir também que a consigamos deslocar na instituição pois o cadeirão não o permitia”, explicou Cíntia Costa, directora técnica da ASSIS.
“A Susana é uma utente muito activa, gosta muito de passear e sair. A cadeira vai permitir que ela seja muito mais autónoma e que a família tenha mais qualidade de vida com ela”, referiu ainda a responsável da ASSIS.
Revelando que a Esprominho tem, ao longo dos anos, se associado a causas sociais, Paulo Fernandes, director geral da instituição, adiantou que esta deve ser uma obrigação das empresas que estão bem no mercado. A Esprominho é a face mais visível de um conjunto de empresas que se associaram à causa e contribuíram para a aquisição da cadeira de rodas adaptada.

S. Gens de Calvos

Centro Social: novas instalações

No dia de inauguração das obras de restauro da Igreja Paroquial, o Centro Social de Calvos lançou, de forma simbólica, a primeira pedra das novas instalações, numa cerimónia presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga.
Na tarde de domingo, dia 28 de Outubro, e por ocasião do lançamento da primeira pedra das novas instalações do Centro Social, o padre Albino Carneiro revelou que as actuais instalações corriam o risco de encerramento, “fruto da existência de condições infra-estruturais desadequadas, nomeadamente no que concerne a aspectos como acessibilidade e zonas/mecanismos de circulação para pessoas com deficiência”.
As limitações das actuais instalações levaram, em 2009, o Centro Social, na altura presidido pelo padre António Lopes, a avançar como o projecto “Despertar para o Futuro”. Depois de reprovada, em 1999, a candidatura ao POPH, o projecto recebeu sinal verde, em 2012, após candidatura ao PRODER, através da ATAHCA.
A nova obra, que está a ser erguida num terreno doado por uma moradora – Clarinda Alves, contempla um centro de dia, com capacidade para 25 utentes, e serviço de apoio domiciliário para 50 utentes, em horário alargado. O projecto do novo centro social está preparado para novas respostas no futuro, as quais poderão passar por um mini-lar de 3.ª idade.
“Este projecto não é só de Calvos mas sim de todo o concelho, principalmente de Frades, Rendufinho e parte de Fontarcada”, destacou o padre Albino Carneiro, que pretende alterar o nome das novas instalações para Centro Inter-paroquial de Calvos, Frades e Rendufinho.
Para além do Arcebispo Primaz de Braga, a cerimónia contou com a presença do director do Centro Distrital de Braga da Segurança Social, Rui Barreira; de Mota Alves, da ATAHCA, de Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, e restante executivo; bem como dos presidentes da Junta de Freguesia de Calvos e Frades, assim como da população, que marcou presença em grande número.
“Quis dar o terreno para benefício dos velhinhos pois se não criassem novas instalações podiam fechar. Sinto-me bem. O que dei não me faz falta”, disse Clarinda Alves, que ofereceu o terreno para a construção das novas instalações do Centro Social de Calvos.

Igreja totalmente remodelada

A intervenção foi total na Igreja Paroquial de S. Gens de Calvos e pode mesmo dizer-se que “apenas ficaram os muros em pé”. Cerca de 175 mil euros foi o valor investido pela paróquia de S. Gens de Calvos nas obras de restauro da Igreja Paroquial, iniciadas em 2005 e finalizadas neste ano. Volvidos 62 anos, a Igreja Paroquial recebeu uma intervenção profunda, que se estendeu ao interior e exterior do templo. A intervenção foi total, desde o telhado, pavimento, intervenção nas paredes e nos quatro altares laterais, assim como no altar-mor e em todo o exterior do edifício. A isto, junta-se, também, uma nova caixilharia e janelas. Para a concretização da obra, que já se encontra totalmente liquidada, foi fundamental, e como destacou José Lima, secretário do Conselho Económico Paroquial, o apoio da população, da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e da Junta de Freguesia de Calvos. Ao longo destes anos, o Conselho Económico foi angariando donativos e realizando actividades com vista à aquisição de verbas para custear as obras. Uma grande fonte de receita, para além dos três peditórios, foram os bazares realizados ao longo destes anos.
“As pessoas estão encantadas e maravilhadas pois a Igreja está mais bela. Está mais prática. Há cerca de 20 anos sofreu uma reparação ligeira e uma profunda há 62 anos. As pessoas estão contentes com o trabalho que se fez e com a equipa que liderou as obras”, referiu José Lima.

Aldeia de Covelas

Feira animou população

A freguesia de Covelas recebeu, no dia 21 de Outubro, a Feira das Colheitas, num momento promovido pela Comissão de Festas em honra de S. Julião.
O dinamismo e empenho dos membros da comissão foi reconhecido pela população, que ofereceu os bens para a realização da Festas das Colheitas. De tudo um pouco ali se podia encontrar.
 Das batatas, às cebolas, não esquecendo o mel, o milho, o feijão e até os frangos e uma cabra.
As verbas obtidas com a Feira das Colheitas revertem para as festas em honra de S. Julião, que se realizam naquela freguesia no segundo fim-de-semana de Agosto.
A iniciativa ficou marcada pelo sucesso e contou com muitos visitantes, tanto de Covelas como das freguesias vizinhas. O evento contou com animação pelas concertinas e pelos bombos de Pedralva.

Serzedelo

Miniaturas em pedra de encantar

O cartão, a madeira e os restos de pedra, cujo destino seria o lixo ganham nova vida nas mãos de Luís Gonçalves, residente em Serzedelo. O gosto pelos trabalhos manuais e pela construção de miniaturas surgiu há cerca de 15 anos mas somente há dois anos é que este passatempo tem sido levado mais a sério.
Aos espigueiros, juntam-se os fontanários, os cruzeiros, as casas e as prensas, num trabalho de grande qualidade e minuciosidade. Aqui, nenhum pormenor é descurado e a qualidade e beleza dos trabalhos tem sido muito apreciada. Impulsionado por Basílio Fernandes, também residente em Serzedelo, que se dedica nos tempos livre à construção de miniatura de alfaias agrícolas e outros objectos, Luís Gonçalves, de 33 anos, tem participado em feiras de artesanato e a venda dos produtos tem-se revelado muito satisfatória.
Nos próximos tempos, o artesão vai dedicar o seu tempo livre na construção de novas peças para participar na Feirinha dos Presépios, em Garfe, e num ponto de venda no Diverlanhoso, em Oliveira. Pouco a pouco, feira após feira, o nome de Luís Goçalves vai ficando conhecido. A qualidade do trabalho é a sua imagem de marca.
“Há cerca de 15 anos, na altura trabalhava numa fábrica de mármores de um tio meu, comecei por construir uns espigueiros. Foi nessa altura que ganhei o gosto por estes trabalhos. Fiz vários espigueiros e até para Espanha vendi. Naquela ocasião, coloquei-os à venda no restaurante de um amigo meu e vendi bastantes”, dá a conhecer Luís Gonçalves, que destaca o apoio e ajuda dada por Basílio Fernandes.
O gosto já existia e o incentivo do amigo foi deveras importante para este artesão mostrar à população os seus dotes como artesão.
“Tem-me, ajudado muito. Tenho ido a feiras com ele e já expus na Casa da Botica”, explica Luís Gonçalves.
“O que tenho vendido mais são os espigueiros e também as prensas. São os mais pro-curados. Tenho vendido mui-tas peças a emigrantes, principalmente de França. Têm muito gosto neste tipo de peças”, explica.
“Os próximos projectos serão um moinho, umas cascatas com água a girar e uma réplica da nossa igreja. Esta última vai demorar bastante tempo pois eu quero construir tal e qual como ela é”, revela igual.
Nas horas vagas, principalmente no Inverno, prepara os materiais para a construção das várias miniaturas. Com a ajuda de algumas pequenas máquinas e ferramentas, vai aperfeiçoando as peças, e dando forma às construções, onde nenhum pormenor é descurado.
“Este ano, expus na Póvoa de Lanhoso, em Gonça e na Feira da Terra, em S. Torcato. Estive também na EPAVE. Segue-se. Na época de Natal, estou presente no Diverlanhoso e em Garfe. As pessoas apreciam muito os meus trabalhos e são muitos os que questionam como consigo fazer alguns pormenores”, revela.
Registar as peças produzidas poderá ser um dos objectivos no futuro. A família é o grande apoio e o incentivo dos seus familiares e amigos tem sido fundamental nesta caminhada.
O talento escondido de Luís Gonçalves é agora conheci-do na região, graças ao amigo Basílio Fernandes, que o incentivou a mostrar os trabalhos e a produzir novas peças.

DTER da Póvoa de Lanhoso

GNR aproxima gerações

Hoje com 80 anos, Francisco da Silva já saiu do activo há 24, depois de quase três décadas ao serviço da Guarda Nacional Republicana, mas uma vez militar, militar para sempre.
É o sentimento de pertencer à “família da Guarda” que juntou, na Póvoa de Lanhoso, militares reformados e/ou na reserva com elementos no activo, num convívio organizado pelo Destacamento Territorial (DTER) da Póvoa de Lanhoso.
“É pena que esta iniciativa só tenha acontecido agora” lamenta Francisco da Silva, à mesa do dominó com um antigo companheiro de serviço, José Alves Ribeiro.
Ambos terminaram o serviço activo no Posto Territorial da Póvoa de Lanhoso e não lhes faltam histórias para contar.
Francisco da Silva lembra a noite em que foram alertados para um furto numa fábrica e ‘abandonaram’ o Posto para tentar apanhar os ladrões.
Dessa vez, não conseguiram. Tiveram mais sucesso no dia em que ‘apanharam’ boleia de um vizinho - que tinha carro numa altura em que as patrulhas se faziam a pé - e não só apanharam o assaltante como recuperaram o ouro roubado.
“Tínhamos brio em fazer mais e melhor e prestigiar a corporação” afirma o militar reformado.
Entre boas e más recordações - porque os tempos também eram difíceis - José Alves Ribeiro lembra que che- gou a fazer 72 horas seguidas sem ir a casa.
Mas nem isso apaga o gosto em pertencer à centenária corporação da GNR. Por isso, muitos militares reformados e na reserva louvaram a iniciativa do DTER da Póvoa de Lanhoso que juntou à mesma mesa e numa jornada de convívio 91 militares reformados e /ou na reserva com outros ainda no activo e que residem ou prestaram serviço na área do Destacamento.
“Todos fazem parte da GNR” explicou o comandante do DTER da Póvoa de Lanhoso, capitão Gonçalo Amado, que considera que quem está no activo deve homenagear os que estão na reserva/reforma e que ajudaram a construir a história desta corporação secular.
O oficial reconhece que a iniciativa foi “muito bem recebida” e, tal como os participantes, espera que ela tenha continuidade, até porque “todos são precisos para uma sociedade mais segura e mais solidária”.

Centro Social de Monsul

Novo espaço para os mais velhos

A cedência das instalações do Jardim-de-Infância de Monsul, agora desactivado, por parte da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, permite ao Centro Social de Monsul, desenvolver novas actividades com os utentes da instituição. 
O início das actividades teve lugar no dia 25 de Outubro e a partir deste momento, às quintas-feiras, o Centro Social e Paroquial de Monsul promove aulas de ginástica geriátrica, às quais se segue a Eucaristia, celebrada pelo padre Rafael, e um almoço-convívio. Rastreios de densitometria óssea, trabalhos manuais, acções de sensibilização, com a GNR, e fisioterapia serão as actividades a realizar no futuro.
Paralelamente a esta nova resposta, mantém-se a parceria com o Centro Social Teresiano de Verim, com os utentes do Centro Social e Paroquial de Monsul a participarem, às terças e sextas-feiras, nas actividades em Verim.
O Centro Social e Paroquial de Monsul desenvolve a sua actividade junto de 35 utentes, das freguesias de Monsul, S. João de Rei, Moure, Águas Santas e Gerás.
Os primeiros passos estão dados e mediante as solicitações e necessidades dos utentes, os responsáveis do Centro Social de Monsul procurarão introduzir novas actividades. Promover momentos de convívio e lazer e retirar os mais velhos do isolamento é um dos objectivos do Centro Social de Monsul. Outra das apostas do Centro Social de Monsul passa pela formação das colaboradoras da instituição, tendo promovido uma formação em Tecnologias da Informação e Comunicação.

Desporto - III Divisão Nacional, 6.ª jornada

M.ª Fonte tirou liderança ao Ronfe

O Maria da Fonte deslocou-se, no passado domingo, dia 28 de Outubro, ao terreno do Ronfe e venceu por 2-1, tirando a liderança à turma da casa, que desceu ao segundo lugar.
Com esta vitória, na 6.ª jornada, o Maria da Fonte ocupa a 7.ª posição da tabela classificativa, com oito pontos.
A formação da Póvoa de Lanhoso foi a primeira a chegar ao golo, próximo do intervalo. Decorriam 42 minutos quando o Maria da Fonte passou para a frente do marcador por intermédio de Carlos Veiga. Os homens do Ronfe, que não perdiam em casa há longos meses, mostraram-se em baixo de forma, praticando um futebol muito longe do habitual, facto que foi aproveitado pelos homens do Maria da Fonte, que se mostraram bem organizados defensivamente.
Aos 70 minutos, Hugo Dias, que entrou na partida minutos antes, a passe de Israel, fez o golo do empate e deixou tudo novamente em aberto. Carlos Veiga assumiu-se como o homem do jogo e obteve, aos 78 minutos, o segundo golo do Maria da Fonte. Aos 80 minutos, o Ronfe ficou reduzido a dez unidades, com expulsão de André, tendo dois elementos do Maria da Fonte, que se encontravam no banco de suplentes, recebido também a cartolina verme-lha. No próximo domingo, dia 4 de Novembro, pelas 15 horas, o Maria da Fonte recebe a equipa do Ponte da Barca, que ocupa a 9.ª posição, com 7 pontos.