Póvoa de Lanhoso


Dia Internacional das Aves

A Sociedade Coluómbófila da P. Lanhoso marcou presença, no Centro Ambiental da Carvalho de Calvos, na tarde de dia 2 de Abril, associando-se à comemoração do Dia Internacional das Aves, numa organização da Câmara Municipal da P. Lanhoso. No local marcou presença Belarmino Marques Leite, que preside à Sociedade Columbófila da P. Langoso, assim como Fátima Moreira, vereadora da Câmara, e diversos columbófilos do concelho.
A iniciativa teve com objectivo divulgar a modalidade, a segunda mais antiga no concelho, a seguir ao futebol, conforme deu conta Belarmino Marques Leite. Na-quela tarde, os presentes puderam apreciar o “encestamento”, como se designa na gíria, com os vários pombos a passar no controlo e a serem colocados nas vários estruturas metálicas colocadas no camião da sociedade columbófila. Depois de passarem no “check-in”, o Funerário, a Pequenina, o Cego, o Cubano, o Romário, o Liedson, entre outros, estavam prontos para rumar ao Algarve, onde aí se disputava uma prova na manhã de domingo. “Os pombos estão a passar no controlo e a serem colocados na carrinha que os levará até ao ponto de encontro no distrito. O distrito está dividido em três blocos e nós voamos no bloco 1, pelo que a concentração para a partida para a prova tem lugar hoje, pelas 18 horas, em Guimarães. Depois, são colocados junto com os pombos de Fafe, Guimarães, Vizela e partem em direcção a S. Bartolomeu de Messines, onde amanhã de manhã serão soltos”, explica Belarmino Leite. Segundo aquele responsável, naquela prova marcaram presença cerca de 20 mil pombos do distrito de Braga. A P. Lanhoso participou com cerca de 400 pombos.

Modalidade cara
“A crise afecta toda a gente mas este ano conseguimos aumentar um columbófilo em relação ao ano passado. A política de gestão desta colectividade permita que isso aconteça. Este é um desporto caro e como tal leva à desistência de muitos columbófilos”, referiu Belarmino Leite.
Questionado quanto às razões que tornam aquele desporto caro, Belarmino Leite explicou que as despesas com os pombos compreendem a alimentação, a medicação e a vacinação, assim como a inscrição para as provas.
“A alimentação de um pombo fica, em média, dez euros por ano. Se eu tiver 100 pombos, são mil euros por ano só para a alimentação. A estes custos, acrescem ainda as vacinas, que são caras. Os pombos têm que estar em perfeita saúde para competirem nas provas”, disse.
“Todas as semanas os pombos levam medicação e também suplementos, tal como os atletas de alta competição, pois estão sujeitos, às vezes, a provas de 900 kms. A prova de amanhã é uma prova de 480 kms e pode exigir aos pombos entre 7 a 8 horas de voo”, explicou.

Colectividade jovem
“Acho que somos a colectividade com a média etária mais baixa do distrito e eu diria mesmo a nível nacional. Temos conseguido manter a paixão de muitos jovens”, disse, orgulhoso, Belarmino Leite. “Esta é uma modalidade desconhecida para a maioria das pessoas. Esta sociedade foi fundada em 1959 e sempre esteve no activo. Esta é a segunda modalidade desportiva no concelho, a seguir ao futebol. No entanto, só uma pequena percentagem das pessoas sabe que existe na P. Lanhoso”, referiu ainda Belarmindo, dando conta de que, ao fim-de-semana, entre provas e treinos, cruzam os céus da Póvoa de Lanhoso milhares de pombos.