Escola-sede prestes, a completar 45 anos, carece de obras

Está na hora de ser feita justiça
à Escola Gonçalo Sampaio

A escola básica do 2.º e 3.º ciclos Professor Gonçalo Sampaio, na Póvoa de Lanhoso, sede do Agrupamento com a mesma designação, já tem 45 anos de curriculum, 31 deles no actual edifício que carece de obras desde a tubagem ao pavilhão desportivo.
A directora do Agrupamento, Luísa Rodrigues, afirma que “está na hora de ser feita justiça à escola” onde nasceu o ensino secundário no concelho, a biblioteca e que foi, durante muitos anos, pólo de dinamização cultural, sofrendo os efeitos de ter acolhido milhares de alunos.
A decisão de intervir na EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio já foi tomada no Ministério de Maria de Lurdes Rodrigues, mas “foi subindo e descendo na lista de prioridades da tutela” aponta a directora, assumindo que a promessa já foi repetida por diversos interlocutores e que “nem é uma questão de cor política”.
Luísa Rodrigues confessa a sua “mágoa com a tutela pela desigualdade de tratamento às escolas, com investimentos avultados numas e pouco ou nenhum noutras”.
A dirigente do Agrupamento Gonçalo Sampaio não pede luxos. “Queremos condições equiparadas às escolas normais que foram intervencionadas” afirma, enumerando a lista que inclui projec- tores, quadros interactivos e um parque informático actualizado, a par de oficinas para os alunos dos cursos vocacionais trabalharem, em suma, “tudo o que é necessário para ter um ensino atractivo”.
A carecer de obras está o pavilhão desportivo que está num “estado lastimoso”, confirma a directora, dando conta de defeitos de construção.
De acordo com esta responsável, já foi feito um estudo por técnicos da DGEST Norte e do município da Póvoa de Lanhoso que aponta para a necessidade de obras de fundo.
Em toda a escola, a tubagem tem que ser substituída. “É raro o mês que não rebenta um cano” refere Luísa Rodrigues, evidenciando o “muito dinheiro” gasto em repara-ções.
As salas de aula “estão arranjadas, mas não estão em conformidade com as exigências de hoje” reconhece a directora, apontando que “o mobiliário, em muitos casos, não corresponde ao nível etário dos alunos”.
Luísa Rodrigues acredita que a escola é penalizada por intervir nas instalações, “às vezes a custo zero para o Estado”, já que muitas intervenções foram feitas com apoio do município da Póvoa de Lanhoso, com o apoio dos pais e com verbas angariadas por iniciativas dos próprios alunos.
Embora “arranjada” a escola sofre os efeitos de 31 anos de funcionamento e milhares de alunos. Foi na EB 2,3 Professor Gonçalo Sampaio que nasceu o ensino secundário no concelho.
“Começamos por pedir o 10.º ano, depois o 11.º e o 12.º para evitar que os alunos tivessem que sair do concelho para frequentar o ensino secundário” conta a directora.
‘Plantada a semente’, foi construída a escola secundária, mas ficaram na EB 2,3 os efeitos da sobrelotação de alunos. O restante parque escolar do Agrupamento - que inclui quatro centros escolares e mais dois jardins de infância - possui “instalações magníficas” reconhece Luís Rodrigues.