Manuel Baptista

“Somos um concelho 
com responsabilidade social”

MF - Que balanço faz da política social deste executivo?
MB - O trabalho na área social é sempre muito exigente, pois todos os dias somos confrontados com novos problemas. A estratégia que temos seguido tem sido a de apostar na criação de várias respostas sociais que vão ao encontro das necessidades que identificamos e que melhorem a qualidade de vida dos povoenses. O trabalho que desenvolvemos não é isolado e se hoje dizemos com orgulho que somos um concelho com responsabilidade social é porque há resultados positivos da autarquia e das muitas IPSS’s que felizmente o concelho tem. Ao longo dos últimos anos, demos um salto de gigante nas respostas sociais e isso é reconhecido por todos, por isso, faço um balanço muito positivo. Preferia que não fossem necessárias as respostas, pois seria sinal de que não havia dificuldades, mas sabemos que não é assim e, por conseguinte, a autarquia tem de ter a responsabilidade de estar atenta para intervir. É o que temos feito.

MF - Qual a sua principal preocupação, visto que a área social sempre foi apontada como prioridade?
MB - O desemprego é maioritariamente a base de todos os problemas sociais e, por isso, é a nossa principal preocupação. É por esse motivo que temos apostado em criar condições para que o concelho seja atractivo para os investidores. Para além disto, incentivamos as políticas que valorizem e apoiem os empresários existentes. E há sinais muito positivos. Ainda esta semana anunciámos o recrutamento que uma empresa internacional está a fazer para que se possa instalar no nosso concelho. A concretizar-se este projecto, são cerca de 150 novos postos de trabalho, o que é muito importante. Mas este é um trabalho que fazemos com discrição pela sua sensibilidade e porque gostamos mais de apresentar resultados do que de criar expectativas nas pessoas. Entendo que a autarquia tem hoje as respostas mais importantes do ponto de vista social e, por esse motivo, estamos agora a reforçar a componente de apoio ao desenvolvimento económico no sentido de contribuirmos para a diminuição do desemprego.

MF - A empresa que está-se a referir é a francesa Altice?
MB - Sim, já é pública a sua intenção de se instalar na Póvoa de Lanhoso, mas, como disse, esse processo está a ser conduzido por mim com a discrição que ele merece. Em breve falarei sobre ele com mais pormenor.

MF - Qual a medida implementada que, para si, é mais importante?
MB - Essa é uma pergunta difícil…Eu diria que há três medidas que muito me orgulho de ter implementado. Os Centros de Convívio para os idosos do concelho, o subsídio de apoio à renda e o apoio à natalidade. Estas três respostas mostram bem o que pensamos sobre a política social. Nós não achamos que devemos ter apenas apoios financeiros para ajudar nos problemas pontuais das famílias. Para além desses apoios, há muito para se fazer na área social e, por isso, temos políticas activas que promovam a qualidade de vida dos mais velhos ou ainda que incentivem os jovens casais a fixarem-se no nosso concelho. Podia ainda falar nas bolsas de estudo para os nossos estudantes do secundário ou do ensino superior ou na loja social…Como vê, é difícil escolher uma medida, pois todas elas são muito importantes.

MF - A propósito dos Centros de Convívio, o projecto vai alargar-se a outras freguesias?
MB – Sim, nós assumimos o compromisso de alargar a rede existente de cinco para sete neste mandato. Posso adiantar-lhe que abriremos já em Março na freguesia de Rendufinho e estamos a ultimar a abertura de um novo centro na freguesia de Galegos. Este é um projecto que resulta de parcerias com as Juntas de Freguesia e que, como disse, me realiza imenso pois sei da sua importância para os mais velhos.

MF - Qual o feedback que os povoenses lhe transmitem sobre as respostas sociais?
MB - A melhor imagem que tenho para lhe responder é a alegria que vejo no rosto das pessoas que beneficiam das medidas de que lhe falei. Seja quando vou visitar um Centro de Convívio, seja quando entregamos as bolsas de estudo ou os subsídios de apoio à renda, ou ainda quando temos o Salão Nobre cheio de bebés. Acho que os povoenses reconhecem que têm uma autarquia que se preocupa com o seu bem-estar, especialmente aqueles que mais sentem as dificuldades da vida.