Milhares de fiéis no concelho

Fé mobiliza peregrinos
de todas as idades

A Peregrinação a Nossa Senhora do Pilar voltou a juntar muitas centenas de pessoas no Monte do Pilar, na Póvoa de Lanhoso, denunciando assim que a fé continua bem viva nesta comunidade.
O calor intenso que se fazia sentir não esmoreceu o fé de fieis de todas as idades que pouco depois das nove e meia da manhã partiram da Igreja Matriz da Póvoa de Lanhoso, monte acima, até chegar à esplanada granítica do Pilar, onde o arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga, presidiu à celebração da eucaristia que marcou o culminar de uma caminhada da fé que envolveu escuteiros, guias e todos os grupos ligados à igreja católica e todas as paróquias do Arciprestado.
O Grupo de Catequese de Monsul — com cerca de 40 elementos, sobretudo crianças e jovens — foi um dos integraram esta peregrinação. “Participamos todos os anos e o que eu noto é que há cada vez mais jovens peregrinos. Isso é muito bom”, referiu Andreia Pereira, catequista do 9.º ano, ao Maria da Fonte.
Para este grupo, a peregrinação não começou na Igreja Matriz da Póvoa de Lanhoso, mas  sim em Monsul. “Fizemos o percurso de Monsul a pé  até à Póvoa. Saímos pelas 8 horas de Monsul, mas ninguém está cansado porque todos participam por gosto”, frisou.
Também Conceição Tinoco confessou que a fé faz milagres, pelo que não sentiu cansaço durante a peregrinação. Esta foi uma das três fiéis que transportaram a bandeira da Pia União das Filhas de Maria, um grupo católico de Covelas. “Penso que este ano a peregrinação tem mais gente, está bem composta”, disse, contando que ainda se recorda de, nos seus tempos de catequese, já lá vão mais de 50 anos, participar também nesta peregrinação. “Agora é muito diferente do antigamente. penso que antes havia mais devoção e hoje há muito comércio em torno desta peregrinação”, referiu.
Mavilde Ferreira transportou o pesado estandarte do Rancho Folclórico de Fontarcada desde a igreja matriz, no centro da vila, até ao Monte do Pilar. Há 11 anos que transporta o estandarte nesta peregrinação, algo que confessa que não lhe custa fazer, apesar do declive acentuado que os peregrinos têm de enfrentar para “escoara” até ao topo do Monte do Pilar. “É a Senhora do Pilar que me ajuda.