Jornal marcou presença no Cortejo etnográfico

'Maria da Fonte' em destaque

O Jornal Maria da Fonte marcou presença no cortejo etnográfico e causou surpresa a todos quantos assistiam ao cortejo etnográfico. A encerrar o desfile um camião, todo ele forrado com várias capas e páginas do jornal, inclusivamente a primeira página da primeira edição datada de 13 de Janeiro de 1886, transportou algumas máquinas que fazem parte da história deste centenário jornal. Uma máquina de composição mecânica, um prelo, um armário para composição com gavetas de tipo, um cavalete e uma picotadeira integraram o carro do Jornal Maria da Fonte.
Especialmente para o evento, o Maria da Fonte imprimiu o seu primeiro número, dando a conhecer duas das páginas que fizeram parte da sua primeira edição, datada de 13 de Janeiro de 1886.
Ao longo do percurso, vários ardinas distribuíram a primeira edição do Maria da Fonte, para surpresa das várias pessoas que ali se encontravam. Ao ver passar o camião, muitos dos presentes iam comentando as fotos e notícias que adornavam o camião.
“Olha os elementos da Junta de Freguesia de Lanhoso. Naquela folha está o presidente da Câmara”, ouvia-se comentar. Pedro Machado, da Foto Pedro, avistou o filho Eduardo numa das páginas do jornal. As várias fotografias chamavam a atenção e os presentes ficaram agradados por ver o camião do Jornal Maria da Fonte.
Cento e vinte e sete anos de história marcaram presença no cortejo do Jornal Maria da Fonte, que integra o grupo de comunicação Arcada Nova.
Para além das capas e folhas das várias edições, o carro alegórico foi decorado com várias páginas que integraram a edição especial editada aquando das comemorações do 125.º aniversário do Maria da Fonte.
As “velhas” máquinas, autênticas peças de museu, foram outrora fundamentais na vida do Maria da Fonte. A máquina de composição manual de tipos de chumbo foi a que mais chamou a atenção.
“Na tipografia tradicional o texto era composto à mão, juntando tipos móveis um por um. Com uma máquina Linotype, equipada com chumbo em ponto líquido, era possível compor uma linha inteira de texto; esta, assim que batida no teclado da máquina, era imediatamente fundida e integrada na composição de colunas e de páginas”, referem os especialistas, acerca da máquina de composição.
Maria Silva, residente na vila, recebeu com agrado o primeiro número do Maria da Fonte. “Nunca tinha visto o primeiro jornal. Vou guardá-lo. Vai ficar para recordação”, disse.
Com o primeiro jornal na mão, o escritor Cunha de Leiradella, residente em Brunhais, apontou que a primeira edição do Maria da Fonte fez referência a um seu tio, facto que até então desconhecia.
Dar a conhecer um pouco da história do Maria da Fonte, que já conta com 127 anos de vida foi um dos objectivos.