AMÂNDIO DE OLIVEIRA, PRESIDENTE CESSANTE

“Ninguém pode, nem deve
abster-se de colaborar“

“Uma das maiores conquistas da democracia foi permitir aos portugueses a escolha livre dos seus autarcas. Só alguém menos atento pode ignorar o salto qualitativo que se registou a partir de 25 de Abril de 1974, na vida das populações residentes em todo o país. Naturalmente, tal foi também fruto das importantíssimas ajudas comunitárias que existiram no período pós-adesão à Comunidade Europeia”, recordou Amândio de Oliveira, presidente da Assembleia cessante.
“Como em todas as democracias, em Portugal, a confiança nos eleitos é ciclicamente objecto de confirmação e afirmação ou escolha nova. Assim se passou em todo o território português no passado dia 1 de Outubro”, referiu Amândio de Oliveira, felicitando todos, “vitoriosos ou não, que se disponibilizaram para servir a sua terra, revelando uma enorme maturidade democrática”, referiu.
“O poder de voto, secreto e universal, foi exercido e democraticamente foram feitas opções. Consequentemente, cumpre, a partir de agora, que uns sejam o poder e outros oposição mas ninguém pode abster-se de colaborar, construtivamente, para o interesse colectivo na exacta medida das opções que o povo soberano determinou”, acrescentou Amândio de Oliveira.
“Os autarcas de freguesia e concelho conhecem, como nenhum outro decisor, os problemas concretos dos residentes, as formas de os resolver e, com enorme pragmatismo, como se ultrapassam naturais dificuldades locais para se atingir determinado objectivo”, referiu.
“A Póvoa de Lanhoso vive, hoje, a festa da democracia, ao ver empossados todos os eleitos para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal. Apesar do momento festivo, creio que não devemos ficar alheados do drama que assolou uma parte significativa do país no passado fim-de-semana”, disse, pedindo um minuto de silêncio, manifestando o mais sentido pesar e solidariedade para com todas as vítimas. Os Bombeiros foram também recordados na sua intervenção.
“Foi para mim, uma enorme honra e orgulho por servir, ou tentar servir, a nossa terra”, referiu Amândio de Oliveira, desejando as maiores felicidades aos novos eleitos.