Travassos - II Encontro Arciprestal


Catequistas reunidos

A Obra do Amor Divino, em Travassos, acolheu, no passado sábado, o II Encontro Arciprestal de Catequistas da Póvoa de Lanhoso sob o lema “Catequista, aquele que procura, encontra e vive da Palavra”. O momento, que contou com a presença de mais de cem catequistas, provenientes das 31 paróquias do Arciprestado, foi organizado pela Equipa Arciprestal da Catequese.
Depois do acolhimento aos participantes, e das boas-vindas dadas pelo Padre Armindo Ribeiro Gonçalves, Arcipreste da Póvoa de Lanho-so, seguiu-se um momento de reflexão intitulado “Catequista: Chamado a viver a Palavra”, que contou com a participação de Ricardo Vascon- celos, coordenador da Pastoral de Jovens de S. Vítor, em Braga.
Agradecendo todo o trabalho e empenho da Equipa Arciprestal da Catequese, o Padre Armindo desejou que “o encontro fosse bom, frutífero, um momento de convívio, de partilha experiências, de fé, de trabalho e de oração”.
“Desejo a todos um bom trabalho e que seja um momento marcante para todos nós”, disse o Padre Armindo Gonçalves, pedindo aos presentes para que auxiliem os padres das suas paróquias, muitos deles com bastante idade.
“Como sabem, muitos deles têm bastante idade e precisam dos vossos braços, dos vosso pés, do vosso coração e da vossa fé para continuarmos a levar Jesus a este nosso concelho”, pediu o padre Armindo Gonçalves.
Com 32 anos, catequista, coordenador da Pastoral de Jovens de S. Vítor, em Braga, e chefe de redacção do jornal ‘Correio do Minho’, Ricardo Vasconcelos deu a conhecer alguns dos pormenores da sua vida pessoal e profissional. “Muitas vezes, a nossa vida profissional não permite que possamos dar tudo ao nível da catequese e das diversas dinâmicas que são necessárias na vida de uma paróquia”, esclareceu Ricardo Vasconcelos.
O momento foi aproveitado para partilhar com os presentes a forma como a catequese está organizada na paróquia de S. Vítor, que conta, nos vários anos, com cerca de mil participantes, entre crianças, adolescentes e jovens.
“Um bom padre pode ter má catequese mas um mau pode ter uma boa catequese. A catequese não depende do padre, mas sim de nós”, frisou o responsável da Pastoral de Jovens de S. Vítor.
“As paróquias têm que arranjar mecanismos e dinamismos que possam acolher quem não faz parte. Caso contrário, seremos sempre os mesmos e não chamaremos mais gente”, aconselhou Ricardo Vasconcelos.
“Catequista porreiro, catequista professor/administrativo, catequista ditador, catequista desleixado, catequista em causa própria, catequista devoto”, foram alguns dos exemplos apontados, como os exemplos que não devem ser seguidos pelos catequistas. “Devemos ‘beber’ de cada um destes exemplos”, aconselhou Ricardo Vasconcelos, dizendo que “se continuarmos a fazer catequese com há 30 ou 40 anos não vamos conseguir fixar os catequizandos”.
“A Igreja, em todos os movimentos da paróquia, tem de estar sempre de braços abertos”, aconselhou. Na sua intervenção, Ricardo Vasconcelos aconselhou os catequistas a prepararem a catequese, em conjunto, a estarem motivados, com total disponibilidade, a ser um exemplo e com conhecimento, através de acções de formação ou leituras “porque cada um está a ocupar um lugar que pode ser dado a outro, mais competente e motivado”.
Depois do momento de reflexão, os participantes dividiram-se pelos vários ateliers. “Rezar a Bíblia”, “Ser catequista: uma vocação”, “Jovens ao encontro da Palavra”, “Caminho para a Palavra” e “Como levar a palavra à família” foram as propostas para aquela tarde, que contou ainda com um lanche/partilha e a celebração da Eucaristia.