Reflexão

Plantas aromáticas e medicinais

Mais de 200 pessoas, vindas de vários pontos do país, participaram, no dia de 6 de Novembro, nas I Jornadas Técnicas de Plantas Aromáticas e Medicinais, realizadas no Auditório de Fontarcada, num momento promovido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em parceria com a ATAHCA. Trazer a debate questões como a produção, transformação, certificação, investigação, comercialização e apoios financeiros disponíveis no âmbito das plantas aromáticas e medicinais, foi um dos objectivos da iniciativa, que reuniu especialistas das várias áreas em destaque.
A pertinência do tema foi destacada por Mota Alves, da ATAHCA, uma vez que, segundo aquele responsável, o nosso país importa centenas de milhares de euros em plantas aromáticas e medicinais.
O potencial do país, no tocante às condições atmosféricas foi também vincado por Mota Alves que considera esta área – a produção de plantas aromáticas e medicinais, como uma forma de cativar jovens, sobretudo jovens licenciados, para regiões que sofrem de grandes constrangimentos, como é o caso do despovoamento.
A importância da carta de zonas de qualidade, como forma de aportar mais-valia aos produtos produzidos nessa região foi também defendida por Mota Alves, que apontou o bom exemplo do Município da Póvoa de Lanhoso, no que diz respeito à criação de uma bolsa de terras e no apoio à produção em modo biológico.
Como desafio, pediu às instituições públicas e privadas que reflictam sobre a importância da agricultura como uma alternativa sólida, sustentável e duradoura.
“A realização destas Jornadas Técnicas é uma excelente oportunidade para partilhar conhecimento e experiências numa área que representa hoje uma oportunidade de negócio em crescimento”, destacou Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, na sessão de abertura. De acordo com Manuel Cardoso, Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, e apontando dados do PRODER, ficam vinculados à agricultura cerca de 200 jovens por mês. Aquele responsável apontou ainda que o objectivo, até 2020, é sermos auto-sustentáveis no plano agro-alimentar.
A estratégica passa, segundo Manuel Cardoso, pela união de todos os produtores. “Só assim conseguiremos ter escala, ter dimensão e ter capacidade negocial junto dos operadores”, vincou o director regional.