Atendimento social da Câmara Municipal


Mais de meio milhar já pediu ajuda

Há cada vez mais povoenses com dificuldades financeiras que procuram os vários apoios do atendimento social da câmara, como o apoio alimentar e o apoio ao arrendamento, para ‘compôr’ os fracos rendimentos que têm mensalmente. Só este ano, já foram atendidas mais de meio milhar de famílias - um número que já superou o total do ano passado.
O desemprego e os baixos rendimentos das famílias (na ordem dos 200 euros) são os principais factores que levam a que as pessoas a procurarem a ajuda da autarquia. Mas há outros factores que entram na lista: desde o alcoolismo, à falta de hábitos de higiene pessoal e habitacional, à dificuldade no exercício da parentalidade e, também, a violência doméstica.
“O atendimento social da Câmara da Póvoa de Lanhoso começou a fazer-se a 19 freguesias do concelho, mas desde o ano passado, foi celebrado um protocolo com a Segurança Social, passando a autarquia a fazer o atendimento a 29”, refere Fátima Moreira, vereadora da Acção Social da autarquia povoense.
O atendimento permite a sinalização e encaminhamento das pessoas para as várias medidas que existem em termos de respostas, que podem ser medidas locais (como a ajuda alimentar ou de vestuário), medidas da Segurança Social (por exemplo para próteses) ou para as medidas do Gabinete de Apoio Familiar (que disponibiliza apoio jurídico, psicológico, formação parental, entre outros).
“No fundo, as nossas medidas de apoio local são para dar resposta a situações de emergência como dar de comer à família, mas estas têm que ser complementadas com outras medidas que incentivem à mudança de vida, fazendo com que estas pessoas passem a ter um projecto de vida e passem a ter expectativas quanto ao futuro. É este o grande desafio do apoio social”, assinalou Fátima Moreira.
Para combater os dois principais factores que levam a uma maior carência socioeconómica dos agregados familiares - e que neste caso são o desemprego e os baixos rendimentos - a Câmara tem duas respostas: “em primeiro lugar temos um protocolo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional de Fafe, fazendo o reencaminhamento através do Gabinete de Inserção Profissional, quer para a procura de emprego, quer para melhorar as suas competências a partir de uma nova formação profissional, com o objectivo de assim vir a ter mais saídas no mercado de trabalho”, sublinhou a vereadora.
Para Manuel Baptista, presidente da câmara povoense, o facto de ter recebido, novamente este ano, a bandeira de uma das autarquias do país ‘mais familiarmente responsável’ pela Associação Nacional de Famílias Numerosas, é visto precisamente como uma forma de “reconhecimento do nosso trabalho nesta área social e, principalmente, do nosso grande empenho para criar atractividade no concelho para as empresas se instalarem aqui e, assim, serem criados postos de trabalho, que são tão precisos, sobretudo, nesta altura”. “Só com empresas e com a criação de postos de trabalho é que muitos, que nesta altura sentem mais dificuldades, podem sair dessas situações de maior fragilidade socioeconómica”, salientou o presidente da câmara municipal, considerando esta como a “melhor resposta social”.