Gabriela Fonseca, vereadora da Educação


“No final deste mandato
a reorganização da rede escolar
prevista na carta
educativa
ficará concretizada”

A educação nas Terras da Maria da Fonte fica marcada, nestes últimos anos, pela construção dos centros educativos. Ligada a esta nova fase está Gabriela Fonseca, responsável pelos pelouros da Educação, Juventude e Desporto da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso. Em entrevista ao ‘Maria da Fonte’, a responsável aponta que investir na construção dos centros educativos é investir no futuro.
À qualidade, modernidade e funcionalidade dos novos espaços juntam-se as novas tecnologias. Equipar as salas de aula do concelho com quadros interactivos e manuais escolares é um dos objectivos da autarquia que espera, até final do mandato, concretizar a reorganização da rede escolar no concelho, tal como previsto na Carta Educativa, elaborada em 2006. Na Póvoa de Lanhoso, a educação respira saúde…

Maria da Fonte - Está em curso, na freguesia de S. Martinho do Campo, a construção do terceiro centro educativo do concelho. Qual a importância desta estrutura?
Gabriela Fonseca - Os centros educativos são, sem dúvida, uma mais valia, uma alavanca para o futuro do concelho. Ao equipar o concelho de novos e modernos centros educativos, dotados de mais ferramentas, nomeadamente ao nível tecnológico, estamos a investir no futuro. O conforto, a diversificação de estratégias de ensino, com recursos aos manuais digitais, a quadros interactivos, à internet, às actividades de enriquecimento curricular, reflectir-se-ão positivamente na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças povoenses.
Em relação ao centro escolar D. Elvira Câmara Lopes, em Campo, é de extrema importância pois permitirá acabar com regimes duplos – ainda existente na escola de Santo Emilião – e acabar com escolas com menos de 20 alunos, com crianças de vários anos de escolaridade numa única turma, o que pode contribuir para o insucesso escolar, o que ainda se verifica na escola da freguesia de Louredo. Esperamos inaugurá-lo no próximo dia do concelho, dia 25 de Setembro de 2012.

MF - Qual o ponto de situação quanto à carta educativa? Depois do Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes, em São Martinho do Campo, que outros estão previstos?
GF - A elaboração da carta educativa foi fundamental para a reorganização da rede escolar ao nível do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico. Depois de resolver o problema existente na vila – com sobre-lotação da EB1/JI a funcionar com todas as turmas em regime duplo – com a construção do centro educativo António Lopes, seguiu-se o do Cávado, sediado na freguesia de Monsul. O baixo concelho é, sem dúvida, uma das zonas menos privilegiadas do concelho e, das dez freguesias existentes naquela área, já só estavam abertas seis escolas. Porque existiam problemas de transporte, de capacidade e de condições físicas das escolas abertas funcionarem como escolas de acolhimento, tornou-se imperioso a construção deste centro escolar.
A muito curto prazo terá início a construção do pavilhão gimnodesportivo, num terreno contíguo ao centro educativo do Cávado, para que possa servir a comunidade escolar, em horário lectivo, e as colectividades e população, em geral, fora do mesmo.
Com a abertura do centro escolar D. Elvira Câmara Lopes segue-se o de Taíde, que servirá os alunos do primeiro ciclo da parte alta do concelho, ou seja, das freguesias de Fontarcada, Oliveira, Travassos, Esperança, Brunhais, Garfe, Taíde e Sobradelo da Goma. Destas, duas já estão encerradas quer para o ensino pré-escolar quer para o primeiro ciclo do ensino básico, Brunhais e Esperança. A EB1 e o JI de Taíde já acolhe os alunos de Arosa e Castelões, do concelho de Guimarães.
Este novo equipamento, cujo projecto já está aprovado e só não foi este ano candidatado face aos constrangimentos económicos e financeiros que o país atravessa e se repercutem, naturalmente, nas autarquias, será construído na EB 2,3 de Taíde, por forma a rentabilizar os recursos físicos lá existentes, como sejam a biblioteca e o pavilhão gimnodesportivo. Passaremos, assim, a ter uma escola básica integrada na freguesia de Taíde.
Com a construção deste novo equipamento, que continua a ser uma prioridade para este executivo e para o concelho, só fica por resolver a situação das EB1/JI de Serzedelo e de Rendufinho, já que as escolas de Frades e de Calvos já foram encerradas e integradas na EB1/JI da Póvoa de Lanhoso. Com o encerramento destes estabelecimentos de ensino, com a diminuição do número de alunos, o centro escolar previsto para aquela zona do concelho poderá ser posto em causa. Juntamente com a DREN e o Conselho Municipal de Educação iremos encontrar a melhor solução.
Se tudo correr como planeamos, no final deste mandato, a reorganização da rede escolar prevista na carta educativa, elaborada em 2006, ficará concretizada.