EDITORIAL

Armindo Veloso




 
Palavra 

No tempo que vivemos tudo serve para entreter o povo.
Durante as últimas semanas de cada ano virou moda entreter a  malta com a eleição da palavra que melhor espelha esse ano que finda. Desde “Troika” a “Ronaldo” passando por “Justiça” aparece de tudo.
Começa-se por muitas propostas, passa-se para uma lista curta com as mais referenciadas e, finalmente, há fumo branco com a eleita. Nunca entrei neste jogo mas ele deu-me mote para este texto.
Para mim, a palavra mais marcante do ano que agora termina é sem dúvida nenhuma “Francisco”.
Ela, no meu entendimento, é a palavra. Quer se queira uma palavra global ou uma palavra eleita no concelho da Póvoa de Lanhoso.
O Papa Francisco é, finalmente, um papa do povo. O Papa que a igreja dos nossos tempos precisava.
Não me meto em assuntos de profunda religiosidade porque não tenho conhecimentos das matérias e deixo isso para os teóricos muitos deles a olharem Francisco de soslaio. Lembro que é um papa americano, primeiro da história, o primeiro não europeu há mais de 1200 anos e Jesuíta!
No que me interessa e naquilo que julgo interessar ao povo anónimo, este homem é o Homem certo no tempo certo. A mensagem que leva consigo para todo o lado seja sobre o tema que for, mais consensual ou mais fracturante, é sempre uma mensagem de esperança realista. E depois a forma:  da janela da praça de S. Pedro, no meio das multidões, numa qualquer conferência, este homem transmite empatia, profundidade e simplicidade.
Num mundo onde a solidariedade humana e a verdade são tão escassas, “Francisco” é a palavra.

Bom ano novo para todos.

Até um dia destes