Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso

Que esta campanha resulte 
e que demonstrem 
o carinho pelos bombeiros

Ligado há 15 anos às várias direcções da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, o padre Luís Peixoto Fernandes completa, neste ano, seis anos como presidente da

Maria da Fonte – O ‘Maria da Fonte’ inicia, nesta edição, uma campanha de angariação de fundos a favor dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso. O que se pretende?
Padre Luís – É uma ideia muito boa porque os Bombeiros são uma instituição que necessita de dinheiro todos os dias. Além das despesas normais do seu funcionamento, há o desgaste das viaturas, aquisição de fardamento e obras que são necessárias nas instalações.
As viaturas, nomeadamente as ambulâncias, de saúde e de transporte de doentes, têm um enorme desgaste. Precisamos duma renovação constante da frota. Os nossos bombeiros são muito bons, e eu costumo dizer que são os melhores do mundo, mas também necessitam de bons equipamentos, nomeadamente equipamento pessoal e viaturas. Ultimamente, tem aumentado o número de serviços e as viaturas que tínhamos começam a ser insuficientes para dar resposta a todas essas solicitações. Nesse sentido, sentimos necessidade de adquirir uma nova ambulância de transporte de doentes e também pelo facto de uma das ambulâncias destinadas a esse fim estar com muitos quilómetros. Já a temos connosco e vai ser benzida no dia 5 de Setembro. Como disse, há muitas despesas e a ambulância é uma despesa com a qual não contávamos muito, embora estivesse nos nossos planos.
Foi em boa hora que surgiu esta campanha que o ‘Maria da Fonte’ vai levar a efeito. Surgiu em boa hora, numa ocasião muito oportuna. Espero que esta campanha resulte e que seja uma forma de todos demonstrarem esse amor e carinho pelos bombeiros.

MF – Resumidamente, a campanha tem como objectivo angariar verbas para cus-tear a ambulância?
PL – Sim. Com esta campanha, pretende-se angariar verbas para a ambulância, cujo custo ultrapassa os 35 mil euros. Como disse, a associação vive com a ajuda dos povoenses. Costumamos fazer um peditório pelo concelho. Este ano, não se fez esse peditório. Ao surgir esta campanha queremo-la agarrar pois vem ao encontro dos nossos anseios. Daí que, apelamos a todos os povoenses e a todos os amigos dos Bombeiros para que abracem esta causa e contribuam para a campanha. Sabemos que o jornal não fica limitado ao concelho e tem assinantes espalhados pelos quatro cantos do mundo.
Temos os povoenses em todo o mundo e esperamos, naturalmente, que haja uma boa colaboração, não apenas dos povoenses que residem no nosso concelho mas esses que estão lá longe e temos a certeza que gostam da sua terra e dos nossos bombeiros.

MF – De que forma é que os interessados podem colaborar na campanha?
PL – Vamos entrar num mês em que temos cá muitos dos nossos emigrantes e caso queiram contribuir podem deixar o seu donativo na sede do Jornal Maria da Fonte, no Largo António Lopes. Podem também fazê-lo através de depósito ou transferência bancária na conta do BPI criada para a exclusivamente para esta campanha, cujos dados estão publicados na página ao lado. Ao longo dos próximos tempos, o jornal vai dar nota dos resultados da campanha. Todos os que contribuírem serão informados edição após edição das verbas angariadas.

MF – A renovação da frota tem sido uma das apostas da direcção. O que tem sido feito?
PL – Temos procurado renovar o equipamento para os bombeiros e as viaturas. Não temos qualquer viatura parada e para isso contribui também o empenho, a vontade e o saber dos bombeiros e a colaboração que temos tido da Câmara Municipal nesse sentido. Sem um bom equipamento e sem viatu-ras adequadas não consegui-ríamos responder aos anseios da população.

MF – Que balanço traça destes dois mandatos?
PL – Pensamos sempre mais alto, queremos sempre mais. Pensei ter o processo do Museu dos Bombeiros mais adiantado. Temos tudo preparado para dar início. No 5 de Setembro será apresentado o projecto do Museu. Naturalmente, pensamos sempre mais mas não podemos ir muito longe pois os tempos que atravessamos exigem que tenhamos os pés bem assentes na terra. Foram dois mandatos muito bons, em que nunca dissemos não a qualquer pedido do corpo activo e do comando.

MF – Em Novembro ou Dezembro, realizam-se as eleições para os órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros. É candidato?
PL – Até há pouco tempo atrás, não estava a pensar ser candidato porque os bombeiros são de todos, não são meus nem desta direcção. São dos povoenses e dos sócios. No entanto, nas últimas semanas tive uma pressão muito grande do corpo activo, comando e dos sócios, e mesmo da autarquia, concretamente do senhor presidente, para continuar. Como estes seis anos foram muito bons, como gosto muito dos bombeiros, decidi ser candidato a um novo mandato. Os projectos são os mesmos. É estar aqui todos os dias, é procurar dar andamento a todos esses sonhos que temos de concretizar.
direcção da instituição. Nesta entrevista, o padre Luís Fernandes fala sobre a campanha e angariação de verbas que o ‘Maria da Fonte’ inicia nesta edição.