FOGO TAMBÉM DEVASTOU A FLORESTA DO CONCELHO

Só a chuva acalmou 
os incêndios

De Norte a Sul do país, a chuva foi desejada por todos, face à onda de incêndios que varreu o país. Na Póvoa de Lanhoso, foram várias as ignições combatidas pelos bombeiros voluntários, com as situações mais complicadas a registarem-se nas imediações do Monte do Pilar, na chamada Lage Grande, assim como num incêndio que devastou a florestas de freguesias como Santo Emilião, São Martinho do Campo, Louredo e Galegos, este último registado no domingo, dia 15 de Outubro.
Em S. João de Rei, no dia 12, um incêndio, cujo alerta foi dado pelas 17.09 horas, foi combatido por 18 homens, apoiados por 5 viaturas. Foi dado como controlado pelas 20.10 horas.

Monte do Pilar ameaçado pelas chamas
O fogo andou perto do Monte do Pilar, a 12 de Outubro, e só a pronta e eficaz intervenção dos bombeiros evitou males maiores.  Por volta das 14.30 horas, foi dado o alerta para o incêndio, que tomou grandes proporções, tendo os militares da GNR cortado o acesso ao Monte do Pilar.
Foi na chamada Lage Grande, em Valdemil, nas proximidades do Monte do Pilar, que tudo aconteceu. De acordo com fonte dos Bombeiros da Póvoa de Lanhoso, da corporação povoense estiveram no terreno um total de 30 operacionais, apoiados por 11 viaturas. O combate às chamas contou com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, Famalicão, Vila Verde, Taipas, Braga, Famalicenses e Cabeceiras.
“…O pulmão da vila da Póvoa de Lanhoso, uma das zonas mais ricas e queridas dos povoenses, estava novamente ameaçada. A saída musculada para ataque inicial foi fundamental, num combate que a principal prioridade foi não permitir o alar-gamento das frentes para a encosta do monte do Pilar e das habitações de Valdemil, objectivo esse que foi conseguido com o esforço das equipas no ataque directo às chamas. Por várias vezes, houve a necessidade de recuar dada a temperatura atin-gida pela combustão. As projecções na encosta da Quintã, originaram novos focos de incêndio. De realçar a importante ajuda dos meios do Distrito que foram mobilizados para ajudar no combate”, escreveram os bombeiros po-voenses nas redes sociais.

Domingo, dia 15 de Outubro, um dia combate intenso
Pela manhã de domingo, dia 15 de Outubro, e como explicam os bombeiros, foi recebido um alerta de incêndio na freguesia de Santo Emilião. Eram 8.39 horas quando o alarme soou, tendo-se verificado que se tratava de uma área de influência dos bom-beiros voluntários das Caldas das Taipas. E, quando este incêndio estava em fase de rescaldo, foi detectada uma nova coluna de fumo, na direcção de Louredo.
“Atendendo ao tipo de combustível, à topografia e aos ventos fortes, o incêndio tomou grandes proporções, progredindo rapidamente com três frentes, uma delas dirigiu-se em direcção a várias habitações de Louredo, Pedralva (Braga), Galegos e Ventuzela (S. Martinho do Campo). Devido ao elevado número de incêndios no distrito só foi possível o apoio de um veículo ligeiro dos B.V. Celorico de Basto com três elementos.Os B.V. da Póvoa de Lanhoso estiveram no terreno com 39 elementos apoiados por 11 veículos”, escreveram os bombeiros.
Moradores do lugar de Ventuzela relataram ao ‘Maria da Fonte’ a noite de combate intenso às chamas, assim como o susto vivido, pelas proximidade do fogo. Só pelas 4.30 da madrugada é que tudo acalmou.