Na Rua Maria da Fonte, na vila

Recusou transporte ao hospital
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e faleceu horas depois


Apesar das tentativas de reanimação pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso e equipa médica do INEM, um homem de 33 anos, de nacionalidade brasileira, morreu, dia 29 de Janeiro, horas depois de alguém ter recusado que fosse transportado ao hospital. O caso teve lugar num apartamento na Rua Maria da Fonte, nesta vila, tendo os Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso sido accionados, às 11H34, para socorrer uma pessoa que estava em paragem cardio-respiratória. De acordo com o que foi possível apurar, aquela foi a segunda vez, no espaço sete horas, que os soldados da paz povoenses foram chamados para acorrer àquela residência.
De madrugada, às 04H08, via CODU, foi accionado socorro para a mesma morada, mas foi recusado o transporte para o hospital.
De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, António Lourenço, os bombeiros foram recebidos por uma mulher - também de nacionalidade brasileira - que confirmou que tinham solicitado socorro, mas que não valia a pena porque já era costume, que estava embriagado e que “o que precisava era de dormir”.
Tal como se impõe, a pessoa foi instada a assinar o verbete em que assume a responsabilidade pelo não socorro.
Só que à segunda vez que foram chamados, os bombeiros já nada puderam fazer e a vítima acabou por falecer, apesar das manobras de reanimação e da acção da equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Braga.
De acordo com o que foi possível apurar, o homem estava na Póvoa de Lanhoso desde o dia 23 de Janeiro.
Ao que tudo indica, estaria de visita, já que não tinha residência em Portugal. Foi acolhido pelo casal que ocupa a residência - também de nacionalidade brasileira - com cuja filha terá tido, em tempos, um relacionamento amoroso de que nasceu uma criança.
Desconhece-se se a vítima tinha algum problema de saúde. O cadáver foi removido para a morgue cerca de três horas depois, tendo sido submetido a autópsia para apurar a causa da morte, o que ditará o desenrolar do processo.
Ao local, foi também chamada a GNR da Póvoa de Lanhoso e elementos do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) daquele Destacamento. O caso foi participado ao Ministério Público.