Póvoa de Lanhoso


Concelho comemorou 719 anos

A homenagem a ilustres povoenses e instituições que deram o seu contributo para o desenvolvimento do concelho da Póvoa de Lanhoso foi um dos pontos altos das comemorações do Dia do Concelho, a dia 25 de Setembro. Foi há 719 anos que o Rei D. Dinis outorgou a Carta de Foral que instituiu o concelho da Póvoa de Lanhoso. Miguel Macedo, Ministro da Administração Interna, presidiu à sessão evocativa do Dia do Concelho. O programa comemorativo integrou, na manhã daquele dia, uma visita às obras do Centro Educativo D. Elvira Câmara Lopes, em S. Martinho do Campo, e à Incubadora de Empresas, em Ferreiros. Pelo segundo ano consecutivo, a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso elaborou um programa comemorativo para assinalar o dia da criação do concelho. O Concerto de Gala de Lançamento da Revista “Entre Notas”, pela Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, na noite de 24 de Setembro, e a “História da Nossa Terra”, junto dos alunos da EPAVE e da Escola Secundária marcaram, também, o programa do Dia do Concelho.
Neste ano, as homenagens foram prestadas ao padre Magalhães dos Santos, professora Olinda e António Machado. No tocante a instituições, os homenageados foram a Pocargil e o Grupo Desportivo da Goma, que comemoraram, neste ano, 25 anos de vida.
Manuel Baptista, presidente da Câmara Municipal, iniciou as intervenções. No seu discurso, o presidente da autarquia povoense, destacou a aposta da Câmara Municipal na criação de uma rede de modernos centros educativos, assim como nas áreas da cultura, modernização dos serviços municipais, requalificação urbana e requalificação dos centros cívicos das freguesias. “O caminho que te-mos seguido tem como principal objectivo melhorar as condições de vida dos povoenses sem prejudicar a saúde financeira que felizmente esta autarquia se orgulha de apresentar”, referiu Manuel Baptista.
“Apesar de todos os cortes orçamentais e contratempos que, como disse, hoje não vou partilhar, foi possível afirmar este concelho no palco regional e obter o reconhecimento dos povoenses sobre o trabalho que temos vindo a desenvolver. É com esta noção clara dos objectivos que pretendemos alcançar que estamos já a preparar o Plano e Orçamento do próximo ano”, apontou ainda o presidente da autarquia.

Ajustamentos
“Concluída que está a primeira fase do mandato, marcada por um necessário ajustamento financeiro, pela construção de dois centros educativos e pelo início da requalificação urbana, iniciaremos a segunda fase do mandato que terá como marca principal os investimentos nas freguesias. Aproveitando a importante fatia de comparticipação dos fundos comunitários, vamos candidatar uma nova fase de investimento no alargamento da rede de água e saneamento; vamos concluir a rede de Centros Escolares com a construção de mais um equipamento na freguesia em Taíde; bem como apostar em projectos de requalificação dos espaços públicos das freguesias”, destacou o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso.
“Enquanto Presidente da Assembleia Municipal é com muita satisfação que vejo o município valorizar e a transmitir aos mais novos o peso e o significado relevante da nossa história, que como sabemos, é rica em acontecimentos e em património”, referiu Humberto Carneiro, presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso.
A reforma da lei eleitoral e a reforma administrativa do território foram dois dos assuntos abordados por Humberto Carneiro.
“Sou de opinião que, em cada concelho, se deve debater estas matérias e cada um, através dos seus órgãos autárquicos democraticamente eleitos, deve dar o seu contributo para estas duas reformas. Isto é, não devemos ficar à espera que, por decreto, o Governo fixe, unilateralmente, as regras por falta de contributos e acordos locais”, apontou ainda o presidente da Assembleia Municipal.
Destacando o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, nomeadamente na área da educação, na área social e na captação de investimentos para o concelho, o Ministro Miguel Macedo apontou a necessidade de “tentar inverter este novo ciclo de emigração que assola o país”.
“Nos últimos três anos, regressamos, em parte, a um ciclo negro de emigração de centenas de milhar de portugueses que, por não encontrarem condições de vida em Portugal, têm, outra vez, que virar as costas ao seu país e partir para outras paragens ao encontro de melhores condições para o seu futuro e para o futuro dos seus”, realçou o Ministro da Administração Interna.
“Hoje, somos menos soberanos porque não soubemos dirigir nem governar o nosso país. Hoje, dependemos em grande medida da aceitação e da determinação de entidades estrangeiras que dizem o que nós devemos fazer nos próximos tempos. Como português, não me conformo com isso. Agradeço muito a ajuda extraordinária, que era absolutamente necessária neste momento, mas quanto mais depressa nos livrarmos desta ajuda, melhor para todos”, apontou ainda Miguel Macedo, revelando que há um consenso político e social no país. “Temos um mar de problemas para ultrapassar mas vamos atravessar esses problemas justamente porque há um enorme consenso social e político de que é importante resolver esses problemas”, destacou o ministro da Administração Interna.
Depois da sessão evocativa, os presentes dirigiram-se para a Sala de Interpretação do Território, na Casa da Botica, onde se procedeu à abertura da exposição “Emigração Dos Anos 50/60/70”. O espectáculo do artista Zé Amaro, na Praça Eng. Armando Rodrigues, encerrou as comemorações.