Junta de Freguesia de Galegos

“A Junta estava em ruptura financeira”

Deparou-se com uma realidade diferente do que esperava mas, mesmo assim, Ricardo Silva e a sua equipa não baixam os braços perante os constrangimentos financeiros da Junta de Freguesia de Galegos.
Consciente da difícil missão que tem pela frente, mostra-se optimista e empenhado em resolver os problemas, para o bem das gentes de Galegos. Em funcionamento, e num projecto da Junta de Freguesia, já está a oficina de teatro.

Que razões o levaram a candidatar-se à presidência da Junta de Freguesia de Galegos?
A razão principal foi a de ter a noção de que poderia fazer algo de útil pela minha freguesia, dado ter constatado, ao longo dos últimos quatro anos, que ela se encontrava estagnada, não se vislumbrando quaisquer sinais de intervenção em todas as áreas, principalmente na área social, de modo a permitir uma melhor qualidade de vida aos habitantes mais desfavorecidos.  

Como se sentiu com a vitória?
Com enorme orgulho e satisfação mas, ao mesmo tempo, com um sentido de responsabilidade acrescida. Este sentimento decorre do facto de não querer defraudar a confiança depositada pelas pessoas que acreditaram em mim e na mensagem que eu e a minha equipa transmitimos. Fizemos um bom trabalho durante a campanha: seriedade, isenção, transparência e honestidade foi o nosso lema. Não fizemos promessas para além das nossas capacidades, nem deslumbramos a população com compromissos megalómanos, com os quais sabíamos que iriamos desacreditar os princípios pelos quais, desde o início, nos regemos. 
As pessoas que me conhecem sabem que a minha forma de estar na política é esta e que o faço de forma desinteressada, estando disponível e motivado para tentar resolver os problemas que surjam, com base na minha experiência e conhecimentos.

Como têm sido estes primeiros meses?
Estão a ser muito difíceis e complicados porque, em termos financeiros, deparamo-nos com uma realidade muito diferente daquela que o anterior executivo nos havia comunicado, ou seja, a Junta de Freguesia de Galegos estava em ruptura financeira e, inclusivamente, tivemos de suportar os incumprimentos legados. Esta situação foi provocada pelo facto da verba do fundo de financiamento de freguesias, que serviria para suportar as despesas correntes, ter sido utilizada indevidamente para liquidar facturas de uma obra protocolada, ficando a Junta sem fundo de maneio para honrar os seus compromissos no curto prazo.

Estamos a falar de que valores?
Sem querer quantificar valores, porque não seria ético da nossa parte, apenas confirmo que são valores significativos em função da dimensão da freguesia.

Esta situação vai condicionar o futuro?
Claro que sim, porque temos de assumir compromissos do anterior executivo, motivo pelo qual vai originar o adiamento e ajustamento de alguns projectos constantes do nosso plano de acção.

Poderá inviabilizar a concretizar de algum projecto?

No curto prazo sim, já tínhamos um acordo para a aquisição de uma carrinha de 9 lugares adaptada ao transporte escolar, mas por falta de verbas tivemos de cancelar.
Estou consciente da difícil missão que tenho pela frente mas, como sou ambicioso e optimista, espero concretizar o máximo de projectos constantes do nosso plano de acção para os próximos quatros anos.
Neste momento, em termos financeiros, estamos dependentes da Câmara Municipal, no que respeita à libertação de verbas relacionadas com um protocolo estabelecido, sendo de realçar a abertura e disponibilidade demonstra-das até ao momento pela autarquia.