Do relatório, assinado pela médica Bárbara Pereira, do Hospital de Braga, datado de 6 de Dezembro de 2012, pode ler-se que se trata de uma “perturbação comportamental significativa que afecta sobretudo as capacidades de sociabilização e comunicação e de linguagem expressiva e compreensiva”. Trata-se, e segundo aquele relatório, de uma criança com necessidades educativas especiais, nomeadamente Terapia da Fala, Terapia Ocupacional e Psicologia.
O Lucas nasceu a 27 de Abril de 2009 e é o segundo filho de Isabel Silva e José Costa. “Detectei logo que ele nasceu. Não o problema, mas o facto de ele ser diferente. Chamou-me a atenção a falta de coordenação e era preciso forçar para ele comer. Andou a ser seguido por uma pediatra. Chamei a atenção à médica que o meu filho não era igual às outras crianças mas disse-me para não ligar que apenas era mais atrasado”, explica Isabel Silva. Os meses foram passando e perante as questões levantadas pela mãe, sempre
“Fui à minha médica de família a quem contei a história e encaminhou-me para a consulta de desenvolvimento”, revela Isabel Silva, apontado que essas consultas tiveram lugar num momento em que o Lucas tinha dois anos de idade. Exames atrás de exames, chegou o resultado final: o Lucas era autista.
“Foi duro quando recebi essa notícia. Nem conseguia trazer o carro para casa. Deram-me alguma informação no hospital”, relata Isabel Silva, dando conta que, posteriormente, conheceu a AIA – Associação para Inclusão e Apoio ao Autista, de Braga, local onde o Lucas realiza as terapias e onde Isabel vai esclarecendo as suas dúvidas.
Os tratamentos do Lucas – Terapia da Fala e Psicologia – são realizados na AIA, uma IPSS’s que até à data não conta com qualquer acordo governamental pelo que os vários tratamentos têm que ser suportados pelas famílias.
Isabel foi obrigada a abandonar o emprego para acompanhar o Lucas. Recebe 59 euros de abono para a deficiência. “Tenho que o acompanhar às piscinas, levá-lo às terapias e vou busca-lo para almoçar pois ele tem que comer a comida toda passada”, explica.
Mensalmente – atendendo às terapias, alimentação especial, despesas com transporte e fraldas – Isabel e José desembolsam mais de 500 euros.
Isabel não baixa os braços na procura de ajuda para o Lucas. Nas várias freguesias tem promovido campanhas de recolha de fundos. “Os médicos dão-me as garantias que o Lucas pode melhorar. Vou tentar até ao fim para ajudar o meu filho”, revela Isabel Silva.
Actualmente, o Lucas faz Terapia da Fala e Psicologia uma vez por semana. Para uma melhor evolução, seria necessário aumentar o número de terapias.
Quem quiser ajudar o Lucas pode fazê-lo, deixando o seu donativo na seguinte conta: NIB – 0010 0000 3611 8300 0013 1 ou obter mais informações através do seguinte número: 968 461 092
O que é o Autismo?
Num folheto, a AIA explica as características comuns do Autista: tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos; pode parecer surdo, apesar de não o ser; pode começar a desenvolver linguagem mas repentinamente ele é completamento interrompida; age como não tomasse conhecimento do que acontece com os outros; por vezes ataca e fere as pessoas mesmo que não existam motivos para isso; apresenta certos gestos repetitivos; cheira, morde ou lambe os brinquedos ou as roupas; mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente.
lhe foi dito que o filho era “mais atrasado”.
