Misericórdia da Póvoa de Lanhoso

António Queirós lança duras
críticas à actual equipa


Cinco meses depois de anunciar a candidatura a Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, António Queirós, acompanhado de vários elementos da lista por si encabeçada, convocou a comunicação social, na manhã de ontem, para denunciar algumas situações vividas na instituição. Vincando que “a Santa Casa da Misericórdia é uma instituição quase centenária que nos merece o maior respeito”, o candidato reiterou as “denúncias oportunamente feitas relativamente ao clima de medo, de pressão, de chantagem e até de perseguição que se vive na instituição.
“Tivemos muita dificuldade em constituir a nossa equipa. Precisamente pelo medo que as pessoas têm em afrontar quem dirige, neste momento, os destinos da nossa Misericórdia”, esclareceu António Queirós.
“Esta pode ser a última oportunidade de devolver a Santa Casa aos irmãos e à Póvoa de Lanhoso, em face do previsível assalto ao poder. Sabemos que, se os Irmãos confiarem à actual administração um novo mandato, tudo farão para se pere-nizarem no poder, aliás é isso que tem vindo a suceder-se”, referiu.
“Tememos pela instituição, pois não possuímos dados que nos esclareçam como poderá a SCMPL pagar os cerca de 4 milhões de euros gastos nos últimos 3 anos”, vincou, fazendo referência à insolvência de uma empresa da qual Humberto Carneiro era sócio e gerente, assim como à insolvência pessoal do Provedor da Misericórdia.
“E quem não é capaz de gerir uma empresa, nem a sua vida particular, que confiança transmite essa mesma gestão incapaz, em relação à gestão de dinheiros públicos e prova-dos? No nosso entendimento, nenhuma”, questionou o candidato.
“Como é que uma pessoa que tem um tutor, o Administrador de Insolvência, para o ajudar a gerir a sua vida patrimonial, durante 5 anos, o período de duração da insolvência, pode administrar um orçamento de quase 12 milhões de euros como é o da Misericórdia?”, voltou a questionar António Queirós, revelando que “numa postura digna, responsável, ética e moral para com os Irmãos e em especial para com a instituição secular que é a Misericórdia” o dr. Humberto Carneiro deveria ter pedido a sua demissão após o “reconhecimento público assente na sua inaptidão de gestão do seu património”, bem como não deveria ter-se apresentado novamente como candidato a Provedor.
Esclarecendo as razões que os levaram a não comparecer na última Assembleia Geral, António Queirós referiu que solicitaram à Mesa Administrativa o fornecimento de elementos de gestão referentes ao ano em curso mas que foram sonegados.