Peregrinação a Nossa Senhora do Pilar

Arcebispo exorta paróquias
para a prática da caridade
e combate às desigualdades

A vila da  Póvoa de Lanhoso foi o município escolhido para acolher a iniciativa 'Um Dia pela Vida' da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
D. Jorge Ortiga deixou mais um alerta para o agravar das desigualdades que existem na sociedade actual, um facto que requer acção por parte dos cristãos. Foi na homilia da eucaristia da Peregrinação Arciprestal a Nossa Senhora do Pilar, na paróquia de Nossa Senhora do Amparo, que, no passado domingo, dia 24 de Maio, o arcebispo primaz apelou às paróquias para que se empenhem na criação de equipas sócio-caritativas que permitam fazer com que cada ser humano tenha o essencial para viver com dignidade.
No apelo às paróquias, o arcebispo realçou que a mensagem que vai passar em todas as peregrinações deste ano pastoral será no sentido de exortar os cristãos a viverem as obras de misericórdia. “A fé, se ela não tiver obras está completamente morta e reconhecer a fé vive-se nos comportamentos e atitudes”, sublinhou.
Às paróquias que individualmente ou em união com outras paróquias aceitem o desafio do arcebispo, este lembrou que Cáritas Arquidiocesana dá formação para que “o exercício da caridade seja cada vez mais vivido de modo responsável e consciente”.
D. Jorge Ortiga falou para muitas centenas de fiéis que fizeram da peregrinação deste ano uma das mais concorridas do arciprestado. A peregrinação teve início pouco depois das 9.30 horas, na igreja matriz da Póvoa de Lanhoso. Hora e meia depois, a imagem de Nossa Senhora chegou à esplanada granítica do Pilar, onde foi recebida com pétalas de flores e mui-tos acenos de lenços brancos.
O calor não afastou os fiéis que, como é tradição, aproveitaram a peregrinação para, no final, desfrutar de um piquenique em família.
À margem desta peregrinação, a Confraria de Nossa Senhora do Pilar, pela voz do seu juiz, Carlos Correia, referiu à comunicação social que precisa de ajuda técnica para avaliar as condições dos azulejos do templo que “estão em risco de queda”. Além de avaliar o estado dos azulejos, essa ajuda técnica permitiria ainda estudar formas de obter apoio financeiro para realizar uma intervenção nos azulejos, uma vez que esta Confraria vive apenas das esmolas e não tem capacidade para suportar grandes investimentos.