Junta de Freguesia de Garfe

Paulo Ferreira
“Quero deixar o meu marco
na história de Garfe”

Saneamento, rede viária, remodelação do edifício da sede de junta e a resolução do impasse quanto aos limites da freguesia de Garfe são as principais preocupações de Paulo Ferreira, o novo presidente da Junta de Freguesia. No dia seguinte ao da tomada de posse, o ‘Maria da Fonte’ conversou com o autarca.
O que o levou a avançar com uma candidatura?
Fui presidente da Assembleia entre 2005 e 2009 e aliciaram-me a ser candidato em 2009. O convite surgiu por-que as pessoas me reconheceriam, eventualmente, competência e qualidade para a tarefa e eu também sempre tive um espírito de missão. Gosto da minha terra e como cidadão responsável, decidi abraçar esta tarefa com espírito de missão. 
Gosto de servir os meus conterrâneos, quero ser útil à minha terra e deixar o meu marco na história de Garfe.

Tivemos um acto eleitoral a 29 de Setembro mas o impasse, na instalação dos órgãos da freguesia, levou a novas eleições no passado dia 25 de Maio, das quais saiu vencedor. Como se sentiu com esta vitória?
Naturalmente...bem. Face ao que ocorreu em Setembro, e o que aconteceu a seguir,  necessariamente as coisas acabaram por se resolver em acto eleitoral. Naturalmente que, esta vitória tem um sabor muito especial. Foi obtida em condições bastante difíceis, com muito trabalho e, portanto, tem um sabor especial por isso.
Quero deixar uma palavra a todos os que estiveram envolvidos quer no processo de Setembro, quer no processo de Maio. Todos, à sua maneira, independentemente do lado em que estiveram, lutaram pelas suas convicções e pelo seu amor por Garfe. Deixo um apelo para que se mantenham nessa união, nessa luta sempre em prol de Garfe.
Quero também deixar uma palavra muito especial a todos os que estiveram directamente envolvidos comigo, que me ajudaram a atingir este objectivo, quer os elementos da minha lista, o meu mandatário, o António Barros, o presidente da Comissão Política, Frederico Castro, e todas as estruturas partidárias. Espero continuar a contar com eles para tudo o que seja importante para Garfe.

Como analisa todo o pro-cesso que levou à repetição de eleições?
Posso eventualmente dizer que, as coisas começaram antes de Setembro, no mandato anterior em que as coisas não decorreram num espírito de muita cordialidade e fraternidade em termos de Junta de Freguesia. Isso redundou que houve um processo eleitoral, em Setembro, em que se apresentaram quatro listas a concurso, em que três delas elegeram mandatos para a Assembleia de Freguesia e digamos que o espírito que se seguiu a esse acto eleitoral creio que deveria ter sido diferente, deveria ter havido um espírito de abertura e entendimento para se encontrar uma solução governativa forte e coesa para Garfe, e não foi isso que aconteceu.
Eu entendi e defendi, e continuo a defender, que seria melhor para Garfe encontrar uma solução governativa onde as pessoas formassem uma verdadeira equipa e estivessem de alma e coração cá a trabalhar por Garfe.

Como está a freguesia de Garfe?
Neste momento, tem muitas carências. É uma freguesia que não tem tido grande investimento nos últimos 4 a 8 anos e, neste momento, fruto desse degradar do património e dessa inércia, a freguesia precisa de uma maior iniciativa, de uma maior intervenção e muito mais investimento.

Como está o abastecimento de água e o saneamento. Há muito a fazer?
Ao nível da cobertura de água a freguesia está praticamente toda coberta. Foi um projecto que ficou praticamente concluído em 2005/ 2006 e foi o último grande investimento efectuado em Garfe. Ao nível do saneamento, temos uma pequeníssima parte da freguesia coberta. Alguma dessa parte que já está feita ainda não tem ligação. Temos situações graves ao nível do saneamento e de esgotos, inclusivamente situações que, do meu ponto de vista não se compadecem com o século XXI, em que estamos, que são situações de esgotos a céu aberto. São problemas graves e um dos nossos objectivos principais é resolvê-los.