Conferência ‘o papel dos media nas catástrofes naturais’

“A mediatização das desgraças 
é feita porque tem um público”

“O papel dos media nas catástrofes naturais” foi o tema de uma conferência realizada, no dia 12 de Outubro, na Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso. Rea-lizada no auditório daquele estabelecimento de ensino, a conferência contou com a presença de Paulo Monteiro, director do Grupo Arcada Nova, que integra os jornais Correio do Minho e Maria da Fonte, Rádio Antena Minho e Vértice, assim como de André Rodrigues, vereador da Protecção Civil da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, e de Paula Leite e    Anabela Dalot, da Escola Secundária. Um incêndio, que deflagrou na vila, impediu a presença de António Veloso, comandante dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso.
De entre outras considerações, Paulo Monteiro afirmou que “os leitores estão pouco interessados na prevenção, estando mais interessados nas notícias de tragédia, que vemos a abrir os noticiários”.
Num âmbito mais alargado, aquele responsável da Arcada Nova explicou à jovem plateia que ”em Portugal e na Europa existe um objectivo grande que é prevenir as catástrofes naturais o melhor possível, no caso também dos incêndios”.
“O tema de prevenção é importante para a Europa, tendo sido convidado os jornalistas para marcar presença nas cimeiras climáticas que se têm acontecido frequentemente, uma das quais em Paris”, referiu Paulo Monteiro.
“As televisões dão aquilo que o público pede. O público tem uma quota de grande responsabilidade naquilo que é apresentado, porque é a maioria. Esta mediatização das desgraças, nomeadamente dos incêndios florestais, é feita porque tem um público que a consome”, referiu Paulo Monteiro, explicando que as audiências das televisões são vistos ao segundo e dessas mesmas audiências depende a publicidade.
Relativamente ao ‘Correio do Minho’, publicação da qual é director, Paulo Monteiro explicou que está a ser trazido a público um trabalho pedagógico, dando a conhecer todas as corporações dos distritos de Braga e Viana do Castelo, nomeadamente a sua história, os meios ao serviço e o trabalho desenvolvido.