Vereadora sublinha o esforço feito pela autarquia

“Em matéria de acção social
e educação tentamos não cortar”


MF - A educação é um dos pilares de actuação da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Como está a educação no nosso concelho comparativamente aos concelhos vizinhos?
GF - Acompanho o que se vai passando nos concelhos vizinhos, até porque vamos conversando uns com os outros, e leio o que surge nos órgãos de comunicação social, mas pormenorizadamente não conheço a si-tuação dos mesmos. O que me preocupa, enquanto Vereadora da Educação da Póvoa de Lanhoso, é o evoluir da educação e seus resultados no nosso concelho, as condições que damos às nossas crianças para que possam aprender de uma forma mais feliz, mais segura e mais eficaz.
Devo lembrar a aposta que a autarquia tem feito nas novas tecnologias, com salas de tecnologia e informação, rede wirless, com quadros interativos e manuais digitais, bem como na leitura, ao dotar todos os equipamentos escolares de uma moderna, atractiva e confortável biblioteca.
Aliás, o nosso concelho foi um dos pioneiros no que se refere aos manuais digitais, que funcionam como complemento às áreas curriculares e de enriquecimento curricular, como é exemplo o Inglês. Com estes, os alunos poderão verificar os seus conhecimentos, muitas das vezes através de jogos, que são sempre do agrado das crianças.

MF - Os cortes que vêm sendo feitos nas transferências do poder central têm condicionado a actua-ção do executivo camarário em matéria de educação?
GF - Naturalmente que a diminuição de receitas próprias e nas transferências do poder central para as autarquias condicionam a actividade de qualquer executivo camarário. No entanto, temos feito um esforço para continuar a apoiar e investir nas pessoas. Em matéria de acção social e de educação tentamos não cortar. Temos é uma preocupação cada vez maior em poupar, em rentabilizar os recursos. Algumas obras, que até já tinham financiamentos aprovados, é que foram repensadas e adiadas. Não abandonámos a nossa estratégia de desenvolvimento do concelho, mas algumas opções passaram a ser menos prementes e tiveram que ser adiadas no tempo. A nossa estratégia continua a passar, principalmente, pelas pessoas, pela proximidade às mesmas, pelos povoenses. Nesse sentido, a educação continua a ser uma prioridade para este executivo camarário. A prova do que acabo de dizer é o investimento que temos feito nos equipamentos escolares (estamos a inaugurar um centro escolar por ano lectivo), na acção social escolar, nas bolsas de estudo e no programa Juventude em Movimento.

MF - A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso voltou a apostar na oferta dos livros escolares aos alunos do primeiro ciclo mas, este ano, com a devolução dos mesmos a ser realizada no final do ano lectivo. Qual foi a receptividade a esta nova medida por parte dos encarregados de educação?
GF - A oferta dos manuais escolares foi uma medida implementada por este executivo. No entanto, as condições hoje são bem diferentes, acho que todos têm consciência disso e que poderemos vir a fazer uma reflexão conjunta sobre o alcance da mesma.
As pessoas têm que se mentalizar que a devolução dos manuais escolares (e não dos cadernos de actividades) é uma questão financeira e ambiental. Não é nada que não aconteça nos outros níveis de ensino.
Os livros escolares são comprados com o dinheiro de todos, com os impostos de cada um de nós, à semelhança dos outros serviços que prestamos, daí que tenhamos de tomar medidas que possam contribuir para um desenvolvimento ambiental sustentável e que possam, de alguma forma, contribuir para a diminuição da carga fiscal.