Entrevista

Carlos Correia
“Precisavamos de fazer
o que foi feito até hoje”

A Confraria de Nossa Senhora do Pilar, que integra a paróquia de Nossa Senhora do Amparo, conta com 186 anos e tem, desde Janeiro deste ano, novos corpos gerentes. Carlos Correia, é o presidente e Juiz da Confraria de Nossa Senhora do Pilar. É o rosto mais visível de uma equipa de trabalho. Deitaram mãos à obra e, em poucos meses, desenvolveram um importante trabalho de recuperação do património da Confraria de Nossa Senhora do Pilar.

O que o levou a abraçar o cargo de Juiz da Confraria?
Estou ligado à Confraria há 17 anos, onde já desempenhei vários cargos. Há cerca de um ano e meio, criou-se um vazio na Confraria e recebi o convite do sr. Padre Armindo que me convidou para ser presidente. Com a alteração dos estatutos, actualmente o presidente passa também a ser o juiz da Confraria. Digamos que, sou Juiz e Presidente. Este mandato, de acordo com os estatutos, é de três anos.

O que já foi feito no decorrer deste mandato?
Tomamos posse no dia 5 de Janeiro de 2014. No primeiro mês, ao longo de várias reuniões, estivemos envolvidos na discussão dos novos estatutos. O Paço tem estatutos gerais para as Confrarias, que têm que ser discutidos para, em determinados pontos específicos, serem adaptados. Colocamos mãos à obra, arrancamos para trabalhar no dia 6 de Fevereiro. Começa-mos a trabalhar sem um plano de actividades pois o plano de actividades é apresentado em Novembro. Discutimos, em reunião, as obras e intervenções a realizar. Precisávamos de fazer o que foi feito até hoje. Recuperamos a Igreja do Pilar a nível interior pois a nível exterior está ainda bastante aceitável. Foi uma intervenção realizada pelos membros da Confraria. Foi pintada e no futuro vamos tentar salvar os azulejos que estão em risco de queda. É uma intervenção complicada, que vai exigir técnicos e ficará para o futuro. Recuperáramos a Casa dos Sinos, com a colocação de um novo telhado, chaminés, rufos, pintura e carpintaria. Foi uma intervenção muito profunda, diria quase total e cerca de 40% do trabalho foi realizado pelos elementos da confraria. A instalação eléctrica e a canalização da água é totalmente nova. Aproveitamos tudo o que podia ser aproveitado.  A obra está aqui. A Torre Sineira foi também recuperada. Falta colocar uma escada interior para separar fisicamente a Casa dos Sinos da Torre Sineira, com entradas independentes. Intervencionamos também o bar e o espaço de lazer, que era o antigo campo de tiro. A vedação em cabos de aço, que estava totalmente destruída, foi colocada de novo. Está um espaço bastante agradável e em pleno funcionamento. Outra das obras, foi a recuperação da Igreja do Horto e a construção da sede social.

O que foi feito na Capela do Horto?
Temos um altar na Igreja do Horto que está totalmente  destruído. Aparentemente, parece estar em bom estado mas está totalmente podre. Para além do caruncho, a humidade provocou muitos estragos. Foi pedido um orçamento e foi-nos fornecido um orçamento que ronda os 11 a 12 mil euros. Alguns membros queriam partir imediatamente para a recuperação do altar mas decidimos, em primeiro lugar, resolver o pro de humidade que afectava a capela.
Iniciamos num dos lados mas, posteriormente, avança-mos para a totalidade do templo, com uma intervenção total, desde o telhado, pintura e portas. Foi tudo rectificado. Logicamente, o próximo projecto será o altar. Com a intervenção que teve, estou convencido que durante longos anos não será necessário intervir no templo.
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