Escolas e IPSS’s

‘Heart Parade’ sensibiliza 
para tradições e ambiente
Os eco-espantalhos cederam o lugar ao concurso ‘Heart Parade’, no jardim António Lopes. Como previsto, desde a manhã desta quinta-feira, dia 12 de Junho, oito exemplares elaborados por escolas ou IPSS’s dão um colorido dife-rente àquele espaço central e embelezam ainda mais um dos mais bonitos espaços verdes da Vila da Póvoa de Lanhoso.
Utilizando materiais diversos, como tecido, cortiça, elementos da natureza como frutos ou bugalhas, fechos, macramé, tampinhas de plástico ou cápsulas de café e muito mais e oferecendo diferentes interpretações da Filigrana, estes exemplares do “Heart Parade” prometem continuar a atrair a atenção dos curiosos, mas também a sensibilizar a comunidade para a importância de conhecerem as suas raízes e tradições e para a temática ambiental.
“É uma preocupação da Câmara Municipal, de uma forma organizada, recuperar as tradições, associando as pessoas mais idosas e as mais jovens às mesmas”, refere a vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, dando exemplos. “Podemos falar na recuperação do Cortejo Etnográfico de São José, em que estão patentes muitas tradições, algumas delas já não fazem parte da vivência dos jovens que estão nas escolas, principalmente dos mais pequenos. Podemos falar do concurso de eco espantalhos. Os espantalhos eram utilizados nos campos para espantar os pardais e nós associámos aos espantalhos a componente ambiental, utilizando materiais reciclados ou recicláveis. E concluímos agora com o concurso ‘Heart Parade’ associado à Filigrana, que caracteriza a Póvoa de Lanhoso, juntando a componente ambiental com os materiais recicláveis ou reciclados, de preferência materiais provenientes da natureza, para fazer esse aproveitamento”, explica a mesma responsável, sintetizando os objectivos desta iniciativa: “Recu-perar tradições, incutir nos mais novos esse gosto pelas vivências passadas dos seus avós e dos seus pais, e, ao mesmo tempo, associar sempre a componente ambiental a essas actividades”. No futuro, outros costumes poderão ser reanimados. “Outra tradição que gostava de recuperar, talvez no próximo ano, são os maios. Fica muito bonito, é interessante, pode-se fazer com diversos materiais e dar um colorido diferente às casas, ao comércio, às escolas, etc..”, revela a vice-presidente da autarquia.
A escolha dos vencedores teve em conta o valor estético, a criatividade e a originalidade das peças. O júri, composto por um representante da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, por um artista plástico e por uma pessoa ligada à filigrana, atribuiu a vitória, no segundo escalão, ao trabalho apresen-tado pela Casa de Trabalho de Fontarcada, com uma peça que relembra a minúcia e o desenho daquela arte. Em segundo lugar, ficou a E2, 2,3 Prof. Gonçalo Sampaio e, em terceiro lugar, três entidades: a Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga, o Centro Social e Paroquial de Sobradelo da Goma e o Lar de São José da Santa Casa da Misericórdia local.