Pedro Mota Soares


700 mil famílias com
factura da luz mais baixa


Um dos maiores desafios que o mundo global atravessa é o de saber responder ao envelhecimento das nossas populações. Queremos tentar inverter essa tendência mas, também, nunca nos esquecemos que temos que prestar o apoio e os cuidados que se impõem à terceira idade e aos nossos idosos.
Este é um desafio mundial mas é, também, uma realidade local, de todos nós e uma realidade a que todos nós temos que responder”, referiu o Ministro da Segurança Social, no início da sua intervenção, apontando, ainda, a necessidade de “redesenhar o papel do estado, numa articulação profunda com as instituições sociais, com aquilo que é chamada a economia social ou o terceiro sector”.
Em jeito de balanço, e passados 100 dias da apresentação do Programa de Emergência Social, o Ministro Pedro Mota Soares apontou, de entre outras medidas a concretizar, o descongelamento das pensões mínimas rurais e sociais, num total de 1 milhão de beneficiários, e o majoramento do subsídio de desemprego para casais em situação de desemprego e com filhos a cargo. Cerca de 5 mil casais encontram-se nesta situação em todo o país.
De acordo com o ministro da Solidariedade e Segurança Social, a partir de hoje, segunda- -feira, passam a vigorar os descontos sociais na energia, num apoio que abrange cerca de 700 mil famílias. Segundo Pedro Mota Soares, as famílias com mais necessidades vão passar a pagar menos nos consumos de energia do que pagavam mesmo antes do aumento do IVA imposto no acordo da Troika.
“Não foi uma opção deste Governo o aumento do IVA na energia. Era algo que estava previsto no programa de assistência financeira que o Estado português teve que subscrever com instituições internacionais para assegurar a sua solvência”, apontou aquele responsável do governo.
Cerca de 30 milhões de euros serão disponibilizados do Orçamento de Estado para “baixar a conta da electricidade e gás natural aos idosos com pensões mais baixas, às famílias com filhos e que têm rendimentos muito baixos, aos que estão há mais tempo confrontados com o fenómeno do desemprego e aos que recebem uma pensão de invalidez”. Esta será pois, uma medida de longe alcance, conforme apontou o ministro.