S. Martinho do Campo: condutor fugiu...

Peregrinos atropelados

— Um morto e cinco feridos

Uma mulher morreu e cinco pessoas ficaram feridas, num acidente ocorrido na madrugada de domingo, em São Martinho do Campo, na Póvoa de Lanhoso.
O condutor pôs-se em fuga, mas acabou por apresentar-se na GNR, em Braga, mais de 48 horas depois, levando consigo a viatura envolvida no acidente mortal.
Pouco passava das 00.30 horas de domingo quando seis pessoas, que integravam um grupo de cerca de 20 peregrinos, foram colhidas por um automóvel que se despistou.
Segundo relato de testemunhas no local, o automóvel seguia no sentido Taipas - Póvoa de Lanhoso, quando se despistou e colheu as pessoas que seguiam na cauda do grupo, no sentido contrário, com destino ao santuário de São Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro.
Uma das mulheres, de 48 anos, residente em Pevidém (Guimarães), teve morte imediata.
“Quando vim ao portão vi logo que a senhora estava morta. Os outros feridos estavam espalhados pela estrada”, relatou ao ‘Maria da Fonte’ (MF), uma testemunha.
Um outro habitante disse ter ouvido uma das vítimas a dizer ao condutor: “ah, ladrão, tu mataste o pessoal todo”.
Segundo a mesma fonte, depois de chocar com o grupo, “o carro ficou de frente para o passeio, ele depois meteu a marcha-atrás e foi embora.”
O condutor pôs-se em fuga e a GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV) do Destacamento de Trânsito de Braga estava já no seu encalço quando este se apresentou na GNR de Braga, acompanhado pelo advogado.
O condutor - um homem de 37 anos residente em Oliveira Santa Maria, concelho de Vila Nova de Famalicão - foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e resiência.
O automóvel da marca - um Nissan Almera de cor cinzenta - foi submetido a perícia pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do Comando Territorial de Braga da GNR para recolha de indícios.
O inquérito prossegue pela mão do NICAV. No local do acidente, estiveram os bombeiros da Póvoa de Lanhoso e das Taipas, as VMER’s de Braga e Guimarães e a GNR da Póvoa de Lanhoso.
A zona onde ocorreu o acidente é considerada perigosa pelos moradores da zona.
Uma longa recta, no sentido Póvoa de Lanhoso - Taipas, termina numa curva à direita e contra-curva, levando os condutores a circularem com alguma velocidade e a realizarem manobras de emergência para manterem os carros na estrada. No sentido contário, uma depressão existente em plena curva, já ocasionou alguns despistes.
Os moradores acreditam que tenha sido isso (aliado a algum eventual excesso de velocidade) a causar o despiste. Além disso, o troço onde aconteceu o acidente não dispõe de passeio nem berma num dos lados da via.