Lanhoso: antónio júlio pereira machado...

“Estamos aqui para servir..."

Foi secretário, tesoureiro e agora presidente da Junta de Freguesia de Lanhoso. António Júlio Pereira Machado é o novo presidente da Junta de Freguesia de Lanhoso. Amália Alice Pires Ribeiro Machado, secretária, e Carlos Fernando Fernandes Machado, tesoureiro, são os restantes elementos do executivo. Tal como em muitas freguesias do concelho, a rede viária continua a ser uma das grandes preocupações.

Como se deu a sua entrada na vida política?
Tudo começou nos anos 80. Fui convidado por um amigo, que já faleceu  e aproveito para relembrar a sua memória, o Manuel Gomes Machado, conhecido como Chefe 40, que foi segundo comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso. Decidiu formar uma lista independente e convidou-me. Nessa ocasião, estava a instalar-me na vila com o meu estabelecimento comercial. Tanto insistiu que eu acabei por lhe dizer para não me colocar num lugar muito visível. Essa lista ficou em segundo lugar. Não havia maioria e teve que haver entendimento entre as listas. Na votação, apareceu em primeiro o elemento da lista mais votada, que era o João Manuel Carvalho Machado, apareceu o meu nome em segundo lugar e o falecido Manuel Gomes Machado, para tesoureiro. Foi ele que me comunicou que tinha sido eleito. Unidos os três, acabamos por fazer um bom mandato. No mandato seguinte, e devido à minha actividade profissional e nessa altura era também o chefe dos escuteiros de Lanhoso, decidi colocar um ponto final na vida autárquica.                                          

Como se deu o regresso?
Passado este tempo todo, fui convidado, em 2009, pelo meu tio, Fernando Machado, o anterior presidente da Junta. Tratando-se da pessoa que se tratava, uma pessoa com muita estima na freguesia, aceitei apoiá-lo e fazer parte da lista dele. Com toda a sinceridade, naquela altura não pensávamos ganhar a Junta de Freguesia. Confesso que, nessa altura, ganhar ou perder estava no mesmo prato. A nossa lista era uma lista para participar, para esclarecermos os nossos pontos de vista. Acontece que, ganhamos as eleições. De 2009 a 2013 fui Tesoureiro da Junta de Freguesia de Lanhoso.

O que o levou a assumir a candidatura à presidência da Junta de Freguesia?
Em 2013, o meu tio, por motivos pessoais, decidiu não se recandidatar. A partir daí, todas as baterias começaram a apontar na minha direcção. Com toda a sinceridade, no início estava disposto a continuar a apoiá-lo se ele se recandidatasse mas nunca passou pela minha cabeça, naquela altura, assumir a liderança da lista. Os dias foram passando, as pessoas depositaram em mim tanta confiança que eu fui incapaz de dizer que não a muita gente. Nessa altura, quando aceitei, então aí posso dizer que concorri para ganhar. Já fui para o terreno com uma atitude vencedora porque as pessoas com quem fui contactando deram-me esse ânimo. Uma vez concretizada a vitória, cá estamos para trabalhar em prol das gentes de Lanhoso.

O facto de já ter integrado a Junta de freguesia é uma mais-valia para o desempenho do cargo?
Não só o último mandato, como tesoureiro, mas também na década de 80, em que fui secretário. Eu costumo dizer que, não tendo podido estudar muito nós aprendemos na universidade da vida e isto acaba por ser uma universidade da vida. Acabamos por conhecer pessoas, conhecer problemas e procurar resolvê-los. Temos sobre os ombros uma responsabilidade que se não houver experiência anterior ficamos a meio do caminho e não conseguimos resolver nada. A experiência é muito importante. Já conhecemos as pessoas e os locais onde nos devemos dirigir, o que facilita.

Como têm sido estes meses como presidente de Junta?

Estes meses têm sido bastantes gratificantes. Procuramos organizar-nos noutra função e vamos resolvendo os problemas que vão surgindo. Com as últimas cheias que aconteceram aqui na freguesia, houve muitos problemas que tiveram que ser resolvidos e isso deu-nos bastante trabalho mas, felizmente, está tudo no bom caminho.

O que espera destes quatro anos?
Tendo em conta o contexto económico e social do país, encontramos sempre muitas barreiras. As Câmaras encontram barreiras, nós encontramos barreiras e vemos as nossas verbas a diminuir. Não podemos oferecer aquilo que não temos. Aliás, esse foi um dos tónicos da nossa campanha. Ninguém pode oferecer aquilo que não tem e se não temos promessa de termos também não podemos prometer que vamos ter.
Espero fazer o melhor possível, procurar cumprir aquilo que constava no manifesto eleitoral.