Frederico de Oliveira Castro

“Esta missão merece-nos 
total dedicação e empenho”

É licenciado em Ciência Política e Administrativa, empresário, reside na Póvoa de Lanhoso e tem 37 anos.
Foi coordenador da Juventude Socialista da Póvoa de Lanhoso, deputado na Assembleia Municipal durante dois mandatos, deputado na Assembleia da República entre 2009 e 2011, candidato à Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em 2013 e, actualmente, é vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso para o mandato 2013-2017.

Foi eleito, em Dezembro de 2013, presidente da Comissão Política do Partido Socialista para o quadriénio 2013/2017. Como estão a ser estes primeiros meses do cargo?
Estes primeiros meses estão a ser de continuidade ao trabalho que já vínhamos desenvolvendo no mandato anterior, mas de reforço do Partido Socialista e de alargamento da sua influência e do seu trabalho de base. O mandato anterior da Comissão Política, liderada então pela camarada Lídia Vale, ficou marcado pelo trabalho consistente que vínhamos a desenvolver na preparação do processo autárquico. Com esse processo autárquico de 2013, houve a possibilidade de alargar mais o campo de participação de vários militantes e de novos quadros do Partido Socialista. Nestas eleições para a Comissão Política do Partido Socialista deste quadriénio, foi possível criar uma onda de fundo muito abrangente e muito convergente, o que fez com que a lista levada a sufrágio fosse uma lista única.

A apresentação de uma lista única é sinal de que o Partido está unido?
É claramente sinal que o Partido Socialista está unido. Os dirigentes e militantes do Partido Socialista focam hoje completamente a sua atenção naquilo que são os pontos de convergência, que são muitos felizmente, e não naquilo que possam ser, pontualmente, pontos divergentes, que são também naturais em momentos de clarificação dentro dos partidos políticos.

Temos assistido uma grande renovação nas estruturas do Partido Socialista da Póvoa de Lanhoso, com a entrada de muitos jovens. A aposta passa pela renovação?
Não sei se poderemos dizer que tenhamos assistido a uma grande renovação nas estruturas do Partido Socialista. Eu acho é que, provavelmente, as pessoas pelo facto de olharem para mim como alguém ainda relativamente jovem, apesar dos meus 37 anos, olham para o próprio partido como um partido que se renovou e se rejuvenesceu por força de quem tem estado a liderar o partido desde as eleições autárquicas. O Partido Socialista renovou alguns dos seus quadros, é certo, mas tem e teve também presentes nas eleições autárquicas pessoas com muita experiência no partido como o António Barros, que foi cabeça de lista à Assembleia Municipal, pessoas como o Dr. Fernando Mota, que foi o nosso mandatário, que são pessoas que se mantêm nos órgãos do Partido Socialista. É uma renovação tranquila.
O mais importante não é a idade que as pessoas possam ter mas, antes, a mais-valia que cada um representa em termos de trabalho e de capacidade de dar de si ao partido e à Póvoa de Lanhoso durante este mandato que temos pela frente.

Que princípios norteiam o seu trabalho como presidente da Comissão Política do PS povoense?

Há um princípio que é fundamental e do qual eu e a minha direcção não abdicamos. Assumir com grande responsabilidade os mandatos que os povoenses nos confiaram nas eleições autárquicas. O Partido Socialista está em algumas freguesias mandatado para fazer oposição, noutras mandatado para gerir os destinos da Junta de Freguesia. Estamos mandatados para fiscalizar o trabalho da Câmara Municipal, tanto em sede de Assembleia Municipal como em sede de Câmara Municipal, respeitamos aquilo que foi a decisão dos povoenses. Esta missão merece-nos total dedicação e empenho mas estamos muitíssimo concentrados em ser a alternativa que a Póvoa precisa e em construir essa alternativa com muita força e energia até 2017.

Como líder do principal partido da oposição, que comentário lhe merece o trabalho desenvolvido pelo executivo de Manuel Baptista?

Infelizmente, e para mal da Póvoa de Lanhoso, não consigo encontrar motivos que me permitam avaliar pela positiva o trabalho desenvolvido pelo presidente de Câmara Municipal, Manuel Baptista. Nestes seis meses temos assistido a atitudes inéditas em relação aos dois anteriores mandatos. Exemplos: o presidente de Câmara, depois das eleições autárquicas, esta um contrato de avença com a sua própria irmã, que foi aprovado em reunião de Câmara com os votos contra do PS e que agora foi transformado num contrato não com a irmã mas com a instituição que a irmã do presidente de Câmara preside, que é uma associação de Braga chamada Timbra, isto para tentar camuflar a relação que existe entre a Câmara Municipal e a irmã do senhor Presidente de Câmara. Este presidente de Câmara, nestes seis meses, em sete reuniões de Câmara públicas faltou a cinco. Uma Câmara Municipal que, por exemplo, em tempos de austeridade, adquire um automóvel novo para uso exclusivo dos vereadores do executivo da Câmara Municipal, que agora até são 2 e não 3 como no passado, é compreensível?
beleceu
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