Fernando Freitas - Ass. Empresarial da P. Lanhoso

‘Impulso’ anseia por uma sede

Conseguir um local para desenvolver a sua actividade é um dos grandes anseios da Impulso – Associação Empresarial da Póvoa de Lanhoso. Em entrevista aos representantes da Impulso, o “Maria da Fonte” quis saber como está o projecto associativo de empresas da Póvoa de Lanhoso. Fernando Freitas, o rosto mais visível da Impulso, deu a conhecer a situação da associação, assim como os projectos e os anseios daqueles que a lideram.

Maria da Fonte - A necessidade de um espaço físico para albergar a actividade da Impulso tem sido, desde sempre, defendida. Como está o processo?
Fernando Freitas – A identificação de uma organização também se faz pela associação desta ao local da sua se-de. Não ter sede física é uma questão de apenas representar o que podemos chamar de meio-rosto. Neste momento, a Impulso não tendo um local físico, tem apenas o rosto das três pessoas que a representam e se esforçam, ainda que em regime de comissão de instalação, para que a associação possa criar as “condições vida”, com actividades credível, e, para isso, tem de ter uma sede. É necessário dar os passos seguintes, de arranque, da associação para lhe dar mais legitimidade e, para isso é necessário fazer eleições, que ainda não foram feitas porque ainda não existem as condições mínimas para garantir a sua actividade regular. De entre as condições necessárias, é fundamental existir um local físico, que identifique e que possa servir de ponto de encontro e de referência. Em paralelo, também tem de existir um plafond mínimo garantido no banco, ou garantias de financiamento para as necessidades de financiamento da actividade corrente, tem de existir um rumo de trabalho definido em partilha com os parceiros estratégicos locais – empresas, restantes associações de empresários e Câmara Municipal. Se não se garantir estas condições, a Impulso, existir só por existir, então é melhor deixá-la estar como está.

MF - É fundamental o apoio da autarquia para conseguirem esse espaço físico?
FF – Já fizemos o pedido à Câmara Municipal, em reunião tida com o senhor presidente, Manuel Baptista, aquando da apresentação do nosso plano de actividades para 2007 e, desde então e até este momento, não tivemos qualquer resposta, quer seja escrita ou falada. É mais um pormenor que demonstra que o município ainda não está sensível para apostar, apoiar e partilhar nas iniciativas empresariais locais em contexto organizado. De qualquer forma, parece-nos natural ser exigível o apoio do município às empresas locais, através da Impulso, porque a autarquia é a estrutura local com maior peso de “lobbing” junto de outras instituições de âmbito nacional ou internacional para influenciar a economia local. Nós podemos ser o braço direito das empresas locais nessa representação. Salientamos que, a nossa estratégia, ao nível económico, passa por queremos ser, nomeadamente, um bom parceiro de todas as entidades com actuação local, nomeadamente da Câmara. Relativamente ao local, em 2007 indicamos à autarquia três locais, de todo modo, estamos abertos a aceitar a cedência de um espaço, que esteja enquadrado no espírito da actividade e necessidades futuras da Impulso e que, acima de tudo, dê para desenvolver o projecto.

MF - É fundamental que seja a autarquia a disponibilizar este apoio?
FF – Sim. Isto, obviamente, porque não temos empresas que tenham a melhor saúde financeira e que tenham a disponibilidade de nos poder co-financiar num bem dessa natureza. Não tendo o município dado resposta, aguardamo-la e temos todo o interesse em aceitar um espaço, ainda que doado por um tempo determinado, para termos o nosso espaço físico e um lugar para trabalharmos com as empresas. A existência desse espaço dará melhor garantia de visibilidade à associação e, permitirá, obviamente, a captação de mais associados. Ter uma sede, que servirá de ponto de referência e de encontro, traz mais credibilidade e dá autonomia à própria instituição. No fundo, permitirá uma maior influência junto dos associados e ter argumentos mais válidos para garantir a aprovação de candidaturas que nós possamos fazer para receber co-financiamentos para as nossas empresas.

MF - No decurso de um simpósio, em Janeiro, de-ram a conhecer um vídeo para apresentar a potenciais investidores...
FF – Este trabalho, tem o objectivo de inclui conteúdos ilustrados em mapas e referências de geolocalização, com pontos chaves da economia e infra-estruturas logísticas da região e do país e inclui, nomeadamente, imagens e estatísticas acerca das infraestruturas industriais, comerciais e logísticas dispo-níveis no concelho e proximidades; informação acerca das estatísticas gerais do concelho; informação acerca das características do tecido empresarial do concelho; descreve as mais-valias ao nível das infra-estruturas logísticas, tecnológicas e viárias, entre outros. Depois de finalizado, o objectivo é a reprodução do vídeo em CD para distribuição a futuros contactos de potenciais investidores no concelho, compradores de produtos ou serviços das nossas empresas e a apresentação em eventos, nomeadamente feiras internacionais.
Resume, tudo aquilo que tem de interesse para um investidor. Na prática será uma ferramenta de trabalho para apresentar o concelho, fora da Póvoa de Lanhoso, mesmo antes de conseguir trazer até cá potenciais interessados no tecido empresarial da Póvoa de Lanhoso, cativando-os mesmo antes de os trazer.
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