“Sempre gostei de estar no meio dos povoenses”


MF- Acredita, então, que por esta via também está a apoiar o comércio local?
MB- Não tenho dúvidas. Os nossos comerciantes fazem um esforço enorme para segurar os seus negócios. O aumento do desemprego veio agravar a situação das vendas e, se conseguirmos contrariar criando emprego, vamos, certamente, melhorar a situação dos comerciantes. Nós pensamos o desenvolvimento do concelho no seu todo e não apenas na parte das competências da autarquia. Mui-tas vezes, vamos mais longe que isso. O apoio às empresas é um bom exemplo dessa política de proximidade.

MF - A vinda ao concelho de membros do Governo representa um sinal de bom entendimento entre a autarquia e os governantes. Espera colher frutos desta ligação?
MB- Pelo menos não se per-de nada. Claro que estes convites que temos feito a membros do Governo são para os sensibilizar para os nossos problemas. Mas este é um trabalho que merece alguma descrição.

MF - A Presidência Aberta, com a visita às freguesias do concelho, é um dos marcos deste mandato. Que balanço traça da iniciativa?
MB- Eu sempre gostei de estar no meio dos povoenses. Sou um homem do povo e é no meio dos meus pares que me sinto bem. Esta iniciativa é apenas mais uma que tem esse objectivo. Estar perto dos problemas dá-nos mais força para os ajudarmos a resolver. E vamos resolvendo os que forem mais prioritários. Mas também digo às pessoas, olhos nos olhos, que a Câmara não tem recursos para fazer tudo aquilo que elas gostariam.

MF - Que avaliação faz destes cerca de dois anos de mandato?
MB – Tem sido um tempo muito exigente. O país pediu ajuda externa para pagar os seus compromissos, que nos obriga agora a novas regras. O Governo mudou. Mudaram muitas das políticas municipais que exigem das autarquias um planeamento diário e não anual como era até aqui. Mesmo assim, estamos empenhados em fazer o nosso melhor e estou convencido que o país, e nós em particular, vamos dar a volta a esta situação. Eu acredito que este esforço que estamos todos a fazer vai permitir ao país ter outro rumo. Por isso, apelo à compreensão dos povoenses e não tenho dúvidas que seremos mais fortes se estivermos todos a remar para o mesmo lado.