II Divisão Nacional - Série A (jornada 11)

Arbitragem
de candeias às avessas


Maria da Fonte 1
Pedro Freitas, Nuno Ribeiro, Nuno Mendes, Zito, Renato, Fredy, Fina, Nini, Filipe (cap.), Diogo, Dino

Mirandela 1
Fernando Jorge, Peixe, Ramalho (cap.), Adriano, Rocha, Diogo Cunha, Vito, Cadete, André , Juni, Cheguerov
Intervalo 0-1
Campo dos Moinhos Novos
Árbitro: Pedro Estela (Porto); Armando Mendes; Fernando Brandão
Substituições: Dino por André (55), Nini por Jonas (69), Peixe por João Ribeiro (75), Vito por Rui Lopes (81) e Filipe por Tiago (83).
Disciplina cartões amarelos: para Filipe (2), Rocha (13), Fredy (22 e 70), Zito (40), Pedro Freitas (44), André (50), Vito (57), Diogo (71 e 76), Renato (87) e Cheguerov (90+2). Cartão vermelho, por acumulação, Fredy (70) e Diogo (76).
Golos: Juni (41, g.p.) e Diogo (60).

A tarde de Inverno que se fez sentir domingo na Póvoa de Lanhoso não fez nada bem ao trio de arbitragem do Porto, chefiado por Pedro Estela, destacado para o Maria da Fonte - Mirandela, da 11.ª jornada da Série A da II Divisão Nacional. Num jogo fácil, entre duas equipas correctas, só empenhadas em ganhar, o trio de árbitros portuense ‘meteu água pela barba’ no Campo dos Moinhos Novos e prejudicou única e exclusivamente a formação marifontista, com uma dualidade de critérios, simplesmente, gritante, de arrepiar os cabelos ao mais santo dos adeptos povoenses.
Face às (tristes) circunstâncias, o empate a uma bola até acabou por ser bastante lisonjeiro para a equipa do Maria da Fonte, diante de um Mirandela que figura na última posição do campeonato, mas que pelo futebol de qualidade praticado, pelo menos no passado domingo, não faz jus ao rótulo de ‘lanterna vermelha’.
O primeiro grande erro do árbitro foi aos 35 minutos, ao anular mal um golo ao Maria da Fonte, por pretenso jogo perigoso de Zito na área do Mirandela, na forma como ganhou o lance para assistir Diogo para um remate certeiro.
Mas aos 41 minutos, Pedro Estela não teve a mínima dúvida ao assinalar penalty na área marifontista, por mão na bola (ou bola na mão) de Zito, após um centro da direita de Diogo Cunha. Uma grande penalidade a deixar muitas dúvidas, mas que Juni não teve a mínima dificuldade em converter a favor do Mirandela.
Este golo, até acabou por premiar a primeira parte mais acutilande dos transmontanos, com melhor futebol e mais oportunidades de golo. Aos 32 minutos, já tinha enviado uma bola à trave por intermédio de Diogo Cunha. Na mesma medida castigou alguma displicência da equipa do Maria da Fonte na abordagem ao jogo. Para a segunda parte, Dinis Rodrigues rectificou, a equipa entrou com outra determinação e foi sem surpresa que restabeceu o empate aos 60 minutos, com um golaço de Diogo, após jogada primorosa do capitão Filipe da esquerda.
A partir daqui, o árbitro Pedro Estela — que já vinha exibindo ‘rédea curta’ para os jogadores marifontistas no capítulo disciplinar — decidiu intervir ainda com maior preponderância e, em seis minutos, expulsou exageradamente dois jogadores, Fredy (70) e Diogo (76), com claro excesso de zelo, o que não teve para entradas similares dos jogadores do Mirandela.
Reduzidos a nove unidades e com o árbitro à perna, o Maria da Fonte não teve outra opção senão guardar o pontinho, o que conseguiu pese o esforço do Mirandela em evitar o empate.