Operação ‘censos sénior’


GNR próxima dos idosos

Decorre, até ao final deste mês, em todo o território nacional, a operação “Censos Sénior”, levada a cabo pela GNR.
No terreno, os militares da GNR vão ao encontro dos idosos que viviam sozinhos ou em situação de isolamento, numa operação que teve o seu início o ano passado. Para além da actualização dos dados existentes, relativamente aos idosos que vivem sozinhos e/ou isolados, os militares da GNR envolvidos na operação esclarecem os mais velhos relativamente a procedimentos de segurança a adoptar, no sentido de evitar roubos e burlas.
“A operação realizada no ano passado foi considerada um exemplo de boas práticas e eficaz cooperação institucional, factos que determinaram a sua repetição em 2012. Na altura foram empenhados na operação 3 435 militares que registaram 15 596 idosos a residir sozinhos e/ou em locais isolados”, refere a GNR, referindo-se aos dados a nível nacional.
Na manhã de segunda-feira, dia 20 de Fevereiro, Maria Adelaide Rodrigues Fernandes, residente em Lanhoso, recebeu a visita do soldado Hugo Gonçalves, do Núcleo de Programas Especiais do Destacamento da GNR da Póvoa de Lanhoso. A residir na sua habitação, juntamente com o marido, Maria Adelaide tem vários familiares a residir próximo da sua residência.
Mostrando-se satisfeita com a visita do militar da GNR, Adelaide Fernandes foi respondendo às questões colocadas pelo soldado Hugo Gonçalves. O estado de saúde e as necessidades sentidas foram alguns dos tópicos da conversa.
“Há muitos idosos abandonados pelos filhos. Essa é a maior queixa dos mais velhos, que sentem falta de apoio por parte dos filhos”, referiu o soldado Hugo Gonçalves, no tocante aos casos encontrados em toda a área do Destacamento da GNR da Póvoa de Lanhoso, que abrange os concelhos da Póvoa de Lanhoso, Amares, Vieira do Minho e Terras de Bouro.
“É uma boa atitude da GNR. Ao verem a GNR, os mais velhos sentem-se mais seguros. Até nós, mais novos, vendo a GNR sentimo-nos mais seguros. No caso dos meus sogros, nós vivemos aqui perto mais há pessoas que vivem sozinhas”, referiu Maria Oliveira, nora de Adelaide Fernandes.
“Do retrato que os militares me têm feito, o que notam mais é a tristeza dos idosos, que se sentem desprezados e abandonados pelos seus familiares mais próximos”, referiu o comandante do Destacamento da GNR da Póvoa de Lanhoso, capitão Gonçalo Amado.
“Há idosos que ficam emocionados, que choram com a atitude da GNR, em os procurar, em os contactar”, salientou o capitão Gonçalo Amado.
Caso a caso, a GNR contacta com os mais velhos, a faixa etária mais vulnerável. As necessidades sentidas pelos mais velhos são encaminhadas pelos militares da GNR para as entidades competentes, nomeadamente a Segurança Social e IPSS’s concelhias.