Silêncio dos cristãos é assustador
A eucaristia e sermão levaram até ao alto do monte, dezenas de fieis, que prestaram veneração àquele santo.
O padre Albino Carneiro deu a conhecer que S. Mamede, aos 20 anos de idade, tornou-se um homem rico mas a riqueza não o afastou da fé em Jesus Cristo. “Nós vivemos num tempo em que o silêncio dos cristãos na vida pública e no mundo é assustador”, frisou o padre Albino Carneiro, destacando ainda que “a ausência de Deus nesse espaço público em que vivemos é uma realidade”.
“Apesar de continuarmos a celebrar essa mesma fé, vivemos um total indiferentismo em relação à mesma”, alertou o sacerdote.“Seguimos mais facilmente os inimigos da Igreja do que seguimos Jesus”, apontou o sacerdote.
Depois da eucaristia e sermão em honra de S. Mamede, seguiu-se a procissão em honra do santo, acompanhada pelos fiéis.
As festividades apenas integraram a missa, com sermão, e procissão em honra de S. Mamede. Mesmo assim, várias dezenas de pessoas, oriundas de vários pontos do concelho, marcaram presença nos actos religiosos. Alguns, dão, também, continuidade à tradição, marcando presença com os seus merendeiros nos terrenos próximos do templo. Para além da devoção ao santo, o momento foi também de reencontro de amigos.
Maria do Céu, emigrante em França, revela que, sempre que pode, vem à festa de S. Mamede.
“Vejo alguns amigos e até familiares durante as festas. É já tradição vir aqui neste dia. Tenho pena que não haja sequer um rancho durante a tarde. Isso convidaria as pessoas a passarem cá o dia”, revelou a emigrante.
