entrevista a José Paulo Macedo, Presidente da Junta de S. João de Rei


“Anterior executivo fez uma gestão desnorteada e de interesse particular”
José Paulo Castro Macedo é, desde Outubro de 2009, o novo presidente da Junta de Freguesia de S. João de Rei. Assumindo que é preciso “arrumar a casa” e dando conta das várias carências que a freguesia apresenta, o novo presidente de Junta mostra-se confiante em levar em frente o projecto apresentado aos habitantes da sua freguesia. Tal como na maioria das freguesias do concelho, a rede viária continua a ser uma preocupação.

Maria da Fonte - Depois de concorrer em 2005, voltou, em 2009, a apostar na candidatura à Junta de Freguesia de S. João de Rei. O que o levou a candidatar- -se?
Paulo Macedo - O que me levou a candidatar-me foi, fundamentalmente, o querer e o acreditar que poderia contribuir para o desenvolvimento de São João de Rei. Para isso, em primeiro lugar, tive o apoio e a confiança da Comissão Política do PSD e do presidente da Câmara Municipal. Em segundo lugar, e o mais importante, foi conseguir reunir uma equipa competente, heterogénea e representativa de todos os lugares da freguesia. Outro motivo que me levou a candidatar-me foi o constatar que a minha freguesia não se fazia representar ao mais alto nível nas Assembleias Municipais, nas cerimónias concelhias e nos actos públicos. Estávamos órfãos.

MF - Como está a ser esta experiência e que balanço traça destes primeiros me-ses como presidente da Junta?
PM - Está a ser uma experiência nova, com muito trabalho, mas mesmo tempo entusiasmante e enriquecedora. Muito trabalho, porque está praticamente tudo por fazer, nomeadamente ao nível da organização administrativa, da logística, pois a Junta de Freguesia não possuía qualquer peça de ferramenta, a rede de água estava com graves problemas, parte significativa da rede viária em mau estado, o património edificado da freguesia abandonado, a iluminação da rede pública deficitária, falta de limpeza dos caminhos, entre outros aspectos. Para resolver todos estes problemas, tenho a felicidade de poder contar, na junta, com ajuda de duas pessoas competentes e empenhadas, nomeadamente a Professora Conceição e o senhor Plácido. Entusiasmante e enriquecedora porque é gratificante ver a satisfação das pessoas quando conseguimos resolver os problemas da freguesia.

MF - No se manifesto eleitoral deu a entender que a freguesia estava parada e sem rumo. Foi isso o que encontrou quando assumiu a presidência?
PM - Infelizmente foi. São João de Rei regrediu doze anos. O anterior executivo fez uma gestão desnorteada e de interesse particular e hoje estamos reféns dos erros do passado. Por causa dessa gestão danosa estamos a pagar as dívidas contraídas. A Junta de Freguesia, financeiramente, é muito limitada. Depende da administração central e sobretudo da Câmara Municipal. Por isso, enquanto não resolvermos esta questão das dívidas é muito difícil fazer obra neste primeiro ano de mandato. Temos de arrumar a casa...